Postado em: 01/07/2020

CLIPPING AHPACEG 01/07/20

ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.

DESTAQUES

Brasil ultrapassa marca de 1,4 milhão de casos de Covid

Hospitais em Belo Horizonte podem cancelar cirurgias de câncer por falta de medicamentos

Crise da Covid-19 pode estimular remoção de problemas jurídicos da telemedicina

Embraer equipará hospitais com sistema que reduz contaminação por coronavírus

PF pediu prisão de governador do AM por fraudes dos respiradores, mas STJ negou

Ampliação de leitos de UTI não acompanha crescimento de casos graves de Covid-19 em Goiás

Para tratar casos de Covid-19, Região Metropolitana recebe leitos de UTI

Covid-19: Hospital de Campanha é inaugurado em Itumbiara

Prefeitura de Goiânia decreta fechamento alternado do comércio não essencial

Prefeitura de Goiânia acata isolamento alternado e comércio fecha as portas

Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 38 mortes em um dia

Seis meses depois do início da pandemia, OMS afirma que pior ainda está por vir

Na linha de frente da pandemia, profissionais da Saúde defendem isolamento intermitente

Teste com hidroxicloroquina deve recomeçar após aprovação britânica

 

ISTOÉ

Brasil ultrapassa marca de 1,4 milhão de casos de Covid

O Brasil registrou mais 33.846 casos do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e ultrapassou a marca de 1,4 milhão de infectados - mais precisamente 1.402.041, informou o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) nesta terça-feira (30).

Com isso, a taxa de incidência da Covid-19 está em 667,2 pessoas a cada 100 mil habitantes. O número de óbitos voltou a aumentar e ficou em 1.280 em um dia, elevando o total de vítimas para 59.594. O índice de mortalidade está em 28,4 pessoas para cada 100 mil habitantes e o de letalidade se mantém em 4,3%.

Considerando os números absolutos, o ranking dos estados se mantém inalterado, com São Paulo (281.380 casos e 14.763 mortes), Rio de Janeiro (112.611 e 10.080 vítimas) e Ceará (108.699 contaminações e 6.146 óbitos).

A taxa de letalidade da Covid-19 é maior no Rio de Janeiro (9%), em Pernambuco (8,2%) e no Ceará (5,7%). (ANSA)

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PORTAL G1

 

Hospitais em Belo Horizonte podem cancelar cirurgias de câncer por falta de medicamentos

O Mário Penna e o Luxemburgo enfrentam escassez de sedativos e relaxantes musculares. Os medicamentos são muito exigidos no tratamento da Covid-19.

Hospital Luxemburgo pode paralisar cirurgias oncológicas - Foto: Instituto Mário Penna

A falta de sedativos e relaxantes musculares pode cancelar cirurgias oncológicas nos pelos hospitais Mario Penna e Luxemburgo, referências em tratamento de câncer em Belo Horizonte.

De acordo com o Instituto Mário Penna, que administra as duas instituições filantrópicas, a previsão de entrega dos insumos é para a segunda semana de julho.

Por causa disso, procedimentos já agendados para antes desta data podem ficar comprometidos.

O avanço da pandemia do novo coronavírus aumentou a demanda por sedativos e bloqueadores neuromusculares, fundamentais tanto para exames e cirurgias quanto para pacientes em leitos de UTI.

Os anestésicos são utilizados para sedação e o bloqueador neuromuscular para evitar que o músculo se contraia, por exemplo, no processo de intubação.

Os hospitais Risoleta Toletino Neves, da Baleia e a Santa Casa de Misericórdia já registraram escassez destes medicamentos.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais confirmou que existe um contingenciamento e remanejamento do estoque destes medicamentos para suprir os hospitais da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), incluindo o Hospital Eduardo de Menezes, referência para atendimento à Covid-19.

