Postado em: 19/02/2021

CLIPPING AHPACEG 19/02/21

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

 

 

Covid-19: Goiás registra 2,3 mil novos casos e 60 mortes em 24 horas

AGM pede inclusão de prefeitos e vices na campanha de vacinação em Goiás

Rogério Cruz vai discutir com setor produtivo novas ações contra a covid-19

Brasil chega a 10 milhões de casos de covid-19

Federação Goiana dos Municípios acredita que recomendações sanitárias terão grande adesão

Técnica de enfermagem grávida morre de Covid-19, em Goiânia; marido está em UTI

Justiça determina que plano de saúde forneça medicação à base de canabidiol para criança de 2 anos com epilepsia, em Goiânia

Filho de idoso filma quando técnica em enfermagem não injeta líquido da vacina contra Covid-19: ‘Não aplicou nada’

'No Brasil, situação é catastrófica', afirma epidemiologista sobre circulação de variantes e falta de vacinas

Mutação sul-africana ameaça anticorpos da vacina da Pfizer

Cremego recomenda a imediata interrupção de novos vestibulares e do funcionamento do curso de medicina da UEG em Itumbiara

 

A REDAÇÃO

 

Covid-19: Goiás registra 2,3 mil novos casos e 60 mortes em 24 horas

Goiânia - Goiás registrou 2.316 novos casos da covid-19 e 60 mortes pela doença nas últimas 24 horas, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) divulgado na tarde desta quarta-feira (18/2). Com as atualizações, o Estado chega a 377.861 casos e 8.193 óbitos confirmados.

Há em Goiás, também segundo a SES-GO, o registro de 362.762 pessoas recuperadas e 320.540 casos suspeitos em investigação, enquanto 225.879 já foram descartados. 

Além dos 8.193 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, o que significa uma taxa de letalidade de 2,17%, há 180 óbitos suspeitos que estão em investigação.

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AGM pede inclusão de prefeitos e vices na campanha de vacinação em Goiás

Goiânia - Por meio de um ofício enviado nesta quinta-feira (18/2), a Associação Goiana de Municípios (AGM) solicitou ao governo do Estado que prefeitos, vice-prefeitos e secretários de cidades goianas seja incluídos no plano estadual de vacinação contra a covid-19. A Associação argumentou que os gestores estão “na linha de frente, administrando seus municípios e pastas que não podem parar, portanto lidando com a comunidade a todo momento, ficando sujeitos a contrair a infecção”.

A AGM também destacou o caso do prefeito Maguito Maguito Vilela, que morreu após meses em tratamento contra complicações provocadas pela covid-19. Citou ainda outros casos de prefeitos e auxiliares que já tiveram a doença, como Adib Elias (Podemos), prefeito de Catalão, que ficou dias intubado na UTI.

Um ofício assinado por Paulo Sérgio de Rezende, presidente da AGM, também foi enviado à Confederação Nacional de Municípios (CNM). A ideia é que a entidade busque junto ao Ministério da Saúde a inclusão dos agentes públicos na campanha nacional de vacinação contra a covid.

Posicionamento

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que não existe a possibilidade de incluir os gestores municipais entre os grupos prioritários da vacinação. "A escolha dos grupos de risco não tem a ver com cargos ou nível da autoridade requerente", disse. 

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Rogério Cruz vai discutir com setor produtivo novas ações contra a covid-19

Goiânia - Medidas de combate à pandemia da covid-19 em Goiânia serão pauta de reunião entre o prefeito da capital, Rogério Cruz, e representantes do setor produtivo. O encontro está marcado para às 8h desta sexta-feira (19/2). Em reunião extraordinária realizada na manhã de hoje (17), o Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) recomendou que o município siga as ações propostas pelo governo do Estado em nota técnica publicada no último dia 16. 

