Postado em: 29/08/2025

CLIPPING AHPACEG 29/08/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Unimed Ferj propõe tornar médicos cooperados em prestadores de serviço para retomar atendimentos e pagamentos

80% dos hospitais privados têm IA, mas 74% não se sentem preparados para as transformações

https://www.saudebusiness.com/hospitais/80-dos-hospitais-privados-tem-ia-mas-74-nao-se-sentem-preparados-para-as-transformacoes/

O avanço de Joesley Batista na Oncoclínicas e a face sombria do “cartel da oncologia” em Goiás

https://cleubercarlos.blogspot.com/2025/08/o-avanco-de-joesley-batista-na.html

Prefeitura de Goiânia publica rescisão de convênios com a UFG e Fundahc para gestão das três maternidades

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/prefeitura-de-goiania-publica-rescisao-de-convenios-com-a-ufg-e-fundahc-para-gestao-das-tres-maternidades-739512/#google_vignette

O GLOBO

Unimed Ferj propõe tornar médicos cooperados em prestadores de serviço para retomar atendimentos e pagamentos

Medida pode atenuar problemas para usuários, que têm sido recusados por profissionais que têm repasses atrasados. Dívida da Unimed-Rio preocupa

Com médicos cooperados relatando atrasos nos pagamentos, a propôs na última terça-feira que os profissionais ligados à Unimed-Rio se credenciem como prestadores de serviço da Ferj, que há um ano herdou a carteira da ex-operadora. A medida pode resolver problemas relatados pelos usuários, que veem a rede credenciada diminuir com médicos recusando atendimento pela falta de pagamento. No entanto, médicos continuam preocupados, apontam falta de transparência nos dados financeiros da cooperativa e temem ter que assumir dívidas na casa dos milhares de reais.

Desde a migração, em 2024, a carteira de usuários passou a ser administrada pela Ferj, mas os médicos cooperados são vinculados à Unimed-Rio, que paga os honorários dos profissionais a partir dos repasses da primeira. Há meses, porém, os médicos enfrentam atrasos nos pagamentos.

Como mostrou O GLOBO, os repasses aos cooperados são feitos entre 30 e 45 dias após o fechamento do mês. Mas desde janeiro o cronograma é reiteradamente descumprido.

Nesse cenário, a Ferj propôs construir uma rede credenciada própria, burlando a Unimed-Rio. Em um e-mail enviado pela diretoria executiva da operadora aos médicos cooperados, a que O GLOBO teve acesso, a Ferj convida os profissionais a se credenciarem como prestadores.

Valores excedentes Sem detalhar valores ou apresentar comprovantes, a operadora destaca que já havia repassado anteriormente recursos excedentes à prestadora, dando a entender que o atraso nos pagamentos aos médicos é de responsabilidade da Unimed-Rio.

O comunicado argumenta que a operadora tem encontrado "resistência sistemática" no diálogo com a Unimed-Rio, e que teria proposto "antecipação de boa-fé do montante alegadamente devido, independentemente de qualquer apuração de saldo, para que os médicos possam receber de imediato".

: O texto afirma que a Unimed-Rio não se manifestou sobre a proposta. Por isso, a Ferj apresentou aos médicos cooperados a possibilidade de credenciamento, oferecendo "relação direta e transparente, pagamentos pontuais e regulares, fluxo administrativo simplificado e respeito mútuo aos princípios cooperativistas".

Em resposta, a Unimed-Rio enviou um comunicado orientando que os cooperados devem desconsiderar qualquer mensagem ou solicitação cujo remetente não seja a cooperativa.

A Unimed-Rio foi procurada, mas não respondeu. Já a Ferj afirmou que tomou a iniciativa "visando assegurar a continuidade do atendimento aos mais de 400 mil beneficiários". "A informa que a medida é legítima, e não configura qualquer irregularidade. O credenciamento médico se fez necessário para a garantia do atendimento aos beneficiários nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias", diz a nota.

