CLIPPING AHPACEG 23/04/25
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Hospitais brasileiros enfrentam desafio da baixa maturidade digital
Setor da saúde enfrenta crise com R$ 4,5 bilhões em pagamentos pendentes, aponta ABRAIDI
A importância da análise de dados para evitar desperdícios na saúde
https://medicinasa.com.br/importancia-analise-dados/
Investimentos reforçam criação de complexo industrial de saúde
https://medicinasa.com.br/complexo-industrial/
Estudo aponta que Brasil possui só 119 equipamentos PET-CT
https://medicinasa.com.br/pet-ct-brasil/
Consumidores procuram por descontos em medicamentos e pesquisam preços em farmácias
Homem suspeito de se passar por médico é preso
SAÚDE BUSINESS
Hospitais brasileiros enfrentam desafio da baixa maturidade digital
Presidente da ABCIS, Vitor Tadeu, debate a importância da tecnologia e os obstáculos na jornada de digitalização do setor
Vitor Tadeu, Presidente da ABCIS e CIO do Hospital Sabará, discutiu os rumos da transformação digital na saúde durante entrevista no podcast Saúde Business, gravado na //www.youtube.com/@saudebusiness8313">34ª edição do Congresso Fehosp. A conversa abordou desde a necessidade de acelerar a adoção de tecnologias até os desafios enfrentados por hospitais e gestores nesse processo.
Apesar dos avanços, o setor de saúde ainda enfrenta um atraso considerável em sua jornada de transformação digital. Vitor Tadeu destaca que essa lentidão impacta diretamente o cuidado aos pacientes, afirmando que “nosso nível de maturidade na saúde do Brasil ainda é muito baixo”. Ele explica que, dos 7.507 hospitais em operação no país, apenas 500 atingiram um nível adequado de maturidade tecnológica, o que evidencia a disparidade e a urgência por mudanças.
A ABCIS, entidade da qual Vitor é presidente, tem como missão reunir os tomadores de decisão em tecnologia da saúde, buscando criar sinergia no setor. A associação também trabalha para conscientizar os gestores sobre os benefícios da transformação digital e oferece o apoio necessário para que mais instituições possam avançar nesse caminho.
Em sua fala, Vitor reforça a importância de integrar a tecnologia com o cuidado humanizado, sempre priorizando o propósito central da saúde: curar o ser humano. Para gestores que desejam iniciar a transformação digital em suas instituições, o presidente da ABCIS sugere superar a resistência e investir em aprendizado contínuo, o que é essencial para acompanhar as mudanças do setor.
Com o objetivo de continuar o debate sobre o futuro da tecnologia na saúde, a ABCIS marcará presença na Hospitalar 2025, onde realizará um Summit no dia 21 de maio. Durante o evento, os participantes terão a oportunidade de aprofundar as discussões sobre como as inovações tecnológicas podem transformar a saúde.
A entrevista na íntegra estará disponível no //www.youtube.com/@saudebusiness8313">canal do Youtube do Saúde Business: https://www.youtube.com/@saudebusiness8313.
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Setor da saúde enfrenta crise com R$ 4,5 bilhões em pagamentos pendentes, aponta ABRAIDI
Pesquisa inédita revela que 36% do faturamento das empresas está comprometido, com atrasos, glosas e inadimplência afetando sustentabilidade de todo o sistema de saúde.
A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) acaba de divulgar os resultados de sua pesquisa anual, que traz um retrato preocupante do setor da saúde no Brasil. O levantamento identificou um total de R$ 4,587 bilhões em pagamentos pendentes ou não realizados, valor que compromete 36% do faturamento das empresas do setor e ameaça a sustentabilidade dos sistemas público e privado.
Do total apurado, R$ 2,2 bilhões estão relacionados à retenção de faturamento – prática em que operadoras de saúde e hospitais impedem a cobrança de procedimentos previamente autorizados. As glosas injustificadas somaram R$ 229,7 milhões, enquanto a inadimplência chegou a R$ 2,069 bilhões. Segundo a ABRAIDI, os números representam o pior cenário desde o início da série histórica, em 2017.
