Postado em: 11/09/2023

CLIPPING AHPACEG 07 A 11/09/23

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

25º Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins começa no dia 13

Rotatividade de profissionais da vacinação impacta cobertura

Goiás registra 21 mortes por dengue em 2023; Goiânia e Caldas Novas lideram

O Setembro Amarelo é a maior campanha anti suicídio do mundo

Planos de saúde e transplantes de órgãos

Setembro Vermelho alerta para as doenças cardiovasculares

Influenciador Toguro diz que namorada que perdeu útero no parto 'não tem condições de entender'

Unimed se envolve em polêmica por possível vazamento de dado de clientes

TopMed torna-se case no monitoramento digital de Doenças Crônicas

Hospitais registram atraso bilionário de planos de saúde

Sarampo, meningite, pólio: vacinas evitam sequelas para a vida toda

FOLHA DO PLANALTO

25º Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins começa no dia 13

O evento vai debater temas atuais da área da saúde suplementar e do cooperativismo médico e vai reunir mais de 300 participantes

A 25ª edição do Simpósio das Unimeds do Centro-Oeste e Tocantins, o Sueco, será realizada em Goiânia (GO) entre os dias 13 e 15 de setembro. Promovido pela Unimed Federação Centro Brasileira, Unimed Federação Mato Grosso e Unimed Federação Mato Grosso do Sul, o evento vai reunir mais de 350 médicos cooperados, dirigentes, colaboradores de cooperativas de trabalho médico, além de convidados de todo o País, que vão debater temas do setor cooperativista médico, da medicina e da saúde suplementar.

A programação deste ano traz uma novidade: a realização de palestras simultâneas no mesmo espaço. Com o uso de fones, o público poderá escolher o tema que deseja acompanhar. O evento acontecerá na Asmego (Associação dos Magistrados do Estado de Goiás), Rua 72, 192, Jardim Goiás, em Goiânia.

Tendo como tema central “Imersão e Emoção”, o 25º Sueco terá entre os palestrantes o maestro João Carlos Martins, Marcos Rossi e Alexandre Slivnik, que vão relatar experiências inspiradoras, abordando, respectivamente, os temas “A arte de emocionar”, “Fazer ou não fazer alguma coisa só depende de você” e “O poder da atitude”.

Efeitos jurídicos e econômicos da reforma tributária, cenários e tendências econômicas da saúde, a segurança da informação em saúde, o papel do líder no engajamento dos colaboradores, branding, os benefícios da telemedicina e de plataformas inteligentes de gestão de cuidados são alguns dos outros temas em pauta no evento, que terá ainda uma Feira de Negócios, com a participação de grandes fornecedores de materiais e serviços de saúde.

O Sueco é um dos maiores eventos do Sistema Unimed. A primeira edição foi realizada em Goiânia, ainda na década de 1990. Nos anos seguintes, o encontro aconteceu em diferentes cidades de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sempre enfocando temas atuais, voltados para o fortalecimento da gestão, o crescimento e o trabalho das cooperativas médicas.

Presidente da Unimed Federação Centro Brasileira, o médico Danúbio Antonio de Oliveira ressalta que o Sueco é uma oportunidade de ampliar conhecimentos, atualizar e compartilhar informações, fortalecer laços e fazer negócios.

“Essa edição marca a volta do Sueco a Goiás e será histórica, pois vamos debater juntos como enfrentar os desafios atuais da área da saúde suplementar, como fortalecer as Unimeds e como aproveitar as oportunidades do mercado para melhor atender a população”, diz.

As palestras começam na quarta-feira, 13, a partir das 13 horas. A programação segue no dia 14, das 8h30 às 17 horas e continua no dia 15, das 9 às 12 horas. Clique e confira a programação completa: https://sueco.com.br/2023/#programacao.

Saiba mais...

O Sistema Unimed no Centro-Oeste e Tocantins

Goiás – 17 Unimeds

DF – 1 Unimed

Tocantins – 3 Unimeds

Mato Grosso – 7 Unimeds

Mato Grosso do Sul – 5 Unimeds

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AGÊNCIA BRASIL

Rotatividade de profissionais da vacinação impacta cobertura


O pediatra Juarez Cunha entrou na rede pública de saúde de Porto Alegre em 1985 e participou dos esforços finais da eliminação da poliomielite no Brasil, doença que teve o último caso registrado em 1989 no país. Durante 15 anos atuando na ponta, em uma unidade de saúde pequena na periferia, ele conta que tinha uma equipe unida e engajada na imunização.

Juarez Cunha conta que o sistema de vacinação foi ficando mais complexo com o aumento do número de imunizantes- Arquivo pessoal/Divulgação

"Era um grupo de concursados, todos funcionários públicos do município, que construíam suas carreiras ali. Fiquei durante muito tempo em unidade de saúde, depois fui trabalhar em programas de vigilância, e depois com mortalidade infantil", lembra o médico, que se aposentou na carreira de servidor público e atua como consultor e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). "As vacinas me acompanharam em todos os 43 anos de profissão".

A presença de trabalhadores experientes, entretanto, não é mais a regra nas salas de vacina no Brasil. A alta rotatividade de profissionais nesses postos de trabalho está entre os problemas apontados por especialistas que avaliam as causas da queda nas coberturas vacinais. As dificuldades se agravam com a complexidade cada vez maior do calendário vacinal, que chega a ter 20 vacinas atualmente, e com a crescente insegurança espalhada pelos grupos de pessoas que são contra vacinas, os antivacinistas, nas redes sociais.

