Postado em: 17/06/2025

CLIPPING AHPACEG 17/06/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

IA humaniza consultas médicas e alivia rotina de profissionais de saúde

https://medicinasa.com.br/noa-notes-doctoralia/

Por que o Open Health ainda não saiu do papel no Brasil?

https://medicinasa.com.br/open-health-brasil/

Instituições de saúde usam IA sem saber dos riscos à LGPD

https://medicinasa.com.br/ia-lgpd/

Encontro de gerações de lideranças da saúde marca lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Lara Martins Advogados

https://www.foconacional.com.br/2025/06/encontro-de-geracoes-de-liderancas-da.html

Planos de saúde perdem 70 mil beneficiários e rede hospitalar registra queda na ocupação

https://www.saudebusiness.com/operadoras/planos-de-saude-perdem-70-mil-beneficiarios-e-rede-hospitalar-registra-queda-na-ocupacao/

Casos de dengue caem 46% na Capital no 1º semestre, mas Estado segue em alerta com alta de mortes

https://ohoje.com/2025/06/16/casos-de-dengue-caem-46-na-capital-no-1o-semestre-mas-estado-segue-em-alerta-com-alta-de-mortes/

Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual

https://ohoje.com/2025/06/15/baixa-adesao-a-vacina-contra-gripe-preocupa-em-goiania-mas-supera-media-estadual/

MEDICINA S/A

IA humaniza consultas médicas e alivia rotina de profissionais de saúde

Ao automatizar tarefas administrativas, organizar informações clínicas e apoiar decisões diagnósticas, a tecnologia está promovendo uma mudança na forma como os médicos atendem seus pacientes e, principalmente, no tempo e na atenção que podem dedicar a eles.

"Longe de substituir o toque humano, a tecnologia emerge como facilitadora, otimizando atividades burocráticas e oferecendo suporte à decisão clínica, permitindo que os profissionais da saúde dediquem mais tempo e atenção àquilo que realmente importa: o cuidado humanizado", comenta Marco Salero, COO da Doctoralia, maior plataforma de saúde do mundo e líder em agendamento online de consultas no Brasil.

Automatização de tarefas: agilidade para médicos, praticidade para pacientes

A IA já está sendo utilizada com sucesso em diversas frentes da prática médica, como na automatização de tarefas. Em muitos consultórios, a inteligência artificial assumiu o protagonismo na realização de atividades repetitivas, como agendamento e confirmação de consultas.

Além do ganho de tempo para a equipe, que pode se dedicar a funções mais estratégicas, a experiência do paciente se torna mais positiva, pois ele pode agendar ou remarcar consultas a qualquer momento - inclusive em fins de semana e feriados -, sem depender da disponibilidade de um profissional em horário comercial.

IA cuida dos registros da consulta enquanto o médico concentra-se 100% no paciente

Outra frente é a documentação clínica. Por meio de ferramentas baseadas em IA é possível registrar e organizar as informações médicas dos pacientes de maneira eficiente e estruturada, sempre respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Um exemplo concreto dessa aplicação é o Noa Notes, assistente virtual desenvolvido pela Doctoralia.

Inovador, ele acompanha a conversa entre médico e paciente e anota automaticamente as informações clínicas relevantes, como queixas, histórico familiar, exames e recomendações. Ao fim da consulta, organiza as informações em um resumo detalhado, compatível com qualquer sistema de prontuário eletrônico e seguindo todas as exigências da LGPD.

"Ao liberar o médico da tarefa de ficar tomando nota ao longo do atendimento, o Noa Notes permite que ele mantenha o foco integral no paciente, fortalecendo a conexão e a empatia", comenta Felipe Locatelli, gerente de Projetos Estratégicos de IA na Doctoralia, que completa: "Nosso assistente é uma alternativa importante para aliviar a carga burocrática, economizando até 30% de tempo na rotina administrativa". Só no Brasil, o Noa Notes já impactou mais de 9 mil médicos em mais de 335 mil consultas. O país lidera a adoção da tecnologia no Grupo Docplanner, que está presente em 13 países, representando 32% do total de usuários.