Práticas abusivas e desequilíbrio nas relações comerciais
Para o presidente da ABRAIDI, Sérgio Rocha, o cenário é alarmante e revela distorções graves nas relações comerciais. “As operadoras e hospitais exigem o adiamento da cobrança e, depois, ainda solicitam descontos de dois dígitos para efetuar o pagamento, em valores menores do que os inicialmente negociados”, afirma. Segundo ele, empresas que se recusam a aceitar essas condições são retaliadas com a exclusão do fornecimento. A pesquisa mostra que 40% das empresas associadas relataram ter sofrido algum tipo de retaliação.
Prazo de pagamento ultrapassa 4 meses
Outro ponto crítico apontado no estudo é o prazo excessivo para emissão de nota fiscal e pagamento. As empresas esperaram, em média, 63 dias pela autorização da nota e mais 76 dias para o pagamento — um total de 139 dias (quase 5 meses). Na saúde suplementar, o tempo médio foi ainda maior: 179 dias corridos, ou 6 meses, entre a entrega do produto e o recebimento.
Sérgio Rocha ilustra a gravidade da situação com uma analogia: “Imagine comprar um carro em uma concessionária e pagar só seis meses depois. É o que vivemos hoje no setor”.
O presidente da ABRAIDI ressalta a disparidade entre os resultados das operadoras de saúde e a crise enfrentada pelos fornecedores. Em 2023, as operadoras registraram lucro líquido de R$ 11,1 bilhões, um crescimento de 271% em relação ao ano anterior, o maior desde 2020. Enquanto isso, os fornecedores lidam com fluxo de caixa comprometido, juros elevados e um cenário de crescente endividamento.
Prática fere legislação fiscal e impõe dilemas éticos
Rocha também chama atenção para o dilema ético e legal imposto às empresas. A postergação da emissão de notas fiscais, exigida por hospitais e operadoras, fere a legislação brasileira, que determina a emissão imediata após a venda. “A não emissão de nota fiscal é crime, sujeita a multas, penalidades e até mesmo à configuração de sonegação fiscal”, alerta.
Fórum ABRAIDI debaterá soluções
Os dados da 8ª edição da pesquisa “O Ciclo de Fornecimento de Produtos para Saúde no Brasil” serão apresentados nesta terça-feira (23/04), no Fórum ABRAIDI, realizado no Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas, em São Paulo. O evento reunirá autoridades e representantes do setor para discutir caminhos para enfrentar a crise
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MEDICINA S/A
A importância da análise de dados para evitar desperdícios na saúde
A saúde corporativa deixou de ser apenas um benefício acessório para se consolidar como uma frente estratégica dentro das grandes organizações, virando pauta de CEOs e Conselhos. O bem-estar dos colaboradores influencia diretamente a performance, o engajamento e a sustentabilidade dos negócios. Adicionalmente, os custos de saúde representam uma anomalia dentro das tendências de negócios. São valores relevantes e em crescimento expressivo em um momento em que todas as organizações realizam racionalizações e controles de custos.
Vemos uma realidade – cada vez menos comum em grandes organizações, mas ainda comum em grupos menores – de investimentos desordenados e que, estruturalmente, não geram os resultados desejados. De acordo com levantamento da consultoria HealthBit, 43% dos custos estão concentrados em 3% dos casos mais graves e 20% da população representa 79% do sinistro. São casos complexos, que demandam ações específicas e muito bem desenhadas.
As ações padrão das empresas, de engajamento e acesso, possuem seu valor e não devem ser descontinuadas, mas as gestões precisam ter clareza sobre o papel de cada investimento. Engajamento e educação são a base para uma população saudável no longo prazo, mas, sozinhas, elas demoram a gerar retornos aferíveis, fazendo com que sejam descontinuadas antes dos resultados aparecerem.
É preciso analisar os dados com pragmatismo e criar um plano de ação completo para a organização, atacando cada desafio com a solução correta. No geral, casos graves demandam soluções intensivas em capital humano especializado de saúde, mas, ao mesmo tempo, o retorno unitário é relevante em termos humanos e financeiros, tornando fácil a explicação de retorno de curto prazo. Ações para a população saudável, por outro lado, precisam ser escaláveis e não podem ser avaliadas financeiramente em horizontes de 1 ou 2 anos.