"A sala de vacinação ficou uma área da unidade de saúde que tem uma demanda muito grande de formação, de rotinas. Se você tem uma alta rotatividade, isso atrapalha muito a performance desse local", avalia Cunha.

"Quando a gente inicia com o PNI na década de 1970, a gente tinha BCG, pólio oral, tríplice bacteriana e sarampo. Eram quatro vacinas. E o registro era manual. Atualmente a gente tem uma quantidade muito grande de vacinas ofertadas e tem que alimentar os sistemas do Ministério da Saúde. E tem que ter toda a responsabilidade pela rede de frios, para que as vacinas sejam adequadamente conservadas. É um trabalho que se tornou bastante complexo".

Lidar com toda essa logística e com as rotinas corretamente requer uma capacitação sólida, que é prejudicada quando ocorre a troca constante dos profissionais responsáveis pela vacinação. "A alta rotatividade tem diversos motivos, inclusive desvalorização dos profissionais, terceirização. A gente acaba tendo uma alta rotatividade, o que é péssimo. Quando as pessoas estão capacitadas ou seguras do que estão fazendo são deslocadas para outros locais e atividades. Isso interfere na performance das coberturas vacinais".

Carreiras

Integrante da coordenação de epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Maria Rita Donalisio diz acreditar que esse é um problema sério a ser enfrentado para a retomada das altas coberturas vacinais.

"Com tanto investimento na produção de insumos nacionais, com o ministério garantindo a continuidade dos fluxos, garantindo a cadeia de frios, mas chega na ponta, a gente não garante a qualidade".

Rita Donalisio defende que o fortalecimento da atenção primária garante a melhora das coberturas vacinais- Arquivo pessoal/Divulgação

A médica defende que é com o fortalecimento da atenção primária que é possível garantir a melhora desse serviço e a integralidade do cuidado. Em vez disso, ela vê uma priorização a atendimentos eventuais de casos agudos, como em unidades de pronto atendimento, onde as possibilidades de conferência da caderneta de vacinação, por exemplo, são muito menores.

"É preciso investimento em carreira, estabilidade, concurso público, para que esses profissionais possam ser treinados e cada vez mais adquirirem experiência e serem referência na vacinação. Investir nos profissionais, por meio de concursos e carreiras, por meio de remuneração justa, é investir no SUS e no PNI", afirma.

"Não é fácil conferir uma caderneta de vacinação. É uma tarefa complexa e que precisa de treinamento", conclui.

Insegurança

A enfermeira e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Mayra Moura trabalha com a capacitação de profissionais da ponta, incluindo os da sala de vacina. Além da dificuldade de gerir o trabalho em si, ela acrescenta que profissionais pouco experientes ou mal capacitados também não transmitem segurança à população, que cada vez mais busca os postos de saúde com dúvidas espalhadas na internet.

"Se você não responder às perguntas das pessoas, e se você não acredita ou não tem segurança do que você está falando, a gente perde a oportunidade, deixa aquela pessoa ir embora e reduz a adesão da população", afirma. "Essa rotatividade [de profissionais] é um problema crônico. O tema vacina é um tema complexo. Não que seja difícil, mas exige estudo, exige dedicação, exige tempo. E a formação desses profissionais dedica um tempo pequeno perto do que é preciso. A grande maioria sai de um curso técnico ou de uma faculdade com um conhecimento raso e básico. E quando vai trabalhar na sala de vacina precisa se capacitar. Leva tempo até ele ter prática suficiente para bater o olho em uma caderneta de vacinação e saber o que tem que fazer. Com a rotatividade, ele não tem esse tempo".

Mayra Moura afirma que a necessidade dessa capacitação mais aprofundada também acaba afastando profissionais como técnicos de enfermagem, que muitas vezes precisam ter mais de um emprego e não dispõem de tempo para estudar o suficiente. A valorização dessas carreiras, portanto, é um caminho para melhorar a qualidade do serviço nas salas de vacina.

Mayra Moura ressalta que profissionais pouco experientes ou mal capacitados não transmitem segurança à população e podem afastar oportunidade de prevenção - Arquivo pessoal/Divulgação

"Essa já é uma luta principalmente da enfermagem, com o piso salarial, que já é tentado há mais de 20 anos. Para que a gente consiga ter uma dedicação melhor ao trabalho dele e não precise ter dois ou três empregos para se sustentar. E, com isso, teria tempo para se dedicar. E a valorização não é salarial. A valorização passa por capacitação também. Passa por enxergar que o profissional precisa de uma capacitação, de uma supervisão, que precisa de atualização. Não adianta capacitar e cinco anos depois a pessoa ainda não ter uma atualização".

Desafio

A fixação de profissionais na atenção básica é uma necessidade que está no radar do Ministério da Saúde, que tem entre suas linhas de ação o próprio programa Mais Médicos. Em entrevista à Rádio Nacional da EBC, a ministra Nísia Trindade classifica como fundamental o papel dos profissionais da ponta, que são aqueles que fazem a vacinação acontecer.

"Isso só é possível com profissionais qualificados. Sabemos que, em muitas áreas, essa rotatividade é maior, o que aumenta a nossa responsabilidade para ter planos de fixação dos trabalhadores no Sistema Único de Saúde, apoiar municípios nessa iniciativa. Temos feito isso, mas sabemos que o desafio realmente é enorme. E, principalmente, trabalhar com plano focado em educação em campo, em formação em campo.

