CLIPPING AHPACEG 26/09/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeitura pretende fazer mudanças no Imas
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeitura-pretende-fazer-mudancas-no-imas-13961814.ghtml
Complexo oncológico Cora é inaugurado e deve fazer transplantes de medula óssea
Crer celebra 23 anos cuidando com excelência e reabilitando com amor
Treinamento de médicos generalistas ajuda a acelerar tratamento do paciente, diz SBR
Hospital de Rio Verde realiza cirurgia inédita e salva recém-nascido com malformação rara
Mulher denuncia que mãe diabética dormiu no chão do corredor do HCN em Uruaçu
Judicialização da saúde custou R$ 9,6 bilhões à União entre 2020 e 2024
https://medicinasa.com.br/judicializacao-custos/
Sale and Leaseback – modalidade de captação de capital ganha força
https://medicinasa.com.br/sale-and-leaseback/
TV ANHANGUERA
Prefeitura pretende fazer mudanças no Imas
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-2-edicao/video/prefeitura-pretende-fazer-mudancas-no-imas-13961814.ghtml
........................
Complexo oncológico Cora é inaugurado e deve fazer transplantes de medula óssea
.......................
PORTAL PATRÍCIA FINOTTI
Crer celebra 23 anos cuidando com excelência e reabilitando com amor
A unidade de saúde do Governo de Goiás, já realizou mais de 25 milhões de atendimentos/procedimentos, e é referência nacional em reabilitação e readaptação
Fundado em 25 de setembro de 2002, o Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo - Crer - celebra 22 anos de uma trajetória marcada por excelência e dedicação ao cuidado centrado na pessoa. Ao longo desse período, a unidade realizou mais de 25 milhões de atendimentos e procedimentos, reafirmando seu papel como referência em reabilitação e readaptação no estado de Goiás e em todo o país.
Comemorando mais de duas décadas de serviços prestados à população, o Crer preparou uma semana especial de eventos que envolve pacientes, usuários, colaboradores e parceiros. Este será um momento de celebração e de reconhecimento às pessoas que, diariamente, contribuem para a construção dessa história de sucesso.
O diretor-geral do Crer, Luiz Carlos Junio Sampaio Teles, A transformação que o Crer trouxe para a saúde pública não está apenas nos números ou nas certificações, mas nas histórias de vida. Está em cada paciente que retoma sua independência, em cada família que volta a acreditar, em cada exemplo que prova que a deficiência não é um limite para viver com dignidade e qualidade de vida. Esse é o legado vivo que construímos diariamente. Nossas conquistas institucionais, como a acreditação Qmentum International - Diamond, confirmam que o SUS pode alcançar padrões internacionais de qualidade e segurança. Mas a maior vitória é social: está no incentivo ao esporte adaptado, na pesquisa, na formação de profissionais, na defesa dos direitos das pessoas com deficiência e na promoção da inclusão em todas as suas dimensões.
Crer em Números
Desde sua fundação, em setembro de 2002, até agosto de 2025, o Crer realizou um total de 25.528.783 atendimentos e procedimentos. Entre eles, 1.967.345 consultas médicas ambulatoriais, 14.850.078 atendimentos em reabilitação e consultas multiprofissionais, tanto em regime ambulatorial quanto de internação. Além disso, foram feitos 5.235.365 exames de laboratório e análises clínicas, 1.484.534 exames de imagem, 718.488 exames de audiologia, 4.600 procedimentos no laboratório de marcha, 299.292 procedimentos odontológicos e 122.558 cirurgias. A unidade também registrou 288 implantes cocleares, confeccionou 158.333 próteses e órteses na oficina ortopédica e dispensou 59.315 aparelhos de amplificação sonora (AASI). No mesmo período, o Crer contabilizou 7.224 atendimentos pelo Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). Esses números demonstram a abrangência e o impacto significativo da instituição na reabilitação e cuidado dos seus pacientes.
Referência Nacional e Internacional
Reconhecido como Centro Especializado em Reabilitação e Readaptação (CER IV) pelo Ministério da Saúde, o Crer se destaca no atendimento de alta e média complexidade nas áreas hospitalar e ambulatorial. Primeira unidade pública do país focada em reabilitação e readaptação, o hospital atua nas deficiências físicas, auditivas, visuais e intelectuais, e é certificado com o selo de Excelência Nível 3 da Organização Nacional de Acreditação (ONA) e a norma ISO 9001:2015.
