Postado em: 02/05/2024

CLIPPING AHPACEG 01 E 02/05/24

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Desafios e Oportunidades na Formação Médica no Brasil: caminhos para a excelência

O paciente agora é 6.0? Conheça as principais técnicas de fidelização

AstraZeneca admite efeitos colaterais “raros” da vacina

Prefeito de Iporá nomeia primo que não concluiu o ensino médio para cargo de diretor-geral do Hospital Municipal, diz MP

MEDICINA S/A

Desafios e Oportunidades na Formação Médica no Brasil: caminhos para a excelência

A formação médica no Brasil enfrenta uma série de desafios que demandam atenção e ações estratégicas para garantir a qualidade e a eficácia do ensino na área da saúde. Esses desafios abrangem desde questões estruturais e infraestruturais até aspectos relacionados à gestão acadêmica, currículos, métodos de ensino e adequação às demandas da prática médica moderna. Trata-se de tema de grande importância e impacto na saúde da população e no desenvolvimento do sistema de saúde do país.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) do curso de Medicina, estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) são definidos os parâmetros para a formação, visando garantir competências essenciais para a prática médica, como conhecimento técnico-científico, habilidades clínicas, ética profissional, trabalho em equipe e atenção integral à saúde. Entretanto, pesquisas realizadas pela Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e pelo CFM indicam que, apesar dos avanços, ainda existem desafios em relação à qualidade do ensino médico, como a falta de integração entre teoria e prática, a deficiência em habilidades de gestão e a necessidade de atualização constante dos currículos e métodos de ensino.

Um dos desafios da boa formação médica é a necessidade de atualização constante dos currículos e métodos de ensino. Integração entre teoria e prática, ênfase em habilidades de comunicação, trabalho em equipe, ética e humanização do cuidado são aspectos essenciais que devem ser priorizados no currículo da formação médica. Assim, há necessidade de atualização constante dos currículos e métodos de ensino voltados para a formação médica, que busquem promover uma educação mais centrada no estudante, contextualizada, colaborativa, prática e atualizada, preparando os futuros profissionais de saúde para enfrentar os desafios e oportunidades da prática médica moderna de forma eficaz e ética.

É fundamental garantir que os futuros profissionais estejam preparados para lidar com os avanços científicos, tecnológicos e as demandas da prática médica moderna. Um exemplo claro dessa necessidade é a rápida evolução das tecnologias médicas. Novos equipamentos, técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, avanços em medicina genômica e terapias personalizadas estão transformando a maneira como os pacientes são diagnosticados e tratados. Em um futuro muito próximo a aplicação da inteligência artificial (IA) na área da saúde irá revolucionar a forma como lidamos com diagnósticos, tratamentos e educação médica. No contexto brasileiro, as perspectivas de utilizar a IA para melhorar a qualidade da formação médica são promissoras, mas também apresentam desafios que precisam ser enfrentados.

Uma das principais vantagens da IA na formação médica é a capacidade de personalizar o aprendizado. Com algoritmos inteligentes, é possível adaptar o currículo e os métodos de ensino de acordo com as necessidades e o ritmo de cada estudante. Isso pode resultar em uma aprendizagem mais eficiente e eficaz, preparando os futuros médicos de forma mais completa e personalizada. Além disso, na atualidade a IA pode ser utilizada para simulações realistas de casos clínicos, permitindo que os estudantes pratiquem habilidades técnicas e tomadas de decisão em um ambiente seguro e controlado. Isso é especialmente relevante em um cenário onde o acesso a determinadas situações clínicas reais pode ser limitado. Outro ponto importante é o uso da IA para aprimorar a pesquisa médica. Com algoritmos avançados de análise de dados, é possível identificar padrões, correlações e insights em grandes conjuntos de informações, contribuindo para o desenvolvimento de novas terapias, diagnósticos mais precisos e uma medicina mais baseada em evidências.

Apesar das vantagens evidentes, a implementação da IA na formação médica no Brasil enfrenta ainda desafios. Um deles é a infraestrutura tecnológica necessária para suportar essas aplicações. Nem todas as instituições de ensino possuem os recursos adequados para integrar a IA de forma eficiente em seus programas educacionais. Além disso, a formação de profissionais capacitados para trabalhar com IA na saúde é fundamental. Isso envolve não apenas conhecimentos técnicos, mas também éticos, para garantir que a IA seja utilizada de forma responsável e segura, respeitando princípios como privacidade e confidencialidade dos pacientes e as questões regulatórias envolvidas. É necessário estabelecer diretrizes claras sobre o uso da IA na formação médica, garantindo transparência, responsabilidade e equidade no acesso às tecnologias para que seu uso propicie todo o potencial que dela se espera.