Além da sala de vacina, a ministra sublinha também a necessidade de capacitação dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, que vão a campo aumentando a capilaridade do Programa Nacional de Imunizações e do Sistema Único de Saúde.

"Nós apoiamos a formação de agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, e agora já vamos apoiar uma segunda turma pelo Ministério da Saúde. A lei que os considera profissionais de saúde foi sancionada pelo presidente Lula no início da gestão. E, com isso, nós esperamos envolver não só esses profissionais, mas os profissionais da enfermagem, que são centrais nesse processo de avançar nessas ações de prevenção e promoção da saúde".

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Sarampo, meningite, pólio: vacinas evitam sequelas para a vida toda

Quem passou pelas doenças faz alerta aos pais: vacinem seus filhos.

Em 1960, Helena Teodoro Michelon tinha 1 ano e 2 meses de idade quando deu entrada no Hospital das Clínicas de São Paulo, com a perna direita paralisada. Até então, a febre alta tinha sido tratada com dipirona por um farmacêutico, mas o temido sintoma alertou a avó e a mãe de que o motivo poderia ser mais grave. As duas viraram a noite para conseguir uma vaga de internação.

"Só naquela noite, junto comigo, internaram 49 crianças com pólio. E lá fiquei dois meses, em um isolamento só com crianças com pólio. Fiquei no pulmão de aço. Assim começou minha luta de sequelada da pólio", conta Helena, que hoje tem 64 anos. "Falo para as mães novas que não deixem de vacinar seus filhos. Me olhem, olhem com olhos fixos, porque eu sou prova viva da sequela da pólio. A sequela da pólio é o que eu sou hoje. Então, prestem atenção. A sequela da pólio é para o resto da vida, não tem cura. É uma deficiência permanente".

A prevenção da paralisia infantil era uma esperança urgente, mas ainda distante no ano em que Helena foi internada. Albert Sabin havia descoberto a vacina oral contra a poliomielite (VOP) três anos antes, e a vacinação contra a doença no Brasil começaria apenas em 1961, no Rio de Janeiro e em São Paulo. O Plano Nacional de Controle da Poliomielite, primeira tentativa organizada nacionalmente de controlar a doença no país, viria apenas 10 anos depois, em 1971.

"Perto da minha casa, teve o Fernando, a Elizabeth, a filha dela Que eu conheci, foram quatro crianças com pólio. Comigo, cinco", lembra Helena.

"Eu fui tomar vacina de pólio quando já estava grande, com 7 anos de idade, na escola. Vi os casos diminuindo até chegar nos anos em que tinha sido exterminado da gente esse vírus maldito".

A eliminação da poliomielite do Brasil foi reconhecida pela Organização Pan-Americana de Saúde em 1994, mas o último caso registrado foi em 1989. Helena Teodoro já era mãe de três filhos. "É óbvio que a gente recebeu com a maior alegria essa notícia, por que qual é a mãe que quer ver um filho acometido por uma sequela que fica para o resto da vida? Se a pólio não voltar, ela termina com a gente. Espero que isso aconteça. Percorremos todo esse percurso da vida e estamos terminando, estamos idosos. Então, espero que as mães tenham consciência".

Doença que pode ser prevenida pela vacina do PNI, a poliomielite tem um esquema vacinal com três doses da vacina inativada da pólio, injetada, aos 2, 4 e 6 meses de idade, e duas doses de reforço da vacina oral, em gotinhas, aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

Sequelas

A alta hospitalar após dois meses de internação foi o início da saga de Helena Teodoro para enfrentar as sequelas da pólio, o preconceito e a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência no Brasil. O encurtamento na perna direita continuou por toda a vida, e, para que sua mobilidade pudesse ter uma melhora, ela passou por 13 cirurgias entre os 13 e os 16 anos na Santa Casa de Misericórdia, onde recebeu também a indicação para usar uma órtese que desse firmeza à perna mais afetada.

"O meu carrinho de bebê, que o meu pai comprou pra mim antes de eu nascer, quando minha mãe foi vender, a pessoa falou: não vou comprar, porque ela teve paralisia e pode passar pra minha criança. Tinham mães que pediam para os filhos se afastarem da gente na escola. Havia muito preconceito", lembra. "Não tinha acessibilidade nenhuma na escola. Eu tinha que subir escadas para ir à aula que não tinham corrimão. Pra subir, eu conseguia, sentando e encostando na parede. Mas, para descer, descia rolando. Se chovia na escola, eu não descia nem no recreio. Para ir ao banheiro, eu precisava ajuda das professoras e nem sempre elas estavam dispostas a ajudar".

O uso de órtese e a dificuldade de caminhar se agravaram conforme a dona de casa envelheceu. Em 1998, uma queda fez com que fraturasse o joelho e iniciasse o acompanhamento na Associação de Assistência à Criança com Deficiência (AACD), instituição sem fins lucrativos fundada inicialmente para acompanhar crianças com sequelas da poliomielite. A superintendente de práticas assistenciais da AACD, Alice Rosa Ramos, conta que hoje os pacientes com sequelas da poliomielite são poucos e com tratamentos de longa data, ou imigrantes de países onde a pólio não foi eliminada ainda.