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CONSULTOR JURÍDICO

Crise da Covid-19 pode estimular remoção de problemas jurídicos da telemedicina

Uma vez que a interação pessoal foi limitada ou suspensa pela crise da pandemia da Covid-19, os serviços de telemedicina passaram a estar na vanguarda como uma forma alternativa para satisfazer as necessidades de consultas e cuidados médicos.

Telemedicina é uma área da telessaúde que oferece suporte diagnóstico remotamente, permitindo a interpretação de exames e a emissão de laudos médicos à distância. Nos termos da Resolução CFM nº 1.643/2002 do Conselho Federal de Medicina, telemedicina representa o exercício da medicina mediante utilização de ferramentas interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em saúde.

Muitos relatos apontam para uma maior necessidade, especialmente nas áreas onde a distância é um fator crítico para a oferta de serviços ligados à saúde, de serviços de telemedicina. É imenso o potencial da telemedicina para superar as desigualdades crônicas do país: desigualdade social (miséria exposta e chocante) e desigualdade de preparo e competências (médicos locais generalistas, na maioria dos casos despreparados e com pouca especialização).

A possibilidade de profissionais interagirem pode contribuir para minimizar o problema: o profissional local (médico ou enfermeiro), que supostamente domina as noções básicas da anamnese, teria condições de transmitir ao seu colega especialista as condições do paciente (acompanhadas de fotos, se for o caso), salvando uma vida ou mesmo evitando que seja perdida em razão de desinformada ação implementada pelo profissional da medicina conducente ao óbito.

À medida em que a crise causada pela pandemia da Covid-19 evolui, reguladores e formuladores de políticas públicas reconhecem os benefícios da telemedicina e trabalham para entender e remover problemas jurídicos da matéria (legislação aplicável, normas éticas dos Conselhos de Medicina etc.) e encontrar as melhores opções tecnológicas. A prestação de serviços de telemedicina requer o atendimento de rigorosos requisitos, daí porque as instituições públicas e privadas devem encontrar abordagens perspicazes e práticas para escolha de fornecedores, desenvolvedores e demais parceiros no desenvolvimento de sistemas de telessaúde exequíveis em conformidade com as leis e requisitos regulamentares.

Para satisfazer as necessidades atuais, muitos prestadores de cuidados de saúde têm trabalhado no sentido de disponibilizar o maior número possível de serviços profissionais para o fornecimento via telemedicina. Estão tomando medidas para desenvolver estratégias de telessaúde sustentáveis e de longo prazo. Trabalham com equipes de telemedicina transorganizacionais, incluindo departamentos clínicos, informáticos, jurídicos e de terceiros, a fim de selecionar tecnologias adequadas, negociar acordos com terceiros, avaliar os diferentes casos de utilização do teleserviço de saúde e assegurar a conformidade legal e regulamentar dessas estruturas.

Contudo, esses esforços ainda privilegiam os grandes centros, exatamente onde há a maior concentração de médicos. Dados da Demografia Médica 2018 (trabalho realizado pela Faculdade de Medicina da USP, com apoio do Conselho Federal de Medicina e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) mostram que mais da metade dos médicos disponíveis no Brasil estão em apenas 39 cidades (todas com mais de 500 mil habitantes).

Daí a necessidade de que uma força-tarefa seja desenvolvida a fim de levar a telemedicina para o interior do país, solucionando problemas como a escassez de especialistas em algumas regiões do país. O SUS pode ser o veículo dessa empreitada, mediante o já regulamentado Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, do Ministério da Saúde.

Esse programa é composto por quatro serviços oferecidos a profissionais do SUS, a saber: teleconsultoria, teleconsultas, telediagnóstico e teleducação, e segunda opinião formativa. Os serviços são desenvolvidos por núcleos estaduais, intermunicipais e regionais, sob a coordenação das Secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e da Atenção à Saúde (SAS).

Todavia, esses esforços precisam ser incrementados, pois são insuficientes e estão longe de mitigar a desigualdade social (miséria exposta e chocante) e a desigualdade de preparo e competências (médicos locais generalistas, na maioria dos casos despreparados e com pouca especialização).