Existe vontade do C-Level em investir em saúde, mas falta planejamento estratégico e tático. Vemos um momento de inflexão positivo, em que a importância dos investimentos na saúde corporativa sensibilizou grande parte dos boards e presidências. Cabe às gestões em nível de diretoria e gerência construir planos embasados em dados, bem desenhados, para destravar estes recursos. Parece contraditório, mas não é. Precisamos trazer números para cuidarmos das pessoas.
Resultados da gestão baseada em dados
O impacto é evidente. Com um acompanhamento mais próximo, torna-se possível reduzir significativamente a incidência de quadros críticos como doenças crônicas mal controladas, transtornos mentais não diagnosticados e agravamento de condições já existentes. Ao mesmo tempo, ao direcionar os recursos com mais inteligência — seja em programas para gestantes, ações de bem-estar ou atendimento remoto — as corporações conseguem diminuir custos com sinistralidade, reduzir os períodos de afastamento e ampliar o retorno sobre os investimentos em saúde.
Levantamentos recentes reforçam essa urgência. Segundo o Ministério da Previdência Social, o número de licenças médicas em 2024 chegou a quase meio milhão, o maior volume em dez anos. O aumento de 68% nos afastamentos por transtornos mentais em relação ao ano anterior revela uma situação crítica. Já não estamos diante de uma exceção, mas de uma realidade que demanda planejamento, capacidade analítica e comprometimento das lideranças empresariais. Em vez de medidas paliativas, é necessário um posicionamento sólido, amparado por informações qualificadas.
O uso estratégico de dados fortalece a administração da saúde corporativa e também a governança como um todo. Organizações que operam com base nesses fundamentos constroem uma cultura voltada à antecipação, gerando valor para todos os envolvidos.
O benefício, no entanto, não se limita ao ambiente interno. Ao promover uma cultura organizacional baseada no cuidado e na prevenção, as empresas também ajudam a reduzir a pressão sobre os sistemas de saúde públicos e privados. Quanto mais se investe em ações preventivas e em monitoramento contínuo, menor a chance de agravamentos que levem a tratamentos prolongados ou hospitalizações. O ciclo que se forma atinge tanto os colaboradores como suas famílias, comunidade e todo o ecossistema de saúde.
Responsabilidade digital e valor social
É fundamental que a transformação digital ocorra com responsabilidade. A manipulação de informações sensíveis exige conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Garantir a privacidade, a segurança e o uso ético desses registros não é apenas uma exigência legal, mas um compromisso com a transparência e com a construção de uma relação sólida entre empregador e empregado.
Nesse mesmo movimento, a gestão de saúde orientada por dados deixa de ser uma tendência futura e se afirma como uma realidade nas companhias que buscam conciliar alto desempenho com responsabilidade social. A adoção representa um avanço importante na direção de metas econômicas sustentáveis, ambientes organizacionais mais saudáveis e uma reputação corporativa mais sólida.
*Murilo Wadt é cofundador e diretor-geral da HealthBit.
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Investimentos reforçam criação de complexo industrial de saúde
Três decisões estratégicas, anunciadas há alguns dias, vão ao encontro de um dos principais braços da política de incentivo à indústria do governo: o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), que, ao mesmo tempo, busca fortalecer a produção industrial e prover o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em cerimônia na cidade mineira de Montes Claros, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a multinacional dinamarquesa Novo Nordisk, anunciou o investimento de R$ 6,4 bilhões para produzir remédios no Brasil.
A farmacêutica é importante fornecedora para o SUS de insulina e medicamentos para o tratamento de hemofilia. Atualmente, é responsável por 2,65 mil empregos diretos e indiretos, que devem ser acrescidos de mais 600.
O objetivo do investimento anunciado é aumentar a capacidade de produção de tratamentos injetáveis para pessoas com obesidade, diabetes e outras doenças crônicas graves.
Parceria tripartite
No mesmo dia, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Fundação Butantan, responsável pela gestão de recursos do Instituto Butantan, informaram que vão investir pelo menos R$ 200 milhões em micro, pequenas e médias empresas inovadoras na área de saúde.
O esforço conjunto será para a criação de um fundo que vai mirar em startups, empresas com potencial de inovação e grande uso de tecnologia. As três instituições buscam fortalecer a cadeia de suprimentos do SUS.