"Mas a gente tem outras doenças também, principalmente o sarampo e a meningite, que podem ser prevenidas por vacina e causam principalmente quadros importantes de lesão encefálica e de sequelas motoras, visuais, auditivas e intelectuais. O sarampo e as doenças pós meningite têm uma extensão de sequelas muito maior", acrescenta. "A falta do conhecimento da sequela leva muita gente a optar por não vacinar. Ninguém em sã consciência vai optar por participar de uma roleta russa. O número de pessoas com a sequela realmente é pequeno se comparado ao todo. Mas e se for eu? E se for o meu filho? O meu neto? Vou fazer uma aposta nisso? Eu não apostaria".

Múltiplas cirurgias

No caso dos pacientes de pólio, é comum que apresentem em algum momento da vida a síndrome pós-pólio, com um quadro de dor, perdas motoras, maior dificuldade funcional. A médica acrescenta que a própria idade faz com que pacientes já sequelados percam ainda mais mobilidade e, por exemplo, parem de andar com órteses e fiquem na cadeira de rodas. No caso dos pacientes com sequelas da pólio, limitações motoras que são comuns à velhice chegam mais cedo e de forma mais rápida.

"Todos temos perdas funcionais. Só que eles já têm a perda, e isso se acentua com a idade, com o ganho de peso. As limitações se tornaram maiores pela associação entre o envelhecimento e a doença de base", conta. "São pessoas que precisam de um esquema de saúde grande, com muitas cirurgias ao longo da vida para corrigir deformidades ortopédicas. Muitos evoluem com escoliose, precisam de cirurgias grandes na coluna, que podem levar a restrições respiratórias. A pólio não requer só fisioterapia. Ela requer muito tratamento cirúrgico e muitos aparelhos ortopédicos"

No caso do sarampo, Alice conta que as sequelas são ainda mais graves, com grandes comprometimentos visuais, auditivos, intelectuais e físicos. "São crianças que vão precisar ser cuidadas ao longo de toda vida. A pólio causa a paralisia flácida, que é o músculo atrofiado, mais molinho. Mas tanto no sarampo como na meningite, a gente tem uma lesão cerebral. Ocorre um aumento do tônus muscular, causado por uma lesão central, com músculos muito tensos, que fazem a pessoa entrar em várias deformidades", diz a médica, que detalha: "Na visão, posso ter desde a baixa de visão até a cegueira total. Da mesma forma que o intelecto, que posso ter crianças que entendem um pouco ou que deixam de entender absolutamente tudo. E isso pode afetar um adulto também".

Diante de tantos quadros graves de saúde, a médica ressalta que tudo isso pode ser evitado com a vacinação gratuita e disponível nas unidades básicas de saúde. "As pessoas mais jovens deixaram de ter contato com os sequelados da pólio. Muitos profissionais, médicos mesmo, não viveram a pólio. Um problema que a gente tem é que muitos ortopedistas que operaram casos de pólio morreram ou já se aposentaram, e no treinamento não foi mais necessário ensinar aos ortopedistas, porque a pólio desapareceu. Se voltar, vou ter que fazer a reciclagem de um monte de gente em todo o país", alerta ela.

Amputações

Entre as mais severas doenças imunopreveníveis está a meningococcemia, infecção generalizada causada pela bactéria meningococo. Esse foi o caso do paciente Hugo Oliveira da Silva, de 16 anos, que teve a doença meningocócica aos 7 meses. Após apenas um dia, a infecção causou uma gangrena na perna esquerda e, consequentemente, a amputação deste membro.

A mãe de Hugo, Maria Francisca de Oliveira Silva, de 47 anos, conta que a doença progrediu de forma rápida. "Ele foi dormir bem e acordou com um febrão de 40 graus. Levei na pediatra e, chegando lá, ela fez todos os exames e procedimentos, mas não conseguia baixar a temperatura. Antes dos exames ficarem prontos, a pediatra percebeu que o corpo dele estava cheio de manchas vermelhas, que foram aumentando com a formação de bolhas de água. Foi então que a pediatra falou que o caso dele era meningococcemia".

Durante a internação, a doença causou uma série de complicações, como insuficiência renal e hepatite medicamentosa, que também deixaram sequelas que precisam ser acompanhadas até hoje. "Ele vai no hepatologista, no ortopedista, faz tratamento com fonoaudiólogo, fisioterapia, hematologista e gastro".

Na AACD desde 1 ano e 9 meses, ele passou pela terapia ocupacional, fisioterapia solo, fisioterapia aquática, musicoterapia e fonoaudiologia. Atualmente, já não é atendido mais no Centro de Reabilitação da Instituição, porém ainda conta com acompanhamento médico e na Oficina Ortopédica para ajuste ou troca de prótese da perna amputada.

A meningite meningocócica pode ser prevenida pela vacina meningocócica C conjugada, que deve ser administrada com duas doses, aos 3 e aos 5 meses de idade, e requer ainda uma dose de reforço aos 12 meses. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece ainda a vacina meningocócica ACWY a adolescentes de 11 a 14 anos de idade.

Já o sarampo é prevenido pelas vacinas tríplice e tetra viral. A primeira é aplicada quando a criança completa o primeiro ano de vida, e protege contra sarampo, caxumba e rubéola. Já a segunda é indicada para os 15 meses de vida, com ao menos 30 dias de intervalo após a tríplice viral.

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A REDAÇÃO

Goiás registra 21 mortes por dengue em 2023; Goiânia e Caldas Novas lideram

O Estado tem 16 municípios com índices altos de casos da doença, com maioria dos casos em Jataí; veja lista completa

Dados da Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) mostram que 21 pessoas foram vítimas fatais da dengue neste ano no Estado. A pasta investiga ainda 27 óbitos suspeitos da doença. Goiânia e Caldas Novas lideram os casos de mortes registradas. Respectivamente, são quatro e três mortes. Já os casos confirmados da doença do aedes aegypti chegam aos 51.794.

Proporcional à população, a dengue tipo 1 e 2 aparecem com mais casos em Jataí, 260 registros; Jaraguá (103); e Palmeiras de Goiás (51). Essas três e outras 13 cidades são monitoradas e classificadas como de “médio risco”. Todos estão com incidências superiores a 100 registros [lista completa abaixo].

Embora esteja fora dessa classificação, Goiânia soma 660; Aparecida de Goiânia, 522; e Anápolis, 333. Elas são citadas com “baixo risco”. Aparecida registrou, no período, uma morte em decorrência da dengue e em Anápolis nenhum óbito.

Municípios com mais casos de dengue em Goiás

Jatai – 260

Jaraguá – 103

Palmeiras de Goiás – 51

São Luís de Montes Belos – 40

Hidrolândia – 31

Barro Alto – 24

Campos Belos – 21

Edeia – 15

Goianápolis – 14

Corumbaíba – 12

Sanclerlândia – 9

Guarani de Goiás – 8

Ouvidor – 7

Avelinopólis – 3

Nova Iguaçu de Goiás – 3

Guarinos – 2

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O HOJE

O Setembro Amarelo é a maior campanha anti suicídio do mundo

Apesar de ocorrer em um mês do ano, a iniciativa ressalta que a saúde mental e emocional têm importância todos os dias

O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que haja mais de 1 milhão de casos em todo o mundo. A estimativa considera, inclusive, os episódios subnotificados, que não possuem registros. No Brasil, quase 14 mil pessoas cometem suicídio por ano, ou seja, são 38 casos por dia. 

Atualmente, o Setembro Amarelo é a maior campanha anti suicídio do mundo. Em 2023, o lema é “Se precisar, peça ajuda!”. Apesar de ocorrer em apenas um mês do ano, a iniciativa sempre reforça que esse problema de saúde pública deve ser tratado com importância todos os dias. A grande maioria dos casos estão relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente.

Por isso, o acesso ao tratamento psicológico e psiquiátrico é de extrema importância, principalmente no período pós-pandemia. A OMS aponta que a prevalência global de ansiedade e depressão aumentou em 25% nos últimos 3 anos. De acordo com a psicóloga Nadia Santana, o Setembro Amarelo serve justamente para ressaltar o quão essencial é a terapia e transmitir essa informação para o máximo de pessoas possíveis.

Setembro Amarelo

“A campanha de Setembro Amarelo é importante porque quando a gente fala no suicídio a gente fala no ápice do sofrimento mental. Então, a pessoa que comete suicídio ela tem um sofrimento muito intenso e uma doença emocional no mínimo. Ou um transtorno mental pra chegar nisso. Então, quando a gente fala do setembro amarelo, a gente está falando na verdade de prevenção. De promoção da saúde mental. E isso é muito importante”, afirmou Nadia Santana em entrevista exclusiva ao O Hoje.

Conforme a especialista em saúde mental explicou, um dos objetivos da campanha é ampliar a escuta das pessoas e a atenção ao outro. “Julgamos antes de escutar e já classificamos o outro como um desajustado, problemático. Então, escutar com empatia faz total diferença. Ouvir a pessoa, atentar-se ao outro, ver o que a gente pode contribuir para a saúde mental. Podemos desenvolver essa escuta, antes de julgar; essa decisão de ouvir o próximo pode ajudar a salvar vidas”, enfatiza.

Segundo a psicóloga, hoje em dia a saúde mental está muito mais valorizada e reconhecida, com menos preconceito. “Hoje as pessoas conhecem mais sobre os transtornos emocionais, sobre os sofrimentos e as pessoas estão mais abertas a buscar tratamento psicológico e psiquiátrico. Isso é muito positivo. Então, se há um aumento das doenças mentais, há um aumento também do acesso a tratamentos. Por isso que é preciso a gente falar cada vez mais”, destaca.

Portanto, a informação é muito importante. “Às vezes, a pessoa tem uma doença mental ou tem um familiar que tenha, mas não sabe distinguir se aquilo é uma doença mental ou se não é. Então, quanto mais informação a gente dá sobre como as doenças mentais surgem e quais são os sintomas, melhor. É importantíssimo dar o máximo de ferramentas sobre saúde emocional para as pessoas aplicarem na própria vida e aplicarem nas relações tanto pessoais quanto profissionais”, conclui Nadia Santana.

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CORREIO BRAZILIENSE

Planos de saúde e transplantes de órgãos


D ada a repercussão recente dos temas transplante e doação de órgãos, é importante o debate sobre a obrigatoriedade de cobertura de determinados procedimentos pelos planos de saúde. Assim como em outros países, onde existem a regulamentação e as leis específicas de saúde, no Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) regulamenta os planos de saúde e estabelece regras para a cobertura de procedimentos médicos, incluindo transplantes de órgãos.

De acordo com a ANS, os planos de saúde são obrigados a cobrir esse tipo de procedimento quando indicados pelo médico e quando esse item estiver previsto no contrato do plano, seja ele individual ou coletivo. No famoso rol da ANS, alguns transplantes estão incluídos (como cobertura mínima) como obrigatórios nos planos de saúde, em casos de córneas, rins e medula.

No entanto, a justificativa do médico tem peso relevante nos casos de transplantes de coração, fígado, pâncreas e pulmão, o que obriga as operadoras a cobrir as despesas desses procedimentos, além de todo o tratamento. Ou seja, os planos de saúde ficam "entre a cruz e a caldeirinha", restando a eles, também, disponibilizar a rede credenciada e os respectivos hospitais, bem como, caso não tenham, outros hospitais fora da rede. É um direito do candidato a um novo órgão.

O problema é que, na maioria das vezes, os órgãos a serem doados não podem esperar a papelada e os trâmites burocráticos que a lei exige, chegando a ser descartados e deixando o possível receptor à míngua. Embora os médicos brasileiros tenham maestria no quesito cirurgias de transplante, nossas filas para receber um órgão são das maiores do mundo. Ainda assim, no ano passado, o Brasil registrou mais de 25 mil transplantes, dos quais quase 359 de coração.

Para completar, no mês passado, as operadoras de planos de saúde sofreram outro revés, com a decisão da ANS, no último dia 14. Clientes de planos de saúde poderão, num prazo de 180 dias a contar da publicação no Diário Oficial da União {DOU), trocar de operadora antes do prazo de permanência mínima quando insatisfeitos com a retirada de algum hospital ou do serviço de urgência e emergência do prestador hospitalar da rede.

Atualmente, o consumidor só pode trocar o serviço de uma empresa por outra depois de cumprir prazos mínimos que variam de acordo com a situação. Caso seja a primeira portabilidade, a permanência é de dois anos, podendo chegar a três anos se o beneficiário tiver cumprido carência de dois anos para cobertura de doença ou lesão preexistente.

Caso tenha feito alguma portabilidade anteriormente, esse prazo de permanência mínimo exigido cai para um ano, podendo subir para dois anos se o plano atual tiver coberturas não previstas no plano anterior.

A boa notícia é que o Sistema Único de Saúde (SUS) faz um trabalho fantástico nessa área, o que reflete no número de transplantes realizados nos hospitais públicos: mais de 90% do total. Não é à toa que o Brasil recebeu a chancela de maior programa público de transplantes do mundo.

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NOTÍCIAS DO ES

Setembro Vermelho alerta para as doenças cardiovasculares


De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 17 milhões de pessoas morrem anualmente em razão de patologias no coração ou nos vasos sanguíneos e, como forma de alertar sobre a saúde do coração e a importância de se fazer rotineiramente um check-up cardiológico, o mês de setembro ganhou a cor vermelha.

Segundo o médico Dionísio Yaya Chumpitaz, cardiologista do hospital Santa Casa de Mauá, muitos óbitos poderiam ser evitados se os problemas cardíacos fossem diagnosticados e tratados de forma precoce. Algumas alterações na saúde, como níveis elevados de colesterol, diabete, obesidade e estresse, além da predisposição e a existência de cardiopatias podem contribuir para o desenvolvimento de doenças cardíacas.

Entre as principais estão o acidente vascular cerebral (AVC), a aterosclerose, a insuficiência cardíaca e o infarto do miocárdio.No caso do AVC, alguns dos sintomas são a confusão mental, redução da força e formigamento de um lado do corpo, suor frio, desvio labial, dores de cabeça, alterações na fala e desmaio. Na aterosclerose é comum dor na panturrilha, feridas que não cicatrizam e extremidades roxas e, na insuficiência cardíaca, é bom ficar alerta para a falta de ar, cansaço, palpitações, inchaço nas pernas e pés.

Em relação ao infarto, a dor no peito é persistente, além de dores na região do estômago que irradiam para as costas e para o braço esquerdo, e dificuldade para respirar. O Ministério da Saúde aponta que cerca de 300 mil pessoas por ano sofrem infarto agudo do miocárdio e em 30% dos casos ocorre o óbito.

O check-up cardiológico e exames de rotina ajudam a prevenir as doenças listadas, assim como manter a hipertensão controlada, já que ela é uma das responsáveis pelo AVC e infartos. "As crianças e adolescentes também precisam fazer check-ups periodicamente, mesmo que não tenham sintomas", orienta o cardiologista Dionísio Yaya Chumpitaz.

O teste ergométrico, holter 24 horas, eletrocardiograma, ecocardiograma, exames de sangue e medição da pressão arterial são alguns dos exames solicitados para averiguação da existência de problemas cardíacos.

Cerca de 80% das cardiopatias podem ser evitadas com uma dieta saudável, redução do estresse e da ansiedade, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas, praticar atividades físicas e estar atento aos sinais do corpo.

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PORTAL A REPÓRTER

Influenciador Toguro diz que namorada que perdeu útero no parto 'não tem condições de entender'


O influenciador Toguro fez novas declarações sobre o estado de saúde da namorada Nara Paraguaia, que sofreu complicações no parto do filho do casal nesta semana. Ela teve uma hemorragia, chegou a ser entubada e perdeu o útero. Toguro afirma que ela ela está muito abalada, e por isso ainda não tem condições de entender a situação.

Neste sábado (9), o influenciador declarou que as complicações teria sido causadas por erro médico. Ele afirmou que solicitou documentos ao hospital e que contratará um profissional para realizar a perícia e constatar o que de fato ocorreu.

Nara está abalada emocional e psicologicamente, e por isso ainda não compreendeu a gravidade do que viveu, afirma o influenciador.

"O meu departamento jurídico está analisando o caso, apurando as informações para ver quais providências serão tomadas, para não cometermos injustiças antes de acusar ou culpabilizar alguém, tentando individualizar as condutas", disse Toguro em uma publicação nas redes sociais.

O influenciador explicou que a equipe jurídica dele solicitará ao hospital uma cópia do prontuário desde o momento da internação até a alta médica. Ele também pedirá que seja realizado um exame para entender a extensão do dano causado pela histerectomia, cirurgia de retirada do útero, e saber se as trompas e os ovários de Nara também foram afetados.

"Depois, com o prontuário em mãos e demais dados médicos, solicitaremos que um especialista com capacidade técnica e aptidão nesta área possa periciar os documentos cronologicamente, para entendermos se houve de fato um erro médico (negligência, imprudência ou imperícia), e na sequência tomar as medidas cabíveis para apuração da conduta do profissional e da instituição", disse.

Toguro completou que o filho, Gael, está saudável e que a namorada se recupera bem. "Logo estaremos juntos, e nenhuma medida que seja tomada irá reverter a histerectomia, o que para uma mulher é um trauma irreparável", disse o professor de educação física.

"A Nara passou e está passando por essas complicações e no momento não tem condições físicas e psicológicas de entender a gravidade da situação e desdobramentos futuros de como seu corpo e organismo reagirão, a única preocupação neste momento é o filho. Agradeço o carinho de todos vocês comigo, Nara e o Gael e pelas mensagens de solidariedade e apoio neste momento", concluiu Toguro.

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CRÉDITO DIGITAL

Unimed se envolve em polêmica por possível vazamento de dado de clientes

A Unimed Porto Alegre está no centro de uma controvérsia após um possível de informações de pacientes. Cerca de 500 pacientes podem ter tido seus expostos, incluindo nomes, e-mails, números de telefone, registros de consultas e exames, além dos CPFs.

O Tecmundo, um site de notícias de tecnologia, levantou o alerta, recebendo a informação de um anônimo conhecido como Xploit. Segundo Xploit, ele identificou a vulnerabilidade em um dos sistemas da Unimed Porto Alegre, onde é possível ter acesso aos de 1000 pessoas.

Como aconteceu a brecha na segurança da Unimed?

Os técnicos explicam que essa falha ocorreu em algo chamado "endpoints", que são dispositivos que se conectam a redes de computadores. Ao inserir seu próprio CPF e ID de usuário em um formulário da cooperativa, Xploit conseguiu acessar os de forma surpreendentemente fácil e sem necessidade de autenticação.

Até o momento, a Unimed não confirmou o , mas também não o descartou completamente. A cooperativa afirmou que, ao tomar conhecimento das possíveis falhas, iniciou imediatamente uma investigação completa. Até agora, não houve indicação de que os dos pacientes tenham sido prejudicados.

No entanto, as investigações continuam e, caso confirmado um incidente relevante, a Unimed Porto Alegre informará a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), responsável por garantir a conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Afinal, o que diz a Lei de proteção de ?

A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) representa um marco significativo para a privacidade e segurança de no Brasil. Promulgada em 2018, ela estabelece regras claras sobre a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de informações pessoais.

Seu principal objetivo é conferir aos cidadãos maior controle sobre seus , garantindo transparência e segurança por parte de organizações públicas e privadas. A LGPD também impõe obrigações e responsabilidades, incentivando empresas a adotarem práticas mais rigorosas de segurança e gerenciamento de .

A segurança digital deve ser uma prioridade para todas as instituições, e este caso serve como um lembrete de que investir em proteção de é fundamental para garantir a privacidade e a segurança das informações dos clientes.

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NEWS CUIABÁ

TopMed torna-se case no monitoramento digital de Doenças Crônicas


Programa de Gestão de Saúde Populacional (GSP) conquistou pelo menos uma mudança de estilo de vida relacionada aos fatores de risco em 90% dos monitorados, evitando agravamento de doenças, atendimentos de emergência e despesas com tratamentos

A TopMed comprova como é possível aumentar o monitoramento, o tratamento e a informação sobre saúde de pacientes com doenças crônicas com a utilização de tecnologia. Referência nacional no setor, a empresa realizou o Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas entre março de 2022 e março de 2023 com um total de 3.050 pacientes de todo o país, na faixa etária de 0 a 80 anos ou mais.

Entre os resultados, comprovou-se que a monitorização remota ajuda a detectar mais rapidamente quaisquer complicações, o que contribui para diminuir o número de hospitalizações, despesas com tratamentos e atendimentos de emergência. Também se constatou que, por meio de Programas de GSP, é possível melhorar o cenário das enfermidades no país ampliando o conhecimento, tanto de pacientes quanto de profissionais da área, sobre saúde e bem-estar.

Para se ter uma ideia do impacto, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS-2020), doenças crônicas não transmissíveis constituem sete das 10 principais causas de morte no mundo. Já no Brasil, segundo o IBGE-2020, 52% das pessoas de 18 anos ou mais informaram ter recebido diagnóstico de pelo menos uma doença crônica em 2019, e o Ministério da Saúde apontou 54,7% dos óbitos registrados no país como decorrentes dessas enfermidades crônicas no mesmo ano.