Portanto, é essencial que os currículos médicos sejam atualizados para incluir o ensino dessas novas tecnologias e abordagens terapêuticas, preparando os estudantes para a prática clínica contemporânea.

Desafio adicional é o volume cada vez maior de informações científicas disponíveis. É, portanto, crucial que os profissionais de saúde saibam como acessar, avaliar e aplicar as evidências científicas mais recentes em sua prática clínica. Isso requer uma abordagem educacional que incentive a tomada de decisões baseadas em evidências, a análise de dados, o pensamento crítico.

A inclusão da gestão da saúde no currículo médico é também um tema relevante e necessário para preparar os futuros profissionais de saúde para os desafios da prática médica moderna. A gestão da saúde engloba uma série de competências e conhecimentos que vão além da prática clínica tradicional e são fundamentais para promover a eficiência, a qualidade e a sustentabilidade dos sistemas de saúde. Neste sentido o desenvolvimento de habilidades de gestão de recursos, de qualidade, da segurança do paciente, de tecnologias de informação e comunicação, a compreensão dos princípios de gestão de processos, estratégias organizacionais, planejamento estratégico, gestão de mudanças e desenvolvimento de políticas de saúde são essenciais para os médicos que desejam contribuir para a melhoria dos sistemas de saúde e a promoção de uma assistência eficiente e acessível e, portanto, ao currículo médico. A inclusão da gestão da saúde no currículo médico não apenas amplia o conhecimento dos estudantes, mas também os capacita para atuar de forma mais proativa e eficaz na resolução de problemas e na otimização dos recursos disponíveis. Além disso, prepara os futuros médicos para assumir papéis de liderança, contribuindo para a gestão estratégica e o aprimoramento dos sistemas de saúde.

Outro pilar na Educação médica é a Educação em Saúde que desempenha papel crucial na formação de profissionais mais completos e comprometidos com a promoção da saúde da população. A educação em saúde abrange uma variedade de temas e habilidades que vão além da prática clínica tradicional, preparando os futuros médicos para atuar de forma preventiva, educativa e colaborativa. A inclusão da educação em saúde no currículo médico não apenas enriquece a formação dos estudantes, mas também contribui para uma prática médica mais humanizada, preventiva e engajada com as necessidades da comunidade. Portanto, é essencial que as instituições de ensino médico valorizem e priorizem a educação em saúde como uma competência essencial a ser desenvolvida ao longo da formação dos futuros médicos.

Além disso, as demandas da sociedade e dos pacientes também estão em constante mudança. Questões como medicina preventiva, cuidados paliativos, saúde mental e abordagens interdisciplinares estão se tornando cada vez mais importantes na prática médica moderna. Portanto, os currículos médicos precisam ser flexíveis o suficiente para incorporar esses temas e preparar os estudantes para lidar com a diversidade de desafios de saúde que enfrentarão ao longo de suas carreiras.

É inegável que o Brasil possui instituições de ensino médico renomadas e profissionais de saúde altamente capacitados, que contribuem de forma significativa para a saúde da população e o avanço da medicina no país, no contexto de um currículo bem estruturado. No entanto, alguns aspectos ainda demandam atenção e melhorias. Um dos pontos críticos é a distribuição desigual de escolas médicas pelo território brasileiro, concentrando-se principalmente nas regiões mais desenvolvidas. Um levantamento do MEC mostra que a maior concentração de escolas médicas está nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, enquanto áreas remotas e periferias enfrentam escassez de profissionais de saúde. Isso pode contribuir para a escassez de médicos em áreas remotas e regiões metropolitanas, dificultando o acesso da população a serviços de saúde de qualidade.

A demografia médica no Brasil apresenta desafios significativos. De acordo com dados de 2023, o país enfrenta uma distribuição desigual de médicos, concentrados principalmente em áreas urbanas e regiões mais desenvolvidas, enquanto áreas remotas e periferias carecem de profissionais de saúde. Segundo dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), em 2023, o país possuía cerca de 2,7 médicos por mil habitantes, número abaixo da média recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa disparidade revela a necessidade de ampliar a oferta de profissionais de saúde para atender adequadamente a população brasileira. Desta forma, políticas públicas que incentivem a interiorização da formação médica, a criação de vínculos entre os profissionais e as comunidades atendidas e o fortalecimento da atenção primária à saúde são medidas essenciais para superar os desafios da desigualdade na demografia médica e promover um sistema de saúde mais justo e eficiente no Brasil.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), estima-se que o Brasil precise de um número maior de médicos para atender adequadamente sua população, seguindo padrões internacionais de oferta maior 3 profissionais de saúde por 1000 habitantes. A situação se agrava grandemente em regiões afastadas das grandes capitais e suas periferias.

Diante desse cenário, é fundamental que a formação médica no Brasil busque não apenas a excelência acadêmica, mas também a formação de profissionais comprometidos com a saúde pública, a equidade no acesso aos serviços de saúde e a atenção às necessidades das populações mais vulneráveis.

Uma das estratégias para a melhor distribuição de médicos é a valorização da residência médica. Estudos publicados em periódicos médicos, a exemplo do Journal of Graduate Medical Education e Medical Education Online destacam a importância da residência médica na formação de profissionais qualificados e preparados para a prática clínica, contribuindo para o desenvolvimento de habilidades técnicas, éticas e de gestão necessárias para atender às demandas da saúde contemporânea e para modificação da realidade da saúde no Brasil. É padrão ouro na formação médica especializada, proporcionada pela prática intensiva em serviço, permite que os médicos recém-formados apliquem os conhecimentos teóricos adquiridos durante a graduação em situações clínicas reais para o aprimoramento de habilidades, sob a supervisão de preceptores experientes, oferecendo a oportunidade de especialização em diversas áreas da medicina. Além do aspecto técnico, a residência médica contribui para o desenvolvimento profissional dos médicos, incluindo habilidades de comunicação, trabalho em equipe, tomada de decisões e ética médica, reforçando assim, o aprendizado da graduação, mas de forma dirigida a uma área de atuação. Entretanto a relação entre o número de graduados em medicina e as vagas de residência médica no Brasil é um aspecto importante. Dados do Ministério da Saúde revelam que o número de graduados em medicina superou significativamente o número de vagas disponíveis para residência médica. O desequilíbrio entre oferta e demanda impacta diretamente a formação, inserção e fixação dos médicos no sistema de saúde do país.

Para garantir uma relação mais equilibrada entre graduados em medicina e vagas de residência médica, é fundamental um planejamento estratégico e uma regulação eficaz, por parte das autoridades responsáveis. Isso inclui a análise das demandas regionais por profissionais de saúde, a avaliação das especialidades prioritárias para o sistema de saúde brasileiro, o estímulo à abertura de novas vagas de residência e a promoção de políticas que incentivem a distribuição equitativa de médicos pelo território nacional.

Desta forma, a formação médica enfrenta desafios que exigem esforços colaborativos entre instituições de ensino, órgãos reguladores, profissionais de saúde e a sociedade como um todo na busca pela excelência na formação médica com o propósito do bem-estar e a saúde da população brasileira. Investir na educação médica é investir na saúde e no bem-estar da população, garantindo profissionais qualificados e comprometidos com o cuidado, a promoção da vida e a equidade da saúde no Brasil.

*Denise Gonçalves Priolli é Diretora Acadêmica de Medicina da Cogna Educação.

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O paciente agora é 6.0? Conheça as principais técnicas de fidelização

Saiba quem é o Paciente Digital. Faça o download do ebook gratuito e entenda o que está por trás do Paciente Digital com a nova pesquisa exclusiva da Doctoralia.

É indiscutível que a nova era da saúde está revolucionando a forma como os médicos se relacionam com os pacientes, principalmente devido o avanço da tecnologia e o uso de soluções inovadoras, como prontuário eletrônico, telemedicina, open health e a aplicação do IoT para coletar e analisar os dados. 

Isso acontece principalmente porque, nos dias de hoje, o paciente deve estar no centro de tudo e as instituições de saúde devem ter suas informações na palma da sua mão por meio de dispositivos móveis, facilitando, dessa maneira, os diagnósticos e os tratamentos, promovendo mais assertividade no processo. 

Agora, quando analisamos o avanço do setor da saúde, podemos considerar que ainda há espaço para muitas outras inovações e, portanto, é possível dizer que essa área está caminhando para o surgimento do conceito de paciente 6.0, sendo este um perfil cada vez mais exigente e ávido por soluções personalizadas e um atendimento mais próximo, unindo os canais online e offline. Diante de tantas mudanças e desafios, como as instituições de saúde e os médicos conseguem fidelizar o novo perfil de paciente? 

