CLIPPING AHPACEG 24/09/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Cremego publica resolução que trata sobre o tempo necessário para cada atendimento médico
Ministério da Saúde passa a recomendar mamografia a partir dos 40 anos
Araújo Jorge busca apoio para ampliar acesso à radioterapia em Goiás e reduzir filas de espera
Após fala de Trump, Ministério da Saúde desmente ligação entre paracetamol e autismo
Saúde inclui teste de autismo na rotina infantil
https://ohoje.com/2025/09/23/saude-inclui-teste-de-autismo-na-rotina-infantil/
Saúde baseada em valor ainda é exceção no Brasil, mas estudo aponta mudança de rota até 2030
RÁDIO CBN GOIÂNIA
Cremego publica resolução que trata sobre o tempo necessário para cada atendimento médico
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AGÊNCIA BRASIL
Ministério da Saúde passa a recomendar mamografia a partir dos 40 anos
Faixa concentra 23% dos casos de câncer
O Ministério da Saúde passou a recomendar o acesso a mamografia, via Sistema Único de Saúde (SUS), para mulheres de 40 a 49 anos – mesmo que não haja sinais ou sintomas de câncer de mama. De acordo com a pasta, a faixa etária concentra 23% dos casos da doença, e a detecção precoce aumenta as chances de cura.
Até então, a orientação era que o exame fosse feito a partir dos 50 anos.
A medida faz parte de um conjunto de ações anunciadas nesta terça-feira (23) voltado para a melhoria do diagnóstico e da assistência. A recomendação para mulheres a partir dos 40 anos é que o exame seja feito sob demanda, em decisão conjunta com o profissional de saúde.
“A paciente deve ser orientada sobre os benefícios e desvantagens de fazer o rastreamento. Mulheres nesta idade tinham dificuldade com o exame na rede pública de saúde por conta da avaliação de histórico familiar ou necessidade de já apresentar sintomas”, informou o ministério em nota.
As mamografias via SUS em pacientes com menos de 50 anos, de acordo com a pasta, representam 30% do total, o equivalente a mais de 1 milhão apenas no ano de 2024.
Rastreamento ativo
Outra medida anunciada é a ampliação da faixa etária para o rastreamento ativo – quando a mamografia é solicitada de forma preventiva a cada dois anos. A idade limite, até então, era 69 anos. Agora, passa a ser 74 anos. Dados do ministério revelam que quase 60% dos casos de câncer de mama estão concentrados entre 50 e 74 anos.
“A ampliação do acesso à mamografia aproxima o Brasil de práticas internacionais, como as adotadas na Austrália, e reforça o compromisso em garantir diagnóstico precoce e cuidado integral às mulheres brasileiras. O câncer de mama é o mais comum e o que mais mata mulheres, com 37 mil casos por ano”, reforçou a pasta.
Os números mostram que, em 2024, cerca de 4 milhões de mamografias para rastreamento e 376,7 mil exames diagnósticos foram realizados no SUS.
Unidades móveis
O ministério anunciou ainda a oferta de 27 carretas de saúde da mulher em 22 estados por meio do programa Agora Tem Especialistas. A ação é voltada para a expansão do acesso a consultas, exames e cirurgias com o objetivo de reduzir o tempo de espera para atendimento no SUS.
Os primeiros testes foram realizados em Goiânia. No próximo mês, as carretas seguem para diferentes estados do país. A expectativa é alcançar até 120 mil atendimentos ao longo de outubro, com investimento de R$ 18 milhões para a execução da ação.
“As unidades móveis vão oferecer uma ampla gama de serviços para o diagnóstico precoce de câncer de mama e de colo do útero, incluindo mamografia, ultrassonografia, punção e biópsia de mama, colposcopia e consultas médicas presenciais e por telemedicina”, informou a pasta.
Biópsia
Outra iniciativa é a aquisição de 60 kits de biópsia, cada um com uma mesa de biópsia estereotática em decúbito ventral e um equipamento de raio-X especializado. Os equipamentos, segundo ministério, utilizam tecnologia de imagem 2D e 3D, garantindo maior precisão diagnóstica e reduzindo a necessidade de repetição de procedimentos.
Medicamentos mais modernos
A partir de outubro, o SUS vai disponibilizar também novos medicamentos para o tratamento do câncer de mama. Um deles é o trastuzumabe entansina, indicado para mulheres que ainda apresentam sinais da doença mesmo após a primeira fase do tratamento com quimioterapia antes da cirurgia.
Outro grupo de medicamentos inclui os inibidores de ciclinas (abemaciclibe, palbociclibe e ribociclibe), recomendados para pacientes com câncer de mama avançado ou metastático – quando a doença já se espalhou para outras partes do corpo – e que têm receptor hormonal positivo e negativo.