A prefeitura destacou que Goiânia já tem adotado restrições mais duras que a maioria dos municípios, como o fechamento de distribuidoras de bebidas às 22 horas, bares e restaurantes às 23 horas e limitação do funcionamento de academias e quadras esportivas a apenas 30% da capacidade. O município também abriu este ano 46 novos leitos de UTI para atender pacientes de covid-19, o que representa um aumento de 28% na capacidade de atendimento.

"Todo este esforço tem resultado numa estabilidade na taxa de ocupação das UTIs Covid, que hoje está em 67%. Isto tem permitido a Goiânia atender também pacientes de outros municípios, que representam 36,5% das internações em leitos exclusivos para covid-19 neste ano", completou a gestão municipal.

Situação crítica

De acordo com mapeamento divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO), Goiânia encontra-se, nesta semana, em situação crítica quando o assunto é o avanço da covid-19. É o estágio mediano, já que a primeira fase é a situação de alerta e a terceira, a mais crítica, é definida como situação de calamidade. 

Regiões em situação crítica, como o caso da capital, devem adotar medidas severas, como o funcionamento de atividades de instituições religiosas, bares e restaurantes com lotação máxima de 30% da capacidade total. Outras atividades, de médio risco, poderão funcionar com até 50% da capacidade. Empresas e escritórios devem atuar prioritariamente em trabalho remoto e transporte público deve ter lotação máxima limitada ao quantitativo de passageiros sentados.

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O ESTADO DE S.PAULO

Brasil chega a 10 milhões de casos de covid-19

Paula Felix

Foram oito meses para chegar a 5 milhões e metade para dobrar o total de infectados

Às vésperas de completar um ano do primeiro caso de covid-19, o Brasil atingiu ontem a marca de 10 milhões de infectados pelo vírus - o número estava, ontem à noite, em 10.028.644 casos. A velocidade de propagação da doença seguiu a linha do crescimento anunciada pelos pesquisadores: foram oito meses para atingir 5 milhões de casos e quase metade desse tempo para que o número dobrasse.

Mesmo com a esperança da vacina, especialistas ouvidos pelo Estadão avaliam que o País ainda terá desafios antes de ver diminuírem os casos. O Brasil é o terceiro país a atingir a marca, atrás de EUA e índia.

O primeiro milhão de infectados foi alcançado em junho do ano passado. Ás informações sobre a importância do uso de máscaras, distanciamento social e medidas de higiene, como lavar as mãos ou usar álcool em gel, já tinham sido amplamente divulgadas, mas o que se viu foi uma escalada de casos, que se refletiram em um número alto de mortes.

"Seria tudo diferente. Mas a gente vem, desde o começo, seguindo uma série de desobediências e isso acaba nos levando ao que estamos vivendo hoje. Quanto mais a gente vê pessoas falando que têm o direito de circular e não usar máscara, temos, em termos de biologia, a formação de novas mutações. Com essas variantes, a gente vai sendo pego por algo que não estava programado", avalia Benilton de Sá Carvalho, coordenador da frente de epidemiologia da Unicamp contra a covid-19.

Ele observa que, no ano passado, "quando se começou a fazer quarentena era pela pos sibilidade de achatar a curva e manter estabilidade genética no vírus para que ele não tivesse mudanças bruscas demais. As pessoas cansaram da pandemia, mas ela não se cansou da gente".

'Exponencial'. Carvalho diz que tentar estimar como a propagação da doença vai caminhar no Brasil não é tarefa impossível, mas desafiadora. "No nosso caso, é mais complicado (estimar) pela dificuldade de acesso à informação, seja de vigilância, como os dias de sintomas, seja pelas informações de testagem e vacinação, todas as variáveis são importantes para mensurar". E faz mais um alerta: "A briga pelo auxílio emergencial é outra questão. A ausência vai fazer com que as pessoas circulem mais, trazendo novas variantes".

