CLIPPING AHPACEG 25/08/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Prefeito pede ajuda a cidades da Região Metropolitana para pacientes de maternidades
Atendimentos na maternidade Dona Íris são retomados
Com presença de anestesiologistas, Nascer Cidadão normaliza atendimentos
Digitalização na saúde pública exige persistência e estratégia
https://medicinasa.com.br/digitalizacao-saude-publica/
Estudo aponta percepção dos brasileiros sobre fraudes contra planos
https://medicinasa.com.br/fraudes-contra-planos/
SUS amplia telessaúde com 3 mil kits e parceria inédita com hospitais privados
TV ANHANGUERA
Atendimentos na maternidade Dona Íris são retomados
Prefeito pede ajuda a cidades da Região Metropolitana para pacientes de maternidades
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A REDAÇÃO
Com presença de anestesiologistas, Nascer Cidadão normaliza atendimentos
Início da nova gestora do local foi antecipado
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou, no início da noite desta sexta-feira (22/8), que a Associação Hospitalar Beneficente do Brasil (AHBB), Organização Social (OS) que assumirá posteriormente a gestão da Maternidade Nascer Cidadão, em Goiânia, já começou a intervir pontualmente no funcionamento do local. É que a entidade passou a oferecer desde hoje serviços de anestesiologia para a unidade.
A decisão veio após a suspensão dos atendimentos na maternidade nesta quinta-feira (21/8), ainda sob administração da Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), que recebeu um ofício assinado pelo diretor técnico Harley Ricardo Rodrigues, determinando o encerramento das atividades assistenciais por falta de anestesistas. No documento, ele cita como justificativa, usando como base o Código de Ética Médica, a necessidade de resguardar a segurança das gestantes.
A interrupção foi desdobramento da alegação da Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Estado de Goiás (Coopanest-GO) sobre o não repasse de R$ 1.431.967,53 - pagamento devido desde setembro de 2024, por parte da Fundahc. "Mesmo com os valores a receber, os médicos anestesiologistas da Coopanest-GO demonstraram respeito à população, mantendo o atendimento por quase um ano", disse a cooperativa em nota.
A entidade chegou a reforçar que a Fundahc foi formalmente, e antecipadamente, notificada da interrupção do atendimento que deveria acontecer no dia 15 de agosto. Porém, diante da expectativa de regularização, a cooperativa adiou essa data. "Mas agora, com a inexistência de qualquer proposta para negociação da dívida pendente, os atendimentos serão interrompidos. Os médicos anestesiologistas cooperados eram responsáveis por todos os atendimentos que exigem anestesia e sedação, como partos normais e cesarianas e procedimentos como curetagem."
Nesta sexta-feira (22/8), então, a SMS articulou o fornecimento de serviços de anestesiologia por parte da AHBB. “A organização passa a oferecer desde hoje os serviços de anestesiologia, assegurando a retomada dos atendimentos. As ordens de serviço que autorizam o início da atuação, inclusive, já foram assinadas", disse a secretaria em nota.
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MEDICINA S/A
Digitalização na saúde pública exige persistência e estratégia
Transformar a saúde pública por meio da digitalização não é apenas uma mudança de ferramentas, mas uma nova forma de cuidar das pessoas. No Brasil, onde desigualdades regionais, infraestrutura precária e sobrecarga no sistema público ainda são obstáculos diários, apostar na informatização das unidades de saúde é um desafio tão complexo quanto necessário. Quando bem conduzido, esse processo pode significar uma revolução silenciosa e altamente eficiente na vida dos cidadãos.
Um dos principais entraves da digitalização nas redes municipais de saúde é a infraestrutura deficiente. Dados do IBGE mostram que apenas 36% dos estabelecimentos públicos de saúde no Brasil possuem acesso à internet por banda larga, e mais de 60% ainda realizam registros em papel. Ou seja, o país ainda está distante de uma cobertura mínima que permita a gestão integrada de informações, essencial para o funcionamento de qualquer sistema digital.