Em 2022, o Crer foi o único hospital do governo estadual a atingir 100% de conformidade na Avaliação Nacional das Práticas de Segurança do Paciente, divulgada pela Anvisa. Recebeu ainda o selo 'UTI Top Performer 2022', concedido pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), e o título de 'Great Place to Work' (GPTW), consolidando-se como um excelente ambiente de trabalho, com uma cultura organizacional baseada em confiança e alto desempenho.
Também em 2022, o Crer foi reconhecido nacionalmente, sendo o hospital público mais bem avaliado de Goiás e ocupando a 14ª posição no ranking dos melhores hospitais públicos do Brasil, uma honraria concedida pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
Em 2024, o Crer se destacou por ser o 1º hospital de Goiás e único 100% SUS do centro-oeste a obter a Acreditação Canadense Qmentum Internacional, selo diamante (nível máximo de certificação). A metodologia Qmentum é um modelo de avaliação internacional de serviços de saúde, reconhecido em 30 países, que garante que as organizações cumpram requisitos de governança e boas práticas assistenciais.
Em 2025 E pelo terceiro ano consecutivo, a Unidade de Terapia Intensiva - UTI da unidade foi contemplada com o selo "UTI Top Performer", do "Projeto UTIs Brasileiras", da Associação de Medicina Intensiva Brasileira - Amib e Epimed Solutions. Em Goiás, o único da Secretaria de Estado da Saúde (SES) a conseguir essa honraria.
Ensino e Pesquisa
Na área de ensino, o Crer é um hospital escola reconhecido pelo Ministério da Educação, já formando mais de 224 especialistas e publicando inúmeros estudos em revistas nacionais e internacionais. O programa de Aperfeiçoamento Profissional da unidade já qualificou mais de 500 profissionais.
Estrutura de Ponta
Com mais de 33 mil metros quadrados de área construída, o Crer conta com 156 leitos de enfermaria, 20 leitos de UTI, 8 salas cirúrgicas, 4 piscinas aquecidas para hidroterapia e 5 ginásios de reabilitação. A estrutura inclui ainda um moderno Centro de Diagnóstico e o único serviço de Aconselhamento e Laboratório de Genética do estado.
Além disso, o Crer possui uma oficina ortopédica fixa e itinerante, credenciada pelo Ministério da Saúde, que confecciona órteses, próteses e outros dispositivos sob prescrição médica, garantindo aos pacientes um atendimento completo e integrado, promovendo a autonomia e a qualidade de vida.
Com uma equipe altamente qualificada, o Crer continua sendo um símbolo de cuidado humanizado centrado na pessoa, inovação e excelência na reabilitação, consolidando-se como um dos maiores patrimônios da saúde pública em Goiás e no Brasil.
.................................
IMPRENSA PÚBLICA
Treinamento de médicos generalistas ajuda a acelerar tratamento do paciente, diz SBR
Desde a infância, Regiane Araújo Pacheco, artesã de 40 anos da cidade de Ipupiara, na Bahia, sofria com dores nos joelhos e quadril. Ela buscava ajuda médica localmente, mas só recebeu um diagnóstico definitivo quando, aos 15 anos, foi a São Paulo consultar especialistas.
Ela conta que antes desse diagnóstico teve crises intensas de dor que a impediram de andar. Em São Paulo, visitou vários médicos sem sucesso até ser diagnosticada com artrite reumatoide infantil por um reumatologista.
Ainda assim, as dores persistiram e, em 2008, após muitas viagens à cidade de Vitória da Conquista, ela foi diagnosticada com lúpus, doença para a qual faz tratamento até hoje.
Essa busca por diagnóstico e tratamento é chamada de jornada do paciente, que, no caso de Regiane, foi longa e difícil devido às grandes distâncias e demora para obtenção de atendimento especializado.
José Eduardo Martinez, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), destaca que um dos maiores desafios da saúde é justamente reduzir essa jornada, especialmente para pacientes com doenças reumáticas.
