Postado em: 13/05/2025

CLIPPING AHPACEG 13/05/25

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Hapvida tem lucro líquido ajustado de R$ 416,4 mi no no 1º tri, queda anual de 15,8%

https://www.infomoney.com.br/mercados/hapvida-hapv3-resultados-primeiro-trimestre-2025/

Justiça mantém multa de R$ 25,2 milhões à HapVida por descredenciamento de rede

https://www.gov.br/agu/pt-br/comunicacao/noticias/justica-mantem-multa-de-r-25-2-milhoes-a-hapvida-por-descredenciamento-de-rede

ANS divulga Consulta Pública sobre a reestruturação da Plataforma Fala.BR

https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sociedade/ans-divulga-consulta-publica-sobre-a-reestruturacao-da-plataforma-fala.br

Pesquisa: 64% dos brasileiros acreditam que a atuação do farmacêutico reduz as chances de automedicação

https://guiadafarmacia.com.br/pesquisa-64-dos-brasileiros-acreditam-que-a-atuacao-do-farmaceutico-reduz-as-chances-de-automedicacao/

Medicina: o que deve mudar no novo currículo do curso? Conheça os detalhes em discussão

https://www.estadao.com.br/educacao/medicina-o-que-deve-mudar-no-novo-curriculo-do-curso-conheca-os-detalhes-em-discussao/

Goiânia concentra quase 60% dos médicos e Goiás tem pior distribuição do Centro-Oeste

https://tribunadoplanalto.com.br/goiania-concentra-quase-60-dos-medicos-e-goias-tem-pior-distribuicao-do-centro-oeste/

“Se não for na Justiça, a criança morre”: pais relatam abandono em UPA de Goiânia

https://www.jornalopcao.com.br/ultimas-noticias/se-nao-for-na-justica-a-crianca-morre-pais-relatam-abandono-em-upa-de-goiania-705954/

Sírio-Libanês cria triagem que prevê risco de morte em 90 dias

https://medicinasa.com.br/pronto-atendimento-geriatrico/

INFOMONEY

Hapvida tem lucro líquido ajustado de R$ 416,4 mi no no 1º tri, queda anual de 15,8%

A Hapvida (HAPV3) apresentou lucro líquido ajustado de R$ 416,4 milhões no primeiro trimestre do ano, queda de 15,8% ante o mesmo período de 2024. No critério sem ajuste, a companhia teve lucro de R$ 54,3 milhões, recuo de 34,9% na mesma comparação.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortizações e depreciação) ajustado ficou em R$ 1,003 bilhão no primeiro trimestre, alta de apenas 0,5% na comparação anual. A margem Ebitda ajustado ficou em 13,4%, queda de 0,9 ponto porcentual na base anual.

A receita líquida, por sua vez, foi de R$ 7,499 bilhões entre janeiro e março, 7,3% acima do visto nos mesmos meses de 2024.

Segundo a companhia, em seu release de resultados divulgado há pouco, a receita líquida foi impulsionada principalmente pelo crescimento da linha de Planos de Saúde - resultado dos reajustes de preços e da recomposição dos tickets médios.

O resultado financeiro da companhia totalizou uma despesa líquida de R$ 311,4 milhões no primeiro trimestre, 21,6% maior frente ao mesmo trimestre de 2024.

A dívida líquida atingiu R$ 4,164 bilhões ao fim de março, uma redução de 5,7% frente ao fim de março de 2024, com uma alavancagem de 0,98 vez (relação da dívida líquida com o Ebitda ajustado), ante 1,18 vez na mesma comparação.

Sinistralidade Caixa

A sinistralidade caixa da Hapvida, por sua vez, chegou a 68,6% no primeiro trimestre, um aumento de 0,7 p.p. em comparação ao quarto trimestre e ao primeiro trimestre de 2024, frutos dos procedimentos assistenciais provenientes de ações judiciais. Excluindo esse efeito, a sinistralidade caixa teria sido de 67 6%.

