CLIPPING AHPACEG 29/07/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Planos de saúde poderão abater dívidas ao atender pacientes do SUS
Fundação que gere maternidades tentou devolver autorizações de cirurgias e fez uso indevido de Fundo Rescisório, diz documento da SMS
Prefeitura de Goiânia formaliza rescisão de convênios com Fundahc após constatar falhas na gestão das maternidades
Robótica e Inteligência Artificial avançam na medicina brasileira
Reunião emergencial discute impacto de tarifas na saúde em Goiás
https://www.youtube.com/watch?v=-8I7D5GsL40
As melhores empresas para trabalhar na área da saúde em 2025, segundo o GPTW
Saúde Suplementar retoma rentabilidade após três anos de prejuízos, aponta estudo do IESS
Comunicação e inclusão em Foco: Hospital de Acidentados promove palestra sobre comunicação com todos os públicos
https://www.foconacional.com.br/2025/07/comunicacao-e-inclusao-em-foco-hospital.html
Fundação que administra três maternidades de Goiânia tem 30 dias para deixar gestão
Família denuncia demora em parto
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/familia-denuncia-demora-em-parto-13794493.ghtml
AGÊNCIA BRASIL
Planos de saúde poderão abater dívidas ao atender pacientes do SUS
Planos de saúde terão a possibilidade de abater dívidas de ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) ao atender pacientes da rede pública. A portaria que oficializa a medida foi apresentada nesta segunda-feira (28) pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e pela presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carla de Figueiredo Soares.
A expectativa é que os pacientes do SUS sejam atendidos na rede privada a partir de agosto. A medida faz parte do programa Agora Tem Especialistas, e priorizará seis áreas com mais carência por serviços especializados: oncologia, oftalmologia, ortopedia, otorrinolaringologia, cardiologia e ginecologia.
Ministério da Saúde abre inscrições para o Agora Tem Especialistas.
Hospitais privados poderão abater dívidas por atendimento ao SUS.
Manicômios judiciários unem o pior da prisão e do hospício, diz CFP.
Segundo o Ministério da Saúde, também será considerada a demanda dos estados e municípios, que vão apresentar suas necessidades. Estima-se que, inicialmente, R$ 750 milhões em dívidas das operadoras privadas sejam convertidos em consultas, exames e cirurgias.
As dívidas ocorrem porque os planos de saúde têm que ressarcir o SUS quando os beneficiários dos planos de saúde usam serviços públicos e estes constam na cobertura contratual assinada.
As operadoras que desejarem participar do programa devem aderir ao edital conjunto do Ministério da Saúde e da ANS. É preciso comprovar capacidade técnica e operacional e disponibilizar uma matriz de oferta que atenda às necessidades do SUS. Segundo a pasta, as vantagens da adesão ao edital são a regularidade fiscal, o uso da total capacidade dos hospitais conveniados e a redução de litígios administrativos e judiciais.
Os valores a serem convertidos em atendimento terão que ser negociados com a ANS ou com a Procuradoria-Geral Federal, no caso de dívidas ativas. Os planos de saúde precisam realizar mais de 100 mil atendimentos por mês. De forma excepcional, será considerado valor mínimo de R$ 50 mil por mês para planos de saúde de menor porte.
"É a primeira vez na história do SUS que implementamos um mecanismo como este. As dívidas, que antes iam para o Fundo Nacional de Saúde, mas não se convertiam em atendimento, agora viraram ações concretas para reduzir filas e dar dignidade a quem mais precisa", disse o ministro Alexandre Padilha.
Plataforma de integração
O Ministério da Saúde também anunciou que os dados dos atendimentos realizados pela rede pública e pela rede de saúde suplementar estarão integrados na Rede Nacional de Dados em Saúde.
A partir de outubro, a promessa é de que os pacientes tenham mais autonomia e facilidade para acessar o histórico clínico. Será possível consultar exames, prescrições médicas, diagnósticos e tratamentos realizados no SUS e nos hospitais, clínicas e laboratórios conveniados aos planos de saúde.
Segundo a pasta, as informações da rede suplementar evitarão a repetição de exames, reduzirão custos e melhorarão diagnósticos e tratamentos.
A integração com a plataforma do SUS ocorrerá em etapas. Entre 1º de agosto e 30 de setembro, a Rede Nacional de Dados em Saúde receberá dados da população dos períodos de 2020 a 2025. A partir de outubro, a transferência será automática, conforme os atendimentos forem realizados.
Dados dos planos de saúde serão visualizados pela população no aplicativo Meu SUS Digital. Profissionais e gestores do SUS poderão acessá-los nas plataformas SUS Digital Profissional e SUS Digital Gestor, respectivamente.
O Ministério da Saúde espera que o volume na Rede Nacional de Dados em Saúde passe dos atuais 2,8 bilhões de registros para mais de 5,3 bilhões. A plataforma do SUS já conta com informações referentes a atendimentos públicos: mais de 80% dos estados e 68% dos municípios brasileiros usam a rede para organizar e planejar ações.
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JORNAL OPÇÃO
Fundação que gere maternidades tentou devolver autorizações de cirurgias e fez uso indevido de Fundo Rescisório, diz documento da SMS
Justificativa técnica foi entregue por representantes da Secretaria Municipal de Saúde à direção da Fundahc durante reunião
A justificativa técnica que embasou o encerramento dos convênios entre a Prefeitura de Goiânia e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades municipais, aponta uma série de descumprimentos de metas, falhas administrativas e “utilização indevida de recursos vinculados ao fundo rescisório”.
Assinado pela superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da Prefeitura, Paula dos Santos Pereira, o documento foi entregue por representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) à direção da Fundahc durante reunião na tarde desta segunda-feira, 28, quando foi formalizada a rescisão dos convênios.
Segundo o relatório, a entidade teria “reiteradamente descumprido metas pactuadas nos instrumentos de parceria”, com destaque para a não realização de procedimentos cirúrgicos eletivos entre os anos de 2021 e 2024. A justificativa relata que, em maio deste ano, a fundação tentou devolver autorizações para cirurgias eletivas referentes a 2021, 2022 e 2023, procedimentos que, segundo a SMS, ficaram paralisados nas unidades sob sua gestão durante todo esse período.