Ele explica que muitos pacientes passam por vários médicos não especialistas antes de chegarem a um diagnóstico correto. Martinez defende o programa "Agora tem Especialistas", criado pelo governo para aumentar o número de especialistas e, principalmente, encurtar a jornada do paciente.
Programa Agora Tem Especialistas
Esse programa do Ministério da Saúde visa diminuir o tempo de espera por consultas, cirurgias e exames no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o atendimento especializado em áreas prioritárias como oncologia, ortopedia, ginecologia, cardiologia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
A medida provisória que criou o programa foi aprovada pelo Congresso Nacional e aguarda sanção presidencial. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca que o programa traz inovações legislativas e promove a distribuição de especialistas em regiões que atualmente carecem desses profissionais.
Importância da Atenção Básica
Martinez aponta que, embora o programa seja positivo, é essencial melhorar a atenção básica para agilizar o atendimento inicial e facilitar o encaminhamento correto dos pacientes.
Ele exemplifica com a realidade de pacientes que vêm de cidades distantes para atendimento em centros especializados, enfrentando longas viagens e esperas. Uma melhor capacitação dos médicos generalistas poderia permitir que eles acompanhassem esses pacientes localmente, acelerando o tratamento.
Valderilio Azevedo, reumatologista da SBR, concorda que uma formação mais sólida dos médicos generalistas pode facilitar o diagnóstico e tratamento precoces, diminuindo a necessidade de encaminhamento imediato ao especialista.
Licia Maria Henrique da Mota, diretora científica da SBR, acrescenta que o problema também está na comunicação entre os serviços de saúde especializados e os de atenção básica, que precisa ser aprimorada para tornar o processo mais eficiente.
O Ministério da Saúde informa que tem aumentado significativamente os investimentos na Atenção Primária à Saúde, responsável por cerca de 70% do atendimento da população no SUS. O orçamento para esse nível de cuidado subiu de R$ 35,3 bilhões em 2022 para R$ 54,1 bilhões em 2024.
A Atenção Primária não apenas oferece cuidados através de médicos de família e comunidade, mas também integra ações de qualificação profissional e acompanhamento de condições crônicas, ajudando a reduzir o tempo de espera e encurtar a jornada do paciente até a atenção especializada.
.............................
O HOJE
Hospital de Rio Verde realiza cirurgia inédita e salva recém-nascido com malformação rara
Procedimento corrige atresia de esôfago e marca avanço na saúde infantil de alta complexidade no Hospital Materno Infantil Augusta Bastos
O Hospital Materno Infantil Augusta Bastos, em Rio Verde, realizou pela primeira vez uma cirurgia de correção de atresia de esôfago, malformação congênita rara que impede o bebê de se alimentar pela boca. A intervenção inédita foi conduzida com sucesso por uma equipe especializada, representando um marco na assistência pediátrica de alta complexidade oferecida pelo município.
A atresia de esôfago provoca uma desconexão entre o esôfago proximal, ligado à boca, e o esôfago distal, ligado ao estômago. Essa condição compromete a alimentação e pode vir acompanhada de outras anomalias, como malformações cardíacas, nos membros ou em outros órgãos do sistema digestivo. Por isso, o tratamento exige uma abordagem médica especializada e multidisciplinar.
Os cirurgiões pediátricos Dr. Antonio Rozeni Gomes Barbosa Junior e Dra. Mallu Emrich lideraram o procedimento, garantindo ao recém-nascido a chance de se alimentar naturalmente, com dignidade e qualidade de vida. A correção cirúrgica impacta diretamente no desenvolvimento e bem-estar da criança.
Com a realização da cirurgia, o Hospital Materno Infantil Augusta Bastos se consolida como referência regional em tratamentos pediátricos de alta complexidade. Esta foi a intervenção mais desafiadora já realizada na unidade, evidenciando a competência da equipe médica e o avanço da estrutura de saúde de Rio Verde.
A Prefeitura de Rio Verde continua investindo na saúde pública, ampliando o acesso a tratamentos especializados e salvando vidas desde os primeiros dias de vida.
.............................
Mulher denuncia que mãe diabética dormiu no chão do corredor do HCN em Uruaçu
Paciente transferida de Alvorada do Norte percorreu 500 km e, sem leito, passou a noite em condições insalubres
Uma moradora de Alvorada do Norte denunciou nesta quinta-feira (25) ao jornal O Hoje a situação da mãe, paciente transferida pela Central de Regulação de Goiás para o Hospital Estadual Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu. Segundo a família, apesar da indicação de vaga, a mulher não conseguiu ser internada e permanece em condições precárias no corredor da unidade.