"Essa gestão do cuidado dos pacientes crônicos não é algo novo dentro da TopMed. Nossa expertise em cuidar desses grupos de usuários já têm 15 anos. Com metodologia centrada no indivíduo, um conjunto de soluções digitais integradas e um time multidisciplinar de saúde, conseguimos ter resultados clínicos importantes e com satisfação alta dos nossos usuários", diz a médica Cristina Broilo, Head de Telemedicina e Saúde Digital da TopMed.

Números: Entre os principais resultados clínicos alcançados com o Programa, a TopMed registrou uma queda de 10% no consumo semanal de bebidas alcoólicas e um aumento de 32% na prática de atividade física de 150 minutos/semana, no mínimo.

Os resultados demonstram ainda que 40,2% dessa população monitorada tiveram redução do peso corporal e que 7,9% dos tabagistas abandonaram o hábito de fumar. Isso representou, junto com os demais resultados, 94,1% dos monitorados com pelo menos uma mudança de estilo de vida relacionada aos fatores de risco, após iniciarem a participação no Programa.

"O projeto enfatiza o impacto transformador do uso da tecnologia nos cuidados da saúde, reduzindo complicações em doenças crônicas e incentivando o autoconhecimento e autocuidado. Com acompanhamento continuado, interdisciplinar e através de diferentes canais, visa engajar e capacitar os indivíduos permitindo que assumam um controle mais amplo sobre sua saúde e bem-estar, reduzindo despesas médicas e promovendo um futuro mais saudável e financeiramente viável, conforme destacado por Valda Stange, CEO da TopMed

Monitorados: O perfil dos pacientes foi composto por 21% de pessoas do sexo feminino e 79% do masculino. Hipertensão arterial, obesidade e diabetes foram as patologias crônicas mais prevalentes. Contudo, o Programa de Gerenciamento de Doenças Crônicas abrange outras linhas de cuidado como saúde emocional, doenças respiratórias crônicas, problemas cardiovasculares, doenças oncológicas, entre outras.

Diferenciais: Segundo Cristina Broilo, a TopMed dispõe de uma rede de canais de acesso que incluem telefonia 0800, gratuita e sem limites para todos usuários participantes, webchat, chatbot, SMS e WhatsApp, todos integrados, para facilitar a comunicação e o engajamento do paciente.

A médica conta que a entrada no programa se dá por um screening de saúde com reavaliação semestral - o que possibilita analisar os resultados de comportamento desses monitorados. Além disso o programa utiliza metodologia que permite que o atendimento seja individualizado, estabelecendo, junto com o paciente, metas de acordo com seu estágio de mudanças.

TopMed: Com sede em Florianópolis, a TopMed é a maior do setor na região Sul e figura entre os cinco principais players brasileiros do seu mercado. Com o objetivo de melhorar a saúde no país, oferece mais de 20 soluções em saúde digital, todas desenvolvidas com foco na experiência do paciente e em fazer a diferença nas organizações e municípios que as utilizam.

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CORREIO DA MANHÃ

Hospitais registram atraso bilionário de planos de saúde


A crise que atinge os planos de saúde entrou em uma fase mais aguda e já se reflete nos hospitais, que começam a relatar preocupação com atrasos de pagamento e riscos sobre todo o sistema suplementar. Levantamento realizado pela Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados) na semana passada com 48 instituições apontou valores a receber em torno de R$ 2,3 bilhões.

São recursos devidos por atendimentos prestados entre janeiro e julho a pacientes em emergência ou em procedimentos autorizados pelas operadoras, mas os hospitais estão com dificuldade de efetuar a cobrança por obstáculos criados pelas próprias operadoras, segundo a Anahp. Antônio Britto, diretor-executivo da entidade, afirma que o volume representa 16% do faturamento das instituições no período. A estimativa é que os números sejam muito maiores se consideradas as mais de 120 instituições associadas à Anahp, que reúne nomes como Hcor, Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Nove de Julho, Sírio-Libanês e Copa D'Or e tem quase 25% de participação em despesas assistenciais na saúde suplementar.

"Estamos diante de uma crise que não é só de um segmento do setor de saúde. É do sistema. E essa crise não vai se resolver com um segmento tentando ajustar seus problemas às custas do outro. Precisamos de um grande diálogo setorial com a ANS [Agência Nacional de Saúde Suplementar]", afirma Britto. O diretor da Anahp sugere que seja feita uma negociação de prazos e entendimentos comerciais para evitar burocracias que dificultam o andamento das cobranças pelos serviços prestados. Segundo ele, um dos obstáculos impostos por operadoras é a restrição de datas para a apresentação das contas.

Além do atraso no processo de faturamento, a entidade relata outro problema. Mesmo depois que os hospitais conseguem apresentar as faturas às operadoras, elas podem glosar as contas apresentadas. A glosa é uma prática comum no setor e ocorre quando as operadoras fazem algum questionamento ou pedem mais detalhes sobre as cobranças. Conforme os dados dos hospitais da Anahp, a parcela de faturas glosadas costuma girar em torno de 3,5% da receita bruta, mas neste ano subiu para 9%, chegando a R$ 1,29 bilhão nas 48 instituições consultadas.

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Assessoria de Comunicação