Postado em: 13/03/2024

CLIPPING AHPACEG 13/03/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue

Prefeitura decreta situação de emergência de dengue em Goiânia

Prescrição indiscriminada de implantes hormonais está na mira do Cremego

Goiânia entra em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue

Médicos irão paralisar serviços por 24 horas

MEDICINA S/A

Dengue, zika e chikungunya podem impactar em R$ 20 bilhões a economia nacional

O grande número de casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em 2024, além de afetar a saúde de milhões de brasileiros, pode ter impacto expressivo na economia nacional. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) mostra que esse impacto pode chegar a R$ 20 bilhões.

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial.

O estudo considera três arboviroses – dengue, zika e chikungunya –, em um cenário esperado com 4,2 milhões de infectados no país. A estimativa de infectados foi baseada na divulgação do Ministério da Saúde para o ano de 2024. Esses números alarmantes decorrem dos impactos causados por alterações climáticas, como El Niño, que provoca ondas de calor e chuva. O documento evidencia ainda a importância de medidas preventivas e de controle.

 

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, “o estudo evidencia os impactos econômicos e sociais das arboviroses na sociedade”. Ele explica ainda que os gastos com tratamento podem chegar a R$ 5,2 bilhões ao ano, valor suficiente para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da FIEMG, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.

Números

O número de casos de dengue no Brasil já ultrapassa 1 milhão em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa do órgão para o ano chega a 4,2 milhões. A rápida expansão da doença já se transformou em epidemia em seis estados e obrigou 17 municípios a declarar emergência de saúde.

Confira o estudo completo aqui: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://app.i-maxpr.com/x/12094/2fa/2fa97eeaf0e7dd4543bb65c763b94cdd.pdf

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AGÊNCIA BRASIL

Saúde passa a recomendar testes rápidos para diagnóstico de dengue


O Ministério da Saúde passou a recomendar o uso de testes rápidos para diagnóstico e fechamento de casos de dengue. De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, foi elaborada uma nota técnica para orientar estados e municípios sobre o uso de testes rápidos para dengue.

"Já iniciamos a compra para distribuição", disse Ethel, em entrevista coletiva. A secretária lembrou que outros testes para diagnóstico de dengue, como o RT-PCR, amplamente utilizado durante a pandemia de covid-19, são mais sensíveis na detecção do vírus. Entretanto, em meio à explosão de casos de dengue no país, o Ministério da Saúde decidiu recomendar teste rápido para o diagnóstico de dengue com a devida orientação aos profissionais de saúde das redes estaduais e municipais.

A secretária de Vigilância Sanitária em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, fala sobre uso de testes rápidos para diagnóstico da dengue - Wilson Dias/Agência Brasil

De acordo com a coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública, Marília Santini, o teste rápido recomendado pelo ministério deve ser realizado entre o primeiro e o quinto dia de sintomas, período em que a maioria dos pacientes busca um serviço de saúde. Mesmo em casos de resultado negativo, o paciente deve ser monitorado e ações estratégicas, como a hiper-hidratação, devem ser adotadas, reforçou.

Ainda segundo Marília, para casos graves e mortes suspeitas por dengue, a orientação da pasta permanece sendo a realização de exame laboratorial, e não do teste rápido, uma vez que este tem limitações, como a incapacidade de rastrear o sorotipo de dengue que causou o agravamento do quadro ou o óbito do paciente.

Autoteste

Marília confirmou também tratativas com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização de autotestes para dengue no Brasil. A informação foi antecipada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

"Tivemos duas reuniões com a Anvisa", disse Marília, ao detalhar que o teste rápido e o autoteste são essencialmente o mesmo dispositivo, sendo o primeiro é conduzido por um profissional de saúde e o segundo, pelo próprio paciente.

Marília lembrou que, diferentemente do cenário de covid-19, em que o autoteste contribui para interromper a transmissão do vírus por meio do isolamento, o autoteste de dengue não contribui nesse aspecto, já que a doença só pode ser transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. "A gente ainda está iniciando uma discussão técnica."