De acordo com os relatos, a paciente, que apresenta necrose em um dos dedos do pé, é diabética, hipertensa e possui histórico de outras complicações médicas. A filha afirma que a transferência foi autorizada com a informação de que havia leito disponível. Entretanto, após percorrer mais de 500 quilômetros até Uruaçu, a paciente foi mantida no corredor do hospital.
Ainda segundo a família, a mulher possui baixa visão, dificuldade de locomoção e depende de acompanhamento constante. A denúncia aponta que a paciente dormiu no chão, sem acesso adequado a banho ou alimentação desde a noite de quarta-feira (24). Além disso, a filha relata que a equipe teria cogitado deixar a paciente sem acompanhante, apesar da condição clínica e da limitação física.
O hospital, de acordo com o relato, também não realizou os cuidados básicos necessários, como curativos no pé da paciente. A denúncia acrescenta que outros usuários enfrentam situação semelhante, aguardando por leitos em corredores da unidade.
O jornal entrou em contato com a administração do HCN de Uruaçu para esclarecer os fatos e questionar a denúncia. Até a publicação desta reportagem, não houve retorno. O espaço segue aberto para manifestação da unidade e da Secretaria Estadual de Saúde.
.....................................
MEDICINA S/A
Judicialização da saúde custou R$ 9,6 bilhões à União entre 2020 e 2024
O peso da judicialização da saúde sobre o orçamento público segue em crescimento. Dados do Ministério da Saúde, obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), revelam que a União desembolsou R$ 9,6 bilhões no cumprimento de decisões judiciais entre 2020 e 2024. No período, foram contabilizadas 23.046 ações.
Os gastos estão relacionados ao fornecimento de medicamentos, a cirurgias e a internações, entre outros. Entre as medicações mais solicitadas, em primeiro lugar está o eculizumabe, de alto custo, utilizado no tratamento de doenças raras e graves, como a hemoglobinúria paroxística noturna (HPN) e a síndrome hemolítico-urêmica atípica (SHUa). Foram 2.871 registros entre 2020 e 2024, com um gasto total de R$ 1.769.646.368,94.
Em segundo lugar, está o alfagalsidase, indicado para terapia crônica de reposição enzimática em pacientes com diagnóstico confirmado de doença de Fabry. Foram gastos R$ 408.853.784,83 com o medicamento nesse período.
Os medicamentos elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor, que são indicados juntos para o tratamento da fibrose cística (FC), estão em terceiro lugar. O valor pago pelo Ministério da Saúde foi de R$ 551.733.997,88 em 1.246 solicitações.
A judicialização da saúde, embora seja um mecanismo legítimo de acesso a direitos individuais, tem produzido efeitos colaterais significativos no planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da Anadem (Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética), Raul Canal, comenta que a imprevisibilidade desses gastos pode desorganizar a gestão financeira, impor cortes em outras áreas e criar desigualdade. “Esse gasto de R$ 9,6 bilhões em 4 anos mostra que o país segue sem políticas públicas eficazes para atender às demandas por terapias de alto custo”, afirmou.
O especialista em Direito Médico e Odontológico reforça a importância do fortalecimento da Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras (PNAIPDR). “O Brasil precisa avançar em uma estratégia específica para esse público, com financiamento adequado, protocolos claros e programas de acesso estruturados”.
..............................
Sale and Leaseback – modalidade de captação de capital ganha força
No mercado corporativo a perspectiva sobre o Sale and Leaseback (SLB) evoluiu nos últimos anos e passou a ser reconhecida como uma ferramenta eficaz de gestão de ativos. A Diretoria Executiva da Unimed Nova Iguaçu vislumbrou na modalidade a solução do enorme agravo financeiro diagnosticado na Cooperativa, responsável pela corrosão da sustentabilidade operacional do negócio. A transação, finalizada com êxito após meses de negociação, envolveu o prédio do futuro hospital próprio.