O GLOBO também buscou a Unimed do Brasil, gestora da marca Unimed, para entender se a proposta da Ferj aos médicos cooperados fere o estatuto do Sistema Unimed. A entidade informou que "monitora e presta apoio operacional" às cooperativas, "com o propósito de assegurar o atendimento aos beneficiários".

Médicos cautelosos A iniciativa da direção da Ferj foi recebida com cautela por parte dos médicos, temerosos de que o credenciamento como prestador crie problemas, principalmente em relação à situação financeira da Unimed-Rio.

Há meses os profissionais reclamam de falta de transparência nos dados econômico-financeiros da cooperativa. Sem acesso aos números, eles dizem desconhecer o tamanho da dívida da operadora, e temem prejuízos.

- Está uma confusão terrível. Não sei qual vai ser a solução. Estamos todos com muita desconfiança e dúvidas. Como vão ficar os atrasados? Ninguém fala. E a dívida também é uma questão, a gente não sabe o tamanho, e nem o que pode acontecer - reclama a médica Nilcéa Neder Cardoso, da chapa de oposição nas últimas eleições da cooperativa Unimed-Rio.

Na avaliação de advogados, se credenciar à Ferj pode não resolver o que ficou para trás.

- Pela lei, o cooperado pode pedir pra sair, mas vai ficar responsável pela dívida, até o limite do capital que ele integralizou na entrada na cooperativa. Se esse cooperado entender que a dívida foi gerada por má gestão, ele pode questionar ter que arcar com isso, mas se torna uma briga na Justiça - observa o advogado Rodrigo Tostes, associado sênior do Pinheiro Neto Advogados.

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SAÚDE BUSINESS

80% dos hospitais privados têm IA, mas 74% não se sentem preparados para as transformações

Pesquisa da Anahp e da Wolters Kluwer também revela que qualidade dos médicos recém-formados é preocupação em 95,1% das instituições.

Um levantamento inédito da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em parceria com a Wolters Kluwer, mostra o contraste no uso de tecnologia na saúde no Brasil. Embora 82% dos hospitais privados já utilizem recursos de Inteligência Artificial (IA) em práticas ou processos, 74% afirmam não se sentir preparados para as transformações que a tecnologia deve trazer às áreas clínicas nos próximos dois anos.

A discrepância também aparece no campo da telemedicina. O estudo indica que a principal aplicação segue voltada para o treinamento remoto de equipes (59%) e consultas com profissionais de outros hospitais (54%). Já o monitoramento de pacientes à distância foi citado por apenas 23% dos respondentes, enquanto o atendimento primário por teleconsulta não passou de 16,7%.

A “Pesquisa sobre qualidade, segurança do paciente e a importância das ferramentas de suporte à decisão clínica” foi respondida por 102 hospitais associados à Anahp, das 5 regiões do país, entre os dias 9 de maio e 10 de junho deste ano.

qualidade dos médicos recém-formados também foi abordada e apontada como uma das principais preocupações pelas instituições (95,1%), assim como o desafio de alinhar as expectativas desses profissionais à realidade do dia a dia da prática clínica (84,3%). “Precisávamos saber de maneira efetiva sobre o cenário dos avanços tecnológicos na saúde e temos agora uma radiografia que nos anima, nos preocupa e sinaliza falta de maturidade, já que os números ora são muito bons, ora são muitos ruins. Temos percentuais muito parecidos – como o de 82% das instituições já utilizarem algo ligado à IA e, quase as mesmas, 74% dizendo que se sentem pouco preparadas. Baixo uso da telemedicina em prol dos pacientes e uma preocupação elevadíssima com a qualidade dos médicos recém-formados também foram apontados”, afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

Especificamente sobre o uso IA nas instituições, foram apontados: auxílio no diagnóstico (47%), auxílio no processo de decisão clínica (46%), auxílio na análise de exames por imagem (41%), processos administrativos e de backoffice (36%), triagem e correção de dados do prontuário eletrônico (36%), além de outras aplicações. Mas a pesquisa também apontou que a adoção de novas tecnologias é percebida pela equipe clínica com grau moderado de aceitação para 62,75%.
Apesar das operadoras de saúde apontarem este ano uma considerável melhora econômica, este levantamento também apontou que os principais desafios dos hospitais nos próximos três anos em relação à qualidade do atendimento e segurança do paciente está o equilíbrio entre custos e qualidade do cuidado.