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JORNAL OPÇÃO

Prefeitura decreta situação de emergência de dengue em Goiânia

Período é favorável para recebimento de recursos federais e para a flexibilização de gastos do município sem necessidade de licitação, por exemplo

A Prefeitura de Goiânia decidiu decretar situação de emergência de dengue, nesta terça-feira, 12. O titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, em entrevista coletiva, disse que a medida é em decorrência do aumento de casos e óbitos da doença. Até o momento, foram registrados um óbito e 10 casos estão sendo investigados, segundo o boletim epidemia.

O decreto assinado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) está previsto para sair em edição do Diário Oficial do Município (DOM) ainda nesta segunda. “Nós atingimos os níveis necessários para que isso [emergência] seja feito. Nós temos duas situações. A primeira situação, do Ministério da Saúde, que é a manutenção durante quatro meses crescente de casos, e segundo, também do Ministério da Saúde, quando o número de casos por mês ultrapassa a média dos últimos cinco anos. Então, isso caracteriza a emergência”, explicou.

Pollara pontuou que a Capital está com cinco mil casos, o que permite a decretação de emergência. Com isso, segundo o secretário, o Paço deve receber recursos emergências do Ministério da Saúde (a estimativa inicial é de R$ 5 milhões), para realizar contratações de agentes e adquirir insumos com a dispensa de licitação.

Questionado sobre a utilização das oito novas armadilhas para os mosquitos, o secretário lembrou que os equipamentos chegaram ao município na sexta-feira, 8, e que ainda não foram colocados em uso.    

Embora tenham sido chamados 200 agentes de endemias no ano passado, o que totaliza mais de 250 efetivos, o superintendente de Vigilância em Saúde, Pedro Moraes, salienta que com a situação de emergência outros profissionais devem ser contratados. “Com este decreto vai facilitar a gente contratar mais efetivo, fazer aquisição de produtos e insumos e serviços ao combate ao mosquito”.

Paralisação de médicos

Ao mesmo tempo, nesta segunda, o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) anunciou a paralisação de advertência de 24 horas para esta quarta-feira, 13, a partir das 7 horas da manhã. As principais reclamações dos médicos são atrasos de pagamentos e desvalorização profissional pela chamada pejotização (contrato por CNPJ).

Ao Jornal Opção, Pollara rebateu os atrasos de pagamentos aos médicos e ressaltou que os contratos via pessoa jurídica são uma opção para o profissional e para o setor público. De acordo com ele, esses profissionais têm ganhos maiores com esta modalidade. “Sobre o concurso público, para você ter uma ideia, tínhamos 17 vagas do processo anterior, fizemos o chamamento, sabe quantos vieram? Apenas oito. Sabe quantos foram efetivados? Apenas quatro”, frisou.

O secretário destacou que pelo contrato com CNPJ o profissional paga menos impostos, do que o servidor público, que tem os descontos no contracheque.

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GOIÁS VIDA SAUDÁVEL

Prescrição indiscriminada de implantes hormonais está na mira do Cremego

Há anos, o Cremego vem se posicionando publicamente contra esse tipo de prescrição e alertando a população sobre os riscos que uso indiscriminado hormônios representa para a saúde.

O caso também foi tema de uma carta divulgada no fim de 2023, na qual várias Sociedades de Especialidades Médicas alertavam que “não existe dose, tampouco acompanhamento médico que garanta segurança para o uso de hormônios para fins estéticos ou de performance”.

Médicos goianos reiteraram que a terapia hormonal para rejuvenescimento, emagrecimento, ganho de massa ou qualquer outro fim estético atende unicamente a interesses da indústria e de médicos que atropelam a ética médica e insistem na prescrição de procedimentos sem comprovação.

A presidente do Cremego voltou a alertar a população que não se submeta a esses tratamentos. “A terapia hormonal tem indicações específicas e a busca da beleza e da juventude eterna não é uma delas”, afirmou.

Sheila Soares Ferro Lustosa Victor explicou que o Cremego tem feito uma busca ativa nas redes sociais, onde os anúncios destes supostos tratamentos têm ganhado espaço, e punido os responsáveis por infração à ética médica.

“Mas, não conseguimos fiscalizar todos”, observou a presidente, que pediu ajuda à classe médica e à sociedade para que denunciem os profissionais que oferecem essas terapias. As denúncias podem ser encaminhadas à Ouvidoria do Cremego pelo telefone (62) 3250 4930 ou pelo e-mail O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.
.">O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo..