No país, a modalidade ganhou força impulsionada, principalmente, pela escassez de crédito e carência de alternativas para captação de capital. Em um cenário onde o acesso a financiamentos é restrito e as alternativas de captação de recursos são limitadas, o SLB emerge como uma solução viável e atraente não apenas em tempos de crise, mas como parte de uma estratégia financeira sólida e de longo prazo. No Brasil a operação é autorizada pela Lei nº 6.099/74, que estabelece as normas para o arrendamento mercantil (leasing). Embora a Lei nº 6.099/74 seja o arcabouço legal fundamental, a prática do leaseback também é regulada por Resoluções do Banco Central do Brasil, como a de nº 4.977/2021, que define requisitos específicos, como a restrição da operação para pessoas jurídicas.
O mecanismo é simples: trata-se de uma operação estruturada abrangendo a alienação de um ativo imobiliário por determinada empresa a um investidor – geralmente um fundo de investimento imobiliário (FII) ou uma instituição financeira – com a subsequente locação atípica do imóvel de volta à empresa alienante. No caso da Unimed Nova Iguaçu, o prazo estabelecido em contrato foi de 25 anos, renováveis. A operação financeira, por sua vez, respondeu com a injeção imediata de capital na Cooperativa, destinado à quitação do seu endividamento, oriundo de financiamentos adquiridos, em 2018, para a construção do seu hospital. Importante salientar que todos os mecanismos de transparência foram respeitados e incluíram troca de ideias junto ao Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Cooperativa, assim como realização de Assembleia Geral Extraordinária com os cooperados.
O recurso também poderá atender a demandas estratégicas ou operacionais da organização, como investimento em novas tecnologias, ampliação de negócios ou desenvolvimento de projetos estratégicos. A flexibilidade financeira proporcionada pelo SLB pode ser crucial em um ambiente econômico desafiador, já que mitiga a dependência de financiamentos bancários.
Os benefícios para o proprietário são inúmeros: geração de caixa, crucial em cenários de dificuldade de acesso ao crédito; contabilização dos aluguéis pagos ao investidor como despesa operacional, permitindo uma redução de sua carga tributária; desoneração do balanço com a venda do imóvel, melhorando índices de liquidez e margens financeiras; e transferência de riscos jurídicos e comerciais para o novo proprietário.
Além disso, a natureza atípica do contrato de SLB propicia às partes envolvidas uma ampla margem de liberdade contratual. Na prática, os contratantes podem estabelecer cláusulas e condições que se desviem das disposições da Lei n.º 8.245, de 18 de outubro de 1991 (Lei de Locações), desde que não contrariem princípios basilares do direito e da ordem pública. Isso porque, na locação derivada de um SLB, as disposições contratuais devem ser consideradas como fontes normativas preponderantes, e a interferência do Poder Judiciário nas condições pactuadas pelas partes, embora possível, deve ser medida excepcional.
Por fim, importante destacar que o processo de due diligence do imóvel e da empresa vendedora – e de seus antecessores na propriedade do imóvel, quando aplicável – é essencial para garantir a segurança e o sucesso da operação de SLB, pois permite que o investidor identifique e avalie os riscos compreendidos na operação que possam afetar ou inviabilizar os retornos financeiros previstos. Esse processo envolve etapas como a inspeção física do imóvel, a análise da documentação do imóvel e dos proprietários para confirmar a inexistência de ônus ou gravames, e a avaliação da saúde financeira da empresa vendedora.
As transações de Sale and Leaseback são complexas e demandam análise criteriosa sob diversos aspectos jurídicos, financeiros, contábeis e estratégicos. Ao buscar uma solução desta natureza, devem ser considerados alguns fatores, como a relevância dos imóveis para as suas operações. A decisão necessita estar alinhada ao seu planejamento estratégico e, eventuais riscos operacionais, devem ser ponderados.
Assim, com a ampla disseminação e o maior entendimento a respeito das operações de Sale and Leaseback, será natural que cada vez mais organizações de variados segmentos, inclusive, do Sistema Unimed, recorram à parceria fundamentada pela legislação com o propósito de otimizar sua estrutura de capital e melhorar a eficiência operacional para potenciais expansões e investimentos, mantendo sua competitividade no mercado.
*Joé Gonçalves Sestello é Diretor-Presidente da Unimed Nova Iguaçu.
.......................
Assessoria de Comunicação