Assim, a crise causada pela pandemia da Covid-19 pode ser o estímulo que faltava aos reguladores e formuladores de políticas públicas a fim de que removam os problemas jurídicos do uso da telemedicina e encontrem a plataforma tecnológica apta a atender um país com dimensão continental e extremamente desigual.

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ESTADÃO

Embraer equipará hospitais com sistema que reduz contaminação por coronavírus

Dotado de lâmpadas germicidas de ultravioleta, filtro expele o ar já sem contaminantes para um ambiente externo.

Hospitais públicos que atendem pacientes da covid-19 nas cidades de Araraquara, Botucatu e São José dos Campos, no interior de São Paulo, serão equipados com um sistema inovador de prevenção contra a propagação do coronavírus em ambiente hospitalar. Os 50 equipamentos de controle biológico, desenvolvidos pela Enebras, de São Paulo, em parceria com a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, serão doados pela Embraer . A instalação dos sistemas terá início na próxima semana. O investimento é de mais de R$ 500 mil.

Conforme a Embraer, a solução desenvolvida pela empresa paulistana reduz a possibilidade de contágio dos profissionais de saúde que mantêm contato com os pacientes em ambientes de enfermaria, bem como de outras pessoas em circulação pelo local. A Enebras é uma empresa especializada em soluções de ar condicionado para a área de saúde e desenvolveu o sistema conhecido como Atmus em parceria com o hospital Albert Einstein, que já utiliza o equipamento em suas instalações.

A Embraer participa da cooperação com base em sua experiência no desenvolvimento de produtos de pressurização de aeronaves, sendo responsável pelo detalhamento técnico e estratégia de industrialização para rápido aumento na produção dos aparelhos. A tecnologia evita a propagação do coronavírus entre os leitos de um hospital por meio de pressurização negativa. A pressão do ar do quarto é controlada abaixo dos demais ambientes do hospital, enquanto um exaustor direciona o ar contaminado através de um filtro de alta eficiência.

Dotado de lâmpadas germicidas de ultravioleta, o filtro expele o ar já sem contaminantes para um ambiente externo. A maior pressão dos demais ambientes impede a saída de ar da área isolada, prevenindo assim a contaminação de outros lugares. O Atmus é portátil, o que facilita a mobilidade no ambiente hospitalar e requer baixo investimento na instalação. Conforme a demanda de cada município, serão instaladas dez unidades no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp), 15 na Santa Casa de Misericórdia de Araraquara e 25 no Hospital Municipal de São José dos Campos.

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PORTAL TERRA

PF pediu prisão de governador do AM por fraudes dos respiradores, mas STJ negou

A Polícia Federal pediu a prisão do governador do Amazonas Wilson Lima (PSC) no inquérito que apura suposta fraude na compra de respiradores para o Estado. No entanto, a solicitação foi rejeitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou, neste momento, somente buscas contra Lima.

A despeito de existirem fundadas razões a propósito do efetivo envolvimento do governador do Estado do Amazonas Wilson Miranda Lima nos crimes objeto da presente investigação, não se justifica a imprescindibilidade da decretação da extraordinária medida cautelar de privação de liberdade do Chefe do Executivo Estadual, ao menos neste momento , afirmou o ministro Francisco Falcão, ao autorizar a operação contra Wilson Lima.

Oito pessoas foram alvo de mandados de prisão, uma delas é a secretária de Saúde, Simone Papaiz. Ela assumiu o cargo em abril após a demissão de Rodrigo Tobias, que deixou a pasta no auge da pandemia no Amazonas.

Nesta terça, 30, a PF vasculhou a residência do governador e a sede da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas. Também foi decretado o bloqueio de R$ 2,9 milhões em bens de 12 investigados.

Wilson Lima estava em Brasília durante a operação e, segundo sua assessoria, retornou a Manaus após ter ciência das buscas. Em nota, o governo estadual afirma que aguarda o desenrolar e informações mais detalhadas da operação para se pronunciar sobre o caso.