O BNDES, banco público ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), é um dos braços do governo que fomentam o Complexo Econômico-Industrial da Saúde. O banco deve aportar de R$ 50 milhões a R$ 125 milhões ao fundo.
A Finep, empresa pública ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI), destinará até R$ 60 milhões. Já o Butantan ─ maior produtor de vacinas e soros da América Latina ─ é ligado ao governo de São Paulo e aportará ao menos R$ 50 milhões..
A empresa, sediada em Aparecida de Goiânia (GO), venderá ao governo itens como stent farmacológico coronário, cateter e fio guia dirigível para angioplastia e balão periférico.
Stent é um pequeno dispositivo médico em forma de tubo, inserido em artérias para prevenir e evitar a obstrução do fluxo sanguíneo, ou seja, é diretamente ligado a intervenções cardiovasculares.
Complexo Industrial da Saúde
A política industrial do governo, batizada de Nova Indústria Brasil (NIB), foi lançada em janeiro de 2024. É dentro deste conjunto de incentivo que estão as ações voltadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que faz parte da chamada Missão 2 da NIB.
Além de gerar emprego e desenvolvimento econômico, a meta da política de incentivo é elevar a produção nacional de 45% para 70% da necessidade de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, materiais e outros insumos e tecnologias em saúde, até 2033.
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços informou que os valores direcionados à Missão 2 superam R$ 57 bilhões, entre investimentos públicos e privados. É dinheiro que vai potencializar produção em laboratórios e indústrias.
Ao defender a política de incentivo na fábrica de Montes Claros, o presidente Lula afirmou que há “uma revolução na recuperação da indústria deste país”, particularmente nas indústrias vinculadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”.
“Isso é possível porque o SUS é um grande comprador de tudo o que a gente fabrica aqui”, completou o presidente.
Resultados práticos
Uma das faces do efeito prático do investimento no Complexo Econômico-Industrial da Saúde é a redução da dependência externa, desafio que ficou visível durante a pandemia de covid-19, quando o Brasil dependeu da importação de vacina, equipamentos hospitalares, como ventiladores mecânicos, e insumos, como máscaras.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição referência em saúde pública, é uma das beneficiadas direta da Missão 2 da NIB.
A Fiocruz informou que, “por meio de Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), investe continuamente em inovação e desenvolvimento tecnológico para melhorar suas capacidades produtivas”.
Um dos projetos mais significativos é o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde, que está sendo construído em um terreno de 580 mil metros quadrados – equivalente a cerca de 80 campos de futebol – no Rio de Janeiro.
A unidade terá capacidade de produção anual estimada em 120 milhões de frascos de vacinas e biofármacos, para atender prioritariamente às demandas da população brasileira por meio do SUS.
O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal prevê investimento de cerca de R$ 2 bilhões em quatro anos para a construção. A Fiocruz informou à Agência Brasil que ainda estão sendo captados aproximadamente R$ 4 bilhões de investidores e parceiros diversos.
A Fiocruz acrescentou que, entre as medidas para buscar autossuficiência do país, tem investido em tecnologias avançadas, como a plataforma de RNA mensageiro (mRNA – transporta informações genéticas do vírus), incluindo uma vacina contra a covid-19, que está em fase pré-clínica.
Efeito multiplicador
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) classifica o Complexo Econômico-Industrial da Saúde como “estratégico para o desenvolvimento econômico e social do país”.
Na definição da especialista de Política Industrial da CNI, Caroline Giusti de Araújo, o complexo articula uma ampla base produtiva e tecnológica, que abrange desde a indústria farmoquímica e farmacêutica até vacinas, testes diagnósticos, terapias avançadas, hemoderivados e dispositivos médicos.
O setor representa, descreve ela, cerca de 10% do Produto Interno Bruto (PIB – conjunto de bens e serviços produzidos no país) e mais de 30% do esforço de ciência, tecnologia e inovação. A especialista aponta que investimentos no setor têm um efeito multiplicador.
“A cada R$ 1 milhão produzidos no setor farmoquímico e farmacêutico, geram-se, em média, R$ 2,46 milhões em valor bruto da produção”, calcula.