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BLOG CLEUBER CARLOS

O avanço de Joesley Batista na Oncoclínicas e a face sombria do “cartel da oncologia” em Goiás

Expansão bilionária no setor de saúde reforça denúncias de concentração de mercado e risco de “mistanásia” em Goiás 

Um novo capítulo na guerra pelo mercado da oncologia

A notícia publicada em 23 de agosto de 2025 pelo jornal O Globo revelou que o empresário Joesley Batista, da família controladora da JBS, está de olho em ampliar sua participação na rede de clínicas Oncoclínicas. O movimento pode injetar mais de R$ 1,5 bilhão na companhia, boa parte pela conversão de dívidas em ações.

O negócio, que envolveria a compra da fatia de pouco mais de 15% de Daniel Vorcaro, do Banco Master, e o uso de debêntures já adquiridas por Joesley, sinaliza a entrada definitiva de um dos maiores grupos econômicos do país no setor de tratamento do câncer.

O elo com o cartel da oncologia em Goiás

Essa movimentação empresarial não pode ser analisada de forma isolada. Apenas três dias antes, este blog publicou com exclusividade o dossiê de 514 páginas protocolado no Ministério Público denunciando a formação de um cartel da oncologia em Goiás.

Segundo o documento, clínicas e laboratórios se organizaram para:

boicotar concorrentes e inviabilizar programas de acesso do IPASGO;

impor reajustes abusivos e restrições a pacientes oncológicos;

promover a precarização deliberada do sistema público, resultando em mortes evitáveis, caracterizadas como “mistanásia”.

Esse cartel, segundo o dossiê, giraria em torno da Goiás Oncologia e Participações Ltda., criada em 2018 como uma holding informal que centraliza poder e decisões.

O risco da concentração e da “mistanásia”

A entrada de capital bilionário de um grupo como o de Joesley Batista na Oncoclínicas pode aprofundar ainda mais a concentração de mercado na área oncológica. Se antes já existiam denúncias de acordos entre poucas empresas para controlar preços e acesso, a chegada de um gigante do setor de alimentos e finanças na oncologia reforça o temor de que o câncer vire um negócio controlado por interesses econômicos, e não pela ética médica.

Essa lógica empresarial, voltada para ganhos financeiros em detrimento da vida, é exatamente o que o dossiê nomeou como mistanásia: a morte socialmente produzida pela negligência deliberada.

Impactos para Goiás

Em Goiás, onde o IPASGO já enfrenta colapsos e pacientes oncológicos são vítimas de filas, atrasos e restrições de acesso, o fortalecimento de grupos econômicos na oncologia traz preocupações imediatas:

Quem controla a oncologia controla a vida de milhares de pacientes.

A concentração ameaça a livre concorrência e a sustentabilidade do SUS e do IPASGO.

O risco é que lucro e poder político se sobreponham ao direito fundamental à saúde.

Conclusão: o fio condutor da denúncia à expansão

A coincidência temporal entre a denúncia do cartel da oncologia em Goiás e a notícia do avanço de Joesley Batista na Oncoclínicas não pode ser ignorada. Estamos diante de um setor estratégico da saúde pública brasileira sendo capturado por grandes interesses financeiros, enquanto pacientes lutam pela vida.

Cabe ao Ministério Público, ao Judiciário e à sociedade civil questionar:

Estamos diante de um investimento legítimo ou da consolidação de um sistema que transforma o câncer em negócio lucrativo às custas da morte de pacientes?