As investigações miram compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados com a participação direta do governador junto de agentes públicos e empresários.

Os fatos ilícitos investigados têm sido praticados sob o comando e orientação do governador do estado do Amazonas, Wilson Lima, o qual detém o domínio completo e final não apenas dos atos relativos à aquisição de respiradores para enfrentamento da pandemia, mas também de todas as demais ações governamentais relacionadas à questão, no bojo das quais atos ilícitos têm sido praticados , destacou a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo no pedido de medidas cautelares.

Um dos contratos investigados aponta superfaturamento de, pelo menos, R$ 496 mil. Há também casos de respiradores adquiridos em valor superior ao praticado em outros Estados, com a diferença chegando a 133%.

A Procuradoria mirou ainda a compra de 28 respiradores, sem licitação, em contrato firmado com uma importadora de vinhos no valor de R$ 2,9 milhões - no mesmo dia, a importadora havia adquirido os equipamentos por R$ 2,4 milhões de uma empresa fornecedora de equipamentos médicos. A diferença de cerca de R$ 500 mil teria sido repassada diretamente à organização, segundo o MPF.

Wilson Lima é o terceiro governador na mira de investigações por superfaturamento e desvios de verba pública em contratos para o combate da covid-19. Antes dele, o governador Wilson Witzel (PSC) do Rio de Janeiro e Helder Barbalho (MDB) do Pará também tiveram endereços vasculhados pela Polícia Federal.

O Amazonas é o estado que vive fase crítica do novo coronavírus, com mais de 69 mil casos confirmados e 2.782 óbitos, segundo a última atualização do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde. A capital, Manaus, ganhou repercussão depois de centenas de corpos serem empilhados em valas comuns.

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TV ANHANGUERA

Ampliação de leitos de UTI não acompanha crescimento de casos graves de Covid-19 em Goiás

https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2020/06/30/videos-jornal-anhanguera-2-edicao-de-terca-feira-30-de-junho-de-2020.ghtml

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Para tratar casos de Covid-19, Região Metropolitana recebe leitos de UTI

https://g1.globo.com/go/goias/edicao/2020/06/30/videos-jornal-anhanguera-2-edicao-de-terca-feira-30-de-junho-de-2020.ghtml

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Prefeitura de Goiânia decreta fechamento alternado do comércio não essencial

https://globoplay.globo.com/v/8663999/programa/

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A REDAÇÃO

 

Covid-19: Hospital de Campanha é inaugurado em Itumbiara

Goiânia – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, inaugurou nesta terça-feira (30/6) o 5º Hospital de Campanha para tratar pacientes com covid-19 em Goiás. A unidade vai funcionar no Hospital Regional São Marcos, em Itumbiara. “Nesta primeira etapa, entregamos 70 leitos, sendo 20 de UTI e 53 de enfermaria, de um total de 200. É mais uma vitória para os e a realidade de uma saúde regionalizada”, disse o governador.

“Depois que isso tudo passar, aqui vamos ter o Hospital Regional São Marcos, onde os alunos do curso de medicina da UEG poderão também estudar e aprender. As instalações são de primeira. Agradeço a todos que destinaram recursos e aparelhos” afirmou Caiado.

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Prefeitura de Goiânia acata isolamento alternado e comércio fecha as portas

Théo Mariano

Goiânia - Em novo decreto publicado nesta terça-feira (30/6), a prefeitura de Goiânia aderiu às determinações presentes no governo estadual para realização do isolamento alternado para atividades não essenciais. De acordo com o documento da prefeitura, o comércio funcionará 14 dias e ficará outros 14 suspenso.

A gestão ainda ressalta, no documento, que penalidades poderão ser aplicadas àqueles estabelecimentos que descumprirem o revezamento. Com a adesão do Executivo municipal, serviços não essenciais, que já estavam em atividade, voltam a fechar portas.