Vacinação. Outro ponto preocupante, segundo ele, é a imunização da população, que tem sido feita com lentidão por causa da escassez de doses e da postura negacionista do governo com relação a eficácia do imunizante. Toda a política do Ministério da Saúde - sob orientação do presidente Jair Bolsonaro foi calcada na defesa de remédios sem eficácia. O Exército produziu 3,2 milhões de comprimidos de cloroquina e o governo ainda recebeu 3 milhões de comprimidos de hidroxicloroquina dos EUA. Os testes de covid, essenciais para o controle do vírus, também foram desprezados pelo governo - há cinco milhões de exames encalhados.

"Por causa da baixa velocidade da vacinação, agente não deve ver esses efeitos tão cedo ou tão rápido quanto Israel. Temos cerca de 3% das pessoas vacinadas no Brasil", alerta. E lembra que "até o 2 0 semestre, vamos passar pelo inverno". O total de casos respiratórios, não só covid, aumenta em maio ou junho por padrão".

Em Israel, mais de 40% dos 9 milhões de habitantes já receberam a vacina. Quase dois meses após o início da campanha, os resultados já aparecem e, ante janeiro, a queda de pacientes em estado grave é de 38%. Nos Estados Unidos, após grande subida, o total de novos casos teve queda de 39% nas duas últimas semanas, puxada pela vacinação. A índia também tem apresentado tendência decrescente de contágio.

No Brasil, "a vacinação está lenta porque a demanda é alta e não temos doses suficientes. A gente recebeu oferta de 70 milhões de doses da Pfizer, que foi deixada passar", diz Carvalho.

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PARA ENTENDER

Quase 1 ano de pandemia

25 de fevereiro Primeiro caso

Paciente que retomou da Itália tem diagnóstico confirmado.

16 de março Primeira morte

Homem de 62 anos é a primeira vítima da doença.

7 de outubro

5 milhões de casos

Marca é atingida com média de registros em queda.

7 de janeiro 200 mil mortes

Ano começa com nova alta de casos e mortes.

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Estados pedem verba para manter leitos de UTI

Sem falar em valores, os secretários estaduais de Fazenda enviaram carta aos Ministérios da Saúde e da Economia pedindo recursos para a manutenção de leitos de UTI nos Estados. Integrantes do Comitê Nacional de Secretários da Fazenda, eles reclamam da redução do custeio de leitos pelo ministério. "Na primeira onda foi possível mobilizar estruturas para atender a demanda da pandemia", dizem, mas a partir da segunda "essa estratégia não é viável". O pedido inclui um novo incremento ao teto de média e alta complexidade para custeio livre da rede de atenção e vigilância

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RÁDIO CBN GOIÂNIA

Federação Goiana dos Municípios acredita que recomendações sanitárias terão grande adesão

Os municípios goianos devem aderir de forma mais ampla às recomendações do governo de Goiás para conter o avanço da Covid-19.  Em entrevista à CBN Goiânia nesta quarta-feira, o presidente da Federação Goiana dos Municípios, José de Sousa Cunha, declarou que dessa vez as orientações elaboradas devem ter maior adesão dos prefeitos que outras já implantadas no passado por meio de decretos.

https://www.cbngoiania.com.br/programas/cbn-goiania/cbn-goi%C3%A2nia-1.213644/federa%C3%A7%C3%A3o-goiana-dos-munic%C3%ADpios-acredita-que-recomenda%C3%A7%C3%B5es-sanit%C3%A1rias-ter%C3%A3o-grande-ades%C3%A3o-1.2199788

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PORTAL G1

Técnica de enfermagem grávida morre de Covid-19, em Goiânia; marido está em UTI

Tammy Ferreira, de 33 anos, estava no 7º mês de gestação. Marido dela, o cantor André Junio está entubado e tem estado gravíssimo, segundo banda.

A técnica em enfermagem Tammy Ferreira, de 33 anos, morreu por causa da Covid-19 na quarta-feira (17), em Goiânia. Ela estava grávida de sete meses e trabalhava no Hospital de Queimaduras da capital. Também com coronavírus, o marido dela, cantor André Junio, está entubado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O casal foi internado junto no último dia 8 de fevereiro, no Hospital Santa Maria, na capital. Segundo a banda Leave, a qual André é vocalista, Tammy foi atendida por uma "médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos se empenharam ao máximo na tentativa de reversão do quadro de dela". A equipe tentou ainda salvar a vida do bebê, realizando uma cesariana, mas ele também não resistiu.