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MAIS GOIÁS
Araújo Jorge busca apoio para ampliar acesso à radioterapia em Goiás e reduzir filas de espera
Unidade atua para adquirir um novo acelerador linear, equipamento essencial no combate ao câncer
O Serviço de Radioterapia do Araújo Jorge – Hospital de Câncer, em Goiânia, quer ampliar o acesso à radioterapia em Goiás e reduzir filas de espera. Atualmente, a unidade de saúde realiza cerca de 320 sessões por dia, de forma ininterrupta, das 6h da manhã às 2h da madrugada, de segunda a sexta-feira. Apesar do trabalho, pacientes como Raimundo José da Silva aguardam semanas para começar o tratamento.
Para dinamizar o processo, o Araújo Jorge busca apoio de empresários para adquirir um novo acelerador linear, equipamento essencial no combate ao câncer. O Ministério da Saúde já aprovou o projeto para a aquisição e instalação do novo equipamento, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon 2025), mas é preciso captar R$ 9.945.568,00 até novembro de 2025. Segundo o hospital, essa captação depende exclusivamente de empresas tributadas pelo Lucro Real, que podem destinar até 1% do Imposto de Renda devido diretamente ao projeto, sem nenhum custo adicional.
Caso não seja possível captar o valor dentro do prazo, a instalação ficará inviabilizada em 2026, o que fará com que os pacientes continuem a enfrentar filas de espera por radioterapia em Goiás. “Apoiar esse projeto é apoiar a luta pela vida. É também uma forma de o empresariado goiano e nacional demonstrar, na prática, sua responsabilidade social. Cada real destinado via Imposto de Renda representa mais pacientes tratados, menos filas e mais esperança. Por isso, convoco o empresariado goiano e nacional a apoiar essa iniciativa”, afirma Kleber Rosa, diretor-executivo do Araújo Jorge. Segundo ele, a chegada do novo acelerador linear vai ampliar em 30% a capacidade de atendimento.
Atualmente, o hospital possui dois aceleradores lineares. Eram três, mas, em abril deste ano, um dos aparelhos – em operação desde 1999 – apresentou falhas graves, o que fez a instituição redirecionar pacientes para a unidade de Anápolis. “Se esse equipamento parar definitivamente, será um verdadeiro colapso. Não há outra instituição pública em Goiás habilitada pelo SUS para absorver essa demanda”, alerta Paulo Moacir Campoli, vice-presidente do Conselho de Administração da Associação de Combate ao Câncer em Goiás, mantenedora do Araújo Jorge.
Vale destacar que o Araújo Jorge é o único Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) em Goiás. Além disso, ele é referência nacional em oncologia.
Mais informações:
- Telefone: (62) 98320-1334
- E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
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O HOJE
Após fala de Trump, Ministério da Saúde desmente ligação entre paracetamol e autismo
Pasta reforça segurança do medicamento e alerta para riscos da desinformação sobre saúde pública
O Ministério da Saúde emitiu uma nota oficial nesta terça-feira (23) para reforçar que o paracetamol, um fármaco de propriedades analgésica e antipirética (redução da febre), é seguro, eficaz e não está relacionado a ocorrência de autismo. A manifestação ocorre um dia depois de o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ter feito essa correlação, sem apresentar provas, em uma declaração à imprensa.
A desinformação disseminada por Trump também foi negada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido.
“A saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis. A atuação de lideranças políticas na criação de informações deturpadas pode gerar consequências desastrosas para a saúde pública, como vimos na pandemia de Covid-19, com mais de 700 mil vidas perdidas no Brasil”, disse o Ministério da Saúde, em nota.
“O anúncio de que autismo é causado pelo uso de paracetamol na gestação pode causar pânico e prejuízo para a saúde de mães e filhos, inclusive com a recusa de tratamento em casos de febre e dor, além do desrespeito às pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias”,
De acordo com o Ministério da Saúde, “o transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados, podendo apresentar um repertório restrito de interesses e atividades”.
Na nota, a pasta diz que busca reverter os prejuízos causados pelo negacionismo no Brasil, “que impactou na adesão da população às vacinas em um país que já foi referência mundial neste tema”.
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Saúde inclui teste de autismo na rotina infantil
O governo estima que cerca de 1% da população brasileira viva com TEA
O Ministério da Saúde anunciou, na quinta-feira (18), a implementação de uma nova linha de cuidado voltada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entre as principais mudanças, está a inclusão do teste de triagem para identificar sinais do transtorno em todas as crianças entre 16 e 30 meses de idade, durante a rotina de avaliação do desenvolvimento na atenção primária.
A medida prevê que intervenções e estímulos sejam iniciados ainda antes da confirmação diagnóstica. Em nota, a pasta enfatizou que a detecção precoce é determinante para ampliar a autonomia e favorecer a interação social na vida adulta.
Atualmente, o governo estima que cerca de 1% da população brasileira viva com TEA. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 71% dessas pessoas apresentam deficiências associadas, o que reforça, segundo o ministério, a urgência de estratégias integradas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
A nova linha de cuidado oferece diretrizes a gestores e profissionais sobre o funcionamento da rede, desde a atenção básica até os serviços especializados. O foco está no rastreamento precoce, no encaminhamento ágil e no início imediato das intervenções.
O instrumento utilizado para triagem será o M-Chat, questionário que possibilita identificar sinais de autismo já nos primeiros anos de vida. Ele está disponível na Caderneta Digital da Criança e no prontuário eletrônico E-SUS. Para complementar o processo, a versão atualizada do Guia de Intervenção Precoce, que contém orientações sobre estímulos e terapias, será submetida à consulta pública.
Outra frente prevista é o fortalecimento do Projeto Terapêutico Singular (PTS), plano de acompanhamento personalizado elaborado por equipes multiprofissionais em conjunto com as famílias. O documento também destaca a necessidade de acolhimento e suporte contínuo aos pais e cuidadores, reconhecendo o papel decisivo que exercem no desenvolvimento infantil.
Entre as ações anunciadas estão programas de orientação parental, criação de grupos de apoio e capacitação de profissionais da atenção primária. A proposta busca potencializar o ambiente domiciliar como espaço complementar às práticas conduzidas pelas equipes de saúde.
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SAÚDE BUSINESS
Saúde baseada em valor ainda é exceção no Brasil, mas estudo aponta mudança de rota até 2030
Pesquisa inédita do Ibravs mostra que só 10% dos hospitais têm acordos realmente baseados em valor e projeta crescimento.
A lenta adoção de modelos de Value-Based Health Care (VBHC) na saúde suplementar brasileira ganha um retrato inédito em estudo elaborado pela L.E.K. Consulting em parceria com o Instituto Brasileiro de Valor em Saúde (Ibravs).
Embora 60% dos executivos entrevistados reconheçam a relevância do conceito para a sustentabilidade do setor, apenas cerca de 10% dos hospitais têm algum contrato efetivamente baseado em valor.
A mesma proporção se aplica aos acordos de capitation + valor, modalidade em que o pagamento é per capita, com foco em prevenção e desfechos. Os resultados foram divulgados recentemente durante o CLAVS’25, no Rio de Janeiro.
O levantamento mostra que 75% dos hospitais já trabalham com modelos de preço fixo — sobretudo pacotes — que em 2024 concentraram 13,2% de todos os gastos assistenciais. Contudo, apenas 7% adotam o modelo Diagnosis-Related Group (DRG) + valor, considerado mais avançado por incluir desfechos do paciente.
“Há uma confusão frequente entre pacote e VBHC. Empacotar não é necessariamente entregar valor; é somente transferir risco do pagador para o prestador”, observa César Abicalaffe, presidente do Ibravs.
Barreiras estruturais e culturais
A pesquisa também mapeia entraves conhecidos: ausência de confiança entre operadoras e hospitais, falta de dados integrados e resistência cultural. Médicos tendem a associar o modelo à perda de autonomia, enquanto operadoras receiam investir em prevenção sem garantia de fidelização dos beneficiários.
“Ainda predomina a ideia de que um ganha e o outro perde, quando o verdadeiro beneficiário deveria ser o paciente”, avalia Abicalaffe.
A fragmentação do cuidado é outro desafio central. Cirurgia em um hospital, reabilitação em outra clínica e acompanhamento em um terceiro local ainda ocorrem sem integração de prontuários ou indicadores de desfecho.
“Sem dados confiáveis e compartilhados, é impossível remunerar pelo que realmente importa: o resultado clínico”, reforça o presidente do Ibravs.
Apesar das barreiras, há expectativa de avanço. Segundo o estudo, 67% dos provedores pretendem ampliar o uso de modelos baseados em performance ou população até 2025, e 78% projetam crescimento até 2030.
Para Abicalaffe, a transição é irreversível: “O fee-for-service está esgotado. O aumento do sinistro e a pressão por qualidade e sustentabilidade criam a tempestade perfeita para quebrar o ciclo do pagamento por volume”.
Papel do regulador
O estudo ressalta ainda a importância de estímulos regulatórios e governamentais. Experiências internacionais, como as Accountable Care Organizations (ACOs) nos Estados Unidos, mostram como políticas públicas podem acelerar a mudança.
No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) vem testando iniciativas como o Projeto Parto Adequado e o OncoRede, mas de forma limitada. “Precisamos de um marco regulatório que premie de fato o desfecho e a pertinência clínica”, defende Abicalaffe.
Caminhos futuros
O VBHC é amplamente reconhecida, mas pouco monetizada. O desafio está em transformar discurso em prática. “O futuro da saúde depende da capacidade de remunerar pelo que realmente importa: mais saúde com melhor custo. Esse é o norte que deve guiar o setor nos próximos anos”, resume o presidente do Ibravs.
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Assessoria de Comunicação