Essas cirurgias não executadas, afirma o documento, mantiveram pacientes em longa fila de espera, o que agravou ainda mais a falha na prestação dos serviços acordados. A situação, de acordo com a Secretaria, ocorreu mesmo com os pagamentos sendo realizados em dia.
“Portanto, não merece prosperar, igualmente, o argumento de que a não execução dessas metas decorreu da ausência de pagamento nos referidos anos, tendo em vista que os repasses foram regularmente efetuados pela administração pública”, argumenta.
A justificativa técnica, à qual a reportagem teve acesso, também aponta descumprimento de cláusulas contratuais que vedam o uso da verba do Fundo Rescisório para “qualquer outra finalidade que não aquela originalmente pactuada”. Uma auditoria identificou o que chamou de “achado relevante relacionado à destinação indevida dos recursos vinculados a esse fundo”.
“Parte dos valores do Fundo Rescisório foi empregada para cobrir despesas diversas – possivelmente operacionais ou administrativas – sem amparo normativo e em desconformidade com os objetivos legais e contratuais do fundo”, diz o documento. A prática, segundo a justificativa, não apenas caracteriza descumprimento contratual, mas também afronta os princípios constitucionais da legalidade, moralidade, eficiência e transparência, conforme previsto no artigo 37 da Constituição Federal de 1988.
Em relação aos custos, o relatório aponta que a Fundahc destinaria até 13% do valor dos convênios a despesas administrativas, enquanto o limite estabelecido para Organizações Sociais (OSs) é de apenas 3%. Isso significa que, do total de R$ 20,6 milhões mensais recebidos, a fundação poderia usar até R$ 2,6 milhões para despesas desse tipo, valor mais de quatro vezes superior ao permitido às OSs.
Em nota enviada ao Jornal Opção na tarde desta segunda-feira, 28, após a Prefeitura de Goiânia informar a oficialização da rescisão, a Fundahc afirmou que os convênios “sempre foram conduzidos com transparência, seriedade e avaliações favoráveis por parte da própria Secretaria Municipal de Saúde”.
Veja a nota:
A Fundahc informa que recebeu nesta segunda-feira, 28, notificação formal sobre o pedido de distrato unilateral dos convênios de gestão das maternidades Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão.
Reforçamos que os convênios, de responsabilidade compartilhada entre as partes, sempre foram conduzidos com transparência, seriedade e avaliações favoráveis por parte da própria Secretaria Municipal de Saúde.
Os serviços continuam sendo ofertados, conforme a realidade financeira das maternidades, com o mesmo compromisso com a população e respeito às equipes que atuam diariamente no cuidado às gestantes, bebês e famílias.
Diretoria Executiva da Fundahc
28/7/2025
Histórico de crises
A gestão da Fundahc nas maternidades municipais começou em 2012, quando assumiu o Hospital e Maternidade Dona Iris, reinaugurado naquele ano pelo então prefeito Paulo Garcia. O convênio foi renovado em 2018. Em 2015, a fundação assumiu a gestão da Maternidade Nascer Cidadão, com renovação em 2020. Já em 2019, passou a administrar também o Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara.
Ao longo desses 13 anos, a administração das unidades foi marcada por altos e baixos (mais baixos do que altos) e as crises se intensificaram durante o governo de Rogério Cruz. Desde 2021, a Fundahc denunciou atrasos frequentes nos repasses por parte da Prefeitura de Goiânia, o que resultou em paralisações de serviços e na atuação de órgãos de controle.
Após uma série de críticas do atual prefeito, Sandro Mabel, à atuação da Fundahc e sinais de mudanças na gestão das maternidades, a SMS instituiu, na última semana, uma Comissão Especial de Transição para o controle das unidades, que passará para Organizações Sociais. O prazo para os trabalhos será de 30 dias.
A Secretaria informou ainda que fará a contratação emergencial de três OSs para administrar temporariamente as unidades, até a conclusão do processo de chamamento público para a gestão definitiva.
“Vamos realizar um chamamento público com estudo de viabilidade técnica, termos de referência e todo o embasamento necessário. Todas as organizações qualificadas para atuar na gestão da saúde do município poderão participar”, garantiu o médico e assessor técnico da SMS, Frank Cardoso.
Já a Fundahc, em um comunicado divulgado após a publicação da portaria que instituiu o Grupo de Transição, reafirmou o que chamou de “compromisso com a legalidade, a transparência e a prestação de serviços de qualidade à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), bem como com as atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal de Goiás”.
“Reforçamos, aqui, o cuidado que temos com os colaboradores, que se empenham no dia a dia, e o quanto nos incomoda esse tipo de comunicado por parte da prefeitura, sem qualquer formalização ou orientação à Fundahc. Antes de tudo, tem agir com dignidade e humanidade com as pessoas que estão no dia a dia e aos usuários! A Fundação seguirá acompanhando os desdobramentos com responsabilidade institucional e respeito às decisões administrativas, mantendo os colaboradores, usuários e a sociedade devidamente informados”, conclui.
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Prefeitura de Goiânia formaliza rescisão de convênios com Fundahc após constatar falhas na gestão das maternidades
A decisão foi recomendada pela Secretaria Municipal de Saúde
A Prefeitura de Goiânia comunicou oficialmente, nesta segunda-feira, 28, a rescisão dos convênios com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão das maternidades Dona Íris, Célia Câmara e Nascer Cidadão. A decisão foi recomendada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) após análise técnica que identificou descumprimento de metas assistenciais, baixa produtividade e gastos administrativos acima do limite permitido.
De acordo com o assessor técnico da SMS, Frank Cardoso, o estudo que embasou a decisão teve início em março de 2025 e avaliou a produção das unidades entre julho de 2024 e março deste ano. “A meta de internações obstétricas, por exemplo, é de 405 por mês, mas não foi atingida em nenhum dos meses analisados”, aponta Cardoso.
O levantamento também constatou que metas relacionadas a exames e procedimentos, como ultrassonografias, mamografias e inserção de DIUs, foram sistematicamente descumpridas. “Houve mês com apenas 380 exames realizados, quando o contrato previa 1.418. E em metade do período avaliado, nenhuma inserção de DIU foi feita”, detalha o técnico.
Além disso, os dados revelam que a taxa de ocupação dos leitos cirúrgicos e o volume de atendimentos ambulatoriais especializados ficaram aquém do esperado. No Hospital e Maternidade Dona Íris, a meta de 576 consultas mensais vem sendo descumprida desde 2021. Em diversos meses, foram realizadas menos de 200.
Outro ponto crítico identificado no relatório diz respeito aos custos administrativos da Fundahc. Enquanto organizações sociais são limitadas a utilizar até 3% do valor dos convênios com esse tipo de despesa, a Fundahc chegou a comprometer até 13%. “Na prática, isso representa até R$ 2,6 milhões em despesas administrativas por mês, valor quatro vezes maior que o praticado por outras gestoras de saúde”, afirmou Cardoso.
Em 2025, mais de R$ 116 milhões já foram repassados à Fundahc para a manutenção das maternidades. Mesmo com os pagamentos em dia, a SMS afirma que enfrentou paralisações recorrentes, afetando o atendimento à população. “A qualidade do serviço prestado está comprometida. Não podemos permitir que as mulheres goianienses continuem sendo penalizadas”, declarou o assessor.
A prefeitura iniciará agora a transição para um novo modelo de gestão, com a contratação emergencial de organizações sociais (OSs), até a finalização do chamamento público definitivo. “As OSs serão selecionadas com base em critérios técnicos e todas as entidades qualificadas poderão participar do processo”, conclui Cardoso.
A previsão é que a substituição da Fundahc seja concluída em até 30 dias. O objetivo da gestão municipal é garantir mais eficiência, qualidade e regularidade nos atendimentos prestados pelo SUS nas unidades materno-infantis da capital.
Em nota, a Fundahc afirmou que os convênios sempre foram conduzidos com “transparência, seriedade e avaliações favoráveis por parte da própria Secretaria Municipal de Saúde”. Leia a nota na íntegra:
Comunicado Oficial
A Fundahc informa que recebeu nesta segunda-feira, 28, notificação formal sobre o pedido de distrato unilateral dos convênios de gestão das maternidades Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão.
Reforçamos que os convênios, de responsabilidade compartilhada entre as partes, sempre foram conduzidos com transparência, seriedade e avaliações favoráveis por parte da própria Secretaria Municipal de Saúde.
Os serviços continuam sendo ofertados, conforme a realidade financeira das maternidades, com o mesmo compromisso com a população e respeito às equipes que atuam diariamente no cuidado às gestantes, bebês e famílias.
Diretoria Executiva da Fundahc
28/7/2025
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A REDAÇÃO
Robótica e Inteligência Artificial avançam na medicina brasileira
Especialistas revelam otimismo com tecnologia
Durante décadas, o cinema de ficção científica imaginou um futuro em que humanos e robôs dividiriam o mesmo espaço. Hoje, essa realidade já se desenha, especialmente no campo da tecnologia voltada para a saúde. Na medicina, a robótica tem transformado o modo como cirurgias são realizadas, garantindo procedimentos mais precisos, menos invasivos e com melhor recuperação para os pacientes. A expansão desse avanço depende agora da superação de desafios técnicos, estruturais e de acesso.
Restrita a poucos centros médicos no país, quase todos na rede privada, a técnica está presente no Brasil há 17 anos, com o primeiro procedimento realizado em 2008. De lá para cá, a cirurgia robótica tem crescido de forma exponencial no País.
Segundo dados da Intuitive Surgical, fabricante do robô Da Vinci, o mais utilizado no mundo, já foram realizados mais de 15 milhões de procedimentos robóticos em mais de 70 países, com índices de segurança superiores aos de outras vias de acesso. Além deste modelo, o país conta com outros dois robôs: o Versius, da britânica CMR Surgical, e o Hugo, da americana Medtronic. Ambos chegaram no ano de 2022.
Regulamentadas em 2022 pelo Conselho Federal de Medicina (2022), cirurgias realizadas com robótica devem ser realizadas em hospitais capacitados para atender casos de alta complexidade. Mais do que isso, os cirurgiões precisam passar por uma capacitação para essas intervenções.
Do ponto de vista técnico, o cirurgião controla braços robóticos com movimentos delicados e altamente filtrados, eliminando tremores naturais da mão humana. O sistema também oferece uma visão ampliada em alta definição e em três dimensões, o que permite identificar, com clareza, estruturas anatômicas complexas e operar com mais segurança.
A expectativa é que esses sistemas e acessórios devem atingir US$ 30,7 bilhões globalmente até 2030, registrando uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 10%, estima a GlobalData, uma empresa de dados e análises.
O professor Celso Camilo, docente do Instituto de Informática da Universidade Federal de Goiás (Inf/UFG) e membro fundador do Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia/UFG), afirma que, apesar das dificuldades das máquinas interagirem com o mundo físico, descobertas recentes permitiram um salto de performance em sistemas robóticos. “Seja na área médica ou não, veremos muito mais robôs conosco nos próximos anos. A tendência é que façam desde tarefas simples às mais complexas, como no caso de cirurgias, por exemplo”, diz o cientista em entrevista à reportagem do jornal A Redação.
Na medicina, o pesquisador afirma que os benefícios podem ser inúmeros, quando se calcula principalmente maior precisão. Neste sentido, o robô atua como auxiliar do profissional médico e, com isso, o paciente é o maior beneficiado por reduzir os riscos das intervenções e ter disponível novos tratamentos que não seriam possíveis antes.
Celso Camilo ainda avalia que a Inteligência Artificial (IA), seja embarcada em robôs físicos ou em softwares, se consolida com um papel preponderante na ‘nova medicina’. “Os avanços recentes estão tornando os diagnósticos e tratamentos ainda mais precisos e trazendo novas perspectivas para lidar com patologias complexas. Em breve todas as especialidades da medicina devem interagir com IA para melhor atender os pacientes”, ressalta.
“Estamos vivendo uma revolução na sociedade e a área de saúde vai se beneficiar
muito dessas evoluções. Apesar da resistência inicial, os profissionais da área devem buscar atualizações e capacitações para se beneficiar dos novos métodos e melhor atender os pacientes. A revolução já chegou.”
Mas… confiar em um robô?
Essa é uma das perguntas mais recorrentes dentro dos consultórios. Mesmo que a tecnologia não seja tão nova, ainda é limitada no sentido de informação e, consequentemente, gera certa desconfiança. Há anos, se falava em robôs, mas viver essa realidade é completamente diferente, principalmente quando se trata de algo tão delicado, como é o caso da saúde.
Em um centro cirúrgico, a precisão é fundamental e muito desafiadora. Existem procedimentos que podem durar horas, com o médico em pé e, ao mesmo tempo, se inclinar sobre o paciente, os movimentos das mãos, muitas vezes, limitados por ferramentas rígidas.
Essas limitações podem ser superadas com o auxílio de robôs, como o que ocorre na cirurgia robótica. Nesta técnica, o equipamento é comandado por um médico. A máquina, neste sentido, propícia mais precisão, mobilidade e certo conforto aos cirurgiões. Os profissionais médicos passam a contar com um filtro de tremor e a possibilidade de executar as cirurgias sentados, além de uma visão ampliada.
Na prática, o médico cirurgião fica na sala cirúrgica comandando o robô, que repete todos os movimentos realizados pelas mãos do profissional. O médico cirurgião é quem se responsabilizará por controlar e operar o paciente. O profissional fica na mesma sala e em um console realiza a operação na máquina.
Na urologia, por exemplo, a cirurgia robótica, minimamente invasiva, é considerada uma evolução da laparoscopia, que é um procedimento cirúrgico com uma incisão no abdômen e a introdução do aparelho laparoscópio para visualizar a tratar a área doente. Neste sentido, é uma forma mais moderna de tratar câncer de próstata, problemas de rim e bexiga.
O médico Guilherme Andrade, urologista com foco em Uro-oncologia e Cirurgia Robótica, enfatiza que a técnica é extremamente confiável e capaz de promover maior benefício aos pacientes. “É uma máquina que está disponível, mas o cirurgião precisa estar capacitado para utilizá-la. Costumo dizer que o robô é como se fosse um avião, em que o piloto precisa estar apto, entender como funciona e estar preparado para saber lidar com possíveis intercorrências. Na medicina é da mesma forma, onde a robótica é muito útil e pode nos levar mais longe, com resultados melhores”, detalha em entrevista à reportagem do A Redação.
O especialista ressalta, ainda, que as chances de falha do robô são mínimas. Ele explica que esta tecnologia foi desenvolvida de modo a avisar sobre possíveis intercorrências, onde o profissional capacitado compreenda em tempo hábil. Deste modo, por meio de sinalização em cores amarelo e vermelho a máquina comunica quando existe algum problema, desde os mais simples aos mais graves. Andrade reforça que é uma problematização incomum de ocorrer.
Leonardo Emílio, médico cirurgião com Certificação Internacional em Cirurgia Robótica do Einstein Goiânia, compartilha o mesmo posicionamento. Para ele, a cirurgia robótica representa um dos avanços mais significativos da medicina moderna. “Homologada para diversas especialidades, a técnica vem se consolidando como uma abordagem segura, precisa e altamente eficaz no tratamento tanto de doenças benignas quanto malignas”, pontua ao A Redação.
Segundo o médico, a tendência é que essa tecnologia esteja cada vez mais presente nos grandes centros médicos e, progressivamente, também em hospitais regionais, à medida que os benefícios se tornam mais reconhecidos e a capacitação das equipes avança. “A cirurgia robótica é, sem dúvida, um presente e futuro da medicina, oferecendo ao paciente o que há de mais moderno, preciso e seguro no tratamento cirúrgico”, enfatiza, com empolgação.
Maior precisão e mais benefícios ao paciente e aos profissionais
Além de assegurar maior precisão e ser confiável, as cirurgias assistidas por robótica promovem benefícios tanto para os pacientes quanto aos profissionais.
O cirurgião Leonardo Emílio aponta que diversos estudos científicos publicados em revistas médicas de prestígio, como o Annals of Surgery e o Journal of the American Medical Association (JAMA), demonstram que a cirurgia robótica está associada a menor perda de sangue, menor dor no pós-operatório, redução nas taxas de infecção e complicações, menor tempo de internação e recuperação mais rápida.
Aqui vale uma diferenciação: na cirurgia aberta, o cirurgião precisa fazer um grande corte para enxergar e acessar o órgão ou tecido do paciente, enquanto na cirurgia minimamente invasiva são feitos pequenos cortes, de um centímetro até poucos milímetros. Em um dos cortes, o cirurgião introduz uma câmera ligada a um monitor e, nos outros, as ferramentas necessárias para a cirurgia.
Além disso, em procedimentos oncológicos, essa técnica tem se mostrado superior na dissecção e na preservação de estruturas vitais, o que, nas palavras dele, pode impactar diretamente nos índices de cura e qualidade de vida dos pacientes.
O médico Guilherme Andrade enfatiza que em cada área haverá benefícios particulares. “Na urologia, quando falamos dos principais procedimentos, a exemplo da remoção da próstata com o robô no tratamento do câncer, o menor sangramento é, sem dúvida, o primeiro grande desafio. Com isso, reduz também a necessidade de um cuidado intensivo, que se estende para melhor recuperação e retorno das atividades de forma mais rápida”, detalha.
Ele destaca também que a prostatectomia assistida por robô é associada a menos disfunção erétil e incontinência urinária, efeitos colaterais temidos nesse tipo de procedimento no âmbito urológico.
Já no que abrange aos benefícios aos profissionais, Guilherme atribui, principalmente, aos resultados na melhora clínica dos assistidos. “Com toda a certeza, o mais importante é ver o resultado e a satisfação do paciente, quando recupera suas funções e fica curado da doença que estava sendo tratada. Esse é o nosso maior presente”, descreve, com sorriso no rosto. “Além disso, utilizar o robô também prolonga a vida útil do cirurgião, quando comparamos com os mais antigos”, arremata o especialista.
“A tecnologia está crescendo, como com a cirurgia robótica e IA, e vejo isso com muito otimismo. Acredito que tudo que for tecnológico e vier para melhorar os resultados para o paciente é bem-vindo. O médico não está concorrendo com a tecnologia e ela não vai substituir o profissional. No entanto, temos que ter sabedoria para utilizá-la da melhor forma possível. A essência humana na medicina não deve ser prejudicada”.
Acesso no SUS e fora dos grandes centros ainda é limitado
Enquanto essas inovações são animadoras, o acesso a elas ainda segue como um desafio em busca de solução. Como mencionado acima, a maioria dos robôs integra a rede privada, sem cobertura na saúde suplementar. Outro fator é que a total dependência de importações pode dificultar a redução dos custos, mas a futura quebra de patentes e a chegada de novas plataformas, especialmente da China, devem tornar as cirurgias mais acessíveis nos próximos anos.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), existem oito registros válidos de sistemas cirúrgicos robóticos no País. Eles são de empresas dos EUA, Alemanha, China, França, Irlanda, Israel e Reino Unido. Metade dos registros foi concedida no ano passado.
Segundo o Ministério da Saúde, por meio do Instituto Nacional de Câncer (Inca), procedimentos cirúrgicos com auxílio robótico são realizados em caráter experimental, no Hospital do Câncer I, no Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o governo federal, há um financiamento de um estudo conduzido pelo Instituto do Câncer do Ceará (ICC) que compara linfadenectomias inguinais (cirurgias para remover os linfonodos localizados na região da virilha) robóticas e convencionais em pacientes com câncer de pênis, com um investimento previsto de R$ 7,79 milhões.
Porém, apesar do avanço da cirurgia robótica e da promessa de barateamento da técnica, a tecnologia ainda está longe da realidade da grande maioria dos brasileiros que dependem exclusivamente da rede pública. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há mais de 20 hospitais que oferecem cirurgia robótica, mas só três destes são do Sistema Único de Saúde (SUS). São eles o Hospital das Clínicas da USP, o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) e o Hospital Municipal Vila Santa Catarina. Observa-se também que a saúde pública ainda tem dificuldades para oferecer a cirurgia minimamente invasiva anterior à robótica, que é a videolaparoscopia.
Em Goiás, cirurgias assistidas por robótica ainda não são realizadas em nenhuma unidade de saúde pública e ainda não há previsão de quando deve ocorrer, segundo informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO). De acordo com a pasta, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG) utiliza a videolaparoscopia em casos específicos, sendo pioneiro na oferta desta tecnologia na rede pública estadual. Recentemente, segundo a gestão estadual, também passou a ofertar a cirurgia minimamente invasiva para correção de deformidades torácicas.
Para Everton Wirbitzki da Silveira, chefe do setor de Pesquisa e Inovação Tecnológica em Saúde do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG|EBSERH), o uso de tecnologias na área da saúde pode ter um custo inicial elevado, mas não é necessariamente caro no longo prazo. A lógica é que se gere economia significativa para os sistemas de saúde decorrente dos ganhos de eficácia e eficiência derivados do uso das ferramentas tecnológicas.
“Precisamos compreender que todo o campo de inovação tem um lugar importante na pesquisa, que hoje vemos bastante integrada ao uso de ferramentas com Inteligência Artificial ou ao uso de tecnologias da comunicação de tal sorte que, à medida que vamos utilizando essa metodologia, observa-se resultados diferentes e melhores do que seria, eventualmente, sem o apoio dessa ferramenta”, afirma.
“Automatização de tarefas reduz custo operacional: Chatbots, triagem automatizada e análise de exames agilizam o trabalho e diminuem a sobrecarga sobre médicos e enfermeiros. Melhor uso dos recursos públicos: IA pode prever surtos de doenças, otimizar campanhas de vacinação e planejar melhor a distribuição de medicamentos e equipes. Assim, a IA deve ser implementada de forma estratégica, por exemplo”, destaca à reportagem do jornal A Redação.
Inteligência Artificial
Por falar em Inteligência Artificial, ela está ganhando cada vez mais espaço em diversas áreas de atuação. Na medicina, por exemplo, ela pode ser usada para realizar diagnósticos precoces, antecipar riscos de doenças e pioras no quadro de saúde, além de tornar exames mais precisos. Além de auxiliar na otimização de campanhas e gestão, pode também ser aliada dentro dos consultórios e até em cirurgias plásticas, como conta o cirurgião plástico Urias Carrijo, Especialista em Lipo a Laser com Inteligência Artificial.
Ele conta que conheceu com a técnica a lipoaspiração a laser, também conhecida como laserlipólise, há 25 anos. Esse método consiste na emissão de calor do laser aplicada abaixo da pele por uma cânula especial bem fina, parecida com a cânula de lipoaspiração. A lipolaser tem dois objetivos principais, segundo o especialista: estimular a formação de colágeno da pele e promover a lipólise (derretimento de gordura).
Em 2022, foi desenvolvida a técnica de Lipo AI (lipoaspiração a laser com Inteligência Artificial). Neste sentido, explica o médico, que a ferramenta de IA controla a energia e promove maior precisão e controle do procedimento. “O procedimento, combinado com esse algoritmo, calcula a quantidade de energia a partir do movimento do profissional que opera a máquina. Deve-se também ser um médico capacitado e qualificado para a realização deste processo, porque, ao pisar no pedal e movimentar a mão na velocidade correta, a ferramenta vai entregar o máximo de tecnologia”, detalha Urias Carrijo.
Na prática, conforme pontua o médico, a combinação com a Inteligência Artificial resulta em mais segurança e resultados melhores aos pacientes. Ele conta à reportagem que foi um dos cirurgiões pioneiros a realizar a técnica no Brasil e que, atualmente, já é amplamente utilizada no País e no mundo. “Ainda recebemos médicos para fazer treinamentos, inclusive de outros países como Colômbia e Equador”, ressalta.
Para o médico, faltava-se infraestrutura em tecnologia no País. Entretanto, isso mudou e o Brasil já vem acompanhando este processo, inclusive com produções nacionais. “É uma tendência aumentar cada vez mais e não só no laser, mas de modo geral. Hoje, o território brasileiro é um dos maiores mercados da estética mundial e é um mercado que cresce muito”, enfatiza.
Diversas pesquisas já utilizaram algoritmos e aprendizado de máquina para ajudar na detecção precoce de doenças. Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, desenvolveram um modelo de inteligência artificial (IA) capaz de identificar com precisão quais pacientes com comprometimento cognitivo leve têm maior risco de desenvolver Alzheimer e, com isso, podem se beneficiar de medicamentos em estágio inicial da doença.
A descoberta foi publicada na quarta-feira (17/7) na revista científica Nature e mostra que a IA pode tornar os ensaios clínicos mais eficazes e baratos, ajudando a acelerar o desenvolvimento de tratamentos personalizados para a demência, uma condição que atinge milhões de pessoas no mundo todo.
No Brasil, algumas iniciativas já utilizam IA em procedimentos médicos. Uma tecnologia chamada OncoSeek, por meio de um exame de sangue, permite a detecção e o rastreamento de mais de nove tipos de tumores no estágio inicial. A ferramenta chegou ao País através de uma parceria entre SeekIn e a clínica FirstSaúde.
Em estudo realizado com quase 10 mil pacientes e publicado em julho de 2023 na revista The Lancet, o OncoSeek apresentou uma sensibilidade de 51,7% para todos os tipos de câncer, resultando em uma precisão de 84,3% para a detecção desses tumores. As sensibilidades variaram de 37,1% a 77,6% para a detecção de câncer de mama, colorretal, fígado, pulmão, linfoma, esôfago, ovário, pâncreas e estômago.
"Sem dúvida alguma, a Inteligência Artificial, aplicada com ética e com segurança, pode ser bem aceita por parte dos médicos por trazer esse apoio e contribuir de forma direta para resultados e avanços em tratamentos cada vez melhores. Na medicina é uma ferramenta muito útil se usada com sabedoria e profissionalismo, sempre se atentando aos cuidados necessários", defende o cirurgião plástico Urias Carrijo.
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TV SERRA DOURADA
Reunião emergencial discute impacto de tarifas na saúde em Goiás
https://www.youtube.com/watch?v=-8I7D5GsL40
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SAUDE BUSINESS
As melhores empresas para trabalhar na área da saúde em 2025, segundo o GPTW
Confira a lista completa das empresas reconhecidas pelo GPTW Saúde 2025, que conquistaram o prêmio por suas boas práticas em gestão, pacotes de benefícios diferenciados e compromisso com o bem-estar e crescimento profissional dos colaboradores.
Hoje, 28 de julho, aconteceu a 12ª edição do prêmio GPTW Saúde de 2025, que reconhece as melhores empresas para se trabalhar no setor de saúde. A premiação avalia práticas de gestão de pessoas, políticas corporativas e a satisfação dos colaboradores.
Este ano, a premiação contou com um número recorde de participantes, foram 274 empresas inscritas, impactando mais de 306 mil funcionários, um aumento de 21% em relação à edição anterior.
Empresas reconhecidas
O ranking completo das Melhores Empresas Para Trabalhar GPTW na Área da Saúde em 2025 incluiu 80 organizações, distribuídas entre diferentes segmentos do setor:
7 Clínicas
8 Corretoras de Seguro
15 Farmacêuticas
5 Farmácias e Distribuidoras
5 Hospitais
15 Indústrias e Serviços
5 Medicina Diagnóstica
20 Planos de Saúde
A região Sudeste manteve sua liderança, com 47 empresas premiadas, enquanto estados como Rondônia e Bahia tiveram menor representatividade, com apenas uma empresa cada. São Paulo, mais uma vez, destacou-se como o estado com maior número de organizações reconhecidas, 34 no total.
Perfil dos colaboradores
A análise demográfica dos colaboradores das empresas premiadas revelou mudanças significativas:
Faixa etária: A faixa de 35 a 44 anos lidera em representatividade e segue crescendo, com 37%, enquanto a participação de jovens até 25 anos caiu para 11%, refletindo uma maior consolidação de profissionais em fases mais maduras da carreira.
Tempo de casa: Aproximadamente 63% dos colaboradores estão há até 5 anos nas empresas, enquanto o grupo com 11 a 15 anos de casa apresentou crescimento, atingindo 11%.
Gênero: Mulheres continuam a ocupar 63% dos postos de trabalho, mas sua presença na alta liderança caiu para 26%, contrastando com avanços em níveis gerenciais e operacionais.
Inclusão feminina na liderança
Embora a presença de mulheres na alta liderança tenha caído para 26%, os níveis gerenciais e operacionais apresentaram avanços significativos. Em 2025, a participação feminina na média liderança atingiu 46%, enquanto na liderança operacional chegou a 61%, o maior patamar desde o início da série histórica. Além disso, 19% dos cargos de CEO nas empresas premiadas são ocupados por mulheres, uma proporção três vezes maior em relação ao mercado geral.
Inovação e transformação
Apesar dos desafios, o índice de velocidade de inovação (IVR) apresentou uma recuperação em 2025, com 18% das empresas premiadas atingindo níveis acelerados de inovação, um aumento em relação aos 12% registrados em 2024, embora ainda abaixo dos 21% observados em 2023. Enquanto isso, apenas 4% das empresas não premiadas alcançaram o estágio acelerado, com a maioria (68%) permanecendo no estágio de atrito, onde a inovação é truncada. Entre as empresas premiadas, o percentual no estágio de atrito manteve-se em 49%, igual ao registrado em 2023.
Motivos de permanência
Quando questionados sobre os motivos para permanecerem em seus empregos, os colaboradores destacaram:
Oportunidades de crescimento e desenvolvimento: 35%
Qualidade de vida: 26%
Alinhamento de valores: 18%
Remuneração e benefícios : 18%
: 18% Estabilidade: 3%
Como é feita a pesquisa?
A pesquisa do Great Place to Work (GPTW) é dividida em duas etapas principais:
Pesquisa quantitativa: A empresa deve alcançar uma amostra mínima de funcionários e obter uma nota mínima de 70% no Trust Index©.
Pilares For All: Após atingir os critérios da primeira etapa, as práticas organizacionais são avaliadas com base nos Pilares For All, que incluem equidade, inclusão e inovação.
Veja o ranking completo das Melhores Empresas Para Trabalhar da Área de Saúde:
Clínicas
1 Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública Médias e Grandes 2 Americas Oftalmocenter Médias e Grandes 1 Odontologia Peixoto Pequenas 2 IMED Saúde Pequenas 3 DDZIABAS MEDICINA LTDA Pequenas 4 ESPACO ACOLHER - CABO Pequenas 5 Pepita Duran Clínica de Multiserviço e HomeCare Pequenas
Corretoras de Seguros
1 Alper Seguros Médias e Grandes 2 LOJACORR S.A. REDE DE CORRETORAS DE SEGUROS Médias e Grandes 3 SICOOB SC/RS CORRETORA E ADMINISTRADORA DE SEGUROS S/A Médias e Grandes 1 GRUPO RITACCO Pequenas 2 MASTER FUTURE CORRETORA DE SEGUROS Pequenas 3 Desistente Pequenas 4 SIGAFY Seguros Imobiliários Pequenas 5 Allcare - Corretora Pequenas
Farmacêuticas
1 Novo Nordisk Produção Farmacêutica do Brasil LTDA Médias e Grandes 2 Novo Nordisk Médias e Grandes 3 SUPERA FARMA LABORATORIOS S.A Médias e Grandes 4 ASTELLAS FARMA BRASIL IMPORTACAO E DISTRIBUICAO DE MEDICAMENTOS LTDA. Médias e Grandes 5 AstraZeneca Médias e Grandes 6 Boehringer Ingelheim Médias e Grandes 7 Eurofarma Laboratórios S/A Médias e Grandes 8 Bayer Brasil Médias e Grandes 9 Teva Farmacêutica Médias e Grandes 10 OFTA VISION HEALTH Médias e Grandes 11 AMGEN BIOTECNOLOGIA DO BRASIL LTDA. Médias e Grandes 12 Laboratórios Servier do Brasil Médias e Grandes 13 LIBBS Médias e Grandes 14 AbbVie Médias e Grandes 15 BLANVER Médias e Grandes
Farmácias e Distribuidoras
1 INVASIVE IMPORTACAO E COMERCIO DE PRODUTOS MEDICOS LTDA Médias e Grandes 2 Farmácia Artesanal Médias e Grandes 3 Henry Schein Brazil Médias e Grandes 1 ULTRA MEDKA PRODUTOS PARA SAÚDE Pequenas 2 Maxxi Distribuidora Pequenas
Hospital
1 ISAC UPA 24H SANTA LUCIA Médias e Grandes 2 HOSPITAL ALBERT EINSTEIN Médias e Grandes 3 HOSPITAL VER EXCELENCIA EM OFTALMOLOGIA Médias e Grandes 4 HOSPITAL UNIMED BLUMENAU Médias e Grandes 5 REAL HOSPITAL PORTUGUES DE BENEFICENCIA EM PERNAMBUCO Médias e Grandes
Indústria e Serviços
1 Coloplast Médias e Grandes 2 MED CENTER COMERCIAL LTDA Médias e Grandes 3 Shift Consultoria e Sistemas Médias e Grandes 4 SIEMENS HEALTHINEERS Médias e Grandes 5 SCHUSTER COMERCIO DE EQUIPAMENTOS ODONTOLOGICOS LTDA Médias e Grandes 6 STRYKER DO BRASIL Médias e Grandes 7 ESSITY DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Médias e Grandes 8 CONTOURLINE EQUIPAMENTOS Médias e Grandes 9 Sorocaps Médias e Grandes 10 CEJAM Médias e Grandes
Indústria e Serviços (continuação)
1 SAID RIO Pequenas 2 HYGEA Pequenas 3 PRÓ VASCULAR Pequenas 4 BUCKMINSTER QUIMICA LTDA Pequenas 5 HelpMed Saúde Pequenas
Medicina Diagnóstica
1 Grupo Sabin Médias e Grandes 2 Med Mais Soluções em Serviços Especiais LTDA Médias e Grandes 3 IMD Medicina Diagnóstica Médias e Grandes 1 IMUNE - MEDICINA LABORATORIAL Pequenas 2 Laboratório Fleming Ltda Pequenas
Planos de Saúde
1 UNIMED SUL CAPIXABA Médias e Grandes 2 Unimed Porto Alegre Médias e Grandes 3 UNIMED VALES DO TAQUARI E RIO PARDO Médias e Grandes 4 Unimed Fortaleza Médias e Grandes 5 PASA Médias e Grandes 6 Bradesco Seguros Médias e Grandes 7 AllCare - Gestora de Saúde Médias e Grandes 8 UNIMED FEDERAÇÃO/RS Médias e Grandes 9 Odontoprev Médias e Grandes 10 UNIMED PATO BRANCO Médias e Grandes 11 Unimed Curitiba Médias e Grandes 12 Grupo Unimed Santa Catarina Médias e Grandes 13 UNIMED VITORIA EST UNIF Médias e Grandes 14 UNIMED PARANÁ Médias e Grandes 15 UNIMED UBERLÂNDIA Médias e Grandes 16 UNIMED PRESIDENTE PRUDENTE Médias e Grandes 17 Unimed Litoral Médias e Grandes 18 Unimed Gerais de Minas Médias e Grandes 19 Unimed FESP Médias e Grandes 1 Unimed São Sebastião do Paraíso Pequenas
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Saúde Suplementar retoma rentabilidade após três anos de prejuízos, aponta estudo do IESS
Lucro líquido das operadoras alcança R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, sinalizando recuperação que abre caminho para reestruturação do setor.
Após enfrentar um período de severos desequilíbrios operacionais entre 2021 e 2023, o setor de saúde suplementar brasileiro apresenta sinais consistentes de recuperação financeira, criando uma janela de oportunidade para repensar o equilíbrio e a sustentabilidade de todo o sistema. A constatação vem do estudo “Evolução Econômico-Financeira da Saúde Suplementar no Brasil“, recentemente divulgado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
A pesquisa, que examina o desempenho econômico do setor desde 2018, abrangendo os períodos durante e pós-pandemia da Covid-19, revela que o lucro líquido das operadoras de planos médico-hospitalares atingiu R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025, com crescimento significativo em relação ao período anterior. O resultado operacional, indicador que reflete diretamente a atividade-fim do setor, somou R$ 4,4 bilhões. Todos os valores foram corrigidos pela inflação até março de 2025, garantindo uma análise temporal consistente.
A recuperação financeira foi impulsionada por um rigoroso processo de gestão operacional implementado pelas operadoras, com destaque para iniciativas de controle de desperdícios e combate às fraudes. O cenário macroeconômico também contribuiu positivamente, com a elevação da taxa Selic favorecendo os rendimentos financeiros das operadoras, que são legalmente obrigadas a manter níveis elevados de reservas técnicas.
“O setor atravessou um período extremamente crítico, mas a reversão dos indicadores financeiros não pode ser interpretada como solução definitiva. Persistem distorções relevantes na cadeia de valor que precisam ser enfrentadas com diálogo e responsabilidade”, alerta José Cechin, superintendente executivo do IESS.
Indicadores confirmam tendência de recuperação
A melhora nos principais indicadores do setor confirma a tendência de recuperação:
- A sinistralidade recuou para 79,2%, após ter atingido picos de até 91,7% em 2022
- A margem de lucro líquido subiu para 8,6%, representando o melhor desempenho desde o início da pandemia
- 78,8% das operadoras registraram resultado positivo no período analisado
O estudo revela ainda que as operadoras de grande porte demonstraram maior eficiência, com sinistralidade de 79% no primeiro trimestre de 2025. Operadoras pequenas e médias, embora também tenham apresentado melhora em comparação a 2024, continuam com níveis mais elevados de comprometimento de receitas com despesas assistenciais.
Desafios persistentes exigem atenção
Apesar dos resultados positivos no agregado, o estudo aponta para tensões que ainda persistem no setor: 21,2% das operadoras continuam apresentando resultado negativo, evidenciando uma recuperação heterogênea. Outro ponto crítico é a elevada judicialização, que pressiona tanto os custos operacionais quanto a previsibilidade contratual.
“Sem segurança jurídica e regras claras, não há como planejar investimentos duradouros nem garantir a sustentabilidade do sistema”, enfatiza Cechin, que considera o momento atual propício para discutir mudanças estruturais: “É preciso utilizar esse respiro financeiro como ponto de partida para uma reconfiguração das práticas do setor. A busca por eficiência não pode se limitar ao resultado contábil, mas deve se traduzir em acesso, qualidade e resolutividade para os 52 milhões de beneficiários”.
O superintendente do IESS conclui alertando que “essa combinação de fatores conjunturais não é sustentável no longo prazo. Por isso, é fundamental que o setor avance em modelos de remuneração mais alinhados ao valor assistencial, ao desempenho e à transparência”.
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FOCO NACIONAL
Comunicação e inclusão em Foco: Hospital de Acidentados promove palestra sobre comunicação com todos os públicos
Goiânia (GO) - Como comunicar com clareza, empatia e respeito em um ambiente hospitalar? A resposta a essa pergunta foi o ponto de partida da palestra “Palavras que acolhem, gestos que comunicam: um hospital que fala com todos!”, realizada no dia 24 de julho, no Hospital de Acidentados.
A iniciativa, voltada aos colaboradores da instituição, reforçou um compromisso cada vez mais necessário na área da saúde: garantir uma comunicação acessível, acolhedora e eficaz com todos os públicos, inclusive com pessoas com deficiência auditiva.
A primeira parte da palestra foi conduzida pela jornalista e especialista em Comunicação e Marketing, Rosany Rodrigues da Cunha, que apresentou os pilares de uma boa comunicação no ambiente hospitalar. Ela destacou que, mais do que transmitir mensagens, comunicar na saúde é saber escutar, acolher e orientar com segurança.
“Na saúde, a comunicação clara, empática, acolhedora, ética e verdadeira é ainda mais essencial do que em outras áreas, pois uma pequena falha pode comprometer a credibilidade do profissional, a imagem do hospital e, o mais grave, o tratamento do paciente”, alertou Rosany.
Ela reforçou ainda a importância do conhecimento sobre os processos internos do hospital, destacando que, diante de dúvidas, o mais responsável é perguntar. “É sempre melhor buscar informação do que arriscar passar uma orientação incorreta”, orientou.
Na segunda parte do encontro, o foco foi a inclusão. A pedagoga, pós-graduada em psicopedagogia clínica e institucional e intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais), Gláucia Martins da Cruz, trouxe informações valiosas sobre o atendimento a pessoas surdas, um público que representa cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo o IBGE.
Ela abordou o tratamento adequado das pessoas com deficiência auditiva, explicando que o uso do termo surdo-mudo, comum no passado, é equivocado. Falou também sobre desafios e diretos das pessoas surdas, mas, principalmente, destacou como se comunicar com essa parcela da população.
A Libras é a linguagem oficial, mas exige anos de estudos e prática. Contudo, é possível melhorar, e muito, a comunicação diária com as pessoas com deficiência auditiva por meio de ferramentas, como a escrita em papel ou aparelhos celulares.
Manter a calma, paciência e segurança durante um atendimento à pessoa surda também é essencial. “As pessoas surdas são muito inteligentes, normalmente não buscam atendimento sozinhas e conseguem ajudar na comunicação”, explicou.
A empatia, o sorriso e a atenção, tão essenciais na linguagem verbal, também são muito importantes na comunicação com surdos. “Ao fazer gestos, sinais positivos, sempre mantenha o sorriso no rosto”, ensinou Gláucia, ressaltando que essa expressão acolhedora “quebra o gelo” e melhora a comunicação.
Durante a palestra, os participantes aprenderam sinais básicos em Libras e puderam aprender mais sobre como tornar o atendimento mais acessível e respeitoso. Com ações como essa, o Hospital de Acidentados avança em seu compromisso de ser uma instituição inclusiva, que respeita a diversidade e oferece não apenas cuidados de saúde, mas também acolhimento humano. Porque comunicar bem também é cuidar.
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TV ANHANGUERA
Fundação que administra três maternidades de Goiânia tem 30 dias para deixar gestão
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Família denuncia demora em parto
https://g1.globo.com/go/goias/videos-ja-1-edicao/video/familia-denuncia-demora-em-parto-13794493.ghtml
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Assessoria de Comunicação