O prefeito da capital, Iris Rezende (MDB), já havia anunciado que seguiria determinações proferidas pelo governador Ronaldo Caiado (DEM). Com o novo decreto, a partir desta quarta-feira (1º/7), atividades econômicas não essenciais permanecem suspensas em Goiânia até 14 de julho.

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Covid-19: Goiás bate novo recorde com registro de 38 mortes em um dia

Goiânia - Com 38 registros de mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, Goiás bateu novo recorde de óbitos pela doença em um único dia. É o que aponta boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) na tarde desta terça-feira (30/6). O total de mortes no Estado chega a 475. 

Com 1.474 novos registros do novo coronavírus entre ontem e hoje, Goiás chega à marca de 24.666 casos confirmados. No Estado, há 59.981 casos suspeitos em investigação. Outros 29.446 já foram descartados. O total de curados não foi informado pela SES-GO. 

Além dos 475 óbitos confirmados por covid-19 em Goiás até o momento, há 41 óbitos suspeitos que estão em investigação. Já foram descartadas 433 mortes suspeitas nos municípios goianos.

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JORNAL OPÇÃO

Seis meses depois do início da pandemia, OMS afirma que pior ainda está por vir

Por Luiz Phillipe Araújo

Organização considera que apesar do vírus estar controlado em algumas nações, avança a nível global

Já tendo atingindo a marca de 10 milhões de infecções em todo o globo, a pandemia do novo coronavírus ainda está em processo de avanço e pior fase ainda não teria chegado. As considerações são da Organização Mundial da Saúde (OMS), feitas nesta semana por meio do seu diretor Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Segundo Tedros, o caminho deve seguir sendo a realização de testes e outros instrumentos já realizados desde o início da crise de saúde: “teste, rastreie, isole e faça quarentena”.

“Todos queremos que isso acabe. Todos queremos dar sequência às nossas vidas. Mas a realidade dura é que não estamos nem perto disso”, disse o diretor, afirmando que apesar de muitos países já terem registrado recuo de infecções, globalmente a pandemia está avançando.

Ao fazer apelo para que os governos sigam exemplos como Alemanha, Coreia do Sul e Japão, o Tedros disse que manter os surtos sob controle é possível a partir de políticas que incluam testes e rastreio de registros.

“Com 10 milhões de casos agora e meio milhão de mortes, a não ser que nós enfrentemos o problema que já identificamos na OMS, a falta de união nacional e a falta de solidariedade global e o mundo dividido que estão ajudando o vírus a se espalhar… o pior ainda está por vir”, salientou, finalizando em seguida: “Lamento dizer, mas com esse ambiente e com essas condições, nós tememos pelo pior”.

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Na linha de frente da pandemia, profissionais da Saúde defendem isolamento intermitente

Por Luiz Phillipe Araújo

Ao Jornal Opção, presidente do Conselho Regional de Enfermagem destaca registro de quase 2 mil trabalhadores contaminados e questiona: “Quem vai cuidar das pessoas?”

O debate sobre isolamento social ganha novas formas quando feito entre profissionais da Saúde. Apesar de dividir opiniões em outros setores, o distanciamento social é lido entre trabalhadores da linha de frente no combate à Covid-19 como único caminho para manter em controle tanto a vida da população como as próprias.

Em entrevista ao Jornal Opção, a presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Goiás (Corengo), Ivete Santos Barreto, destaca que quase 8% do total de contaminações do Estado foram registradas em trabalhadores da Saúde.  “Se não tivermos esses profissionais que estão sendo capacitados, quem vai cuidar das pessoas? Que força de trabalho vai ser recrutada para trabalhar?”, indaga a representante.

Conforme relembra Ivete, o setor já tentava pressionar as autoridades na busca por medidas mais enérgicas que garantissem isolamento social efetivo em Goiás. “Nós entendemos que o isolamento somado às outras medidas, como o rastreamento de contaminações, é a única forma para que o sistema não entre em colapso”, afirma a presidente, destacando que o entendimento é baseado em relatórios científicos.