"A sinistralidade caixa do primeiro trimestre apresenta comportamento alinhado aos padrões históricos de utilização do segmento para primeiros trimestres, com elevação nos números de atendimentos em comparação aos quartos trimestres, em função do início sazonal das viroses e arboviroses. Não foram identificados, até o momento, grandes diferenças quanto ao momento de início, volume ou complexidade dos atendimentos usuais para o período", disse a companhia.

Segundo a Hapvida, o resultado reflete os níveis de utilização inerentes do segmento para quartos trimestres, refletindo a redução da demanda por atendimentos no mês de dezembro por conta dos feriados de fim de ano e sem eventos atípicos como deslocamento de viroses.

.........................

PORTAL GOV.BR

Justiça mantém multa de R$ 25,2 milhões à HapVida por descredenciamento de rede

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu manter na Justiça auto de infração e multa de mais de R$ 25 milhões aplicados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) à Hapvida, em razão do descredenciamento de 83 entidades hospitalares da rede da operadora de saúde sem autorização prévia da ANS. Em acórdão, a 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) reconheceu a higidez das decisões administrativas que fundamentaram a aplicação e dosimetria da penalidade de multa aplicada, mantendo a decisão de primeira instância.

A multa de R$ R$ 9.338.592,50 foi aplicada em 2015 no contexto do Programa Olho Vivo da ANS, regido pela RN/ANS nº 223/2010, que estabeleceu um processo programado de fiscalização proativa e preventiva das grandes operadoras de saúde. Nas diligências foram analisados aspectos econômico-financeiros e técnico-assistenciais, considerando o número de usuários, a área de atuação e o índice de reclamações de empresas.

A Hapvida interpôs recurso administrativo junto à ANS, o que foi negado pela Diretoria Colegiada da autarquia em 2016. A ação de execução fiscal para a cobrança do crédito foi ajuizada pela AGU em 2019. Em 2021, a Hapvida interpôs embargos à execução fiscal, mas o Juízo da 33ª Vara da Justiça Federal no Ceará reconheceu a validade da multa aplicada pela ANS. Afastou ainda a alegação de prescrição intercorrente e reconheceu que a área técnica da autarquia enfrentou todas as questões suscitadas nos embargos e, somente após minuciosa apuração dos fatos, em confronto com as provas produzidas, aplicou a penalidade cabível, em observância às normas legais.

A operadora apresentou, então, recurso de apelação, alegando ilegalidade na aplicação da penalidade de multa, pois solicitou o redimensionamento de sua rede hospitalar e, em face da evidente demora da ANS em apreciar o requerimento formulado e no intuito de manter a viabilidade de sua atividade, teria sido forçada a promover o redimensionamento de sua rede em meados de 2010, ou seja, após o protocolo do requerimento e antes de sua apreciação pela agência reguladora.

A 2ª Turma do TRF5 decidiu, por unanimidade, negar provimento ao apelo da Hapvida, afastando o pedido de cancelamento do auto de infração e anulação da multa, restando mantida a decisão de primeiro grau no sentido de confirmar a correção da multa aplicada. O valor atual é de R$ 25.281.437,62.

Atuaram no processo a Procuradoria-Geral Federal (PGF), a Procuradoria Federal junto à ANS e a Procuradoria-Regional Federal da 5ª Região (PRF5). "A atuação da AGU assegurou o poder regulatório da ANS, que interveio para preservar a rede de atendimento dos usuários do plano de saúde", afirmou o procurador federal Ronaldo Santos Magalhães, responsável pelo acompanhamento do processo e gestor regional da Equipe de Grandes Devedores da 5ª Região.

Segundo o chefe do Serviço de Cobrança de Grandes Devedores (SCGD) da PGF, procurador federal Raphael dos Santos Mello, "a decisão é importante porque valida o conjunto de ações de caráter proativo, sistemático e planejado da ANS, com o objetivo de promover a crescente adequação das operadoras de planos privados de assistência à saúde à legislação que regula o setor de saúde suplementar, garantido a proteção dos consumidores, usuários dos planos de saúde".