Ainda sem saber da morte da esposa, nesta quinta-feira (18), André foi entubado e evoluiu para estado de saúde gravíssimo, segundo a banda. Conforme o comunicado, ele tem pressão arterial baixa e instável e faz uso de drogas para manter os sinais vitais.

"Acreditamos na plena recuperação deste espetacular profissional. Todos da banda e admiradores estamos com pensamentos positivos e, acima de tudo, com muita fé que em breve ele irá se recuperar", escreveram no perfil da banda.

De acordo com a administração da unidade de saúde onde Tammy trabalhava, a técnica em enfermagem tinha sido afastada do trabalho logo que foi diagnosticada com coronavírus. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-GO) lamentou a morte da profissional por meio de uma postagem em uma rede social.

‘Nossas condolências à família e amigos. A categoria está de luto pela perda desta profissional’, escreveu o Coren-GO.

A administração do Hospital de Queimaduras de Goiânia informou ainda que, por a gravidez ser um fator de risco para a Covid-19, Tammy estava afastada do trabalho com pacientes e atuava na área administrativa do hospital. A gerência afirma que todas as medidas de segurança necessárias para evitar a contaminação são tomadas.

O G1 entrou em contato com o Coren-GO, por e-mail enviado às 12h18, a fim de saber se remanejar funcionários que pertencem a grupos de risco para áreas administrativas está de acordo com as normas de prevenção e aguarda retorno.

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Justiça determina que plano de saúde forneça medicação à base de canabidiol para criança de 2 anos com epilepsia, em Goiânia

Segundo desembargador, remédio foi indicado por médico depois de a paciente fazer o uso de vários antiepiléticos, os quais não evitaram que ela tivesse convulsões diariamente. Cabe recurso da decisão.

O Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinou, em segunda instância, que o plano de saúde Unimed forneça medicação à base de canabidiol, substância derivada da maconha, para uma criança de 2 anos que tem paralisia cerebral e epilepsia refratária, em Goiânia. Segundo a sentença, o produto pode evitar que ela tenha convulsões diárias. Cabe recurso da decisão.

Em nota enviada o G1, a Unimed Goiânia afirma ter, “por princípio, o cumprimento de decisões judiciais, não comentando casos específicos, principalmente quando envolvem menores”.

A instituição defende ainda que, em relação ao fornecimento de medicação à base de canabidiol “em que pese decisão contrária do tribunal local, a tese em discussão se encontra pacificada perante o Superior Tribunal de Justiça, através de demanda repetitiva: as operadoras de plano de saúde não estão obrigadas a fornecer medicamento não registrado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)."

No entanto, conforme a decisão da última segunda-feira (15), embora o medicamento não tenha registro na Anvisa, desde maio de 2015 a agência passou a autorizar, em caráter de excepcionalidade, a importação de remédios que contenham o princípio ativo do canabidiol para atendimento de pessoas que tiveram a indicação do produto por um médico.

Em nota enviada ao G1, a Anvisa esclarece que, além da resolução de 2015, a agência aprovou, em 3 de dezembro de 2019, a regulamentação de produtos derivados de cannabis, que recebem este nome por não serem considerados ainda medicamentos.

"Dessa forma, temos hoje a possibilidade de ter produto autorizado pela Anvisa, que pode ser comercializado em farmácias, e produto importado somente para uso pessoal", informa a agência.

Crises diárias de epilepsia

A decisão foi tomada pelos integrantes da Primeira Turma Julgadora da 3ª Câmara Cível. Consta no documento que a criança já fez o uso de três medicamentos antiepiléticos em doses elevadas e vários outros remédios em doses apropriadas, mas, mesmo assim, continuou a apresentar crises epiléticas diárias. Por isso, foi indicado pelo médico o uso de medicação à base de canabidiol.

Relator da decisão, o desembargador Gilberto Marques Filho afirma ainda que existe uma série de estudos científicos que constatam o efeito antiepilético do canabidiol em casos de pacientes portadores de epilepsia refratária. Ele também cita no documento que o Conselho Federal de Medicina provou, em 2014, o uso compassivo do composto para tratamento de epilepsia de criança e adolescente, desde que outros medicamentos convencionais tenham sido ineficazes.

“Restou devidamente demonstrada pelas teses relevantes deduzidas pela agravante, bem como pela documentação acostada, que evidenciam a necessidade de dispensação do medicamento em comento, a fim de resguardar a vida, a saúde e a dignidade da criança”, afirma o desembargador.

Na sentença não consta qual a dosagem diária da medicação que a criança terá de consumir.

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Filho de idoso filma quando técnica em enfermagem não injeta líquido da vacina contra Covid-19: ‘Não aplicou nada’

Gravação mostra momento em que profissional enfia agulha no braço do aposentado, de 84 anos, mas parece não injetar a dose. Secretaria de Saúde de Goiânia investiga o caso.

Por Millena Barbosa e Rachel de Araújo, G1 GO e TV Anhanguera

O filho do aposentado Osvaldo de Almeida Peres, de 84 anos, denuncia que o pai não recebeu a dose da vacina contra a Covid-19 na primeira aplicação, na manhã desta quinta-feira (18), em Goiânia. Segundo ele, a profissional enfiou a agulha no braço do idoso, mas não injetou o líquido. O momento foi filmado por Leonardo Lopes Peres, de 45 anos (veja acima). A Secretaria Municipal de Saúde investiga o caso.

De acordo com Leonardo, o pai só foi devidamente imunizado após ele perceber que o líquido na seringa não havia sido aplicado e questionar a profissional, durante a vacinação no Setor Universitário. No vídeo é possível escutar que, ao ser acusada de não aplicar o imunizante, a profissional admite que o líquido não foi injetado e pede desculpas.

"Até passarmos pela triagem estava tudo certo. Quando ela veio com a seringa, eu comecei a filmar e vi que ela só enfiou a agulha no braço do meu pai e tirou sem injetar nada. Na hora, eu vi o líquido na seringa e falei para ela que ela não tinha vacinado meu pai", disse.

Leonardo conta que decidiu gravar o vídeo para poder compartilhar com a família o momento que o pai fosse imunizado. Segundo o filho do aposentado, apesar de ter acompanhado o caso da idosa de 88 anos que não recebeu a dose do imunizante na primeira tentativa de aplicação, ele ficou bastante surpreso de a situação ter se repetido com o pai.

"Eu até parei de gravar na hora de tanto que fiquei nervoso. Quando eu vi que ela não aplicou, minha reação foi repreendê-la no mesmo momento. Não imaginava que isso poderia acontecer com a gente", contou.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Goiânia informou, às 12h06, que "a técnica de enfermagem que aplicou a dose é servidora da Associação dos Funcionários do Fisco do Estado de Goiás (Affego-Saúde), instituição parceira na Campanha de Vacinação Contra a Covid-19." Disse ainda que "a SMS e a Affego estão investigando o episódio para tomar as medidas cabíveis."

O G1 entrou em contato com a Affego-Saúde, por e-mail enviado às 12h36 desta quinta-feira, e aguarda um posicionamento da instituição sobre o ocorrido.

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O GLOBO

'No Brasil, situação é catastrófica', afirma epidemiologista sobre circulação de variantes e falta de vacinas

RIO A descoberta da variante P1 do coronavírus, que pode torná-lo mais infeccioso, deu-se em um cenário sem vigilância genômica, alerta a epidemiologista Ethel Maciel. Para a professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), não houve acompanhamento laboratorial da circulação das variantes do Sars-Cov-2 - nem qualquer medida sanitária básica por parte das autoridades do Brasil.

Em alguns estados, já há transmissão comunitária da cepa, ou seja, casos de contágio sem relação com pessoas que estiveram em território amazônico ou em contato com pessoas que estiveram no Amazonas. O risco das novas variantes para as vacinas ocorre em função de mutações na proteína S do coronavírus, usada como referencial no desenvolvimento da maior parte das vacinas contra a Covid-19. Algumas podem provocar o chamado escape vacinal, quando imunizantes perdem sua especificidade contra esta proteína e deixam de neutralizar o vírus.

A disseminação da P1 pelo país no momento em que faltam imunizantes e estratégias efetivas configuram uma "situação catastrófica", na avaliação da especialista. Para Maciel, países como o Reino Unido, Canadá e Estados Unidos estão mais preocupados com a variante do Amazonas do que o próprio governo do Brasil.

Já há escassez de vacinas no Brasil. As variantes são a próxima ameaça à imunização dos brasileiros?

Temos que ampliar e acelerar o sequenciamento genômico das cepas que estão circulando para que possamos entender o impacto delas inclusive na eficácia das vacinas. Não vi nenhuma vez o governo manifestar preocupação com variante. Já vi o primeiro-ministro do Reino Unido (Boris Johnson) e do Canadá (Justin Trudeau) falando da variante, o (presidente dos Estados Unidos) Joe Biden. Os outros países está mais preocupados com o que está acontecendo aqui do que nós.

A nova cepa se espalhou por vários estados. O que deixamos de fazer?

Não temos controle de variantes na Amazônia, não fizemos cerco sanitário, não fechamos aeroporto, não fizemos controle de entrada e saída. São coisas básicas. De que adianta termos dados de onde as pessoas estão ficando doentes, os exames, quais as variantes, e eles não serem usados para estratégia nenhuma? Os dados não estão servindo para nada. No Brasil, a situação é catastrófica.

Com mais de 240 mil mortes, por que o país ainda comete erros no combate à pandemia e na vacinação?

Falta competência técnica no Ministério da Saúde. Temos técnicos excelentes no Plano Nacional de Imunizações, mas quem está acima deles não tem. Não sabiam sequer que o SUS existia (o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse em outubro que não conhecia o Sistema Único de Saúde antes de assumir o cargo). É preciso olhar o país a partir de suas desigualdades, desigualmente. Como aqueles que estão em uma situação epidemiológica pior, em especial nos estados do Norte, onde estamos com uma prevalência das variantes circulando.

Como a região Norte poderia ter suas particularidades atendidas?

Há populações cujo acesso é mais difícil. Todas as vacinas da AstraZeneca precisavam ter ido para o Norte. O intervalo entre a primeira e a segunda dose dela é de três meses. Em algumas comunidades, o profissional de saúde demora 15 dias para chegar. No caso de uma vacina de 28 dias, depois de retornar à base, já tem que voltar de novo.

Estados e municípios também têm sua parcela de responsabilidade na escassez atual?

Estamos acompanhando o exemplo de Israel, que começou a observar uma mudança na curva deles quando tinham 70% da população de 70 anos vacinada. Temos que mirar no grupo vulnerável. O problema é que ficou tudo solto no Brasil. Não é que os estados e municípios fizeram errado, as pessoas vacinadas estavam na prioridade, mas era preciso entender que naquele cenário era preciso pensar aqueles que estavam mais vulneráveis entre os vulneráveis.

O que deveria ter sido ajustado na prevalência de determinados grupos na fase prioritária?

Deveríamos ter seguido a recomendação da OMS de que os planos de imunização se baseassem em dois princípios fundamentais: priorizar as pessoas com mais chance de morrer e com mais chances de se infectarem, ou seja, idosos e os profissionais de saúde, respectivamente. O primeiro grupo pela maior chance de morrer e o segundo, por atuarem em ambientes com grande chance de contágio. Mas são todos os profissionais de saúde? Será que esse determinado profissional está em uma unidade de saúde? Essa é a informação que ficou faltando. Foram vacinados veterinários, professores de educação física, de academia, que são da área da saúde, mas não estão na linha de frente da Covid-19.

É possível corrigir o rumo?

Precisamos tentar. Infelizmente, nosso país não se preparou. Em um cenário de escassez, as decisões precisam ser diferentes. Todos os profissionais de saúde receberão a vacina, mas precisamos priorizar os que estão na linha de frente da Covid-19. Os outros podem esperar um pouco mais. E precisamos vacinar nossos idosos. É ali que vamos ter um impacto importante na curva de óbitos.

Mas como vacinar sem doses disponíveis?

O governo apostou todas as fichas dele em uma única vacina, com o acordo com AstraZeneca/Oxford. Felizmente os estudos clínicos deram certo, mas poderia não ter dado. E para nossa sorte o Instituto Butantan, que já produz a maior parte dos imunizantes do PNI, logo no início da pandemia buscou um parceiro que fazia vacinas na mesma tecnologia, a de vírus inativado, Felizmente houve esse acordo e a vacina também se mostrou segura e eficaz.Se não desse certo, teríamos hoje no Brasil 2 milhões de doses (importadas do Instituto Serum, da Índia) para 220 milhões de pessoas.

Acompanhamos a recusa de negociar com a Johnson & Johnson e empresas que inclusive procuraram o governo brasileiro e não conseguiram fechar um acordo. Isso tudo nos colocou nesse cenário de escassez. Se tivéssemos as 70 milhões de doses (da Pfizer) entregues em dezembro, nossa vida seria outra.

A essa altura, não deveríamos ter garantido mais vacinas?

Estamos acompanhando o avanço as vacinas da própria Johnson & Johnson e da Moderna, e o governo também não foi atrás das companhias. Mesmo agora, com a escassez, não temos novas negociações do governo, que parece estar feliz com essa situação. Esse acordo de transferência de tecnologia com a AstraZeneca é um ótimo acordo, mas no médio prazo. No curto prazo, o governo teria que ter feito combinações. Não tivemos esse planejamento.

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FOLHA DE S.PAULO

Mutação sul-africana ameaça anticorpos da vacina da Pfizer

Estudo sugere que a variante sul-africana do coronavírus pode reduzir em dois terços os anticorpos protetores acionados pela vacina da Pfizer-BioNTech, e não está claro se o imunizante será eficaz contra essa mutação, informaram as duas empresas na quarta-feira (17).

O estudo apontou que a vacina ainda era capaz de neutralizar o vírus, e os testes em humanos ainda nâo produziram evidências de que a variante reduza a proteção vacinai, segundo as empresas.

Pfizer e BioNTech afirmam que estão investigando e em contato órgãos reguladores sobre o desenvolvimento de uma versão atualizada de sua vacina baseada em um reforço, se necessário.

Para o estudo, cientistas dos laboratórios e da University of Texas Medicai Branch (UTMB) desenvolveram e manipularam vírus que continham as mesmas mutações encontradas nas espículas da variante do coronavírus altamente contagiosa descoberta na África do Sul, conhecida como B.1.351.A espícula, o gancho usado pelo viras para entrar nas células humanas, é o alvo principal de muitas vacinas para Covid.

Pesquisadores testaram o vírus manipulado no sangue tirado de pessoas que tinham recebido a vacina e encontraram redução de dois terços no nível de anticorpos neutralizantes comparados com seu efeito na versão mais comum do vírus prevalente nos EUA. As conclusões foram publicadas na revista New England Journal of Medicine (NEJM).

Como não há um parâmetro definido para determinar qual nível de anticorpos é necessário para proteger contra o vírus, não está claro se essa redução de dois terços tornará a vacina ineficaz.

Mas o professor da UTMB Pei-Yong Shi, coautor do estudo, acredita q ue a vacina da Pfizer dará proteção contra a variante. "Não sabemos qual é o número mínimo neutralizante. Não temos essa linha de corte", disse ele, argumentando q ue a reação imune observada provavelmente esteja muito acima da necessária para oferecer proteção.