Diante desse cenário, algumas cidades estão encontrando caminhos viáveis. Em vez de tentar digitalizar tudo de uma só vez, o que gera alto custo, resistência interna e falhas técnicas, gestores têm adotado abordagens progressivas, priorizando unidades-piloto. Essa estratégia permite testar o sistema, capacitar as equipes e corrigir falhas antes da expansão. Em experiências relatadas por prefeituras que optaram por esse modelo, os custos de implementação chegaram a ser até 40% menores em comparação com tentativas de digitalização em larga escala e sem preparação adequada. Além disso, a adesão dos profissionais aumentou justamente por terem tempo e suporte para se adaptar.
Exemplos concretos mostram que a mudança é possível. Em Rio Claro, a digitalização do agendamento e do prontuário eletrônico permitiu reduzir o tempo de espera por consultas, além de integrar os dados do paciente em toda a rede municipal. Isso significa que qualquer atendimento, em qualquer ponto da cidade, parte de um histórico unificado, algo impensável nos modelos baseados em papel. Em Curitiba, a digitalização dos dados de saúde permitiu identificar em tempo real os bairros com maior incidência de síndromes gripais durante a pandemia, otimizando o envio de equipes e insumos. Já em Fortaleza, o monitoramento digital da fila de cirurgias reduziu em 30% o tempo de espera para procedimentos eletivos, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde.
É comum que gestores hesitem em embarcar em projetos digitais por receio de falhas técnicas, dificuldade de adesão ou falta de retorno imediato. Mas esse é um erro estratégico. O impacto da digitalização na saúde não deve ser medido apenas em economia, mas na capacidade de prever demandas, evitar desperdícios e cuidar melhor da população. Além disso, dados digitais bem estruturados permitem ao poder público identificar gargalos com precisão, redirecionar recursos e planejar políticas públicas com base em evidências, e não em achismos.
Mais do que um projeto tecnológico, a digitalização da saúde pública é uma política de transformação estrutural. Mas ela exige visão de longo prazo. É preciso paciência para lidar com os obstáculos, comprometimento para sustentar o projeto e coragem para desafiar modelos obsoletos. A experiência de quem avança mostra que, mesmo com limitações, é possível transformar o caos administrativo em inteligência pública, e isso começa por onde sempre deveria: cuidando melhor de quem mais precisa.
*Wilian Josué é diretor e fundador da UniCidades.
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Estudo aponta percepção dos brasileiros sobre fraudes contra planos
Quase metade da população brasileira (48%) percebe um aumento nas fraudes praticadas contra planos de saúde nos últimos anos, de acordo com pesquisa realizada pelo Ipespe Saúde, encomendada pela FenaSaúde. A sondagem ouviu 2 mil brasileiros de todas as regiões do país.
O levantamento mostra que 55% dos entrevistados acreditam que as fraudes são um dos principais fatores que contribuem para o aumento das mensalidades dos planos, ao lado do envelhecimento da população (52%). Essa percepção reforça o entendimento de que condutas irregulares impactam não apenas financeiramente as operadoras, mas também penalizam os beneficiários de planos de saúde.
As fraudes mais reconhecidas pela população são a emissão de recibos de atendimentos não realizados (38%), a emissão de nota para alguém que não recebeu atendimento médico (34%) e o empréstimo da carteirinha do plano (30%). Apesar disso, apenas 21% afirmam ter recebido material de comunicação alertando sobre práticas fraudulentas.
As campanhas de conscientização têm grande potencial de impacto: entre os que foram expostos a esse tipo de comunicação, 86% consideraram o conteúdo importante ou muito importante. A campanha “Saúde sem Fraude”, promovida pela FenaSaúde, foi reconhecida por 17% dos entrevistados e teve avaliação positiva de 86% entre esse público.
A pesquisa também revelou apoio majoritário da população a medidas de enfrentamento ao problema: 70% concordam totalmente com a necessidade de investir em campanhas educativas contra fraudes, e 67% apoiam o reforço da fiscalização para prevenir e coibir práticas indevidas no setor.
“Fraudes prejudicam a sustentabilidade do sistema de saúde suplementar. É fundamental que sociedade, operadoras e autoridades unam esforços para combater essas práticas e preservar os recursos destinados ao atendimento de quem realmente precisa”, afirma Bruno Sobral, diretor-executivo da FenaSaúde.
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SAÚDE BUSINESS
SUS amplia telessaúde com 3 mil kits e parceria inédita com hospitais privados
Investimento de R$ 20 milhões visa reduzir filas de espera e levar atendimento especializado a regiões vulneráveis; meta é alcançar 10 milhões de consultas remotas até 2027.
O Ministério da Saúde iniciará na próxima semana a distribuição de 3 mil kits de telessaúde para Unidades Básicas de Saúde (UBS), como parte do programa Agora Tem Especialistas. O investimento de R$ 20 milhões, proveniente do Novo PAC Saúde, visa ampliar o atendimento especializado remoto no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente em regiões de maior vulnerabilidade social e difícil acesso.
De acordo com dados do Ministério, a telessaúde pode contribuir para uma redução de até 30% nas filas de espera por consultas ou diagnósticos na rede especializada. Os números indicam que o atendimento por telessaúde registrou um aumento de 65% em um ano, passando de 1,5 milhão em 2023 para 2,5 milhões em 2024. A meta estabelecida é alcançar 10 milhões de atendimentos remotos até 2027.
Estrutura e conectividade
Os kits que serão entregues até novembro contêm notebook, teclado, televisor, webcam e outros equipamentos necessários para o atendimento à distância. Atualmente, o Brasil possui 26 Núcleos de Telessaúde distribuídos em 17 estados.
Para viabilizar o funcionamento adequado do sistema, o Ministério também investe em conectividade. Em 2023, foram conectadas 920 UBS em áreas remotas via satélite, e há previsão de que outras 3 mil recebam fibra ótica até o final deste ano. Dados oficiais apontam que 87% das UBS já utilizam prontuário eletrônico, facilitando a integração com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
Editais para expansão do serviço
Paralelamente à entrega dos equipamentos, foram publicados dois editais para expandir a oferta de Núcleos de Telessaúde. O edital nº 2/2025 é direcionado a estabelecimentos de saúde do setor privado, com ou sem fins lucrativos, que poderão ser contratados por estados, Distrito Federal e municípios para prestação de serviços de telessaúde. Este edital terá vigência de um ano, com possibilidade de prorrogação por igual período.
O edital nº 3/2025 é voltado para Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde, Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa públicas, hospitais públicos e instituições de assistência, ensino e pesquisa. O prazo para apresentação de propostas vai até 6 de setembro.
Modalidades e padronização
Os novos Núcleos de Telessaúde deverão ser registrados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e seguir protocolos nacionais padronizados. Os serviços oferecidos incluem:
Teleconsultoria: troca de informações entre profissionais de saúde
Teleconsulta: atendimento remoto entre médico e paciente
Teleinterconsulta: atendimento com um profissional remoto e outro presencial
Telemonitoramento: acompanhamento à distância do paciente
Integração nacional
Entre as novas medidas previstas está a criação de um Catálogo Nacional de Telessaúde, que funcionará como um repositório centralizado de serviços disponíveis para contratação pelos gestores locais. Esta iniciativa busca integrar a oferta que atualmente se encontra distribuída entre diferentes estados e municípios.
Também serão implementados, pela primeira vez, protocolos específicos para atendimentos em telessaúde, estabelecendo diretrizes para os setores público e privado. Estes protocolos definirão aspectos como elegibilidade do paciente, equipamentos necessários e procedimentos pré e pós-consulta.
As medidas visam otimizar o encaminhamento da Atenção Primária para a Especializada, buscando reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso aos serviços de saúde.
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Assessoria de Comunicação