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JORNAL OPÇÃO

Prefeitura de Goiânia publica rescisão de convênios com a UFG e Fundahc para gestão das três maternidades

Organizações sociais começam a gerir maternidades a partir desta sexta-feira, 29

A Prefeitura de Goiânia publicou, na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta quinta-feira, 28, a rescisão unilateral dos três convênios firmados com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsáveis por parcerias na gestão das três maternidades da capital. A medida passa a valer a partir desta sexta-feira, 29.

Os convênios envolviam a Maternidade Nascer Cidadão (MNC), o Hospital e Maternidade Dona Iris e o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). Segundo os termos assinados pelo secretário municipal de Saúde, Luiz Gaspar Machado Pellizzer, os acordos foram encerrados com base nos artigos 78 e 79 da Lei nº 8.666/1993, que trata de licitações e contratos, além de parecer jurídico da Advocacia Setorial da pasta.

Novas gestoras

Com o fim dos convênios com a UFG e a Fundahc, a Prefeitura de Goiânia firmou novos contratos de gestão. A partir de agora, o Instituto Patris, do Mato Grosso, passa a administrar o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), com um repasse total de R$ 16,7 milhões.

A Sociedade Beneficente São José (SBSJ), de São Paulo, assume o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), recebendo R$ 15,3 milhões. Por fim, a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), também paulista, gerencia a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) com um contrato de R$ 5,9 milhões. O custo mensal para manter as três unidades será de R$ 12,6 milhões.

A mudança de gestão ocorre após um período de crise nos hospitais, marcado por repetidas interrupções nos atendimentos. A situação se agravou em 2024, quando atrasos nos repasses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a Fundahc causaram um grande problema.

O ápice da crise foi no início de julho, quando os partos foram suspensos no Célia Câmara devido à falta de pagamento aos anestesiologistas. Pouco tempo depois, as demais unidades limitaram o atendimento apenas a casos de urgência e emergência.

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Assessoria de Comunicação         

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

 

DESTAQUES

*CLIPPING 29/08/25*

Unimed Ferj propõe tornar médicos cooperados em prestadores de serviço para retomar atendimentos e pagamentos

80% dos hospitais privados têm IA, mas 74% não se sentem preparados para as transformações

https://www.saudebusiness.com/hospitais/80-dos-hospitais-privados-tem-ia-mas-74-nao-se-sentem-preparados-para-as-transformacoes/

O avanço de Joesley Batista na Oncoclínicas e a face sombria do “cartel da oncologia” em Goiás

https://cleubercarlos.blogspot.com/2025/08/o-avanco-de-joesley-batista-na.html

Prefeitura de Goiânia publica rescisão de convênios com a UFG e Fundahc para gestão das três maternidades

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/prefeitura-de-goiania-publica-rescisao-de-convenios-com-a-ufg-e-fundahc-para-gestao-das-tres-maternidades-739512/#google_vignette

 

 

O GLOBO

Unimed Ferj propõe tornar médicos cooperados em prestadores de serviço para retomar atendimentos e pagamentos

Medida pode atenuar problemas para usuários, que têm sido recusados por profissionais que têm repasses atrasados. Dívida da Unimed-Rio preocupa

Com médicos cooperados relatando atrasos nos pagamentos, a propôs na última terça-feira que os profissionais ligados à Unimed-Rio se credenciem como prestadores de serviço da Ferj, que há um ano herdou a carteira da ex-operadora. A medida pode resolver problemas relatados pelos usuários, que veem a rede credenciada diminuir com médicos recusando atendimento pela falta de pagamento. No entanto, médicos continuam preocupados, apontam falta de transparência nos dados financeiros da cooperativa e temem ter que assumir dívidas na casa dos milhares de reais.

Desde a migração, em 2024, a carteira de usuários passou a ser administrada pela Ferj, mas os médicos cooperados são vinculados à Unimed-Rio, que paga os honorários dos profissionais a partir dos repasses da primeira. Há meses, porém, os médicos enfrentam atrasos nos pagamentos.