Apoio à decisão clínica: IA ajuda, mas quem decide é o médico

Uma terceira frente em que a IA vem sendo utilizada é no apoio à decisão clínica. A tecnologia demonstra um potencial imenso na análise de grandes volumes de dados clínicos, auxiliando os médicos na formulação de diagnósticos mais precisos e na definição de planos de tratamento individualizados. "Ao processar informações complexas, identificar padrões sutis e lembrar de detalhes importantes sobre o histórico do paciente, a IA oferece um suporte valioso, especialmente em quadros clínicos desafiadores", observa Salero.

No entanto, a decisão final permanece sempre nas mãos do profissional médico, que utiliza a tecnologia como uma ferramenta complementar ao seu conhecimento e expertise.

O futuro é mais humano com ajuda da tecnologia

A transformação digital na saúde não é apenas uma questão de eficiência. Ao aliviar os profissionais das tarefas burocráticas e reforçar a tomada de decisão, a inteligência artificial está criando espaço para o que há de mais essencial na medicina: a escuta atenta, o olhar clínico e o vínculo de confiança entre médico e paciente. Nesse cenário, a IA consolida-se como uma ferramenta de apoio e não de substituição.

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Por que o Open Health ainda não saiu do papel no Brasil?

A implementação do Open Health no Brasil representa uma oportunidade transformadora para nosso sistema de saúde, porém ainda enfrenta uma série de desafios. Trata-se de um conceito que visa promover o compartilhamento de dados entre prestadores de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e operadoras, a fim de possibilitar uma gestão mais eficiente e coordenada das informações. Com os sistemas de saúde integrados, é possível aumentar a eficiência operacional por meio de um gerenciamento mais preciso dos dados, o que destaca a relevância desse modelo para o aprimoramento do atendimento à saúde.

Entre os principais obstáculos para a adoção do Open Health no país está a padronização dos dados. No setor de saúde, cada instituição utiliza um dicionário próprio para medicamentos, exames e procedimentos, criando uma barreira para a interoperabilidade. Apesar de existirem padrões para troca de informações como a Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS) e a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) como repositório central de dados criado pelo governo brasileiro, muitas organizações optam por customizações específicas, dificultando o diálogo entre diferentes sistemas.

Outra questão é a segurança da informação. Quando lidamos com dados de saúde, tratamos de informações sensíveis sobre os pacientes que precisam estar seguras de acordo com as regulamentações. Sem a garantia de um sistema de proteção confiável, o Open Health corre o risco de expor dados confidenciais ao invés de cumprir o papel de uma solução segura e eficiente.

Somada a isso há a questão da adesão e resistência do mercado. A operacionalização do Open Health exige investimentos em tecnologia, adaptação de processos e uma mudança cultural. Muitas empresas do setor privado, como operadoras e hospitais, relutam em abrir mão do controle exclusivo de seus dados, temendo a perda de uma vantagem competitiva ou não identificando o valor imediato da abertura dessas informações.

Uma comparação interessante pode ser feita com o Open Finance, que avançou rapidamente no Brasil devido à regulamentação unificada do Banco Central e ao interesse comercial dos bancos. Já no caso do Open Health, a fragmentação regulatória entre diferentes órgãos, como ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) e Ministério da Saúde, e a ausência de um incentivo claro para os players do mercado dificultam sua execução. Dados de saúde são mais sensíveis do que dados financeiros, o que exige mecanismos ainda mais robustos de governança e segurança.

A interoperabilidade entre o setor público e o privado também é um ponto que precisa ser alinhado. Entretanto, em momentos de urgência, como foi durante a pandemia da COVID-19, essa colaboração se mostrou bem-sucedida, quando a RNDS permitiu que informações de vacinação fossem compartilhadas entre os setores para garantir o controle das doses em tempo real. Além da parceria público-privada, para que o Open Health funcione de maneira ampla, é necessário que tanto instituições públicas quanto privadas adotem padrões uniformes, como os protocolos Health Level 7 (HL7) e Fast Healthcare Interoperability Resources (FHIR), que já são utilizados em outros países. Ambos os padrões buscam facilitar a comunicação entre diferentes sistemas de saúde: o HL7 como um protocolo tradicional e o FHIR ao representar uma abordagem mais moderna e acessível para a troca de dados médicos.