O processo ainda não transitou em julgado, estando pendentes de julgamento os embargos de declaração apresentados pela Hapvida.

Processo de referência: Apelação Cível n. 0800812-45.2021.4.05.8100/CE.

..................................

ANS divulga Consulta Pública sobre a reestruturação da Plataforma Fala.BR

Sociedade pode contribuir com sugestões até o dia 16 de maio pelo site da Controladoria-Geral da União

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) - agência reguladora do setor de planos de saúde no Brasil - informa que está aberta a Consulta Pública "Contribua para o futuro: propostas para a reestruturação da Plataforma Fala.BR", sobre o aprimoramento da Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação. A iniciativa é conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU), que está colhendo contribuições da sociedade para aprimorar a ferramenta.

A Plataforma Fala.BR foi desenvolvida pela Controladoria-Geral da União (CGU) e permite que qualquer cidadão envie pedidos de acesso à informação e manifestações de ouvidoria, como denúncias, reclamações, sugestões, elogios ou solicitação de forma rápida e organizada. A reestruturação tem como objetivo tornar a experiência do usuário ainda mais eficiente e acessível.

Por meio da Plataforma Fala.BR, é possível entrar em contato com órgãos federais, além de diversas instituições de estados, municípios e outros poderes que aderiram à Plataforma. O sistema também oferece funcionalidades como acompanhamento de prazos, visualização de respostas, apresentação de recursos e registro de reclamações em face de órgãos da administração pública, seguindo as normas da Lei de Acesso à Informação (LAI) e da Lei de Proteção e Defesa dos Usuários de Serviços Públicos.

Interessados em participar podem enviar suas sugestões até o dia 16 de maio através de um formulário disponível no site da CGU, por meio deste link. A participação social é essencial para fortalecer a transparência e a qualidade dos serviços públicos.

Após o encerramento do prazo, as contribuições serão disponibilizadas no site da Consulta Pública do CGU.

................................

PORTAL GUIA DA FARMÁCIA

Pesquisa: 64% dos brasileiros acreditam que a atuação do farmacêutico reduz as chances de automedicação

No mês de maio faz alusão ao Uso Racional de Medicamentos, o Conselho Federal de Farmácia e os demais Conselhos regionais do país, entre eles o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, apresentam uma pesquisa inédita, realizada em abril de 2025, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) com o Instituto DataFolha. O estudo, que abrangeu uma mostra de 2.009 brasileiros, em todas as regiões do país, revelou dados contundentes:

64% da população acreditam que a atuação do farmacêutico reduz as chances de automedicação

54% dizem confiar na prescrição de medicamentos realizada por farmacêuticos

A realização do estudo

O estudo foi realizado por meio de entrevistas presenciais em pontos de fluxo populacional, com margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de nível de confiança. O público entrevistado representa a população com 16 anos ou mais, conforme dados do Censo IBGE 2022.

Os dados vêm à tona em um momento controverso, em que a prescrição de medicamentos por farmacêuticos, instituída há 12 anos, está sendo questionada judicialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Três resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que disciplinam a prescrição farmacêutica estão suspensas temporariamente por força de liminares judiciais.

Rol de atividades

O argumento acolhido para a suspensão das resoluções ignora os vetos à Lei do Médico, que retiraram do rol de atividades privativas dos médicos prescrição e diagnóstico. E, conforme o resultado da pesquisa, ignora também a opinião do cidadão, que regularmente vai às farmácias de todo o país em busca de resolutividade para os seus problemas de saúde. Resolutividade que ele encontra cada vez mais qualificada.

Desde 2017, a formação dos farmacêuticos está voltada ao cuidado direto ao paciente e inclui o desenvolvimento de habilidades para a realização de anamnese, solicitação, realização e interpretação de exames, entre outras diversas atividades clínicas.