Relembrando que a pandemia de covid-19 expôs dependências do Brasil a fornecedores estrangeiros, a CNI afirma que políticas de incentivo industrial se tornaram essenciais para reduzir vulnerabilidades, assegurar a segurança sanitária e impulsionar a industrialização com base em inovação.
“Acreditamos que políticas como essas que integram o Complexo Econômico-Industrial da Saúde estimulam os investimentos em pesquisa e desenvolvimento por parte do setor, que já se destaca como um dos maiores na indústria de transformação brasileira”, avalia Caroline Araújo.
Ambiente econômico estável
O presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), Nelson Mussolini, aprova a política de incentivo industrial, e enfatiza que o setor farmacêutico atua tanto na promoção da saúde e da qualidade de vida da população brasileira, assim como no desenvolvimento econômico.
“A cadeia produtiva farmacêutica representa um polo industrial, tecnológico e científico de ponta, que emprega cerca de 900 mil pessoas de forma direta e indireta”, apontou ele.
O representante de farmacêuticas nacionais e internacionais que produzem no Brasil defende que o incentivo ao setor deve ser tratado como política de Estado, baseada em regras claras e constantes.
“Uma política de desenvolvimento do complexo industrial da saúde necessariamente tem que ser uma política de Estado e, por isso, precisa ter marcos legais bem estabelecidos”, diz. (Com informações da Agência Brasil)
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Estudo aponta que Brasil possui só 119 equipamentos PET-CT
Um estudo sobre a distribuição geográfica dos equipamentos de diagnóstico aponta que o Brasil possui apenas 119 equipamentos PET-CT (dados de 2020), número insuficiente para atender a uma população de cerca de 212 milhões de habitantes, resultando em uma média de 1,8 milhão de habitantes por equipamento.
O estudo, realizado pelos especialistas em tecnologia Thiago R. de Souza, Felipe Ciabattari e Mario O. de Menezes, analisou os desafios e possíveis soluções para que mais pessoas tenham acesso ao diagnóstico precoce e, consequentemente, mais chances de serem curadas.
Para se ter ideia do tamanho da defasagem, países de alta renda têm uma taxa de um equipamento por 500 mil habitantes, enquanto no Brasil, muitas regiões, especialmente fora das capitais, enfrentam grandes distâncias (acima de 100 km) para acessar um PET-CT. Essas distâncias e a escassez de equipamentos dificultam diagnósticos rápidos, reduzindo chances de tratamento precoce e aumentando riscos de mortalidade.
Para realizar o estudo, os especialistas utilizaram dados do DATASUS (CNES) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mapear a localização dos equipamentos, calcular a densidade populacional em um raio de 100 km e identificar áreas desassistidas.
Para isso, aplicou o solver Location-Allocation Problem em Python no ArcGIS Pro, utilizando três métodos e considerando restrições de 100 km (distância) e 120 minutos (tempo de viagem), além de populações de cidades candidatas (>50.000 habitantes):
Minimize Weighted Impedance (P-Median): Minimiza a distância ponderada entre população e equipamentos.
Maximize Coverage: Maximiza o número de pessoas cobertas dentro de um limite de distância/tempo.
Maximize Attendance: Prioriza alocação considerando a diminuição da demanda com a distância.
Como resultado, dentro dos parâmetros introduzidos, indicou a necessidade de 512 equipamentos adicionais aos 119 já existentes no país, já que apenas 102 milhões de habitantes estão a menos de 100 km de um PET-CT, deixando 110 milhões desassistidos.
Mesmo com a aquisição dos 512 novos equipamentos, devido a heterogeneidade do território brasileiro, mais de 15 milhões de habitantes ainda ficariam sem acesso a um PET-CT dentro das restrições determinadas no algoritmo, devido ao isolamento e heterogeneidade.
Além dos desafios já citados, o estudo ressalta que 52 dos 119 equipamentos estão na rede privada, limitando ainda mais o livre acesso da população mais carente. Regiões como o Norte têm cobertura extremamente baixa (apenas 3 equipamentos).
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TV ANHANGUERA
Consumidores procuram por descontos em medicamentos e pesquisam preços em farmácias
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Homem suspeito de se passar por médico é preso
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Assessoria de Comunicação