Como mostrou O GLOBO, os repasses aos cooperados são feitos entre 30 e 45 dias após o fechamento do mês. Mas desde janeiro o cronograma é reiteradamente descumprido.

Nesse cenário, a Ferj propôs construir uma rede credenciada própria, burlando a Unimed-Rio. Em um e-mail enviado pela diretoria executiva da operadora aos médicos cooperados, a que O GLOBO teve acesso, a Ferj convida os profissionais a se credenciarem como prestadores.

Valores excedentes Sem detalhar valores ou apresentar comprovantes, a operadora destaca que já havia repassado anteriormente recursos excedentes à prestadora, dando a entender que o atraso nos pagamentos aos médicos é de responsabilidade da Unimed-Rio.

O comunicado argumenta que a operadora tem encontrado "resistência sistemática" no diálogo com a Unimed-Rio, e que teria proposto "antecipação de boa-fé do montante alegadamente devido, independentemente de qualquer apuração de saldo, para que os médicos possam receber de imediato".

: O texto afirma que a Unimed-Rio não se manifestou sobre a proposta. Por isso, a Ferj apresentou aos médicos cooperados a possibilidade de credenciamento, oferecendo "relação direta e transparente, pagamentos pontuais e regulares, fluxo administrativo simplificado e respeito mútuo aos princípios cooperativistas".

Em resposta, a Unimed-Rio enviou um comunicado orientando que os cooperados devem desconsiderar qualquer mensagem ou solicitação cujo remetente não seja a cooperativa.

A Unimed-Rio foi procurada, mas não respondeu. Já a Ferj afirmou que tomou a iniciativa "visando assegurar a continuidade do atendimento aos mais de 400 mil beneficiários". "A informa que a medida é legítima, e não configura qualquer irregularidade. O credenciamento médico se fez necessário para a garantia do atendimento aos beneficiários nas cidades do Rio de Janeiro e Duque de Caxias", diz a nota.

O GLOBO também buscou a Unimed do Brasil, gestora da marca Unimed, para entender se a proposta da Ferj aos médicos cooperados fere o estatuto do Sistema Unimed. A entidade informou que "monitora e presta apoio operacional" às cooperativas, "com o propósito de assegurar o atendimento aos beneficiários".

Médicos cautelosos A iniciativa da direção da Ferj foi recebida com cautela por parte dos médicos, temerosos de que o credenciamento como prestador crie problemas, principalmente em relação à situação financeira da Unimed-Rio.

Há meses os profissionais reclamam de falta de transparência nos dados econômico-financeiros da cooperativa. Sem acesso aos números, eles dizem desconhecer o tamanho da dívida da operadora, e temem prejuízos.

- Está uma confusão terrível. Não sei qual vai ser a solução. Estamos todos com muita desconfiança e dúvidas. Como vão ficar os atrasados? Ninguém fala. E a dívida também é uma questão, a gente não sabe o tamanho, e nem o que pode acontecer - reclama a médica Nilcéa Neder Cardoso, da chapa de oposição nas últimas eleições da cooperativa Unimed-Rio.

Na avaliação de advogados, se credenciar à Ferj pode não resolver o que ficou para trás.

- Pela lei, o cooperado pode pedir pra sair, mas vai ficar responsável pela dívida, até o limite do capital que ele integralizou na entrada na cooperativa. Se esse cooperado entender que a dívida foi gerada por má gestão, ele pode questionar ter que arcar com isso, mas se torna uma briga na Justiça - observa o advogado Rodrigo Tostes, associado sênior do Pinheiro Neto Advogados.

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SAÚDE BUSINESS

80% dos hospitais privados têm IA, mas 74% não se sentem preparados para as transformações

Pesquisa da Anahp e da Wolters Kluwer também revela que qualidade dos médicos recém-formados é preocupação em 95,1% das instituições.

Um levantamento inédito da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), em parceria com a Wolters Kluwer, mostra o contraste no uso de tecnologia na saúde no Brasil. Embora 82% dos hospitais privados já utilizem recursos de Inteligência Artificial (IA) em práticas ou processos, 74% afirmam não se sentir preparados para as transformações que a tecnologia deve trazer às áreas clínicas nos próximos dois anos.