No Sudeste, 56% da população confia na prescrição de medicamentos feita por farmacêuticos, valor ligeiramente acima da média nacional (54%). Quanto à crença na redução da automedicação, 66% dos entrevistados acreditam que a atuação do farmacêutico como prescritor ajudaria a evitar esse problema — um dos percentuais mais altos, empatado com o Nordeste. Isso evidencia que a maior região do país reconhece amplamente o papel do farmacêutico no cuidado com o uso racional de medicamentos.

Automedicação

Além dos dados de percepção, a realidade brasileira reforça a urgência da pauta: mais de 90% da população se automedica, segundo levantamentos anteriores do próprio ICTQ e do CFF. Importante ressaltar ainda que o SUS gasta aproximadamente R$ 62 bilhões por ano tratando danos provocados por uso incorreto de medicamentos, cinco vezes mais do que o sistema gasta provendo as farmácias públicas.

Outro dado preocupante: o tempo médio de espera por uma consulta no SUS é de 57 dias, podendo ultrapassar 150 dias no Distrito Federal (fonte: DataSUS/SISREG). Nesse cenário, o farmacêutico, presente em milhares de unidades básicas de saúde e farmácias em todo o país, representa um ponto de acesso imediato, qualificado e seguro.

...................................

Medicina: o que deve mudar no novo currículo do curso? Conheça os detalhes em discussão

As novas diretrizes curriculares para os cursos de Medicina devem estipular que cerca de 10% da carga horária seja destinada às atividades que envolvam tecnologia. Além disso, é prevista uma ênfase ainda maior na atividade prática.

O documento está em discussão no Conselho Nacional de Educação (CNE) e pretende atualizar o perfil e as competências necessárias para a formação dos médicos no País, que deve ser seguido pelas universidades.

A última atualização das chamadas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de Medicina havia sido em 2014. Sobre tecnologia, ela mencionava apenas que o conteúdo dos cursos deveria incluir “compreensão e domínio das novas tecnologias da comunicação para acesso a base remota de dados”.

Agora, a ideia é de que o currículo inclua a telemedicina, a robótica e técnicas dinâmicas de diagnóstico. “É a técnica atrelada à Medicina, não é a técnica em si, é a robótica sendo utilizada, por exemplo, numa cirurgia de pulmão”, afirma a relatora das DCNs no CNE, Beth Guedes ao Estadão.

“O aluno vai ver alguém fazendo, ser exposto a essa realidade, não ver apenas por fotografia ou nas páginas dos livros.” Essa parte destinada a atividades descritas como “online”, porque incluem novas tecnologias e podem ou não serem feitas a distância, deve ocupar até 10% do currículo, diz ela, que também é vice presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup).

A qualidade do ensino médico no Brasil é uma das grandes discussões do ensino superior. Segundo mostrou o Estadão, desde 2013, universidades com conceitos mínimos em avaliações do Ministério da Educação (MEC) colocaram no mercado quase 50 mil médicos formados, o que representa 21,4% do total.

O número de vagas em universidades duplicou nos últimos dez anos, hoje são mais de 40 mil, em meio a incentivos do programa Mais Médicos e liminares na Justiça.

O MEC anunciou recentemente uma nova prova anual para formandos em Medicina, que começa esta ano, o Exame Nacional da Formação Médica (Enamed), que vai servir também como via de acesso a residências médicas.

Além disso, o governo vai mudar a forma como os cursos da área da saúde – incluindo Medicina – serão avaliados in loco, como mostrou o Estadão. Os avaliadores que visitam as universidades passarão a analisar com mais rigor a parte prática dos cursos, ou seja, como é o aprendizado quando eles estão atendendo em postos de saúde (nível primário), ambulatórios e maternidades (secundário) ou hospitais (terciário). Uma grande parte do currículos é dedicada a essa parte.

