CLIPPING AHPACEG 08/10/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás
Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás
Certificações e rankings: quando medir é também cuidar
https://www.saudebusiness.com/colunistas/certificacoes-e-rankings-quando-medir-e-tambem-cuidar/
Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços
Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos
https://medicinasa.com.br/qualidade-saude-brasileiros/
Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo
A REDAÇÃO
TCE-GO apura denúncia de superlotação no Hospital de Urgências de Goiás
Órgão irá produzir relatório sobre o caso
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), por meio do Serviço de Fiscalização da Saúde, realizou nesta segunda-feira (6/10) uma visita técnica ao Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) para verificar as condições de internação e ocupação dos leitos na unidade, após denúncia de superlotação.
Acompanhada da diretora-Geral do Hospital, Fabiana Rolla, a equipe do TCE-GO percorreu as alas médicas e reuniu informações sobre o fluxo de atendimento dos pacientes.
Os auditores do Tribunal solicitaram, ainda, o encaminhamento de documentos complementares, a fim de subsidiar a elaboração do relatório final. Desde o ano passado, a gestão, operacionalização e execução das ações e serviços de saúde no Hugo estão a cargo da Sociedade Beneficente Albert Einstein, conforme Termo de Colaboração nº 54/2024, assinado pela entidade e Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Entre os achados preliminares da visita técnica desta segunda-feira, a discrepância entre o indicador Taxa de Ocupação utilizado pelo Complexo Regulador Estadual (taxa de ocupação instalada) e aquele utilizado pelo Hugo (taxa de ocupação operacional) pode estar relacionada à sobrecarga na ocupação.
Assim, uma vez que a realidade da unidade não corresponde àquela mapeada pela SES, os pacientes continuam sendo encaminhados mesmo diante da indisponibilidade de leitos. Os detalhes da visita técnica e a proposta de encaminhamentos para solucionar e mitigar os problemas identificados constarão no relatório final do TCE-GO.
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Pesquisa de qualidade: Pacientes poderão avaliar serviços de saúde em Goiás
Hospitais estaduais receberão notas
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO), a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e a Controladoria-Geral do Estado (CGE) - nas pessoas do conselheiro Sebastião Tejota, do secretário de Saúde, Rasível Santos, e do controlador-geral, Marcos Tadeu de Andrade, lançaram, nesta tereça-feira (7/10), uma iniciativa que permite ao usuário de hospitais estaduais avaliar a qualidade do serviço prestado.
A iniciativa consiste na disponibilização de questionários, via QR Code, nos prédios das unidades hospitalares para que os usuários avaliem a satisfação do atendimento recebido. O objetivo é mapear a qualidade dos serviços prestados pelas entidades sem fins lucrativos que administram as unidades e dar subsídios para o aprimoramento.
A ação também busca fortalecer o controle social e assegurar a participação do cidadão na tomada de decisões sobre assuntos públicos. Os dados coletados vão respeitar o anonimato dos participantes.
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SAÚDE BUSINESS
Certificações e rankings: quando medir é também cuidar
Funcionam como indicadores de segurança, qualidade e confiança na experiência do paciente.
Quando um paciente entra em um hospital, leva consigo não apenas um diagnóstico ou uma dor física, mas também expectativas: de ser ouvido, de ter segurança em cada etapa e de confiar que está no lugar certo. Eu, como médico, conheço bem esse momento e sei que, para quem está sob cuidados da equipe, segurança, qualidade e confiança são fundamentais.
É por isso que as certificações e os rankings hospitalares têm um papel que vai muito além do prestígio institucional. Eles funcionam como sinais de credibilidade, mostrando que aquele cuidado é guiado por padrões reconhecidos no mundo todo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1 em cada 10 pacientes internados em países de média e alta renda sofre algum evento adverso evitável, sendo que metade poderia ser prevenida com protocolos adequados. Esse alerta me lembra todos os dias que não basta fazer o certo. É preciso medir, amparar e ajustar o que for necessário e a transparência é parte essencial da construção da confiança.
Esse movimento é reforçado por uma tendência global. O relatório Deloitte Global Health Care Outlook 2025 mostra que mais de 70% dos executivos de saúde ao redor do mundo têm como prioridade aumentar eficiência e produtividade, ao mesmo tempo em que buscam melhorar a experiência do paciente. Para mim, isso significa que cuidar bem exige inovação, mas também organização e muita disciplina.
Na América Latina, a IntelLat se tornou uma das metodologias mais respeitadas para avaliar hospitais. São analisados mais de mil indicadores, que incluem desfechos clínicos, governança, uso de tecnologia, experiência do paciente e sustentabilidade.
O ranking de 2025 trouxe exemplos de hospitais — públicos, privados e filantrópicos — que se destacaram em especialidades como cardiologia, oncologia e pediatria. Entre as instituições está a Rede Américas, que aparece com 16 de seus hospitais listados – um exemplo concreto de que aplicar esses critérios não é opcional, mas estratégico e assertivo. Esse reconhecimento representa a comprovação de que processos mais seguros, equipes preparadas e caminhos de melhoria contínua fazem diferença na jornada de cuidado.
As certificações nacionais e internacionais também cumprem esse papel de orientar e validar o cuidado. Selos como a Joint Commission International (JCI), a QMentum, a Quality Global Alliance e a Organização Nacional de Acreditação (ONA) são chancelas que traduzem rigor técnico em impacto humano. Da mesma forma, reconhecimentos específicos para unidades de terapia intensiva — como o UTI Top Performer e o UTI Eficiente — mostram que é possível unir alta complexidade com eficiência e acolhimento.
Na pandemia, por exemplo, vimos de perto como a padronização do atendimento fez a diferença. Protocolos já estabelecidos por certificações ajudaram a dar respostas rápidas em um cenário de enorme pressão. Foi graças a esses padrões que conseguimos organizar fluxos de triagem, isolar casos suspeitos, treinar equipes de forma ágil e manter a segurança tanto dos profissionais quanto dos pacientes.
No fundo, rankings e certificações são como espelhos: refletem o que já se faz bem, mas também mostram onde precisamos melhorar. Para quem está do lado de fora, eles dão segurança. Para quem está dentro das unidades de saúde, oferecem motivação e responsabilidade. E para quem mais importa — o paciente —, significam mais do que números: representam histórias de vida preservadas, amores de famílias que voltam para se reunir em casa e a certeza de que a saúde pode, sim, ser vivida com confiança.
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Bionexo adquire Brasíndice e amplia atuação em inteligência de preços
Movimento reforça a estratégia da empresa de integrar dados e tecnologia para tornar o mercado de medicamentos e materiais hospitalares mais transparente e previsível.
A Bionexo anunciou a aquisição da Brasíndice, especializada em precificação de medicamentos e materiais hospitalares no Brasil. O movimento marca um novo passo na consolidação da empresa como uma das principais fornecedoras de dados e tecnologia para o setor de saúde.
Criada em 1965, a Brasíndice é amplamente utilizada por hospitais, clínicas, farmácias e operadoras de saúde como parâmetro oficial de preços de mercado. A integração ao ecossistema digital da Bionexo deve modernizar a base de dados da publicação, incorporando automação e atualizações em tempo real por meio das capacidades em nuvem da companhia.
A operação reforça a estratégia da Bionexo de ampliar sua atuação em inteligência de dados aplicada à gestão hospitalar. A empresa mantém, em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), três indicadores públicos — o Índice de Preços de Medicamentos para Hospitais (IPM-H), no Brasil e na Argentina, e o Índice de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (I-OPME) — construídos a partir de metodologias auditáveis e milhões de transações registradas em sua plataforma.
Segundo Solange Plebani, CEO da Bionexo, a incorporação da Brasíndice amplia a capacidade de análise e oferece mais previsibilidade ao setor. “A Brasíndice é uma referência histórica nas negociações entre prestadores e operadoras. Integrá-la ao nosso ecossistema permite desenvolver análises mais robustas, com transparência e inteligência de mercado”, afirma.
Com 25 anos de operação, a Bionexo atua em cinco países da América Latina e movimentou mais de R$ 35 bilhões em transações em 2024. A empresa atende cerca de 9 mil instituições de saúde e mantém 30 mil fornecedores ativos.
Para o CFO, Carlos Eduardo Baron, a aquisição está alinhada à estratégia de crescimento. “A união das bases da Bionexo e da Brasíndice reforça nosso papel como hub de dados estratégicos e consolida uma posição de liderança regional em tecnologia e gestão de saúde”, diz.
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MEDICINA S/A
Melhora avaliação da qualidade da saúde entre brasileiros, revela pesquisa Ipsos
Em sete anos, o Brasil teve uma variação positiva de 15 p.p na avaliação sobre a qualidade da saúde: em 2018, 18% dos entrevistados a consideravam boa ou muito boa, porcentagem que passou para 34% em 2025, segundo a Ipsos. No entanto, o otimismo em relação a melhorias futuras na assistência médica variou negativamente de 61% (em 2018) para 57% neste ano e Brasil (43%), enquanto 80% acreditam que a população brasileira não pode arcar com uma boa assistência à saúde. Os dados são da sétima edição do Ipsos Health Service Report 2025 (Relatório sobre os Serviços de Saúde 2025), que monitora as percepções de 30 países sobre o sistema de saúde e os desafios de saúde que cada um deles enfrenta.
O relatório mostra que 3 em cada dez brasileiros (29%) acreditam que todos no país recebem o mesmo padrão de atendimento, indicando a percepção de disparidades no sistema de atendimento. No entanto, na mesma pergunta, em 2018, 18% concordavam com a afirmação, sinalizando uma melhora na percepção de desigualdades na saúde.
Entre os desafios nacionais mais apontados, em primeiro lugar estão longos tempos de espera (43%) e, em segundo lugar, a falta de investimentos (39%). A saúde mental continua sendo o maior problema de saúde em 18 países, incluindo o Brasil (citado por 52% dos entrevistados). Na sequência, estão câncer, estresse, obesidade e abuso de drogas.