Um exemplo disso é a Estônia, um dos países mais avançados na aplicação do Open Health. Lá, prontuários eletrônicos, prescrições e históricos clínicos são compartilhados de maneira segura entre instituições - e o paciente mantém o controle total sobre seus dados. A interoperabilidade é assegurada por uma plataforma chamada X-Road, que utiliza padrões de segurança rigorosos e identidade digital para proporcionar o acesso autorizado às informações.

Apesar de todos esses desafios, há um horizonte positivo. O Ministério da Saúde possui um plano de ação para a saúde digital até 2028 que estabelece diretrizes para a unificação dos dados de saúde no país. Iniciativas como a RNDS são passos importantes nessa direção e, com o avanço das healthtechs, há uma pressão por maior transparência e eficiência no setor.

Superar esses desafios e colocar o projeto em prática traria inúmeras vantagens, resultando em uma estrutura de saúde mais transparente, eficiente e focada no paciente. Isso possibilitaria que prestadores de serviços e usuários tomassem decisões mais embasadas, alcançando desfechos clínicos, intervenções mais rápidas e redução de custos operacionais Afinal, um sistema de saúde integrado propicia ao país progredir em direção a um modelo mais moderno e acessível para a população.

*Marcos Moraes é diretor da área de Health da FCamara.

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Instituições de saúde usam IA sem saber dos riscos à LGPD

Vivemos com um crescimento explosivo das soluções de IA na área da saúde. Um levantamento realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) em conjunto com a ABSS (Associação Brasileira de Startups de Saúde) revelou que 62,5% das instituições de saúde já utilizam soluções baseadas em IA. Hoje, agentes inteligentes são capazes de transcrever consultas em tempo real, estruturar dados automaticamente e até sugerir condutas clínicas. São avanços notáveis em produtividade e qualidade de atendimento, mas que também introduzem desafios complexos no campo jurídico e ético.

O principal risco reside na superficialidade com que a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) tem sido tratada por muitas dessas instituições. Em nome da eficiência, dados sensíveis, envolvendo diagnósticos, exames e conversas clínicas, vêm sendo manipulados sem as salvaguardas legais adequadas. A impressão é de que a corrida pela inovação tecnológica vem ofuscando a necessidade de garantir a privacidade dos pacientes.

E essa percepção se estrutura também na diferença entre o setor de saúde e outros ramos. Dados médicos não podem ser tratados como meros registros administrativos, uma vez que representam aspectos íntimos da vida física e emocional dos pacientes. Quando algoritmos capturam, interpretam e armazenam essas informações, é fundamental questionar: onde esses dados estão sendo guardados? Quem tem acesso? Estão sendo usados exclusivamente para atendimento ou também para treinar sistemas de IA fora do país?

É a LGPD a responsável por garantir que essas informações sejam respondidas. O artigo 7 da norma exige consentimento específico e destacado para o tratamento de dados sensíveis. Já o 33 proíbe a transferência internacional desses dados para países sem garantias equivalentes de proteção, salvo exceções bem delimitadas.

Sendo assim, soluções que operam em nuvens estrangeiras, como é o caso dos grandes fornecedores globais de IA, precisam contar com cláusulas contratuais robustas, uma autorização da ANPD ou mecanismos formais de compliance. Caso contrário, as instituições se colocam em risco jurídico real.

Por outro lado, já existem caminhos mais seguros

Soluções integradas ao prontuário eletrônico (EHR), que estruturam e armazenam dados diretamente em sistemas auditáveis, tendem a estar mais alinhadas à LGPD. Ao mesmo tempo, grandes players como Oracle e Google já oferecem infraestrutura local que garante a hospedagem de dados em território nacional. No entanto, é preciso cuidado: não necessariamente o que é “nacional” está em conformidade. Mesmo empresas brasileiras podem estar usando, por trás das cortinas, tecnologias terceirizadas hospedadas no exterior e sem anonimização efetiva, muitas vezes, ainda, sem clareza contratual para os clientes.