A atualização das diretrizes curriculares é mais uma etapa, segundo especialistas, que era esperada para a organização do ensino de Medicina no País. As novas avaliações devem ser feitas também com base nas exigências curriculares. Não há prazo ainda para a aprovação no CNE, mas a expectativa é que seja ainda este ano.

“A gente está pegando o que as outras DCNs tinham de correto, de determinante, reforçando o papel do SUS, a questão da atenção primária, mas dando mais responsabilidade para os internatos, fazendo a preceptoria ser mais relevante”, completa Beth. Os internatos são os estágios obrigatórios na formação médica, com atividades práticas.

A Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) produziu um documento em 2024 com um texto pronto de novas DCNs, que foi entregue ao CNE. Segundo Beth, ele está sendo incorporado “o máximo possível” na proposta oficial.

A ABEM afirma que o documento foi feito de forma coletiva, ouvindo um total de 3 mil pessoas, entre docentes, discentes, gestores e entidades médicas.

A proposta da associação também menciona que os médicos devem saber utilizar “tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), sistemas de informação em saúde, telemedicina, saúde digital e ferramentas de inteligência artificial aplicadas na atenção, gestão e educação na saúde”.

Segundo Beth, a proposta do CNE já recebeu diversas contribuições de instituições de ensino de Medicina e deve ser colocada em uma segunda consulta pública na semana que vem. Depois de aprovada no órgão, ela precisa ainda ser homologada pelo ministro da Educação, Camilo Santana.

..............................

TRIBUNA DO PLANALTO

Goiânia concentra quase 60% dos médicos e Goiás tem pior distribuição do Centro-Oeste

Capital possui 8,89 profissionais por mil habitantes, enquanto o interior do estado enfrenta escassez histórica


Goiânia conta com 13.299 médicos registrados, o que representa uma razão de 8,89 profissionais por mil habitantes. O número está acima da média nacional, de 6,97 por mil, e também superior à média do Centro-Oeste, de 6,76. No interior do estado, a distribuição de médicos está abaixo do ideal, com pior resultado entre os estados da região, mostra estudo anual, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina.

No total, Goiás tem 22.019 médicos registrados, o que significa que, fora da capital, há apenas 8.720 médicos atuando para uma população de mais de 5 milhões de habitantes. Isso resulta em uma razão estimada de 1,49 médico por mil habitantes no interior do estado.

A disparidade entre capital e interior é a mais acentuada do Centro-Oeste. Em Mato Grosso, dos 10.626 médicos registrados, 4.845 atuam fora da capital, Cuiabá. Em Mato Grosso do Sul, dos 8.284 médicos, 3.791 estão no interior. Já o Distrito Federal concentra todo o seu contingente de médicos (20.890) em uma única área urbana, por não possuir divisão territorial entre capital e interior.

Demografia Médica

O levantamento faz parte do estudo Demografia Médica 2024, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O estudo foi publicado em 30 de abril e mostra que, embora o número de médicos tenha crescido no país, a desigualdade na distribuição territorial permanece um desafio para o acesso à saúde.

O estado de Goiás tem hoje mais de 1,2 milhão de habitantes em municípios com razão inferior a 1 médico por mil habitantes, segundo estimativas baseadas nos dados populacionais do IBGE e nos registros por CRM.

Formação

Segundo o levantamento, 55,8% dos médicos em Goiás possuem título de especialista. Em Goiânia, estão registrados 8.512 desses profissionais, o que corresponde a 69,5% dos especialistas no estado.

O relatório também informa que Goiás conta com 17 escolas médicas, com 2.338 vagas anuais de graduação. Em 2024, o estado tinha 1.092 médicos residentes em atividade.

Mulheres são maioria na medicina no Brasil 

Pela primeira vez, as mulheres se tornarão maioria entre os médicos no Brasil. Já em 2025, irão representar 50,9% do total de profissionais. Esse aumento é expressivo em comparação com 2010, quando elas correspondiam a 41% da população médica. As projeções indicam que, até 2035, as mulheres serão 56% do total de médicos no país.