Primeiro, é muito importante ter um canal exclusivo para realizar a comunicação com seus pacientes. Por meio do WhatsApp, e-mail e SMS é possível enviar informações sobre tratamentos, agendamento de consultas e comunicados importantes, além de dar orientações personalizadas. Isso quebrará uma barreira física com o profissional, trazendo-o para mais perto. De acordo com a 4ª edição do Panorama das Clínicas e Hospitais, desenvolvido pela Doctoralia,  os dois canais mais populares para o agendamento de consultas são telefone (90%) e WhatsApp (82%). 

Outro ponto fundamental é diminuir o tempo de espera nas instituições de saúde. Nesse caso, o uso da tecnologia pode ser uma grande aliada para controlar a agenda dos médicos, avisar sobre possíveis atrasos e tempo de espera estimado, tornando esse processo mais transparente. Isso vai ajudar a melhorar a satisfação dos pacientes e diminuir o número de reclamações.   

Um fator também determinante que vai ajudar na jornada do paciente é o uso da inteligência artificial no diagnóstico médico. Por meio da tecnologia é possível identificar e tratar doenças, aumentando assim a eficiência e a precisão nos diagnósticos. Além disso, a IA permite que sejam analisadas uma grande quantidade de dados e identificar padrões que podem passar despercebidos pelos médicos. Isso com certeza vai ajudar a personalizar o tratamento e, consequentemente, melhorar a experiência dos pacientes. 

Por fim, é importante ressaltar que a era do paciente 6.0 já está se aproximando e as instituições de saúde e os médicos devem se preparar para continuar inovando e, mais do que isso, utilizar as soluções tecnológicas para resolver possíveis gargalos a fim de melhorar o sistema de saúde como um todo e tornar o atendimento cada vez mais humanizado.   

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JORNAL OPÇÃO

AstraZeneca admite efeitos colaterais “raros” da vacina

A farmacêutica revelou que seu imunizante pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia

Pela primeira vez, a AstraZeneca admitiu perante à Justiça britânica que seu imunizante contra o coronavírus pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia.

O parecer foi divulgado pelo jornal britânico The Telegraph, que obteve acesso aos documentos de uma ação coletiva envolvendo 51 famílias contra a farmacêutica. Essas famílias estão buscando uma indenização total de até £ 100 milhões (cerca de R$ 650 milhões) devido ao ‘efeito colateral raro’.

Nos documentos anexados ao processo, a AstraZeneca afirma que a vacina pode causar a síndrome conhecida como TTS, caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos, os quais podem resultar no bloqueio de veias e artérias.

A farmacêutica afirmou, em uma carta enviada à defesa de um dos requerentes em maio de 2023, que “não reconhece” que o imunizante cause TTS “em geral”, porém admitiu que o imunizante pode, em “casos raros”, levar o imunizado a desenvolver a condição.

De acordo com o jornal britânico Daily Mail, Os dados oficiais indicam que mais de 80 britânicos podem ter falecido devido a complicações relacionadas a coágulos sanguíneos, possivelmente associados à vacina da AstraZeneca, conforme relatado pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde do Reino Unido.

Devido a essa situação, as autoridades de saúde optaram por não solicitar mais doses da vacina, o que efetivamente resultou na retirada quase completa dela no Reino Unido.

A AstraZeneca, no entanto, diz que sua vacina é responsável por salvar cerca de 6 milhões de vidas em todo o mundo durante a pandemia de Covid-19.

A produção do imunizante é interrompida no Brasil

O imunizante, desenvolvido em colaboração com a Universidade de Oxford, foi produzido no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no entanto, em abril de 2023, o Ministério da Saúde interrompeu sua produção nacional.

O Ministério cessou a recomendação da aplicação de dois imunizantes de vetor viral contra a Covid-19 – AstraZeneca e Janssen – devido ao aumento do risco de trombose aproximadamente 30 dias após a vacinação.

Segundo o Ministério, até setembro de 2022, foram registrados 98 casos (0,02 casos por 100 mil doses aplicadas) com suspeita de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia (queda de plaquetas) no e-SUS, tendo relação temporal com as vacinas. Entre os 98 casos, 34 foram atribuídos diretamente às vacinas, 17 foram considerados como tendo relação provável, e 47 foram classificados como possíveis.

Embora a correlação entre as vacinas e o desenvolvimento da TTS não tenha sido completamente esclarecida, o Ministério optou por interromper seu uso para evitar possíveis riscos adicionais à saúde da população.

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PORTAL G1

Prefeito de Iporá nomeia primo que não concluiu o ensino médio para cargo de diretor-geral do Hospital Municipal, diz MP

Promotor afirma que a nomeação é baseada em parentesco e não tem amparo jurídico. Prefeitura de Iporá diz que analisa recomendação para exoneração.

Ministério Público recomenta exoneração no Hospital Municipal de Iporá

O prefeito de Iporá Naçoitan Leite nomeou o próprio primo, que não concluiu o ensino médio, para o cargo de diretor-geral do Hospital Municipal, afirmou o Ministério Público de Goiás (MPGO). O órgão recomendou que a Prefeitura exonere Vilmatan Leite por falta de qualificação técnica para o cargo.

Em nota enviada à TV Anhanguera, Prefeitura de Iporá disse que o departamento jurídico vai analisar a recomendação do MP-GO e depois irá se manifestar. O g1 Prefeitura e pediu por e-mail um posicionamento da Prefeitura, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

Segundo o MPGO, o prefeito nomeou o primo para o cargo, porém, Vilmatan não concluiu o ensino médio e não tem formação de nível superior. Para o promotor de Justiça Luís Gustavo Soares, isso indica que ele não é qualificado para desempenhar as atribuições de diretor-geral do hospital.

Soares justificou que o diretor-geral deve planejar, organizar, coordenar e dirigir as atividades do hospital para que a unidade consiga atender os cidadãos. Disse ainda que ele deve controlar e avaliar as atividades de profissionais da saúde, o que, segundo o promotor, destoa do histórico de Vilmatan.

Para Soares, a nomeação de Vilmatan foi baseada no parentesco dele com o prefeito e não teve amparo jurídico. Segundo o MP, a nomeação é uma violação a Constituição Federal. Disse ainda que alertou Naçoitan que poderá adotar outras medidas mais graves caso a recomendação não seja atendida.

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PORTAL MATTOS FILHO

MEC publica edital para cursos de medicina em hospitais

O edital prevê regras específicas para a habilitação de instituição de ensino superior cuja mantida seja mantenedora de unidade hospitalar

O Ministério da Educação (MEC), por intermédio da Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior (SERES), publicou, em 30 de abril de 2024, o Edital MEC nº 5/2024 de chamamento público para habilitar Instituição de Ensino Superior (IES) e já credenciada junto ao MEC mantida por mantenedora de unidade hospitalar, para autorização de cursos de graduação em medicina.

Condições para participar do chamamento

Para participar do edital, a unidade hospitalar e a IES credenciada junto ao MEC, que pleiteia a autorização do curso, devem ser mantidas pela mesma mantenedora; possuir o mesmo número de Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); e estarem sediadas no mesmo município. Vale mencionar que, embora o edital não seja claro, a exigência de o CPNJ ser o mesmo há de ser interpretada no sentido de que sua matriz seja a mesma, para permitir a acomodação das atividades em filiais diferentes, de forma mais alinhada a padrões de mercado.

Requisitos

Adicionalmente, o edital prevê os seguintes requisitos a serem preenchidos pela unidade hospitalar e pela IES, transpostos na tabela abaixo:

https://www.mattosfilho.com.br/unico/mec-edital-medicina-hospitais/

Pedido de autorização

Uma vez habilitada, a IES deverá protocolar o requerimento de autorização de curso de medicina no MEC, valendo destacar que esse deverá conter algumas especificidades da Lei nº 12.871/2013 (Lei do Mais Médicos), em especial:

Plano de contrapartida à estrutura de serviços, ações e programas de saúde do SUS, que deverá incluir a previsão de investimento na rede SUS para os próximos seis anos, equivalente a 10% do faturamento anual bruto do curso de medicina;

Plano de oferta de bolsas para alunos do curso de graduação em medicina, que deve abranger no mínimo 10% das vagas anuais do curso;

Plano de implantação de residências médicas nas áreas prioritárias de forma a ter as seis especialidades prioritárias até o 6º ano do funcionamento do curso de graduação em medicina, caso a unidade hospitalar não disponha dessa quantidade de especialidades prioritárias momento da habilitação.

Cronograma

Os procedimentos para a habilitação iniciam em 30 de abril de 2024 e o prazo limite para sua submissão via plataforma do e-MEC se encerra em 29 de abril de 2025, lembrando que é fundamental que a IES já esteja credenciada para que a habilitação seja submetida.

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Assessoria de Comunicação