Em evento da Ahpaceg, nutricionistas debatem indicadores de qualidade
Com palestra, profissionais aprenderam sobre uso de indicadores para gestão de qualidade
Antecipando a celebração do Dia do Nutricionista, comemorado em 31 de agosto, a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) promoveu um encontro de nutrição clínica, no auditório do Hospital do Rim. O evento, realizado na tarde da terça-feira, 26, teve o apoio da Danone Nutricia.
Ana Valéria Miranda, da Central de Compras da Ahpaceg, abriu o evento com uma boa notícia para os associados: uma nova negociação com a Danone Nutricia garantiu a redução de preços do contrato de dietas enterais vigente e sua prorrogação de junho de 2026 para setembro de 2026.
Palestra
A partir do tema “O GPS da excelência: navegando pela terapia nutricional com indicadores de qualidade”, os nutricionistas dos hospitais associados tiveram a oportunidade de entender a importância dos dados para a tomada de decisões, com o palestrante Fábio Resende, diretor de Nutrição Clínica e do Núcleo de Qualidade do Ibranutro.
“A qualidade é algo complexo e nunca deve ser tratada de forma superficial. Por isso, é preciso mensurar as diversas áreas que representam um todo para sabermos se estamos ofertando um bom serviço. Os indicadores servem para que possamos ver se está tudo alinhado”, esclareceu ele, que é especialista em Gestão da Qualidade em Saúde.
Os indicadores precisam ter objetivos claros e fontes seguras. “Eles devem ser destinados à promoção de resultados para os pacientes e para a instituição, respondendo se estou na direção da meta que quero alcançar”.
Em seguida, é necessário interpretar e estabelecer ações. “A cultura (do hospital) precisa estar preparada para agir e olhar com calma quando um problema aparece, sem colocá-lo ‘debaixo do tapete’”, detalhou.
Cases de sucesso
Os participantes também conheceram medidas tomadas pelas equipes de nutrição dos associados da Ahpaceg. Flávio Augusto Tavares e Patrícia Lisboa, da equipe do Hospital do Rim, por exemplo, apresentaram o fluxo de terapia nutricional implantado, que integra dados da auditoria e do plano financeiro da instituição.
Nathália Ferre e Maisa Silva, profissionais do Hospital Santa Mônica, também mostraram estratégicas de sustentabilidade financeira nas prescrições, que contribuem ainda com o menor tempo de internação dos pacientes.
Elas listaram o que os nutricionistas precisam ter atenção, como aspectos nutricionais do quadro clínico e fatores dos planos de saúde, antes da definição da indicação de terapias enterais.
Afinal, como afirmou Fábio Resende: “a qualidade tem custo, mas a ausência dela tem um custo ainda maior”.