“Se o sistema entra em crise, os trabalhadores também entram. Vimos isso em Manaus, que quando teve a Saúde colapsada registrou quantitativo absurdo de profissionais contaminados e mortos”, salienta Ivete.

Quantitativo finito x contaminados

Sobre a realidade na pandemia em Goiás, que por meses esteve entre os Estados com menor avanço da doença, mas que agora está em curva ascendente, a presidente do Corengo afirma que o tempo de maior tranquilidade foi hábil para preparar os profissionais, mas que, apesar disso, há número finito para enfrentar a crise de saúde.

Por hora, no entanto, Ivete destaca que há segurança sobre os números atuais de trabalhadores, que se totalizam 60 mil, sendo 25 mil enfermeiros e 35 mil técnicos. Apesar disso, se o ritmo de contaminação entre esses profissionais avançar, há risco de faltarem pessoal. Até o boletim da  segunda-feira, 29, já eram mais de 1.700 infecções por coronavírus entre trabalhadores da área.

Quando perguntada sobre o que pode explicar as contaminações, já que há cobrança por cumprimento de protocolos rígidos e uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs), Ivete explica que se dá por razões diversas.

“No início fizemos muitos registros de falta de EPIs ou  de equipamentos inadequados, mas já superamos essa parte. O que acontece em paralelo é a dificuldade do profissional em se desparamentar corretamente”, conta a presidente, que explica ter o Corengo e o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) buscado munir a área a partir de cursos e orientações online.

A representante finaliza afirmando que a nova medida de isolamento adotada no Estado é a possibilidade de não sofrerem com sobrecarga, além de representar um pouco mais de segurança às próprias vidas de enfermeiros, técnicos e todos os demais trabalhadores da linha de frente, podendo assim continuarem no atendimento a população na luta contra a pandemia.

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AGÊNCIA BRASIL

Teste com hidroxicloroquina deve recomeçar após aprovação britânica

Um teste global concebido para analisar se os remédios antimalária hidroxicloroquina e cloroquina podem evitar infecções da Covid-19 deve recomeçar depois de ser aprovado por agências reguladoras do Reino Unido.

A Agência Regulatória de Remédios e Produtos de Saúde tomou a decisão a respeito do que é conhecido como teste Copcov depois que outro teste britânico de hidroxicloroquina mostrar que o remédio não oferece benefícios no tratamento de pacientes já infectados com Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. O estudo Copcov foi suspenso após os resultados do teste de tratamento e aguarda análise.

Trata-se de um teste aleatório com placebo que visa recrutar 40 mil profissionais de saúde e outros trabalhadores em risco em todo o mundo, e está sendo realizado pela Unidade de Pesquisa de Medicina Tropical Mahidol Oxford da Universidade de Oxford na capital tailandesa Bangcoc.

Em março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que a hidroxicloroquina poderia ser um divisor de águas e depois disse que ele mesmo a estava usando, apesar de a Agência de Alimentos e Remédios (FDA), o organismo regulador norte-americano, alertar que sua eficiência e sua segurança não estão comprovados.

Mais tarde, a FDA revogou a autorização do uso de emergência para os remédios para tratar Covid-19 depois que testes mostraram que elas não trazem benefícios no tratamento.

Mas White, que está coliderando o teste Copcov, disse que estudos dos remédios como medicamentos preventivos em potencial ainda não geraram uma resposta conclusiva.

"A hidroxicloroquina ainda pode prevenir infecções, e isto precisa ser determinado em um teste aleatório controlado", disse ele em um comunicado. "A dúvida sobre se ela poder evitar ou não a Covid-19 continua tão pertinente como sempre."

A equipe de White disse que o recrutamento de profissionais de saúde britânicos será retomado nesta semana e que existem planos em andamento para novos locais de testes na Tailândia e no sudeste da Ásia, na África e na América do Sul. Os resultados são esperados até o final deste ano. (Agência Brasil)

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Rosane Rodrigues da Cunha 
Assessoria de Comunicação