A pesquisa identifica que o conhecimento sobre medicamentos GLP-1 (como Ozempic, Wegovy, Zepbound, Rybelsus ou Mounjaro) é muito alto no Brasil. Enquanto a média global é de 36%, no Brasil 58% declararam conhecer esse tipo de medicamento, indicado no controle do açúcar no sangue em diabéticos tipo 2 e na redução de peso em pacientes com obesidade e sobrepeso. A maioria (55%) dos brasileiros também acreditam que obesidade irá aumentar no país nos próximos 10 anos, seguindo a média global de 54%.
Globalmente, dos que ouviram falar a respeito de medicamentos GLP-1, a maioria tomou conhecimento por meio das mídias sociais (45%) e apenas 19% por meio de um profissional médico. No Brasil, a influência das redes é ainda maior, 54% tomaram conhecimento do medicamento pelas redes sociais.
A pesquisa também avaliou a confiança dos entrevistados nas vacinas: 70% dos brasileiros concordam que a vacinação contra doenças infecciosas graves deveria ser obrigatória (13% discordam), deixando o Brasil no top cinco de países com maior concordância com o tema.
Já 41% confiam que o sistema de saúde do Brasil oferece o melhor tratamento (em 2018, era 20%). Por outro lado, os brasileiros estão entre os que mais se automedicam, assumindo a terceira posição entre os países pesquisados: 73% declaram que no Brasil frequentemente as pessoas tomam medicamentos sem consultar um médico ou um profissional de saúde.
Saúde mental
Quando avaliada a maior preocupação de saúde dos brasileiros, a saúde mental, declarada por 52% dos entrevistados, aparece em primeiro lugar (em 2018 era 18%). Entre as mulheres são 60%, enquanto 44% dos homens a consideram o principal problema. Mesmo assim, saúde mental também é o problema de saúde mais citado por eles.
As diferenças entre Geração Z x Boomers no Brasil também são bem-marcadas. Enquanto a saúde mental é citada por 40% do Boomers, ela é mencionada por 60% da Gen Z. A menção do estresse como principal problema também acompanha essa tendência: 25% entre os Boomers x 37% entre a Gen Z.
O Brasil está na quinta posição entre os países que no ano passado as pessoas se sentiram estressadas a ponto de acharem que não conseguiam lidar com as situações: 31% dos entrevistados se sentiram dessa forma e 39% se sentiam assim várias vezes.
Metodologia
A Ipsos entrevistou um total de 23.172 adultos com 18 anos ou mais na Índia, de 18 a 74 anos no Canadá, República da Irlanda, Malásia, África do Sul, Turquia e Estados Unidos, de 20 a 74 anos na Tailândia, de 21 a 74 anos na Indonésia e Singapura e de 16 a 74 anos em todos os outros países.
A amostra é composta por aproximadamente 1.000 indivíduos na Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Indonésia, Itália, Japão, Espanha, Turquia e EUA, e 500 indivíduos na Argentina, Chile, Colômbia, Hungria, Irlanda, Malásia, México, Holanda, Peru, Polônia, Romênia, Singapura, África do Sul, Coreia do Sul, Suécia e Tailândia. A amostra na Índia é composta por aproximadamente 2.200 indivíduos, dos quais aproximadamente 1.800 foram entrevistados pessoalmente e 400 foram entrevistados online. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p.
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PORTAL PANORAMA
Donas de clínica em Goiânia são indiciadas por fraudes em atendimentos a crianças com autismo
A Polícia Civil de Goiás indiciou as donas de uma clínica em Goiânia por estelionato, falsidade ideológica, falsificação de documentos e associação criminosa. A investigação revelou um esquema de fraudes em atendimentos a crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Segundo o inquérito, as empresárias cobravam e registravam terapias que nunca ocorreram. Em alguns casos, os relatórios mostravam atendimentos enquanto os pacientes estavam internados em outros estados. As notas fiscais falsas eram enviadas à operadora de saúde como se os serviços tivessem sido realizados em Goiânia.
A apuração também identificou assinaturas falsificadas de profissionais de saúde e transferências via PIX para familiares de pacientes, usadas para disfarçar cobranças irregulares.
A Unimed Goiânia, responsável pela denúncia, afirmou que o maior prejuízo foi humano. O diretor de Provimento de Saúde, Francisco Albino Rebouças, lamentou os impactos do golpe.
“Mais do que o prejuízo financeiro, o maior dano recai sobre as crianças autistas e suas famílias. Esse tipo de fraude compromete a evolução clínica e a confiança das famílias”, afirmou.
O caso segue para o Poder Judiciário, que decidirá sobre as responsabilidades criminais das investigadas. A Unimed reforçou que mantém auditorias e processos internos para prevenir novas irregularidades e garantir atendimento ético e seguro aos beneficiários.
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Assessoria de Comunicação