No ensino de Medicina, a presença feminina também tem crescido. Em 2010, as mulheres representavam 53,7% dos matriculados nos cursos de graduação, número que subiu para 61,8% em 2023. Entretanto, elas predominam em apenas 20 das 55 especialidades médicas – a Dermatologia lidera o ranking, com 80,6% das mulheres.

................................

JORNAL OPÇÃO

“Se não for na Justiça, a criança morre”: pais relatam abandono em UPA de Goiânia

Os pais denunciam o que classificam como descaso e superlotação na unidade. “A situação da UPA está um caos”, disse Athos Matheus

Pais de crianças internadas com bronquiolite na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, em Goiânia, denunciam que o acesso a leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) só foi possível após decisão judicial. Segundo os relatos, a situação da saúde pediátrica na capital é crítica, com falta de vagas e atendimento considerado negligente. “Se não for na Justiça, a criança morre”, relata mãe.

A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, que declarou que há leitos de UTI pediátrica disponíveis e que a responsabilidade é compartilhada com o Estado [veja a nota ao final da matéria].

Cristielen, mãe do pequeno Noah, que deu entrada na unidade no dia 8 de maio, afirma que o filho só conseguiu ser transferido após intervenção da Justiça. “A vaga só saiu porque houve a intervenção judicial”, disse. O bebê Athos Júnior Rodrigues Dantas, de apenas 27 dias, foi internado no local dois dias antes, em 6 de maio. O pai, Athos Matheus, também precisou recorrer ao Judiciário. “Precisamos recorrer à Defensoria Pública”, contou.

Os pais denunciam o que classificam como descaso e superlotação na unidade. “A situação da UPA está um caos”, disse Athos Matheus. Cristiele afirma que a rede municipal de saúde não tem vagas para internação de crianças e aponta negligência no atendimento. “Se não bastasse a falta de vaga, ainda sofremos com a negligência por parte dos atendentes, que não dão a importância devida aos casos de bronquiolite. As crianças chegam e eles não estão nem aí”, relatou.

A mãe de Noah também relatou dificuldades para transportar o filho até o Hospital São Marcos, em Itumbiara, onde havia um leito de UTI disponível. Segundo ela, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) inicialmente recusou o translado e só o realizou após determinação judicial. “Eles alegaram que o quadro do meu filho não era grave”, afirmou.

Athos Matheus relatou que a vaga para o filho só foi garantida após acionar a Defensoria Pública no domingo, 11. “Eles falam que não tem vaga, mas quando a gente recorre judicialmente, essas vagas aparecem?”, questionou.

Ainda de acordo com o pai, outras crianças enfrentam a mesma situação. “Meu filho está na sala de observação infantil e, junto com ele, estão mais três crianças com o mesmo problema de saúde”, afirmou. Ele também denunciou a presença de quatro idosos na sala vermelha da UPA, todos à espera de vaga em UTI.

O pai também criticou a conduta da equipe médica ao relatar que uma criança com diagnóstico posterior de influenza foi colocada na mesma sala dos demais pacientes. “Jamais poderiam ter colocado ela junto a outras pessoas. Uma irresponsabilidade sem tamanho”, declarou. A criança foi transferida para uma sala separada após a confirmação da doença.

Por fim, Athos Matheus afirmou que a transferência do filho estava prevista para a manhã desta segunda-feira, mas, até as 16h, ainda não havia ocorrido por falta de equipe médica na unidade do SAMU designada para o transporte. “Estamos esperando que enviem uma viatura devidamente equipada”, concluiu.

Veja nota da SMS na íntegra:

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que possui sete leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Pediátrica na rede municipal. A SMS ressalta que a oferta de vagas de UTI não é responsabilidade exclusiva do município, mas competência compartilhada entre os entes federativos, e os leitos também são ofertados pela rede estadual de saúde. Nos dois casos em questão, a Justiça determinou à Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) o fornecimento dos leitos de UTI Pediátrica.

A secretaria informa que a transferência entre unidades pelo SAMU precisa levar em consideração as condições clínicas dos pacientes durante todo o trajeto e que para informações específicas sobre o transporte precisa de nome completo, data de nascimento e número de CPF ou nome da mãe.

...............................

MEDICINA S/A

Sírio-Libanês cria triagem que prevê risco de morte em 90 dias

Hospital Sírio-Libanês desenvolveu uma ferramenta exclusiva que ajuda a avaliar com maior precisão os riscos à saúde dos idosos no Pronto-Atendimento. Essa iniciativa utiliza uma ferramenta quantitativa, o escore, que atribui pontos a diferentes fatores clínicos e funcionais, como perda de peso, hospitalizações recentes e alteração mental aguda, permitindo uma avaliação objetiva do risco ou da gravidade de determinada condição. Quanto maior a pontuação, maior o risco do paciente. Ao considerar fatores além dos sintomas imediatos, o método padroniza a avaliação de risco e orienta a tomada de decisões tornando o atendimento mais completo, seguro e eficiente, pois identifica precocemente riscos que poderiam passar despercebidos.

O escore PRO-AGE oferece uma abordagem mais completa e assertiva para atender uma população que cresce rapidamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 203 milhões de habitantes registrados no Censo 2022, pouco mais de 15% são idosos — cerca de 32 milhões de pessoas. E essa parcela da população deve crescer ainda mais: até 2030, estima-se que o Brasil terá mais pessoas com mais de 60 anos do que crianças. “Diante desse cenário, a adaptação dos serviços de saúde se torna urgente, e o Sírio-Libanês já está fazendo a diferença”, explica Pedro Curiati, geriatra do Hospital Sírio-Libanês e um dos especialistas responsáveis pelo projeto.

A iniciativa, que é resultado de quase uma década de esforços, teve sua eficiência comprovada a partir de uma pesquisa, publicada no Journal of the American Geriatrics Society, que acompanhou 1.390 pacientes idosos atendidos nos prontos atendimentos do Brasil e dos Estados Unidos. “O estudo revelou que pacientes classificados no grupo de maior vulnerabilidade pelo escore tinham um risco até 12 vezes maior de morrer em 90 dias do que aqueles considerados de baixo risco. Além disso, houve um impacto significativo na perda de autonomia nas atividades diárias, reforçando a necessidade de uma abordagem diferenciada para esse público”, destaca o geriatra.

Curiati explica que o PRO-AGE foi desenvolvido para identificar rapidamente a vulnerabilidade do idoso ao chegar ao pronto atendimento, garantindo um cuidado mais adequado e direcionado. “A metodologia se baseia em seis variáveis principais, representadas por um mnemônico em inglês formado a partir do nome do serviço: P (Physical impairment) refere-se à perda funcional; R (Recent hospitalization), à internação recente nos últimos seis meses; O (Older age), à idade avançada, considerando pacientes com 90 anos ou mais; A (Acute mental change), a alterações agudas no estado mental; G (Getting thinner), à perda de peso significativa (igual ou superior a 5% no último ano); e E (Exhaustion), à fadiga persistente”, esclarece.

O especialista detalha que essa metodologia começou a ser desenvolvida em 2017, junto com a criação de um dos primeiros Prontos Atendimentos Geriátricos do país. “A implementação de um serviço de emergência voltado para idosos, onde pacientes com mais de 70 anos e em estado estável passam por uma avaliação de risco geriátrico adicional, foi uma iniciativa pioneira. Esse modelo inovador levou, em 2019, à conquista do selo Geriatric Emergency Department Accreditation (GEDA), concedido pelo American College of Emergency Physicians — tornando o Sírio-Libanês o primeiro e único hospital do Hemisfério Sul a receber esse reconhecimento pela excelência no cuidado geriátrico em emergências”, destaca.

.................................

Assessoria de Comunicação         

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;  O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.;O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo. O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.; O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.