Isso porque em testes clínicos a vacina da Pfizer-BioNTech e a da Moderna conferiram certa proteção após uma única dose, com resposta de anticorpos menor que os níveis reduzidos causados pela variante sul-africana no estudo em laboratório.

Mesmo que essa temida variante reduza a eficácia, a vacina ainda deve ajudar a proteger contra doença grave e morte. Especialistas em saúde disseram que esse é o fator mais importante para que os sistemas de saúde sobrecarregados não entrem em colapso.

Pfizer e BioNTech disseram que estão fazendo trabalho de laboratório semelhante para entender se a vacina é eficaz contra a variante do Brasil.

A Moderna publicou carta no NEJM na quarta com dados semelhantes, que mostram queda de seis vezes no nível de anticorpos contra a variante sul-africana. E disse que a eficácia de sua vacina contra a variante sul-africana não foi determinada.

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CREMEGO

Cremego recomenda a imediata interrupção de novos vestibulares e do funcionamento do curso de medicina da UEG em Itumbiara

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) está recomendando a imediata interrupção das atividades do curso de medicina da Universidade Estadual de Goiás (UEG) – Polo Itumbiara e a suspensão de novos vestibulares para o curso, inclusive o que se encontra com inscrições abertas até 23 de fevereiro e previsão de prova para 11 de abril.

A recomendação acontece após uma série de reuniões com representantes do Governo, da Universidade, professores e alunos e uma visita institucional realizada ao campus pelo Cremego, em novembro de 2020, que constatou a falta de condições de funcionamento do curso.

Durante a visita, o presidente do Cremego, Paulo Vencio, e o diretor Científico, Waldemar Naves do Amaral, verificaram a precariedade da estrutura física do curso de medicina do campus da UEG em Itumbiara, que não conta sequer com laboratórios de análises clínicas. O laboratório de anatomia conta apenas com um “boneco” para as aulas.

Eles também observaram que, no final de 2020, em seu segundo ano de funcionamento, o curso não tinha cumprido nem 30% da grade do ensino básico. O número de professores também está muito aquém do necessário: a faculdade precisa de 45 a 50 docentes médicos para a manutenção do curso, mas a UEG conta com apenas 5 professores médicos.

AÇÕES DO CREMEGO

O Cremego já encaminhou denúncia à reitoria da Universidade Estadual de Goiás, ao governador Ronaldo Caiado e ao Conselho Estadual de Educação. O Conselho também deve ajuizar uma ação com o objetivo de suspender o vestibular em andamento.

O curso de medicina da UEG – Polo Itumbiara teve início em 2019, oferecendo 24 vagas. Atualmente, a primeira turma conta com 18 alunos e a segunda turma conta com 27 alunos.

PARA O FUNCIONAMENTO DO CURSO O CREMEGO SUGERE MEDIDAS, COMO:

Construção ou melhor estruturação de laboratórios de anatomia, patologia, pesquisa, habilidades clínicas e simulação avançada;

Concretização de parceria entre a universidade e o IML da cidade para a obtenção de mais peças anatômicas;

Contratação de mais profissionais para o curso: técnicos ou especialistas para o laboratório de anatomia e professores especialistas;

Revisão do plano pedagógico da instituição visando o melhor aproveitamento pelos alunos;

Oficialização do Hospital São Marcos como hospital-escola.

EM DEFESA DA QUALIDADE DO ENSINO

A visita institucional à faculdade de Medicina da UEG em Itumbiara faz parte das ações do Cremego com foco na qualidade da formação médica nas 16 instituições de ensino de Goiás.

As vistorias serão estendidas a todas as instituições e tiveram início pela UEG, pois além de ter recebido uma denúncia sobre a precariedade do curso, o Cremego ainda entende que por ser uma instituição estadual, a faculdade deve ser um exemplo para as demais ao lado da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás.

O Cremego tem todo interesse na boa formação do médico e trabalha neste sentido, inclusive para proteger a população que pode acabar pagando um alto custo por deficiências na capacitação dos futuros médicos.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação