Postado em: 04/11/2013

Goiânia deve reajustar diárias de UTI pagas pelo SUS

O valor pago pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia pelas diárias de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) deve ser reajustado. O compromisso de reajuste deste valor, que atualmente totaliza 476 reais, foi firmado pelo prefeito Paulo Garcia (PT) em reunião com o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, e diretores da entidade.

Durante a reunião, realizada no Paço Municipal no dia 11 de julho, os diretores da Ahpaceg reivindicaram a correção imediata do valor das diárias de UTI pagas pela SMS, que é gestora do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital. A Ahpaceg propõe uma diária de R$ 1.419,63 (UTI tipo II) e, em contrapartida, os hospitais associados se comprometem a aumentar a oferta de leitos de UTI para os pacientes da rede pública de saúde na capital, passando de 88 para 119.

Paulo Garcia reconheceu a necessidade de reajuste das diárias e atribuiu ao chefe de gabinete da prefeitura, médico Nelcivone Soares de Melo, a tarefa de intermediar a negociação entre a Ahpaceg e a Secretaria Municipal de Saúde.

Como o secretário Municipal de Saúde, Elias Rassi Neto, não está em Goiânia e, na próxima semana, o chefe de gabinete terá de se ausentar da cidade, as negociações devem começar no dia 20 de julho. Por enquanto, Nelcivone Soares de Melo não fala em valores, mas garante que as diárias serão reajustadas de acordo com as possibilidades financeiras do município.

A Ahpaceg vem trabalhando para garantir um reajuste justo e que reduza a grande defasagem da remuneração das diárias de UTIs pelo SUS em Goiás. Em busca deste reajuste, diretores da Ahpaceg reuniram-se recentemente com representantes da Câmara Municipal, do Tribunal de Contas do Estado e com o secretário Estadual de Saúde, Antonio Faleiros.

O secretário, que já reconheceu publicamente que a rede hospitalar privada goiana vem sendo sacrificada pelos baixos valores pagos pelo SUS, disse que a correção da tabela depende do apoio dos municípios. A expectativa da Ahpaceg é que Goiânia lidere essa pactuação para a remuneração adequada dos serviços prestados aos usuários do SUS no Estado.