Postado em: 15/06/2018

Projeto que define prazo para atendimento em hospitais de Goiânia é criticado pela Ahpaceg

atendimentoO projeto de lei do vereador Zander Fábio (Patriotas), que estipula o prazo máximo de espera de 30 minutos para atendimento em hospitais particulares de Goiânia, foi recebido com extrema indignação pela Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg). Para Haikal Helou, presidente da entidade que representa 21 hospitais de alta complexidade de todo o Estado, a proposta demonstra total desconhecimento do funcionamento de uma unidade hospitalar.

O presidente ressalta que o prazo de atendimento nos hospitais é definido de acordo com a demanda e, principalmente, do quadro do paciente. Em casos de urgência e emergência, esse tempo de espera deve ser o menor possível ou zero.

“Um paciente grave deve ser atendido imediatamente, inclusive passando na frente de outros com um quadro mais simples e que já aguardavam atendimento”, afirma, ressaltando que os pacientes que buscam assistência eletiva serão atendidos de acordo com esse fluxo de funcionamento do hospital, o que, em alguns casos, pode gerar esperas superiores a 30 minutos.

Nos consultórios de atendimento eletivo, Haikal Helou explica que os médicos devem adequar suas agendas para que o paciente tenha atendimento na hora marcada, mas o cumprimento deste horário também pode ser comprometido pela necessidade urgente da presença do médico em outra ala do hospital.

Para a Ahpaceg, esse é mais um projeto que afeta diretamente o setor hospitalar privado, responsável pela assistência particular, via convênios ou por credenciamento pelo Sistema Único de Saúde a cerca de 80% da população. “A Ahpaceg está aberta ao diálogo com a Câmara Municipal e com todos os parlamentares interessados na apresentação de projetos na área da saúde para que juntos possamos elaborar propostas que beneficiem a população e não projetos absurdos que comparam um hospital a outros segmentos, como bancos, como se nossa demanda e nossos serviços fossem os mesmos”, diz.