Não são raros os casos recentes de vazamento de dados sensíveis da saúde. Em 2021, mais de 45,9 milhões de registros de saúde foram violados no Brasil, conforme dados do The HIPAA Journal. Esses vazamentos incluem informações extremamente sensíveis, como resultados de exames e conversas médicas. A LGPD não apenas exige segurança técnica e organizacional, como também prevê multas que podem chegar a R$ 50 milhões por infração.

Além do aspecto jurídico, vale destacar que existe uma camada ética e clínica nessa equação. A responsabilidade sobre a integridade das informações do paciente continua sendo, em última instância, do profissional de saúde. Isso significa que médicos precisam estar envolvidos na escolha das soluções de IA, compreendendo seus riscos. A segurança da informação tornou-se parte integrante do cuidado. Instituições, por sua vez, podem nomear um DPO (Data Protection Officer) com autonomia real, garantindo governança contínua e efetiva.

É chegado o momento de encarar a convergência entre IA e LGPD como uma oportunidade e não um entrave. Se a IA é uma realidade imprescindível para o futuro médico, a legislação deve ser vista como um alicerce que reforça o compromisso com o paciente. Porém, vale sempre o aviso, se tecnologia não respeitar o sigilo e a privacidade, ela deixa de ser aliada e torna-se ameaça. Inovar com responsabilidade é o único caminho viável para garantir que o progresso tecnológico realmente esteja a serviço da saúde, e não à custa dela.

*Marcelo Mearim é CEO da Sofya no Brasil.

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FOCO NACIONAL

Encontro de gerações de lideranças da saúde marca lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Lara Martins Advogados

O lançamento do Núcleo Saúde, Médico e Hospitalar do Escritório Lara Martins Advogados, em Goiânia, foi marcado por um encontro simbólico entre gerações de lideranças do setor hospitalar goiano. O ex-presidente do Sindhoesg (Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás), José Silvério Peixoto Guimarães (esq), prestigiou o atual dirigente Gustavo Clemente.

O evento, realizado em 11 de junho, reuniu representantes de grandes instituições de saúde, dirigentes de entidades do setor hospitalar, como a Ahpaceg (Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás), e profissionais das áreas de saúde e jurídica.

Sob a coordenação de Gustavo Clemente, que também é administrador e advogado, o novo núcleo nasce com a proposta de oferecer suporte jurídico especializado às instituições de saúde.

Ele ressaltou que o núcleo atuará de forma consultiva, contenciosa e preventiva, assessorando hospitais e demais empresas do setor em ações, como a elaboração e revisão de contratos, regimentos, processos de contratação de corpo clínico, além de auxiliar em negociações estratégicas com fornecedores e fomentar a qualificação das equipes.

A criação deste núcleo por um escritório com ampla atuação em Goiás e em outros Estados destaca a importância de as empresas de saúde estarem atentas às exigências legais em toda a sua atuação. O Sindhoesg já atua institucionalmente nesta área, de forma coletiva, representando a categoria e orientando os filiados sobre questões jurídicas.

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SAÚDE BUSINESS

Planos de saúde perdem 70 mil beneficiários e rede hospitalar registra queda na ocupação

Evento da Anahp aponta desaceleração no crescimento orgânico do setor, alta nas glosas e concentração de lucros nas operadoras.

O Brasil registrou uma redução de 70 mil beneficiários de planos de saúde no primeiro trimestre de 2025, interrompendo uma sequência de crescimento anual iniciada em 2022. A queda foi destacada durante o evento online “Anahp Ao Vivo – Análise econômico-financeira da saúde suplementar – Dados do 1º trimestre”, realizado na manhã desta quinta-feira (12) pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), com a participação dos especialistas da consultoria Arquitetos da Saúde, Adriano Londres e Luiz Feitoza, e do diretor-executivo da Anahp, Antônio Britto.

Segundo os dados apresentados, o crescimento orgânico — ou seja, por novas adesões — perdeu força. Um dos fatores apontados é a possível saturação da base de beneficiários que ingressam por meio do modelo de Microempreendedor Individual (MEI), que vinha sendo o principal motor de expansão do setor. Com isso, o número total de usuários permanece próximo ao patamar dos últimos 11 anos, em torno de 52 milhões de pessoas.