Os médicos fiscalizados podem responder a processo ético-profissional. Se confirmada a infração, eles podem ser punidos com penas que incluem a advertência confidencial, censura confidencial, censura pública, suspensão e cassação do direito de exercício da medicina.

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A REDAÇÃO

Goiânia entra em situação de emergência devido ao aumento de casos de dengue

A Prefeitura de Goiânia declarou, nesta terça-feira (12/3), situação de emergência nível 3 pelo aumento significativo do número de casos de dengue. Conforme explica o titular da  Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara, a medida foi tomada devido ao fato de o município ter ultrapassado, no último mês, a média dos últimos cinco anos, registrando mais de cinco mil infecções. 


Conforme dados da nona edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses da SMS, foram confirmados 5.724 casos de dengue no município, representando aumento de 52,7% em relação à edição anterior do boletim, que havia registrado 3.744 casos desde o início do ano. Além disso, Goiânia registrou um óbito confirmado e outros 10 em investigação. Wilson Pollara explica que o crescimento da doença por quatro semanas seguidas caracteriza a epidemia. “Além desse crescimento de registros confirmados, temos o óbito que confirma a situação de emergência”. 

Questionado sobre a gravidade da situação, Wilson Pollara destacou que esse é um momento que requer maior empenho por parte de toda a população. "Da parte administrativa, os processos referentes à epidemia da dengue serão tratados em regime de urgência e prioridade em todos os órgãos e entidades da administração municipal", afirmou o secretário. Ele acrescentou que contratações temporárias poderão ser realizadas para evitar que o déficit atual do quadro de pessoal permanente afete a prestação dos serviços à população de Goiânia.

Em termos operacionais, Pollara confirmou a ampliação de ações preventivas e de combate ao vetor transmissor, o Aedes aegypti, destacando a aquisição pública de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação anormal, respeitando a legislação vigente. "Recebemos recentemente outras oito mil armadilhas In Care, que já serão instaladas em regiões estratégicas", informou.

A tecnologia das armadilhas consiste em um dispositivo feito de plástico durável, aprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que atrai as fêmeas do mosquito para depositar os ovos em um recipiente contendo larvicida e um fungo para contaminar os mosquitos durante a postura dos ovos. Ao voarem para fora da armadilha, os insetos espalham as substâncias em outros criadouros, resultando na eliminação dos mosquitos contaminados.

Pollara ressaltou também que a SMS realiza visitas domiciliares constantes por parte dos Agentes de Combate a Endemias (ACEs) para orientar a população sobre as medidas para a prevenção das arboviroses urbanas, enfatizando que 75% dos focos do mosquito estão dentro do ambiente domiciliar, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). "O combate à dengue deve ser um pacto social em que toda a sociedade se envolva, cada cidadão fazendo a sua parte para evitar a proliferação do Aedes aegypti", frisou.

Outra medida destacada pelo secretário de Saúde foi a vacinação contra a dengue. Desde o dia 15 de fevereiro, foram aplicadas 9.896 doses de Qdenga em crianças de 10 a 14 anos na Capital. Distribuído pela farmacêutica japonesa Takeda, o imunizante teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Trata-se de uma vacina viva atenuada, composta pelos quatro sorotipos vivos do vírus da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), que não protege contra chikungunya, zika e febre amarela.

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DIÁRIO DA MANHÃ

Médicos irão paralisar serviços por 24 horas

Decisão se deve ao impasse entre a categoria e a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia

O Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), informou nsta terça-feira, 12, que a classe médica irá paralisar os serviços. A paralisação tem início às 7h da manhã de quarta-feira, 13, e se estende por 24 horas.

A greve foi estabelecida no dia 6 de março, durante uma Assembleia Geral Extraordinária Permanente, na qual a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não teria atendido às reivinidcações dos profissionais.

As principais reivindicações dos médicos são reajuste salarial, melhores condições de trabalho, revisão nas escalas de plantões e investimentos nas infraestruturas de unidades de saúde públicas.

Procedimentos classifcados como não urgentes e de emergência sofrerão impactos devido à greve. No entanto, atendimentos essenciais deverão ser mantidos, conforme é estabelecido pela legislação.

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Assessoria de Comunicação