A discrepância também aparece no campo da telemedicina. O estudo indica que a principal aplicação segue voltada para o treinamento remoto de equipes (59%) e consultas com profissionais de outros hospitais (54%). Já o monitoramento de pacientes à distância foi citado por apenas 23% dos respondentes, enquanto o atendimento primário por teleconsulta não passou de 16,7%.

A “Pesquisa sobre qualidade, segurança do paciente e a importância das ferramentas de suporte à decisão clínica” foi respondida por 102 hospitais associados à Anahp, das 5 regiões do país, entre os dias 9 de maio e 10 de junho deste ano.

qualidade dos médicos recém-formados também foi abordada e apontada como uma das principais preocupações pelas instituições (95,1%), assim como o desafio de alinhar as expectativas desses profissionais à realidade do dia a dia da prática clínica (84,3%). “Precisávamos saber de maneira efetiva sobre o cenário dos avanços tecnológicos na saúde e temos agora uma radiografia que nos anima, nos preocupa e sinaliza falta de maturidade, já que os números ora são muito bons, ora são muitos ruins. Temos percentuais muito parecidos – como o de 82% das instituições já utilizarem algo ligado à IA e, quase as mesmas, 74% dizendo que se sentem pouco preparadas. Baixo uso da telemedicina em prol dos pacientes e uma preocupação elevadíssima com a qualidade dos médicos recém-formados também foram apontados”, afirma Antônio Britto, diretor-executivo da Anahp.

Especificamente sobre o uso IA nas instituições, foram apontados: auxílio no diagnóstico (47%), auxílio no processo de decisão clínica (46%), auxílio na análise de exames por imagem (41%), processos administrativos e de backoffice (36%), triagem e correção de dados do prontuário eletrônico (36%), além de outras aplicações. Mas a pesquisa também apontou que a adoção de novas tecnologias é percebida pela equipe clínica com grau moderado de aceitação para 62,75%.
Apesar das operadoras de saúde apontarem este ano uma considerável melhora econômica, este levantamento também apontou que os principais desafios dos hospitais nos próximos três anos em relação à qualidade do atendimento e segurança do paciente está o equilíbrio entre custos e qualidade do cuidado.

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BLOG CLEUBER CARLOS

O avanço de Joesley Batista na Oncoclínicas e a face sombria do “cartel da oncologia” em Goiás

Expansão bilionária no setor de saúde reforça denúncias de concentração de mercado e risco de “mistanásia” em Goiás 

Um novo capítulo na guerra pelo mercado da oncologia

A notícia publicada em 23 de agosto de 2025 pelo jornal O Globo revelou que o empresário Joesley Batista, da família controladora da JBS, está de olho em ampliar sua participação na rede de clínicas Oncoclínicas. O movimento pode injetar mais de R$ 1,5 bilhão na companhia, boa parte pela conversão de dívidas em ações.

O negócio, que envolveria a compra da fatia de pouco mais de 15% de Daniel Vorcaro, do Banco Master, e o uso de debêntures já adquiridas por Joesley, sinaliza a entrada definitiva de um dos maiores grupos econômicos do país no setor de tratamento do câncer.

O elo com o cartel da oncologia em Goiás

Essa movimentação empresarial não pode ser analisada de forma isolada. Apenas três dias antes, este blog publicou com exclusividade o dossiê de 514 páginas protocolado no Ministério Público denunciando a formação de um cartel da oncologia em Goiás.

Segundo o documento, clínicas e laboratórios se organizaram para:

boicotar concorrentes e inviabilizar programas de acesso do IPASGO;

impor reajustes abusivos e restrições a pacientes oncológicos;

promover a precarização deliberada do sistema público, resultando em mortes evitáveis, caracterizadas como “mistanásia”.

Esse cartel, segundo o dossiê, giraria em torno da Goiás Oncologia e Participações Ltda., criada em 2018 como uma holding informal que centraliza poder e decisões.

O risco da concentração e da “mistanásia”

A entrada de capital bilionário de um grupo como o de Joesley Batista na Oncoclínicas pode aprofundar ainda mais a concentração de mercado na área oncológica. Se antes já existiam denúncias de acordos entre poucas empresas para controlar preços e acesso, a chegada de um gigante do setor de alimentos e finanças na oncologia reforça o temor de que o câncer vire um negócio controlado por interesses econômicos, e não pela ética médica.

 

Essa lógica empresarial, voltada para ganhos financeiros em detrimento da vida, é exatamente o que o dossiê nomeou como mistanásia: a morte socialmente produzida pela negligência deliberada.

Impactos para Goiás

Em Goiás, onde o IPASGO já enfrenta colapsos e pacientes oncológicos são vítimas de filas, atrasos e restrições de acesso, o fortalecimento de grupos econômicos na oncologia traz preocupações imediatas:

Quem controla a oncologia controla a vida de milhares de pacientes.

A concentração ameaça a livre concorrência e a sustentabilidade do SUS e do IPASGO.

O risco é que lucro e poder político se sobreponham ao direito fundamental à saúde.

Conclusão: o fio condutor da denúncia à expansão

A coincidência temporal entre a denúncia do cartel da oncologia em Goiás e a notícia do avanço de Joesley Batista na Oncoclínicas não pode ser ignorada. Estamos diante de um setor estratégico da saúde pública brasileira sendo capturado por grandes interesses financeiros, enquanto pacientes lutam pela vida.

Cabe ao Ministério Público, ao Judiciário e à sociedade civil questionar:

Estamos diante de um investimento legítimo ou da consolidação de um sistema que transforma o câncer em negócio lucrativo às custas da morte de pacientes?

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JORNAL OPÇÃO

Prefeitura de Goiânia publica rescisão de convênios com a UFG e Fundahc para gestão das três maternidades

Organizações sociais começam a gerir maternidades a partir desta sexta-feira, 29

A Prefeitura de Goiânia publicou, na edição do Diário Oficial do Município (DOM) desta quinta-feira, 28, a rescisão unilateral dos três convênios firmados com a Universidade Federal de Goiás (UFG) e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsáveis por parcerias na gestão das três maternidades da capital. A medida passa a valer a partir desta sexta-feira, 29.

Os convênios envolviam a Maternidade Nascer Cidadão (MNC), o Hospital e Maternidade Dona Iris e o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC). Segundo os termos assinados pelo secretário municipal de Saúde, Luiz Gaspar Machado Pellizzer, os acordos foram encerrados com base nos artigos 78 e 79 da Lei nº 8.666/1993, que trata de licitações e contratos, além de parecer jurídico da Advocacia Setorial da pasta.

Novas gestoras

Com o fim dos convênios com a UFG e a Fundahc, a Prefeitura de Goiânia firmou novos contratos de gestão. A partir de agora, o Instituto Patris, do Mato Grosso, passa a administrar o Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), com um repasse total de R$ 16,7 milhões.

A Sociedade Beneficente São José (SBSJ), de São Paulo, assume o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), recebendo R$ 15,3 milhões. Por fim, a Associação Hospital Beneficente do Brasil (AHBB), também paulista, gerencia a Maternidade Nascer Cidadão (MNC) com um contrato de R$ 5,9 milhões. O custo mensal para manter as três unidades será de R$ 12,6 milhões.

A mudança de gestão ocorre após um período de crise nos hospitais, marcado por repetidas interrupções nos atendimentos. A situação se agravou em 2024, quando atrasos nos repasses da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para a Fundahc causaram um grande problema.

O ápice da crise foi no início de julho, quando os partos foram suspensos no Célia Câmara devido à falta de pagamento aos anestesiologistas. Pouco tempo depois, as demais unidades limitaram o atendimento apenas a casos de urgência e emergência.

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Assessoria de Comunicação