Taxa de ocupação hospitalar recua e terapias aumentam

Outro dado preocupante revelado no encontro foi a queda na taxa média de ocupação dos hospitais da Anahp, que passou de 78% no mesmo período de 2024 para 74% neste primeiro trimestre. Apesar disso, houve aumento no número de terapias, o que indica um uso mais intensivo dos serviços por parte dos pacientes internados.

O evento ocorre poucos dias após a divulgação, pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos resultados financeiros das operadoras, que iniciaram o ano com lucro líquido de R$ 6,9 bilhões — mais que o dobro do registrado no primeiro trimestre de 2024.

Lucros das operadoras crescem, mas acesso continua limitado

Apesar do resultado positivo para as operadoras, Britto destacou que os ganhos precisam ser melhor distribuídos por toda a cadeia da saúde. “Ficamos felizes com essa melhora, mas acreditamos que esse cenário precisa beneficiar todos os elos do setor. Não podemos nos dar por satisfeitos com apenas 52 milhões de beneficiários. Queremos ampliar o acesso à saúde privada no país, essa é a nossa principal preocupação”, afirmou.

Outro ponto de alerta foi o aumento no índice de glosas — quando operadoras negam ou revisam pagamentos de serviços prestados pelos hospitais — que atingiu 17%, o maior percentual já registrado. Em 2024, a média foi de 15,89%.

A íntegra do evento está disponível no canal da Anahp no YouTube.

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O HOJE

Casos de dengue caem 46% na Capital no 1º semestre, mas Estado segue em alerta com alta de mortes

Uma redução em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 23.618 confirmações

Goiânia registrou uma queda expressiva nos casos de dengue no primeiro semestre de 2025. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), de janeiro a maio foram contabilizados 16.082 casos da doença, o que representa uma redução de 46% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 23.618 confirmações. A diminuição se estende também às ocorrências mais graves e aos óbitos.

Nos cinco primeiros meses do ano, nove pessoas morreram vítimas da dengue na capital, contra 17 no ano anterior, uma redução de 52,9%. Os casos graves caíram de 63 para 49, mesmo com a circulação do sorotipo 3 do vírus  considerado o mais agressivo. 

O secretário de Saúde de Goiânia, Luiz Pellizzer, afirma que os resultados são animadores, mas alerta: “É um resultado positivo. No entanto, a vigilância precisa continuar, especialmente durante o período de estiagem, quando focos do mosquito podem passar despercebidos”.

Entre as ações desenvolvidas para o controle da doença, Goiânia realizou mais de 1,4 milhão de visitas domiciliares no período, resultando na identificação de 22.141 imóveis com focos do mosquito Aedes aegypti. Nessas operações, mais de 32 mil criadouros foram eliminados. Um reforço importante foi o recolhimento de 20 mil pneus descartados irregularmente em vias públicas, um dos principais criadouros do vetor da dengue.

Em janeiro, foi realizado um mutirão integrado entre as prefeituras de Goiânia e Aparecida, com apoio do Governo de Goiás. A iniciativa teve como objetivo combater a dengue em bairros localizados na divisa entre as duas cidades, abrangendo cerca de 26 quilômetros de extensão. A mobilização envolveu serviços como remoção de lixo e entulho, limpeza de bueiros e bocas de lobo, roçagem de mato, tapa-buracos e ações específicas de combate ao mosquito transmissor da doença.

Vacinação e apoio federal reforçam combate à dengue, mas Goiás ainda enfrenta cenário preocupante

Outro ponto importante no combate à doença é a vacinação contra a dengue. Em abril, a capital e Aparecida foram incluídas entre as 80 cidades prioritárias do país para receber doses da vacina Qdenga, que tem sido aplicada em crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária mais vulnerável. A imunização ocorre nas escolas públicas e também em unidades básicas de saúde.

Mesmo com a melhora nos índices locais, os dados estaduais ainda geram alerta. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), foram confirmadas 31 mortes por dengue entre janeiro e maio de 2025. Para efeito de comparação, em todo o ano de 2023, foram 58 óbitos, apenas 27 a mais do que nos cinco primeiros meses deste ano. Outros 54 casos ainda estão sob investigação. Até o momento, o estado já confirmou 49.437 casos da doença, dentro de um total de mais de 90 mil notificações.

Goiânia lidera o número de mortes, com sete registros confirmados e 18 óbitos sob apuração. Aparecida aparece em segundo lugar, com duas mortes confirmadas e quatro em investigação. Montes Claros, Mozarlândia e Novo Gama registraram duas mortes cada. Outros municípios com um óbito confirmado são: Anápolis, Iporá, Trindade, Americano do Brasil, Inhumas, Nerópolis, Alto Horizonte, Ceres, Faina, Goianésia, cidade de Goiás, Heitoraí, Nova Crixás, Novo Planalto, Paranaiguara e São Simão.

A situação crítica de Goiás levou o Ministério da Saúde a incluir Goiânia e Aparecida no programa de apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), que disponibiliza profissionais e insumos para municípios com alta transmissão. O apoio foi fundamental para reforçar os atendimentos nas unidades de saúde e ampliar a cobertura das ações de campo, principalmente nas áreas mais afetadas.

Para manter o controle da doença, as prefeituras seguem alertando a população sobre os cuidados essenciais para evitar a proliferação do mosquito transmissor. As principais recomendações incluem tampar caixas d’água, tonéis e baldes; eliminar recipientes que possam acumular água parada, como pneus e garrafas; colocar areia nos pratinhos de vasos de plantas; manter lixeiras bem tampadas; trocar diariamente a água dos recipientes usados para animais de estimação; e evitar o descarte irregular de entulho em lotes baldios. 

A expectativa das autoridades é de que a combinação de ações de campo, vacinação, apoio federal e conscientização coletiva permita não apenas conter o avanço da dengue em 2025, mas também reduzir ainda mais os impactos da doença nos próximos anos

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Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual

Em 2025, Goiás já contabiliza 27 mortes por gripe, das quais 15 foram causadas pelo vírus Influenza A/H1N1

Baixa adesão à vacina contra gripe preocupa em Goiânia, mas supera média estadual Foto: Divulgação

A campanha de vacinação contra a gripe segue com baixa adesão em Goiânia. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgado na última quarta-feira (11), 305.086 pessoas foram imunizadas na capital, o que representa uma cobertura vacinal de apenas 37,52% do público-alvo. O índice, apesar de insuficiente, ainda supera a média estadual, que é de apenas 28,17%, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

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A meta do Ministério da Saúde é vacinar 90% das pessoas dos grupos prioritários até o fim do ano. No entanto, tanto a capital quanto o restante do estado estão longe de atingir esse objetivo. A situação preocupa as autoridades de saúde, especialmente diante dos números crescentes de casos e óbitos pela doença.

Em 2025, Goiás já contabiliza 27 mortes por gripe, das quais 15 foram causadas pelo vírus Influenza A/H1N1. Até o momento, o estado aplicou 859.990 doses da vacina contra a Influenza e confirmou 480 casos da doença, sendo 125 do tipo H1N1. O avanço da gripe também se reflete na alta de internações: os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que exigem hospitalização, aumentaram 32% em comparação com o mesmo período do ano passado.

A SMS alerta para a importância da vacinação, especialmente entre crianças, idosos e gestantes, que fazem parte dos grupos mais vulneráveis. A vacina protege contra as cepas mais prevalentes do vírus da gripe em circulação e, mesmo que o imunizado contraia a doença, ela evita quadros graves, reduz a necessidade de internações e diminui a mortalidade.

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Com outras vacinas

Além disso, a vacina contra a Influenza pode ser administrada junto com outras vacinas do calendário nacional. É segura para todas as faixas etárias e recomendada inclusive para gestantes, pessoas com deficiência ou com comorbidades.

Para ampliar o acesso da população, a Prefeitura de Goiânia mantém 62 salas de vacinação ativas em todas as regiões da cidade. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Algumas delas, como o Centro Municipal de Vacinação (CMV), CIAMS Urias Magalhães e unidades de pronto atendimento (UPAs), também operam aos finais de semana e feriados.

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Assessoria de Comunicação