Postado em: 04/11/2013

Sete hospitais da capital suspendem o atendimento pelo Imas

Com um atraso de seis meses no pagamento dos serviços prestados e um débito de cerca de R$ 5 milhões, os hospitais suspenderam o atendimento pelo Imas a partir desta sexta-feira

Há seis meses sem receber pelos serviços prestados, os Hospitais Monte Sinai, da Criança, Samaritano, Santa Genoveva, São Francisco, Lúcio Rebelo e Clínica Infantil de Campinas suspenderam o atendimento pelo Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). A partir desta sexta-feira, 8 de fevereiro, apenas os casos de urgência e emergência serão atendidos.

A paralisação foi anunciada ontem, dia 7 de fevereiro, após o Instituto ter cancelado, sem justificativa, uma reunião que tinha sido agendada com os representantes dos hospitais para tratar da quitação das faturas vencidas, que somam cerca de R$ 5 milhões. O encontro cancelado tinha sido marcado na segunda-feira (4), quando representantes dos prestadores de serviços se reuniram com a presidente do Imas, Cristina Laval, que se comprometeu a apresentar uma resposta para o problema da inadimplência na reunião seguinte.

Mas, sem resposta e sem pagamento, os hospitais se viram obrigados a suspender o atendimento. O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, observou que os estabelecimentos têm custos decorrentes da prestação de serviços aos mais de 70 mil usuários do Imas e chegaram a um ponto insustentável.

Diante deste grande atraso no pagamento, de acordo com o presidente, os hospitais de alta complexidade só tinham duas opções: uma queda na qualidade dos serviços prestados ou a paralisação do atendimento. "Os hospitais não podem ter a qualidade de seu funcionamento comprometida", disse ao anunciar a paralisação em entrevista à imprensa.

Haikal Helou cobrou do Imas uma solução para o problema, ressaltando que a paralisação afeta mais de 70 mil vidas. "Isso é muito", disse, se referindo ao número de beneficiários do Imas, que vem descontando normalmente a contribuição dos usuários.

Resposta do Imas – Através de uma nota divulgada na tarde de ontem (7) pela Diretoria de jornalismo da Secretaria de Comunicação de Goiânia, o Imas informou que "ainda não foi notificado oficialmente da paralisação dos prestadores de serviço de hospitais da capital". O Instituto acrescentou ainda que "tem se movimentado junto às representações desses prestadores para fazer as tratativas, visando solucionar a situação atual".