ALERTA: A CONTA QUE NÃO FECHA NA SAÚDE SUPLEMENTAR
A relação entre operadoras de planos de saúde e prestadores de serviços (hospitais, clínicas de imagem, laboratórios e bancos de sangue) está se tornando financeiramente insustentável, o que ameaça todo o sistema de saúde suplementar brasileiro.
A promessa de qualidade, agilidade e inovação, que durante anos diferenciou a saúde privada do sistema público, vem sendo minada por uma remuneração defasada e, em muitos casos, insuficiente até mesmo para cobrir os custos operacionais.
O resultado dessa equação perversa é sentido diretamente por quem mais importa: o paciente.
A inviabilidade econômica tem levado hospitais, clínicas e laboratórios a suspenderem atendimentos por convênios. É um fenômeno que, após atingir parte dos médicos, agora alcança as instituições de saúde, colocando em risco toda a lógica do sistema suplementar.
O paciente, que paga caro pelo plano de saúde, já enfrenta dificuldades para agendar exames, marcar procedimentos ou realizar cirurgias eletivas, sinais claros do risco de colapso de um sistema que deveria amparar milhões de vidas.
É hora de encarar esse impasse com seriedade e coragem.
O modelo atual precisa ser revisto com transparência, responsabilidade e compromisso coletivo.
A sustentabilidade da saúde suplementar exige diálogo entre operadoras, prestadores e sociedade.
Somente com um novo pacto, que valorize quem cuida e viabilize quem estrutura o cuidado, será possível resgatar a essência e garantir a excelência do setor de saúde privado.
Goiânia, 24 de junho de 2025
AHPACEG – Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás