Postado em: 10/06/2020

CLIPPING AHPACEG 10/06/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

 

ANS restabelece prazos máximos de atendimento da RN nº 259

Casos de coronavírus em Goiás

Covid-19 paralisa Rio Verde

Maternidade Dona Iris suspende atendimento após confirmação de Covid-19 na unidade

ANS autoriza retomada de cirurgias eletivas no país

Mesmo sem sintomas, infectados também transmitem a Covid-19

Claro diz vender telemedicina do Einstein, mas hospital nega acordo

Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil

STF determina divulgação diária de dados sobre a covid-19

Brasil registra 1.185 mortes nesta terça; total passa de 38 mil

Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 501 casos em 24 horas

“Seria irresponsável dar datas de reabertura quando a doença é tão dinâmica”, diz secretário de Desenvolvimento

Taxa de ocupação de UTI em hospitais para tratar Covid-19 cai de 95% para 90%, em Goiânia

Nota de Repúdio - Fehoesg repudia calote de gestores da saúde em Goiânia e Aparecida de Goiânia

Dois empresários são presos suspeitos de vender cateteres usados para hospitais em Goiás e outros estados

 

 

 

TV ANHANGUERA/GO

Casos de coronavírus em Goiás

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76340836

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Covid-19 paralisa Rio Verde

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76341322

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Maternidade Dona Iris suspende atendimento após confirmação de Covid-19 na unidade

http://linearclipping.com.br/cfm/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=76351495

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ANS

 

ANS restabelece prazos máximos de atendimento da RN nº 259

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu restabelecer os prazos máximos que devem ser cumpridos pelas operadoras para atendimento aos beneficiários de planos de saúde. A decisão ocorreu nesta terça-feira (09/06) em reunião ordinária realizada pela Diretoria Colegiada. Com isso, devem ser retomados a partir de amanhã os prazos estabelecidos pela Resolução Normativa nº 259, os quais haviam sido flexibilizados em 25/03 devido à pandemia de Coronavírus.

A decisão pelo fim da prorrogação foi fundamentada em diversos elementos, dentre os quais a Nota Técnica nº 6, da Anvisa, atualizada em 29/05, que contém orientações sobre a retomada de cirurgias eletivas; e documentos e informações encaminhados à ANS por diversas sociedades médicas e representações de prestadores de serviços, que asseguram que os estabelecimentos de saúde estão organizados e têm condições adequadas de atender à demanda por procedimentos e cirurgias eletivas (não considerados urgentes), sem prejudicar o atendimento aos casos de Covid-19. Também foram consideradas as manifestações feitas por representantes de todo o setor, reunidos no dia 3/6 em reunião extraordinária da Câmara de Saúde Suplementar (CAMSS), em que houve consenso quanto à pertinência e possibilidade da retomada dos prazos da RN nº 259.

"A ANS fez uma análise bastante criteriosa para embasar a sua tomada de decisão, realizando uma avaliação conjunta de todas as informações e manifestações expressas pelas autoridades de saúde e pelo setor regulado", explica o diretor-presidente substituto, Rogério Scarabel. "Somente após considerar todos esses elementos e pensando fundamentalmente na saúde e na segurança dos pacientes, recomendamos a retomada dos prazos regulares de atendimento", completa. O diretor destacou que a ANS seguirá monitorando os prazos de atendimento e estará atenta para agir pontualmente caso seja necessário.

Na Nota Técnica em que discorre sobre a retomada dos prazos, a ANS ressalta, contudo, que a decisão sobre a realização dos procedimentos deve sempre ser feita conforme indicação do profissional de saúde assistente, que é o responsável por avaliar a indicação diante das necessidades de saúde dos pacientes. O documento também orienta que, nos casos em que não for possível realizar o procedimento dentro dos prazos máximos - seja em função da situação epidemiológica, da disponibilidade de leitos, de medidas restritivas ou outras situações locais específicas - caberá às operadoras justificar e comprovar a impossibilidade de garantia de acesso.

É importante destacar que durante todo o tempo em que perdurou a prorrogação dos prazos máximos, a ANS recomendou que os cuidados com a saúde e que os tratamentos continuados não fossem interrompidos, sob pena de agravamento da condição de saúde ou colocarem em risco a vida dos pacientes, em especial atendimentos de pré-natal, parto e puerpério; doenças crônicas; tratamentos continuados; revisões pós-operatórias; diagnóstico e terapias em oncologia; atendimentos em psiquiatria; outros tratamentos (inclusive cirurgias eletivas essenciais) cuja não realização ou interrupção possa gerar o agravamento da condição de saúde do beneficiário, conforme declaração do médico assistente.

E, apesar da decisão tomada hoje pela retomada dos prazos regulares de atendimento, a ANS frisa que o momento em que o País está passando permanece exigindo todos os cuidados - dos beneficiários, das operadoras de planos de saúde e dos prestadores de serviços - no sentido de buscar evitar a contaminação pela Covid-19. Isso inclui as medidas de distanciamento social, uso de equipamentos de proteção e manutenção das normas de higiene preconizadas pelas autoridades de saúde e gestores locais. Os serviços de saúde também devem se manter atentos e levar em consideração a possibilidade de ter que interromper os procedimentos não urgentes, caso o cenário epidemiológico se modifique e indique qualquer risco de colapso do sistema de saúde para o conjunto dos beneficiários e da população em geral.

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O GLOBO

 

ANS autoriza retomada de cirurgias eletivas no país

Medida foi decidida por unanimidade pela agência. Procedimentos serão realizados conforme indicação de profissional de saúde

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou ontem a retomada de cirurgias e outros procedimentos eletivos, aqueles que não são de urgência e emergência. Eles estavam suspensos desde 25 de março, como medida de enfrentamento à pandemia do coronavírus.

A decisão, que retoma os prazos máximos para que os convênios autorizem os procedimentos, foi tomada em reunião da diretoria da entidade realizada ontem.

Em nota, a ANS informou que os procedimentos eletivos devem ser realizados conforme indicação do profissional de saúde. Caberá aos planos justificarem a impossibilidade de atender aos prazos, apresentando documentos que demonstrem situação epidemiológica, disponibilidade de leitos e medidas restritivas.

O item foi aprovado por unanimidade e embasado em nota técnica do órgão. A decisão, segundo a ANS, foi tomada tendo o paciente como maior interessado.

A recomendação para que os usuários de planos de saúde adiassem consultas, exames e cirurgias que não fossem de urgência ou emergência foi feita pela ANS em 19 de março. O objetivo liberar leitos para pacientes do novo coronavírus, assim como evitar a contaminação das pessoas durante idas às unidades de saúde.

CNSAÚDE: INFRUTÍFERA

O diretor-superintendente da agência, Rogério Scarabel, chegou a destacar, na época, que a medida contribuiría para a adoção das medidas de isolamento social. A ANS já havia informado que, durante a pandemia, flexibilizaria os prazos para a realização de procedimentos eletivos pelas operadoras. O descumprimento de prazos de atendimento é um dos itens que podem levar a agência a suspender a venda de planos de saúde.

Para Breno Monteiro, presidente da CNSaúde, que congrega os prestadores de serviços, a suspensão dos prazos feita pela ANS havia se mostrado infrutífera:

- Cirurgias e tratamentos que precisavam ser feitos deixaram de ser realizados. Naturalmente, nos estados que perderam o controle da contaminação, os leitos foram todos ocupados, sem precisar de normativos. A suspensão só levou ao atraso nos tratamentos e dificuldade financeiras pelas instituições, que, com taxas de ocupação reduzidas, têm enfrentado dificuldade.

Para Monteiro, a restrição poderia ter sido retirada há dez dias, quando a CNSaúde e outras entidades encaminharam estudos mostrando que tratamentos eletivos têm baixa demanda por UTIs: apenas um em cada dez, e por prazo médio inferior a dois dias.

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Mesmo sem sintomas, infectados também transmitem a Covid-19

Após especialista da OMS dizer que transmissão seria rara, entidade reforça que ela existe, só não se sabe em que dimensão

ANA LUCIA AZEVEDO

Após reações de especialistas em diferentes países e de governos como o do Brasil, a Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu ontem que há registros de transmissão de Covid-19 por pacientes assintomáticos.

Anteontem, a chefe da unidade de doenças emergentes da entidade, Maria Van Kerkhove, disse que a transmissão do coronavírus por pessoas que não manifestam sintomas "é muito rara". Um dia depois, outro representante do órgão explicou que a transmissão existe e que a questão é a sua dimensão.

- Estamos absolutamente convencidos de que a transmissão por casos assintomáticos está ocorrendo. A questão é saber o quanto - afirmou o diretor de emergências da OMS, Michael Ryan.

A própria Kerkhove voltou a se pronunciar e reconheceu que alguns modelos estimam uma taxa de transmissão de 40% no caso de pacientes assintomáticos.

Epidemiologistas de diversos países lembraram que há estudos consolidados sobre o papel dos assintomáticos e afirmaram que parte expressiva do contágio pelo coronavírus é promovido por pacientes na fase pré-sintomática (que contraíram o vírus e ainda não manifestaram os sintomas).

Estima-se que o vírus comece a ser transmitido de dois a três dias antes da manifestação dos primeiros sintomas.

- Eu fiquei muito surpreso com a declaração da OMS. Isso vai contra a minha percepção dos dados científicos que sugeriram, até agora, que pessoas assintomáticas e pré-sintomáticas são importantes fontes de contágio para outras pessoas - disse Liam Smeeth, professor de epidemiologia clínica na Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, pontuando que desconhece dados que embasariam a fala de Kerkhove.

- (Considerar os pacientes assintomáticos) Tem importantes implicações para medidas de identificação, rastreamento e isolamento que estão sendo implementadas por vários países - afirmou Babak Javid, consultor de doenças infecciosas do hospital da Universidade de Cambridge (Reino Unido).

ESPECIALISTA REBATE

Um dos raros especialistas do Brasil em coronavírus, Eurico Arruda, professor titular de virologia da Faculdade de Medicina da USP em Ribeirão Preto, é categórico em assegurar que os assintomáticos transmitem o Sars-CoV-2. Ele explica que é claro que as pessoas com sintomas, que tossem e espirram, transmitem mais.

- Porém, o assintomático fala, ofega, pigarreia, e isso também transmite o vírus. A epidemiologista da OMS fez uma declaração errada. Assintomáticos transmitem, sim, o coronavírus frisa Arruda.

Ele acrescenta que vírus respiratórios são transmitidos por assintomáticos de forma geral.

- Outros vírus respiratórios que detectamos em crianças assintomáticas, nas tonsilas, como o da gripe H1N1, são transmitidos por elas porque estão presentes nas secreções. Claro que não é com a mesma eficácia de uma pessoa com sintomas porque o assintomático não está tossindo ou espirrando. Mas se ele falar perto de outra pessoa sem máscara, por exemplo, pode transmitir o vírus - alerta.

BOLSONARO CRITICA ÓRGÃO

Na manhã de ontem, em uma reunião ministerial, o presidente Jair Bolsonaro criticou a OMS e disse que, a partir das declarações da diretora da unidade de doenças emergentes, avaliaria a reabertura de escolas e do comércio.

- Foi noticiado, também de forma não comprovada ainda, como nada é comprovado na questão do coronavírus, que a transmissão por parte de assintomáticos é praticamente zero. Com toda certeza isso pode sinalizar uma abertura mais rápida do comércio e extinção daquelas medidas restritivas adotadas segundo decisão do Supremo Tribunal Federal, adotada por governadores e prefeitos - afirmou Bolsonaro.

O chanceler Ernesto Araújo também criticou o que chamou de "vai e vem" da OMS:

- Cada dia é uma decisão, esse vai e vem da OMS prejudica os esforços de todos os países.

Ontem, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que prevê uso de máscara até acabar a pandemia. O texto ainda deve ser sancionado pelo presidente.

40% DE TRANSMISSÃO

A força-tarefa contra a Covid-19 de Cingapura, exemplo usado pela representante da OMS, informou à Reuters que identificou casos de transmissão assintomática no país. Na última semana, a China informou que os 300 casos assintomáticos identificados em Wuhan não se mostraram infecciosos.

Uma pesquisa americana publicada esta semana faz uma revisão do conhecimento sobre a transmissão assintomática.

Publicada na prestigiosa revista "Annals of Internai Medicine", a pesquisa "Prevalência da Infecção Assintomática pelo SarsCoV-2, uma Revisão Narrativa", se baseou em 16 grandes análises de focos da pandemia feitas por meio de testes de PCR, o mais confiável para detectar a presença do vírus.

O estudo conclui que portadores assintomáticos representam entre 40% a 45% das infecções por Sars-CoV-2.

Também mostra que eles podem transmitir o vírus da Covid-19 para outras pessoas por um período superior a 14 dias.

E ainda destaca que a infecção assintomática pode estar relacionada a anormalidades no pulmão sem manifestação clínica conhecida, mas detectáveis por tomografia computadorizada.

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OPINIÃO DO GLOBO

Obstáculo

UMA RESPOSTA mal articulada dada em uma entrevista coletiva da Organização Mundial da Saúde (OMS) pela chefe do Programa de Emergências da instituição, Maria van Kerkhove, animou o presidente Bolsonaro a voltar a insistir na suspensão, pelo menos seletiva, do isolamento social.

A ESPECIALISTA deu a entender que os infectados pelo Sars-CoV-2 que sejam assintomáticos não transmitem a Covid-19. Logo, raciocinou o presidente, se a pessoa com vírus não apresentar sintomas, pode voltar a circular normalmente. Mas não é assim, corrigiram depois a OMS e a própria Kerkhove.

CONTINUA-SE SEM prova científica segura de que o assintomático não serve de vetor da doença. A Ciência continua a ser um obstáculo a Bolsonaro.

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PODER 360

 

Claro diz vender telemedicina do Einstein, mas hospital nega acordo

A empresa de telefonia Claro informou na 3ª feira (9.jun.2020) que passaria a vender a seus clientes, ainda neste mês, "planos de saúde" 100% digitais em parceria com o hospital Albert Einstein. O serviço permitiria ao cliente que tem o plano pós-pago ter acesso ilimitado a consultas por teleatendimento por apenas R$ 49,90 por pessoa.

O anúncio da Claro apareceu em uma reportagem do portal UOL, mas ontem mesmo o Hospital Albert Einstein reagiu soltando uma nota negando o acordo:

"Nota à imprensa" "São Paulo, 09 de junho de 2020 - O Einstein informa que vinha mantendo negociações com empresas de telecomunicações com vistas a oferecer serviços de teleorientação para uma parcela selecionada da base de clientes de tais organizações. Nesta terça-feira (09/06), porém, foi veiculada uma reportagem no UOL, cujas informações não refletem as tratativas ainda em andamento com uma dessas empresas".

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O anúncio precipitado da Claro provocou irritação da direção Einstein. O Poder360 teve acesso a uma mensagem do presidente do hospital, o médico Sidney Klajner, enviada a 1 grupo de líderes no setor médico.

"Queria manifestar aqui a nossa indignação ao ver a matéria publicada ( ) Estamos em meio a uma negociação de acesso à telemedicina com eles que sequer chegou ao final, não há alinhamento quanto à forma nem quanto a valores. Muito menos qualquer contrato assinado. Exigimos deles a retratação por notícia enganosa, lesiva à nossa Instituição, e, após uma série de desculpas, ficaram de fazer uma retratação que até o momento não foi feita. Neste momento estamos emitindo uma nota de repúdio, desmentindo a notícia e que será enviada aos meios de comunicação para que fique clara a intenção descabida e irresponsável dessa empresa", escreveu Sidney Klajner.

O Ministério da Saúde publicou em 23 de março de 2020 uma portaria que regulamenta consultas à distância e procedimentos da chamada telemedicina. A medida foi baixada por causa da pandemia de covid-19. Passou a ser possível prestar atendimento pré-clínico, de suporte assistencial, consulta, monitoramento e diagnósticos para pessoas com suspeita de coronavírus.

Na reportagem publicada pelo UOL, quem fala pela Claro é Marcio Carvalho, diretor de marketing da empresa. Ele explica que no tal plano de saúde digital, agora negado pelo Einstein, o cliente com plano pós-pago para telefone celular receberia 1 login para entrar num aplicativo do próprio hospital e lá seria feita uma triagem e encaminhamento a 1 médico especializado - tudo por teleatendimento.

"A gente pesquisou que quem consegue pagar R$ 50 por mês nesse serviço de saúde também precisa de conectividade boa que custe por aí, então vimos que atende só uma camada", disse Carvalho ao UOL. Os clientes da Claro, segundo o diretor da empresa, teriam acesso ao plano de telemedicina do Einstein num 1 pacote combinado do plano de 20 GB pós-pago por R$ 149,90.

As companhias de telefonia, inclusive a Claro, são quase sempre campeãs de reclamações por parte de clientes. Esse anúncio precipitado do acordo com o Einstein - negado pelo hospital- pode agregar mais contestações à empresa.

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G1

Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil

Segundo o Conselho Federal de Medicina, a média geral de médicos em relação à população é comparável às dos EUA e do Japão. Mas o número é muito menor em quase todo o Norte e o Nordeste.

Levantamento comprova a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil

Um levantamento do Conselho Federal de Medicina comprovou a distribuição desigual de médicos nas cinco regiões do Brasil.

A pandemia da Covid-19 só agravou e tornou mais evidente um problema crônico: para muitos brasileiros, faltam médicos, porque sobram desigualdades regionais.

É o que mostra o levantamento do Conselho Federal de Medicina divulgado nesta terça-feira (9). A média geral de médicos em relação à população, 2,5 para cada mil habitantes, é comparável às de Estados Unidos (2,6) e Japão (2,4). O número dobra no Distrito Federal (5,1), é bem superior à média no Rio (3,7) e em São Paulo (3,2). Mas muito menor em quase todo o Norte e o Nordeste: Acre (1,20), Amapá (1,19), Pará (1,07), Maranhão (1,08), Piauí (1,60), Alagoas (1,58).

A explicação, segundo o conselho, estaria na falta de gestão e de condições de trabalho que incentivem uma melhor distribuição dos médicos.

"Existe uma gestão ineficiente e que ficou escancarada com a pandemia. Se for verificar as séries históricas de denúncia do Conselho Federal de Medicina, fala sobre UTI, sobre locais inadequados para o atendimento médico. Sem pandemia, o absurdo de algumas regiões, nós temos médicos que precisavam atender debaixo de uma árvore. E não existia pandemia no Brasil", avalia Hideraldo Cabeça, neurologista e diretor de comunicação do Conselho Federal de Medicina.

São muitos os estados e municípios que têm buscado a contratação de médicos estrangeiros ou brasileiros formados no exterior, mesmo sem diplomas revalidados no Brasil, ainda que em caráter temporário, emergencial, diante da pandemia. Mas eles enfrentam forte resistência na Justiça por parte das entidades médicas.

É o caso de Roraima, onde um hospital de campanha com capacidade para mais de mil leitos, construído pelo Exército, não funciona, principalmente, por falta de médicos. Precisaria de 300. Um acordo firmado pelo governo do estado para contratar médicos disponíveis na região, mas que não têm diploma válido, tem sido barrado por entidades médicas locais.

"Nós entendemos a classe médica do estado de Roraima, mas só que nós estamos vivendo um momento de exceção, um momento excepcional. E, em momentos excepcionais, nós precisamos ter novos regramentos", afirma Stélio Dener, defensor público geral do estado.

A Conectas, organização de defesa dos direitos humanos, sugere uma flexibilização da legislação, como em outras partes do mundo. "A gente tem casos na Alemanha, nos Estados Unidos e no Canadá, que as regras ordinárias de contratação de médicos estrangeiros, elas foram flexibilizadas pela urgência e emergência de trazer o reforço ao atendimento médico por conta da pandemia", destaca a coordenadora Camila Asano.

Mas, para a conselheira Sandra Krieger, da Ordem dos Advogados do Brasil, isso pode ser arriscado: "Flexibilizar o atendimento através de médicos que não são qualificados, que não se sabe a formação, é muito temerário à própria população".

Edson e Renan, formados fora do Brasil e que trabalharam por três anos em São Paulo, pelo Programa Mais Médicos, não tiveram os contratos renovados em 2019 e continuam fora do mercado.

"Nós poderíamos estar ajudando, por exemplo, a controlar os pacientes que têm enfermidades crônicas, que são os pacientes que têm mais vulnerabilidade nesse momento de pandemia no Brasil", observa Edson Medeiros.

O Ministério da Saúde declarou que, desde o começo da pandemia, contratou mais de 6 mil profissionais de saúde pra reforçar o atendimento à população e que lançou quatro editais de forma emergencial para a contratação de mais médicos.

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DIÁRIO DA MANHÃ

 

STF determina divulgação diária de dados sobre a covid-19

Por determinação, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou hoje, terça-feira (9), que o Ministério da Saúde retorne a divulgação dos dados acumulados sobre a pandemia por coronavírus no portal oficial. Os últimos dados demostram que o país tem hoje 37.134 mortes e 707.412 pessoas infectadas pela doença.

O ministro determinou ainda que a Advocacia Geral da União ( AGU), preste as informações "que entender necessárias no prazo de 48 horas". A decisão ocorreu após analisar ação apresentada pelos partidos Rede Sustentabilidade, PSOL e PCdoB, que pediam também a atualização diária do governo até às 19h30.

O governo modificou na semana passada a forma de notificar os dados totais de casos confirmados, mortes e curvas de infecção por região, a pasta passou a mostrar apenas dados referentes às últimas 24 horas, omitindo os registros totais. Na decisão liminar Moraes afirmou que"[decido] determinar ao ministro da Saúde que mantenha em sua integridade, a divulgação diária dos dados epidemiológico relativos a pandemia (covid-19), inclusive no sítio do Ministério da Saúde e com os números acumulados de ocorrências, exatamente conforme realizado até o último dia 4 de junho", sustentou.

Para Moraes, a gravidade da pandemia exige que as autoridades tomem todas as medidas possíveis para o "apoio e manutenção das atividades do Sistema Único de Saúde". Moraes ainda declarou que o " grave risco de interrupção abrupta da coleta e divulgação "é ruim para o sistema de saúde do Brasil, e que o ministério volte a apresentar os novos casos e óbitos conforme realizado até 4 de junho".

Em uma iniciativa inédita, em resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia de covid-19, equipes dos veículos de comunicação: O Estado de S. Paulo, Folha de S.Paulo, O Globo,G1e Extra vão dividir tarefas e compartilhar as informações obtidas para que a população possa saber como está a evolução e o total de óbitos provocados pela pandemia, além dos números consolidados de casos testados e com resultado positivo para o novo coronavírus.

A justificativa do governo para os problemas recentes foram questões técnicas e aprimoramento do portal oficial, que voltará a ser disponibilizado em breve. Conforme o secretário-executivo Élcio Franco,"nós pactuamos com os estados e municípios o envio de informações. Essa informação será compilada e publicada uma vez por dia. Se conseguirmos resolver problemas de ordem técnicas, conseguiremos receber tudo até 16h e divulgar até às 18h", confirmou.

Segundo o diretor de Análise de Saúde e Vigilância do ministério, Eduardo Macário, confirmou que a nova modalidade permitirá um conhecimento maior sobre as datas de ocorrência das mortes e que vai adotar um novo modelo a partir da data de ocorrência, e não mais de notificação.

"Muitas vezes o óbito aconteceu semanas atrás, e a confirmação laboratorial pode levar muito tempo, uma semana, duas semanas. Aí no momento que atualiza, ele acaba atualizando não só as informações daquilo que ocorreu hoje, mas também de um dia, dois dias atrás, como semanas atrás, e isso é algo que vem ocorrendo no dia a dia dessa pandemia. Quando nós tivermos acesso integral por meio do sistema de forma consistente da data de ocorrência do óbito, vamos ter uma curva com dimensão sem tantas quedas, vai ter realmente uma informação consistente", afirmou.

Para os partidos, que oficializaram o pedido no STF, a restrição dessas informações dificulta o acompanhamento do avanço da pandemia e atrasa a implementação de políticas públicas de controle e prevenção da doença. "A plenitude de acesso é necessária para a detecção de falhas na assistência à saúde da população nas unidades da rede espalhadas pelo país",defendem.

A imposição de um "verdadeiro sigilo" sobre informações e a intenção de reavaliar os dados estaduais da doença escondem, segundo eles, a ineficiência e o descaso do governo federal diante da pandemia. O grupo alega, que as medidas violam a Constituição Federal, especialmente preceitos que tratam do direito à vida e a saúde, do dever de transparência da administração pública e do interesse público.

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FOLHA DE S.PAULO

Brasil registra 1.185 mortes nesta terça; total passa de 38 mil

O Brasil registrou nesta terça-feira (9) 1.185 mortes por Covid-19 e 31.197 novos casos. Ao todo, 88038.497óbitos e 742.084 pessoas doentes desde 26 de fevereiro, quando a doença foi diagnosticada pela primeira vez no país.

Os dados são fruto de uma colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, G1 e O Globo para reunir e informar números sobre o novo coronavírus.

As informações são coletadas com as secretarias esta duais de Saúde e o balanço é fechado às 2oh de cada dia. Não foram contabilizados números da pandemia no Mato Grosso, que não informou os dados até o horário limite.

São Paulo teve recorde de mortes em 24 horas: 334. Já morreram por causa do novo coronavírus 9.522 paulistas, mais de 5.000 deles na capital, onde o comércio de rua reabre nesta quarta (10). Nesta terça-feira foram confirmadas 5.545 infecções no estado, e o total passa de 150 mil.

O Amazonas, por sua vez, ultrapassou nesta terça a marca de 50 mil infectados. O estado, primeiro a ter o sistema de saúde em colapso, tem a maior taxa de incidência do país, com mais de 1.200 casos a cada 100 mil habitantes.

A iniciativa do consórcio de veículos é uma resposta a atitudes recentes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins, retirou informações do ar, deixou de divulgar totais de casos e mortes e divulgou dados conflitantes.

Após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, o portal do Ministério da Saúde que reúne dados sobre a epidemia voltou a informar o total de mortes e casos acumulados até o momento. As informações haviam sido tiradas do ar na sexta-feira (5).

Segundo boletim da pasta desta terça, foram contabilizados L272 novos óbitos e 32.091 casos nas últimas 24 horas, totalizando 38406 mortes e 739.503 pessoas infectadas.

Números de Alagoas e Santa Catarina, que não haviam sido informados na segunda (9), entraram na contagem.

O ministro interino, general Eduardo Pazuello, compareceu nesta terça à comissão externa da Câmara que monitora as ações de combate ao coronavírus para prestar esclarecimentos sobre a falta de transparência na divulgação dos dados sobre a pandemia.

Lá, ele apresentou as linhas gerais da nova metodologia defendida pelo governo, que inclui o registro da morte no dia em que ela ocorrer. Por padrão, as mortes eram contadas de acordo com o dia de notificação, método adota do na maior parte dos países.

A pasta planeja lançar uma nova plataforma para informar os números sobre a doença, mas ainda não informou quando isso acontecerá.

O Brasil é o segundo país no mundo em número de casos, atrás apenas dos EUA. Em relação ao total de mortes, ocupa a terceira posição.

Se for mantido o ritmo diário de óbitos, contudo, o Brasil deve ultrapassar em breve o Reino Unido, segundo da lista, que contava quase 41 mil vítimas nesta terça-feira.

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A REDAÇÃO

 

Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 501 casos em 24 horas


Adriana Marinelli

Goiânia - Goiás registrou recorde de 501 novos casos de covid-19 em 24 horas. É o que aponta boletim da Secretaria Estadual de Saúde divulgado na tarde desta terça-feiea (9/6). O Estado soma 6.650 confirmações e 180 óbitos, sendo sete novos registros de mortes desde a ultima atualização, na segunda-feira (8/6). 

Ainda de acordo com o boletim, há em Goiás 30.972 casos suspeitos do novo coronavírus em investigação. Outros 15.239 já foram descartados.

Além dos 180 óbitos confirmados de covid-19 em Goiás até o momento, há 26 mortes suspeitas que estão em investigação. Já foram descartadas 297 mortes suspeitas nos municípios goianos. Não foi informado pela SES-GO o número de pessoas que testaram positivo para a doença e que hoje estão curadas. 

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JORNAL OPÇÃO

“Seria irresponsável dar datas de reabertura quando a doença é tão dinâmica”, diz secretário de Desenvolvimento

Por Fernanda Santos

Walison Moreira, chefe da Sedetec, afirmou que decisão de flexibilização é da Secretaria de Saúde

Na tarde da última segunda-feira, 8, o Comitê de Operações Estratégicas (COE) em Goiás, que discute as atuais circunstâncias e medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Estado, se reuniu novamente. Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho, Ciência e Tecnologia (Sedetec), Walison Moreira esteve presente no encontro que tratou também dos efeitos da pandemia na capital.

Em entrevista ao Jornal Opção, o titular da pasta reforçou que não há qualquer vislumbre de flexibilização das atividades econômicas para os próximos dias. “Seria irresponsável dar datas de reabertura quando essa doença é muito dinâmica. Recentemente vimos o número de casos subir em quase 50%”, ressaltou.


Quanto ao diálogo com os representantes do comércio, Walison disse que é constante e que frenquentemente a secretaria recebe e ouve os setores, pois o intuito é fazer Goiânia voltar a crescer e se desenvolver. “Não somos nós que definimos datas, nós abastecemos a Secretaria de Saúde com informações, dados demográficos…Mas é a secretaria da Saúde que autoriza ou não a reabertura dos setores”, disse.


“Recebemos diariamente solicitações de reabertura. Temos em mãos mais de cem pedidos de flexibilização de segmentos. Hoje mesmo estive com o representante do setor das Academias, que nos informou dos protocolos de reabertura. Sempre que podemos, recebemos os setores para quando possível levarmos ao Comitê de Gestão de Crise”, informou.

Sobre como o COE encara a crescente de contaminações na capital, o secretário pontuou a severidade da situação. “O tom da reunião foi de bastante preocupação em relação ao aumento do número de casos. Em especial, preocupação em relação a capacidade de atendimento. Muito se fala em respiradores, porque eles são muito difíceis de serem comprados. Mas não é só isso. Nesses leitos é preciso ter equipamentos, profissionais capacitados (porque é um aprendizado que necessita de muito tempo de estudo), insumos, medicamentos…”

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O HOJE

 

Taxa de ocupação de UTI em hospitais para tratar Covid-19 cai de 95% para 90%, em Goiânia

Três unidades públicas de saúde da Capital estiveram no nível crítico na segunda (8). Secretarias estadual e municipal informam que haverá ampliação de ofertas –

Nielton Soares

Por volta do meio-dia desta terça-feira (9) a taxa de ocupação das Unidades de Terapia Intensivas (UTI) nos três hospitais públicos voltados para tratar pacientes com Covid-19 caiu de 95%, de segunda (8), para 90%.

No início desta semana, a Capital tinha atingindo o nível mais crítico da pandemia na rede pública de saúde. Para se ter ideia, o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC) ampliou de duas vagas para seis nas últimas 24 horas.

Porém, O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC/UFG), com 10 leitos, continua com apenas uma vaga na UTI. A gestão programa que até o fim de semana seja concluído o processo de contratação de profissionais de saúde para aumentar para 18 leitos de UTI.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO), o Hospital de Campanha (HCamp) da Capital ampliou de 2 para 3 vagas disponíveis nos leitos críticos em 24 horas. Com expectativa de ampliação de 50 leitos atuais para mais 70 – a capacidade do hospital, porém, ainda não há data para que isso aconteça.

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FEHOESG

 

Nota de Repúdio - Fehoesg repudia calote de gestores da saúde em Goiânia e Aparecida de Goiânia

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia estão descumprindo a Lei Federal nº 13.992 e a Portaria nº 662 e deixando de repassar aos hospitais, laboratórios, clínicas e bancos de sangue credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) os recursos recebidos do Governo Federal para o pagamento dos serviços contratados.


A verba para o pagamento integral dos prestadores foi liberada pelo Governo Federal no dia 1º de junho. De acordo com a portaria e o decreto, que preveem a transferência da integralidade dos recursos destinados aos prestadores de serviços a fim de garantir o pleno atendimento à população neste período de pandemia, os gestores municipais deveriam ter efetuado o pagamento integral dos atendimentos contratados.


Contudo, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida de Goiânia anunciaram a quitação apenas dos serviços prestados, mesmo tendo em caixa o recurso para o pagamento integral, cuja liberação foi uma forma encontrada pelo Governo Federal para apoiar a rede de prestadores ao SUS neste período de queda de atendimentos eletivos.


Com a retenção dos recursos pelos gestores, os prestadores deixarão de receber até 90% do valor contratado. Presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane Maria do Valle Santos, afirma que a entidade exige o pagamento integral previsto em lei e devido aos prestadores públicos, filantrópicos e privados.


Os gestores, segundo ela, não podem ignorar a legislação federal e fazer essa retenção. Ela ressalta que os prestadores necessitam desta ajuda emergencial para manter os atendimentos aos usuários do SUS.

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G1/GO

 

Dois empresários são presos suspeitos de vender cateteres usados para hospitais em Goiás e outros estados

Segundo a polícia, homens pegaram um lote de produtos usados em 2017, utilizaram a marca de uma empresa conhecida e os revenderam a unidades de saúde.

Por Rafael Oliveira, G1 GO

Presos em Aparecida de Goiânia suspeitos de falsificar e revender cateteres para hospitais

A ocorrência registrada por um empresário levou policiais civis de Aparecida de Goiânia a encontrarem um galpão clandestino usado para revender kits de cateteres reutilizados para hospitais em Goiás e outros estados. Dois homens foram presos em flagrante neste depósito por crime de falsificação e adulteração de produtos e medicamentos para fins medicinais. Os produtos foram utilizados por hospitais em sessões de hemodiálise.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados, portanto, o G1 não conseguiu encontrar o advogado de defesa para se posicionar sobre as prisões e as apreensões.

O delegado que conduziu a investigação, Carlos Levergger, explicou que os dois homens são suspeitos de pegar um lote de cateteres que deveria ter sido incinerado após o uso, em 2017, e colocar o produto novamente à venda usando a marca de uma empresa de outro estado, já conhecida no comércio de equipamentos hospitalares.

Foram apreendidos no galpão 300 kits adulterados de cateteres com agulhas e seringas. A investigação ainda busca identificar as pessoas que desviaram esse lote antes da incineração.

"A Polícia Civil recebeu a reclamação do verdadeiro dono da empresa que comercializa esses produtos no país, que fica sediada em outro estado. Ele disse que hospitais reclamaram da qualidade do produto recebido. A qualidade da agulha, por exemplo, estaria comprometendo as incisões durante o procedimento de hemodiálise", explica Levergger.

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação