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CLIPPING AHPACEG 09/10/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
ESG na saúde: como a tecnologia pode ser peça fundamental para a certificação
Cirurgia de catarata reduz o risco de demência, alerta oftalmologista
Justiça bloqueia recursos da Prefeitura para garantir repasse à maternidades
Centro terapêutico em Cristalina é fechado por maus-tratos e cárcere privado
PORTAL R7
ESG na saúde: como a tecnologia pode ser peça fundamental para a certificação
Transformação digital impulsionada por soluções digitais do Ecossistema MV reforça sustentabilidade, impacto social e governança em instituições de saúde
Em um cenário onde a sustentabilidade e a responsabilidade social se tornam pilares centrais para a evolução em qualquer mercado, a certificação ESG (Environmental, Social and Governance) desponta como uma referência de boas práticas - e na saúde não é diferente. Mais do que uma tendência, essa certificação está se consolidando como uma exigência para instituições assistenciais que buscam eficiência, transparência e impacto positivo. E é nesse contexto que a tecnologia assume um papel crucial, fornecendo ferramentas necessárias para que as organizações do setor possam alcançar os padrões exigidos e monitorar seus avanços em tempo real.
O Hospital Amaral Carvalho, maior centro de transplante de medula óssea do Brasil, é um exemplo disso. Recentemente, o hospital conquistou a certificação ESG com o Selo Diamante de Sustentabilidade, concedido pelo Instituto Técnico de Gestão Ambiental (ITGA). Esse reconhecimento destaca o impacto positivo das ações sustentáveis e da transformação digital promovida pela instituição com o apoio das soluções do Ecossistema MV, que contribuíram para o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. O local realiza mais de 76 mil atendimentos por ano e já efetuou mais de quatro mil transplantes de medula óssea.
Milena Gonçalves, gerente de tecnologia da informação e sustentabilidade do Amaral Carvalho, explica que um dos maiores desafios para obter a certificação é mapear e documentar as diversas ações já realizadas pela organização. "As soluções MV ajudaram o hospital em diversos momentos, como, por exemplo, na inovação tecnológica; na integração de informações; na geração de documentos comprobatórios; e no registro sistemático das ações de sustentabilidade, o que foi fundamental para superarmos os desafios e garantirmos a certificação", afirma.
Desde 2005, o Hospital Amaral Carvalho tem adotado gradativamente as soluções da MV, multinacional brasileira líder da América Latina no desenvolvimento de softwares para a saúde, que agora fazem parte do seu ecossistema digital. Entre os resultados mais impactantes da transformação digital estão a redução de 900 mil impressões de papel em um ano, o equivalente a 90 árvores preservadas, e a implementação de sistemas como o "Prontuário Eletrônico do Paciente" e o aplicativo "Amaral Mais Fácil", que permite agendamentos e a visualização de resultados de exames online. "Antes, tínhamos dois mil prontuários físicos circulando diariamente na instituição. Hoje, tudo circula virtualmente, gerando mais agilidade no atendimento e redução de desperdícios", diz Gonçalves.
O impacto positivo das soluções MV foi sentido não apenas no aspecto ambiental, mas também na melhoria da assistência aos pacientes e na governança da instituição. "A tecnologia não só otimiza processos, como também contribui para um atendimento mais ágil e assertivo aos pacientes, aumentando a satisfação e possibilitando um direcionamento mais preciso das nossas ações sociais", destaca a gerente de TI e Sustentabilidade.
Jeferson Sadocci, Diretor Corporativo de Mercado e Cliente da MV, destaca a importância de ações como essas para a melhoria na qualidade do atendimento e na gestão das instituições de saúde. "Esse é um exemplo de como a tecnologia pode ser uma poderosa aliada na implementação de práticas ESG, especialmente no setor de saúde, onde os desafios são únicos e complexos. Estamos muito felizes pela parceria de longa data e pela conquista do Hospital Amaral Carvalho", avalia Sadocci.
O Ecossistema MV também foi essencial para impulsionar a governança da instituição, com ferramentas como dashboards de indicadores hospitalares e a gestão de qualidade por meio de Business Intelligence (BI), que garantem transparência e eficiência na tomada de decisões.
O Hospital Amaral Carvalho já projeta novos passos em seu caminho de inovação e sustentabilidade, com planos de ampliar a infraestrutura de mobilidade digital e adotar outras práticas tecnológicas para garantir a segurança dos pacientes e a eficiência operacional. "Nosso objetivo é alcançar o patamar de hospital digital, o que trará ainda mais agilidade e sustentabilidade para a nossa operação", conclui Gonçalves.
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A REDAÇÃO
Justiça bloqueia recursos da Prefeitura para garantir repasse à maternidades
O Ministério Público de Goiás (MPGO) obteve na Justiça a determinação de bloqueio de aplicação financeira ou depósito bancário nas contas vinculadas ao Fundo Municipal de Saúde do Município de Goiânia, até o valor necessário de R$ 6.895.584,93, visando satisfazer a obrigação de repasses às maternidades Célia Câmara, Nascer Cidadão e Dona Íris, referente ao mês de agosto de 2024.
A medida foi requerida pelo promotor de Justiça em substituição na 88º PJ, Leonardo Maciel Moreira, em cumprimento da sentença proferida em ação proposta pelo promotor de Justiça Cassius Marcellus de Freitas Rodrigues. Segundo ele, o valor se refere à obrigação da Prefeitura em efetuar o repasse integral e mensal à Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), enquanto vigorar os convênios e seus valores, até o quinto dia do mês, dos recursos destinados a garantir o atendimento à saúde nas maternidades.
De acordo com a decisão da juíza Raquel Rocha Lemos, efetivada a penhora, independente de nova conclusão, fica a Unidade de Processamento Judicial autorizada a expedir os seguintes alvarás de transferência para as contas bancárias já informadas no processo, nos seguintes valores:
• R$ 655.835, mais rendimentos, que deverão ser diretamente transferidos para a conta bancária da Maternidade Nascer Cidadão;
• R$ 4.480.923, mais rendimentos, que deverão ser diretamente transferidos para a conta bancária do Hospital e Maternidade Dona Íris;
• R$ 1.758.826,33, mais rendimentos, que deverão ser diretamente transferidos para a conta bancária do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.
Apuração
Ao requerer o cumprimento de sentença, pela qual o Município ficou obrigado a fazer os repasses, o promotor de Justiça relatou que o Município de Goiânia interpôs recurso de apelação no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) visando reformar a sentença favorável ao MP na ação civil pública.
Neste período, o Ministério Público empreendeu diligências e constatou o longo cenário de inadimplência, uma vez que o Município não efetuou o repasse integral dos valores previstos nos convênios também no mês de agosto deste ano, descumprindo frontalmente o acórdão do Tribunal de Justiça e a sentença que determinaram a realização dos repasses para o funcionamento das maternidades.
Conforme destaca o promotor de Justiça, o MP fará o acompanhamento dos repasses mês a mês e pedirá o bloqueio sempre que não forem feitos ou não totalmente executados, como foi o caso do mês de agosto.
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Centro terapêutico em Cristalina é fechado por maus-tratos e cárcere privado
A partir de uma ação civil pública (ACP) proposta pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) em Cristalina, no ano de 2019, a Justiça determinou, nesta terça-feira (8/10), a interdição definitiva do Centro Terapêutico Cristalinense Vida Nova, em razão de diversas irregularidades, como maus-tratos, cárcere privado, ambientes sem higiene, dispensação de medicamentos de forma irregular e até indícios de tortura a pacientes.
Na mesma sentença, os sócios administradores da unidade, Lierte Soares, Paulo Henrique Caixeta Ribeiro e Renata Caixeta, foram condenados à obrigação de não exercerem qualquer atividade ligada ao tratamento de pessoas com transtornos mentais ou ao serviço de assistência social. Além disso, os demandados deverão pagar, solidariamente, o valor de R$ 600 mil, a título de danos morais coletivos.
O promotor de Justiça Ramiro Carpenedo Martins Netto, autor da ação, e que hoje é titular da 2ª Promotoria de Formosa, explica que as clínicas eram divulgadas como espaços terapêuticos. Segundo ele, isso significa que elas deveriam ser sem fins lucrativos e de portas abertas. No entanto, as investigações do MP mostraram que muitos acolhidos eram internados contra a própria vontade. Muitos deles, inclusive, relataram que repassavam os benefícios previdenciários para o centro terapêutico.
O promotor acrescentou que os internos eram contidos por grades, cadeados, arame farpado e cerca elétrica, o que dava à casa terapêutica características de unidade prisional. Ele destaca ainda que, em 2019, chegou a se reunir com Lierte e Renata para tratar sobre as irregularidades, mas a situação permaneceu irregular.
Ramiro Carpenedo também destacou que as normas que regem as comunidades terapêuticas são evidentes ao afirmar que é obrigação desses estabelecimentos manter os ambientes de uso dos acolhidos livres de trancas, chaves ou grades, admitindo-se apenas travamento simples. Além disso, não havia notificação ao Ministério Público ou solicitação de autorização ao Poder Judiciário para proceder às internações involuntárias.
A juíza Gabriela Fagundes Rockenbach, ao analisar os pedidos contidos na ação, entendeu que a gravidade das condutas causou danos irremediáveis aos pacientes e à comunidade. Assim, ela julgou procedentes os pedidos do MP e proferiu sentença determinando a interdição definitiva do centro terapêutico, impedindo que ele volte a funcionar, mesmo que sob outro nome empresarial.
A magistrada também condenou os sócios administradores a não mais exercerem atividades ligadas ao tratamento de pessoas com transtornos mentais, inclusive decorrentes do uso de álcool ou outras sustâncias químicas.
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FOLHA DO PLANALTO
Cirurgia de catarata reduz o risco de demência, alerta oftalmologista
Recentes estudos científicos revelam uma ligação surpreendente entre a cirurgia de catarata e a redução do risco de demência e Alzheimer. Uma pesquisa publicada na revista Nature destaca que a perda de acuidade visual, visão de contraste e profundidade — sintomas comuns da catarata — está associada a um aumento significativo na probabilidade de desenvolvimento de demência. Essa descoberta reforça a importância da cirurgia de catarata não apenas para a recuperação da visão, mas também para a saúde cognitiva dos pacientes.
Outro estudo, publicado em dezembro de 2021 na revista JAMA, evidenciou que a cirurgia de catarata pode diminuir o risco de demência em até 30% na população idosa. Os pesquisadores observaram que a restauração da visão através do procedimento tem um impacto significativo na preservação das funções cognitivas.
A médica oftalmologista Aline Ruilowa de Pinho (foto), do Instituto Panamericano da Visão (CRM/GO 11652 / RQE 8956), afirma: "A cirurgia de catarata vai além da simples correção visual. Ela melhora a chegada de luz à retina, o que é crucial para a regulação do relógio biológico e o controle de doenças sistêmicas que podem afetar a cognição". Ela destaca que a melhora na percepção visual pode ajudar a manter a mente ativa e reduzir o risco de desenvolvimento de condições como a demência.
Essas descobertas oferecem uma perspectiva valiosa tanto para a prática clínica quanto para a saúde pública, sugerindo que intervenções precoces para tratar a catarata podem ter benefícios significativos para a saúde cerebral dos idosos.
Sobre a Cirurgia de Catarata
A catarata é uma condição ocular comum, especialmente em pessoas acima de 60 anos, caracterizada pela opacidade da lente natural do olho. A única forma eficaz de tratar a catarata é por meio da cirurgia. O procedimento consiste na remoção do cristalino opaco e na substituição por uma lente intraocular. É um tratamento seguro, preciso e eficaz, que possibilita a recuperação da visão de forma quase imediata.
Contrariando a crença popular, não é necessário esperar a catarata "amadurecer" para realizar a cirurgia. Quanto mais cedo for feito o procedimento, melhores serão os resultados. A indicação para a cirurgia geralmente ocorre quando a diminuição da visão afeta a qualidade de vida e as atividades diárias, tornando ineficazes as correções com óculos ou lentes.
Durante a cirurgia, utiliza-se um equipamento chamado facoemulsificador, que fragmenta o cristalino em pequenas partes, as quais são aspiradas através de uma caneta especial, por meio de uma incisão pequena. Após a remoção, uma lente intraocular é implantada, substituindo a lente natural. Essa técnica minimamente invasiva permite uma recuperação rápida e a restauração da visão, devolvendo ao paciente a autonomia em suas atividades cotidianas e contribuindo para sua cognição.
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 08/10/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Médicos de família estão usando inteligência artificial generativa
Os desafios jurídicos da sucessão em clínicas de perfil familiar
MPGO volta a cobrar que Saúde regularize assistência hospitalar em Goiânia
Justiça abre um novo paradigma no tratamento off label de pacientes com câncer
Planos de saúde: país ainda registra casos de rescisão unilateral de contratos
MEDICINA S/A
Médicos de família estão usando inteligência artificial generativa
Pesquisa divulgada pela publicação britânica BMJ Health and Care Informatics dá conta que 20% dos médicos classificados no país como “general practitioners”, ou médicos de família, estão usando ferramentas de inteligência artificial generativa (IAG).
A pesquisa, conduzida sob a liderança da Dra. Charlotte R Blease, vinculada à Harvard Medical School, entrevistou 1.006 médicos, aos quais foi perguntado se já haviam usado alguma forma de chatbot de IAG em sua prática clínica, como ChatGPT, Copilot ou Gemini, bem como para que usavam essas ferramentas.
Um em cada cinco dos entrevistados disse que já havia usado ferramentas desse tipo em sua prática clínica e, destes, quase um terço (29%) disse que as havia usado para gerar documentação após consultas de pacientes, enquanto 28% disseram que haviam usado esses chatbots para eventualmente chegarem a diagnósticos diferentes.
Um quarto dos entrevistados disse que havia usado as ferramentas de IAG buscando opções de tratamento para seus pacientes – esses chatbots geram respostas escritas a perguntas que lhes são feitas.
Os pesquisadores afirmam que os resultados mostraram que “os médicos podem obter valor dessas ferramentas, particularmente em tarefas administrativas e para apoiar o raciocínio clínico”.
No entanto, os pesquisadores preocupam-se com a possibilidade de que essas ferramentas possam prejudicar a privacidade dos pacientes, já que não está claro como as empresas que fornecem esses chatbots usam as informações que coletam, pois não existem regras sólidas a respeito do assunto.
Há também preocupações com as alucinações, termo usado no ambiente de IAG para descrever situações em que essas ferramentas geram respostas aparentemente plausíveis, mas que podem conter imprecisões e referências equivocadas.
IAG é uma ferramenta promissora, mas é vital que os médicos a usem com extrema atenção, pois essa é uma área ainda em evolução e é necessário que seus usuários permaneçam conscientes dos benefícios e riscos de seu uso.
*Vivaldo José Breternitz é Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, professor da FATEC SP, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisas.
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Os desafios jurídicos da sucessão em clínicas de perfil familiar
As clínicas médicas de perfil familiar são uma realidade frequente no Brasil. Fundadas por médicos empreendedores, muitas vezes essas instituições se transformam em verdadeiros legados, com a entrada dos filhos no negócio. Esse cenário, comum nas chamadas “famílias médicas”, traz consigo desafios específicos no âmbito da sucessão empresarial. A passagem de liderança entre gerações, além dos aspectos emocionais, demanda uma análise jurídica criteriosa para assegurar a continuidade e a prosperidade do negócio. A seguir, abordaremos os principais desafios jurídicos relacionados à sucessão empresarial em clínicas médicas familiares e como a família empresária pode se preparar adequadamente para enfrentá-los.
Conflito de Gerações: Tradição x Inovação
Um dos principais desafios da sucessão em clínicas familiares é a gestão do conflito entre tradição e inovação. Frequentemente, os fundadores resistem às mudanças sugeridas pelos filhos, que trazem uma visão mais moderna e orientada a novas práticas e tecnologias. Enquanto os pais, muitas vezes, preferem manter os processos tradicionais que os tornaram bem-sucedidos, os filhos estão mais abertos a implementar avanços tecnológicos e inovações na gestão da clínica. Isso pode gerar tensões que, sem uma governança clara, podem comprometer a sustentabilidade do negócio.
Falta de Planejamento Sucessório e Governança
Nas clínicas familiares, a ausência de um planejamento sucessório formal e estruturado é um erro comum. O planejamento sucessório deve considerar não apenas a transmissão da liderança, mas também a divisão de responsabilidades e a preparação dos herdeiros para assumirem funções de gestão e atendimento médico. A criação de uma estrutura de governança clara, com definição de papéis, regras de tomada de decisões e critérios de entrada de novos familiares no negócio, é fundamental para evitar conflitos e garantir a continuidade da clínica.
Planejamento Patrimonial e Tributário
Um aspecto essencial no processo de sucessão em clínicas médicas familiares é o planejamento patrimonial e tributário. A sucessão deve ser acompanhada de uma análise jurídica que minimize os impactos fiscais, como os custos de transmissão patrimonial entre as gerações. A constituição de holdings familiares pode ser uma estratégia eficaz para organizar a transferência de bens e ações da clínica, assegurando que o patrimônio seja preservado e que os custos tributários sejam mitigados.
Concentração de Poder no Fundador
Outro desafio recorrente é a relutância do fundador em ceder o controle da clínica. Essa concentração de poder pode dificultar a transição e inibir o desenvolvimento de novas lideranças dentro da família. O fundador, muitas vezes, não está disposto a abrir espaço para que os filhos desenvolvam suas habilidades de gestão, o que pode criar um vácuo de liderança quando o patriarca ou matriarca da família se ausentar ou falecer. A delimitação de papéis e a gradual delegação de funções são medidas essenciais para evitar esse problema.
Desafios Legais na Estruturação de Sociedade Familiar
A clínica familiar, assim como outras empresas, pode se deparar com desafios na estruturação societária. Por exemplo, a inclusão dos filhos como sócios ou a criação de mecanismos de proteção contra a diluição de participações deve ser cuidadosamente planejada, de acordo com as cláusulas societárias pertinentes. Adotar acordos de sócios e instrumentos de governança, como a criação de conselhos familiares, pode ajudar a regular as relações entre os membros da família, evitando conflitos que possam desestabilizar a sociedade.
Soluções para Superar os Desafios Jurídicos
Para garantir uma sucessão empresarial bem-sucedida em clínicas médicas familiares, é imprescindível o desenvolvimento de um plano sucessório detalhado. A seguir, destacamos algumas das principais estratégias jurídicas para superar os desafios:
Implementação de Governança Corporativa Familiar: A criação de conselhos familiares e comitês de governança auxilia na profissionalização da gestão da clínica e na tomada de decisões estratégicas.
Definição Clara de Regras para a Sucessão: Regras claras sobre como a sucessão será realizada, quem terá direito de entrar no negócio e quais as responsabilidades de cada familiar devem estar formalmente estabelecidas, seja em um acordo de sócios ou em outro instrumento jurídico adequado.
Planejamento Fiscal e Patrimonial: A adoção de medidas como a criação de holdings e o uso de instrumentos jurídicos, como testamentos e doações, pode assegurar que a transição de patrimônio ocorra de forma organizada e fiscalmente eficiente.
Treinamento dos Sucessores: A preparação dos herdeiros, tanto em termos de gestão quanto na prática médica, deve ser feita de forma progressiva. Programas de desenvolvimento e a participação ativa na gestão da clínica antes da sucessão oficial podem ajudar a reduzir os conflitos.
A sucessão em clínicas médicas familiares exige uma abordagem multidisciplinar, que integre aspectos jurídicos, tributários e de gestão. Com um planejamento sucessório bem estruturado, é possível garantir que a clínica continue prosperando por muitas gerações, mantendo o legado familiar.
*Guilherme Chambarelli é Advogado de Negócios e Sócio do Chambarelli Advogados.
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A REDAÇÃO
MPGO volta a cobrar que Saúde regularize assistência hospitalar em Goiânia
O Ministério Público de Goiás (MPGO) voltou a cobrar, nesta segunda-feira (7/10), que a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) regularize a assistência hospitalar em Goiânia. A ação, que tinha se tornado obrigatória diante de uma liminar dando à pasta um prazo para se ajustar os serviços às normas que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), foi suspensa pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Agora, o MPGO disse que vai recorrer.
A ação inicial foi proposta pelo órgão e deferida cautelarmente pelo juízo de primeira instância em agosto. No entanto, atendendo à Prefeitura de Goiânia, o TJGO, em segundo grau de julgamento, derrubou a liminar. Promotoras e promotores do Grupo de Atuação Especial da Saúde (GAE Saúde) constataram que, com isso, repasses obrigatórios não têm sido feitos, o que está afetando o atendimento aos cidadãos.
Membros do GAE Saúde visitaram recentemente unidades de saúde públicas e privadas conveniadas da capital e confirmaram a paralisação do atendimento em razão da falta dos repasses obrigatórios. Além disso, a instituição tem recebido informações de gestores de recursos relatando a falta de repasse, embora os recursos da União sejam encaminhados ao Município sem atraso.
Novas reclamações, inclusive, foram repassadas ao MP relacionadas à interrupção de atendimento a pacientes de hemodiálises em clínicas da capital, por falta de pagamento. Na Santa Casa de Misericórdia, foi registrada greve dos anestesistas, impactando procedimentos que somente são realizados na unidade, como cirurgias vasculares e cardiovasculares, além de atendimentos oncológicos.
Lesão ao direito constitucional à saúde
O pedido inicial do MPGO, deferido pelo primeiro grau em agosto e derrubado pelo segundo grau do Judiciário pouco depois, pedia a regularização, no prazo de 15 dias, da assistência hospitalar na capital, adequando os serviços às normas que regem o SUS.
A ação foi proposta pela 53ª e pela 87ª Promotorias de Justiça de Goiânia, juntamente com o GAE Saúde, e traz uma série de situações que evidenciam grave lesão ao direito constitucional à saúde na rede pública de Goiânia e reiteradas ofensas aos protocolos do SUS. As constatações foram possíveis a partir de levantamentos e fiscalizações realizados pelo próprio grupo em diversas unidades pré-hospitalares (Unidades de Pronto Atendimento – Upas, Centros de Atenção Integral à Saúde – Cais e Centro Integrado de Atenção Médico Sanitária - Ciams), em unidades hospitalares que têm contratos com a SMS e na Central de Regulação de Goiânia.
Entre as irregularidades identificadas, estão longas filas de espera por internação hospitalar mesmo com leitos vazios habilitados no SUS; hospitais que deixaram de prestar assistência por falta de pagamento; aplicação de recursos provenientes do Ministério da Saúde para finalidades diversas, em detrimento do pagamento dos prestadores de serviços hospitalares; permanência de pacientes nas unidades pré-hospitalares por longo período à espera de leito. Em 76% desses casos, o prazo de espera era superior a 24 horas. Em outros 53%, as pessoas permaneceram dois dias na unidade pré-hospitalar, elevando o risco de mortes.
Assinaram a ação a promotora de Justiça Marlene Nunes Freitas Bueno, coordenadora da Área da Saúde do Centro de Apoio Operacional; os promotores (as) integrantes do Grupo de Atuação Especial da Saúde André Lobo Alcântara Neves, Anna Edesa Ballatore H. Lins Boabaid , Antonella da Cunha Paladino, Marcelo de Freitas e Mário Henrique Cardoso Caixeta; o promotor Marcus Antônio Ferreira Alves, titular da 53ª Promotoria de Justiça de Goiânia, além de Rodrigo Carvalho Marambaia, promotor de Justiça em atuação na 87ª Promotoria da capital.
Vários tipos de flagrantes foram identificados
De acordo com a coordenadora do CAO Saúde, Marlene Nunes, os flagrantes não pararam por aí. Segundo ela, também foram encontrados pacientes dos sexos masculino e feminino dividindo os mesmos ambientes; salas vermelhas em situação precária; falta de mecanismos de segurança em todas as unidades inspecionadas; escassez de diversos insumos e medicamentos.
O promotor de Justiça André Lobo Alcântara, que integra o GAE Saúde, explica ainda que dados da produção hospitalar do Município de Goiânia extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS revelam a redução do acesso a leitos de internação a partir de 2023, a qual vem se intensificando neste ano de 2024. Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia vem realizando pedidos de vagas para o Complexo Regulador do Estado de Goiás, o que sobrecarrega as unidades estaduais.
Por todo o exposto, o MP decidiu propor a ação civil pública, com pedido de tutela de urgência, para que o Município de Goiânia, nas figuras do prefeito Rogério Cruz e do secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, sejam obrigados adotar medidas que resolvam a crise saúde pública municipal o mais rápido possível, sob risco de um maior agravamento dos fatos que atentam contra a dignidade da pessoa humana, pondo em risco a vida daqueles que dependem do SUS.
A liminar deferida acolhia as preocupações do MP e determinava a regularização da situação, mas ela foi suspensa pelo TJGO. Diante disso, a instituição vai interpor recurso visando reverter essa suspensão.
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PORTAL G7
Justiça abre um novo paradigma no tratamento off label de pacientes com câncer
Em uma decisão marcante para o direito à saúde dos pacientes com câncer, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou a Sul América Companhia de Seguro Saúde S/A a fornecer o medicamento oncológico Pembrolizumabe (Keytruda) a uma beneficiária de plano de saúde, mesmo em caráter off label. A determinação da Justiça estabelece um importante precedente para pacientes que necessitam de tratamentos não previstos na bula do medicamento.
O Pembrolizumabe é um imunoterápico utilizado no tratamento de diversos tipos de câncer, como melanoma, câncer de pulmão e linfoma de Hodgkin. Contudo, no caso em questão, a paciente foi diagnosticada com sarcoma pleomórfico de alto grau, uma forma rara e agressiva de câncer, para a qual o uso do Pembrolizumabe não possui aprovação específica. A decisão foi embasada em laudo médico que indicou o medicamento como a melhor alternativa terapêutica, dada a gravidade e a urgência do caso.
O Tribunal paulista também frisou o respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana e ao direito à saúde, garantidos pela Constituição Federal. Apesar de o uso off label não estar regulamentado para certas condições, ele pode ser essencial para a sobrevivência e qualidade de vida de pacientes com doenças graves e sem outras opções terapêuticas disponíveis.
A decisão também reafirma a responsabilidade dos planos de saúde em garantir acesso a tratamentos prescritos por médicos, ainda que não constem especificamente em suas diretrizes, desde que amparados por evidências científicas e pela singularidade do quadro clínico.
Para os profissionais do direito, este caso sublinha a importância de uma defesa bem fundamentada em favor dos pacientes, unindo conhecimento técnico e sensibilidade. O sucesso da beneficiária reforça a necessidade de uma abordagem jurídica que considere as peculiaridades de cada caso clínico.
Em tempos de Outubro Rosa, esse precedente pode influenciar futuras ações judiciais, promovendo uma interpretação mais ampla e humanizada das coberturas de planos de saúde, especialmente em tratamentos oncológicos e em outras áreas de alta complexidade médica. A decisão do TJSP constitui um marco na luta pelo direito à saúde e à vida digna, reafirmando a necessidade de uma justiça que se adapta às demandas reais dos cidadãos.
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O GLOBO
Planos de saúde: país ainda registra casos de rescisão unilateral de contratos
ANS recebeu mais de 240 queixas. Operadoras dizem seguir acordo com a Câmara
Mais de quatro meses após o fechamento de acordo entre operadoras e Câmara dos Deputados - no qual foi acertada uma pausa nos cancelamentos unilaterais de planos de saúde - , o país ainda registra casos pontuais de rescisão de contrato por iniciativa das empresas. Números apurados a pedido do GLOBO mostram que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu, entre junho e agosto, mais de 240 queixas de usuários que deveriam estar imunes às suspensões.
A reguladora diz analisar as reclamações, mas admite que não consegue monitorar quais contratos foram rompidos de maneira indevida.
O acordo foi selado após uma escalada nas reclamações por rescisão unilateral de contratos e anunciado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) em 28 de maio. Somente nos quatro primeiros meses do ano, a ANS recebeu 5.648 reclamações, 31% acima do patamar registrado em igual período de 2023. O acerto, porém, vale apenas para um grupo de usuários.
Após o entendimento, a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) orientou operadoras a suspenderem notificações de rescisão unilateral de planos coletivos por adesão de pacientes internados, em ciclo de terapia de câncer ou com transtorno do espectro autista (TEA) e transtornos globais do desenvolvimento (TGD).
A ANS não tem dados que monitorem as rescisões, apenas as reclamações feitas pelos usuários. De janeiro a agosto, foram 11,7 mil queixas. A partir do acordo entre as empresas e a Câmara, foram 246 registros especificamente do grupo teoricamente protegido dos cancelamentos.
O acordo cobria apenas rescisões motivadas por desequilíbrio econômico-financeiro.
Esta foi a justificativa dada pela Amil ao suspender o plano de saúde da escritora Rita Raymond Ephrem, de 30 anos. Ela tem um quadro raro de desregulação do sistema imunológico, em que seu organismo não produz qualquer tipo de anticorpo, o que a mantém dependente de cuidados médicos 24 horas por dia. A jovem já teve sete AVCs, cinco paradas cardiorrespiratórias e, só no ano passado, precisou ser entubada 20 vezes.
'Sentença de morte' Em meados de maio, ela recebeu e-mail da Qualicorp, a administradora do contrato, informando que a partir de 6 de junho o contrato com a Amil seria suspenso: "Ao longo dos últimos anos, o contrato firmado entre a Amil e a Qualicorp vem gerando prejuízo acumulado à operadora, resultando em altos índices de reajuste, que ainda assim não foram suficientes para reverter a situação do contrato".
A saída foi buscar a Justiça que, em decisão liminar, determinou a manutenção da cobertura de Rita.
- Nos últimos seis anos, passei só 30 dias fora do hospital. É um tratamento diário, complexo. Receber um e-mail dizendo que gero prejuízo e que por isso meu plano seria cortado foi uma sentença de morte - lamenta a escritora.
Usuários que ficaram de fora do acordo têm recorrido à judicialização.
- Em maio e junho houve um boom, depois deu uma trégua. (O acordo) não resolveu o problema porque não abarcou quem já tinha perdido o plano. O problema já tinha explodido quando o acordo apareceu - afirmou Renata Vilhena Silva, do escritório Vilhena Silva Advogados.
Na ocasião do acordo, os planos de saúde informaram que se comprometiam a manter a cobertura aos beneficiários já notificados nos casos previstos no acordo.
Após 22 anos de contrato com a Amil, o engenheiro aposentado Domingos Laudísio, de 71 anos, perdeu o plano de saúde em 1º de junho. Cardiopata, ele faz um acompanhamento semestral e faz uso de medicamentos como anticoagulantes e antiagregantes (para evitar tromboses), sem previsão de receber alta.
O aposentado tentou na Justiça a manutenção da cobertura, mas precisou contratar novo plano, mais caro e com exigência de 24 meses de carência para cirurgia e internação.
- Nesse momento em que estamos mais velhos, a Amil notou que o plano não era tão lucrativo e simplesmente rescindiu. A Qualicorp, que é a administradora, disse que haveria transferência das carências, mas o plano era inferior ao contrato que eu tinha, e fui forçado a buscar outro - disse.
A gerente-geral de Regulação e Estrutura de Produtos da ANS, Fabrícia Goltara, lembra que há regras para o cancelamento dos contratos pelas operadoras. No caso dos usuários individuais e familiares, a suspensão só pode acontecer em caso de fraude ou inadimplência superior a 60 dias.
E no caso dos coletivos, empresariais ou por adesão, a notificação precisa ocorrer no prazo determinado em contrato. É proibida a rescisão do contrato durante a internação do usuário.
Ela explica que, no caso dos coletivos, não há cancelamento individual, mas a suspensão da carteira inteira.
Segundo Fabrícia, a agência sabe o volume de entrada e saída de usuários na saúde privada mês a mês, mas afirma que não é possível monitorar quais contratos foram rescindidos unilateralmente de maneira irregular pelas operadoras.
- O que a gente consegue é perceber se há um movimento diferenciado via reclamações dos usuários, e através de ofícios do Procon, Ministério Público e Defensoria Pública. Temos um painel de reclamações e isso vai para a diretoria de fiscalização, o que pode motivar a abertura de processo.
Segundo a ANS, de janeiro a junho, 206 multas foram aplicadas contra operadoras por rescisão de contrato, somando R$ 11,3 milhões. Do total, 157 penalidades foram por quebra unilateral de coberturas, com cinco delas envolvendo pacientes com TEA. O total de penalidades é quase o dobro das 82 aplicadas de igual período de 2023.
R$ 11,3 milhões em multas A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), representante das principais operadoras, informa que a empresa citada não é sua associada. Informa, ainda, que suas associadas continuam cumprindo o acordo. Já a Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) disse que "suas 140 operadoras associadas cumprem rigorosamente o compromisso e, desde o fim de maio, houve a suspensão da rescisão unilateral imotivada de planos coletivos por adesão".
"Nos últimos seis anos, passei só 30 dias fora do hospital. É um tratamento diário, complexo. Receber um e-mail dizendo que gero prejuízo e que por isso meu plano seria cortado foi uma sentença de morte", diz Rita Raymond Ephrem, escritora. "A associação esclarece que, após essa data, pode ter ocorrido o cancelamento do plano por motivos como fraude, elegibilidade e inadimplência", diz o texto.
A respeito do caso de Rita, a Amil disse que ela permanece com o plano ativo e que a operadora está cumprindo o acordo com a Câmara. Sobre Domingos, a empresa disse que o contrato coletivo por adesão do qual ele era beneficiário foi cancelado em 31 de maio, "de acordo com leis e normas vigentes, com a garantia de portabilidade".
Já a Qualicorp informou que a decisão de cancelamento de ambos os usuários não partiu da administradora, mas da operadora, que "exerceu um direito em contrato previsto e regulamentado pela ANS".
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Assessoria de Comunicação
CLIPPING AHPACEG 05 A 07/10/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Goiânia terá segundo turno entre Fred Rodrigues e Sandro Mabel
“Responsável pelo resultado foi tanto Bolsonaro quanto Rizzo, foi um sentimento”, diz Fred Rodrigues após resultado
Confira os 37 vereadores eleitos em Goiânia
Diferenças entre a saúde no Brasil e nos EUA
Governança eficaz e saúde digital: interdependência essencial para superar desafios complexos
Mulheres temem o câncer, mas subestimam a importância da mamografia
Projeto de Lei da ANS desafia operadoras de planos de saúde
JORNAL OPÇÃO
Goiânia terá segundo turno entre Fred Rodrigues e Sandro Mabel
Fred Rodrigues, do PL, (com 31,13% dos votos), e Sandro Mabel, do UB, (com 27,66%) não podem ser ultrapassados por concorrentes ou atingir 50% dos votos válidos
Com 100% das seções totalizadas, as eleições de Goiânia serão decididas no segundo turno. Os candidatos Fred Rodrigues, do PL, (com 31,14% dos votos), e Sandro Mabel, do UB, (com 27,66%) seguem para a votação do segundo turno, que decidirá o próximo prefeito da Capital no dia 27 de outubro.
Perfis dos candidatos
Fred Rodrigues (PL)
Frederico Gustavo Rodrigues da Cunha, 39 anos, nasceu em Goiânia no dia 25 de novembro de 1984. Filho de Aldo Rodrigues da Cunha e Maria Aparecida Alves da Cunha, que se mudaram de Minas Gerais para a capital goiana nos anos 1970, é o primeiro goiano da família.
Em Goiânia, conta com o apoio de figuras políticas como os deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Eduardo Bolsonaro (PL-RJ), além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ainda na política, Fred Rodrigues se candidatou nas eleições de 2020 para o cargo de vereador por Goiânia.
No entanto, foi eleito apenas dois anos depois, em 2022, para deputado estadual, pelo partido Democracia Cristã (DC), antigo Partido Social Democrata Cristão (PSDC), sendo o mais votado de Goiânia e o 8º no estado. Ao todo, foram 42.784 votos. Apesar disso, Fred Rodrigues não está mais como deputado estadual após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A corte enxergou irregularidades na prestação de contas dele quando se candidatou para vereador em Goiânia.
Fred Rodrigues se candidatou a prefeito de Goiânia pelo Partido Liberal (se filiou em abril de 2024). Segundo ele, seu plano de governo está baseado em seis pilares, são eles: liberdade econômica e apoio ao empreendedorismo; gestão pública eficiente e transparente; segurança e ordem pública; desenvolvimento urbano e mobilidade; educação de qualidade e tradicional; e, por fim, saúde integral: esporte, inclusão, prevenção e controle rígido de drogas.
Sandro Mabel (UB)
Sandro da Mabel Antônio Scodro, com 65 anos, é um empresário e político brasileiro, casado com Karolyna Santos, também empresária, e pai de três filhos. Ele nasceu em 31 de dezembro de 1958, em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. É filho Nestore Scodro e Maria Luiza Scodro.
Sua formação acadêmica inclui graduação em Administração de Empresas e especializações tanto no Brasil quanto no exterior. Além de empresário, é contador e possui experiência em diversas áreas, sendo pecuarista e carcinicultor, atuando também no mercado imobiliário.
No campo político, Sandro Mabel teve uma carreira significativa, sendo deputado estadual por um mandato e deputado federal por 20 anos, onde se destacou como líder do PL na Câmara e relator da Reforma Tributária. Além disso, foi assessor especial do ex-presidente Michel Temer.
Desde janeiro de 2019, Mabel ocupava a presidência da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), com a missão de fortalecer as indústrias do estado. No final de 2022, Sandro Mabel lançou um plano de investimentos da Fieg, que prevê a aplicação de R$ 1 bilhão na construção e modernização das estruturas do Sesi e Senai em todo o estado de Goiás até 2026.
Agora, em 2024, retornou à política para se candidatar à Prefeitura de Goiânia com o apoio e convite do governador Ronaldo Caiado (UB). Mabel também se filiou ao mesmo partido do Chefe do Executivo estadual, o União Brasil.
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“Responsável pelo resultado foi tanto Bolsonaro quanto Rizzo, foi um sentimento”, diz Fred Rodrigues após resultado
Sobre os apoios políticos ele afirmou que está de portas abertas, mas que não vai fazer trocas políticas
O candidato do PL, Fred Rodrigues, deu entrevista após o resultado que confirmou ele na segundo turno das eleições e disse que o objetivo de derrotar o plano “A” do PT foi alcançado. Com 99,97% das urnas apuradas, Fred alcançou 31,14% dos votos.
A entrevista foi dada à TBC e o candidato disse que está disposto a fazer um trabalho de forma pragmática priorizando o perfil técnico. “Vamos continuar o trabalho de forma honesta e pragmática buscando uma Prefeitura técnica como a gente sempre defendeu e quem estiver disposto a fazer isso vem com a gente para mudar Goiânia, mas acho que ficou claro que a gente conseguiu derrubar o plano A do PT”, afirmou.
Ele ainda disse que o responsável pela vitória no primeiro turno é atribuída ao “sentimento Bolsonaro”.
“Responsável pelo nosso resultado foi tanto Bolsonaro quanto Rizzo, foi um sentimento e hoje aqui em Goiânia eu e meu vice estamos a frente disso”, afirmou.
Ao final Fred ainda disse que ficou muito feliz com o resultado é que disse que vai manter o nível de discussão que teve no primeiro turno e que ao mesmo tempo afirmou que foi uma eleição desafiadora. Sobre os apoios políticos, ele afirmou que está de portas abertas, mas que não vai fazer trocas políticas. “Já estamos recebendo ligações de vários vereadores e vamos fazer uma Prefeitura técnica, mas sem fechar as portas para ninguém”, disse.
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Confira os 37 vereadores eleitos em Goiânia
Os eleitores de Goiânia definiram neste domingo (6/10) a composição da Câmara Municipal para os próximos quatro anos. Após a conclusão da apuração, os 37 vereadores eleitos foram conhecidos, com Major Vitor Hugo (PL) sendo o mais votado do pleito.
Confira a lista completa dos 37 eleitos:
Major Vitor Hugo (PL)
Professor Edward (PT)
GCM Romario Policarpo (PRD)
Aava Santiago (PSDB)
Sargento Novandir (MDB)
Geverson Abel (Republicanos)
Henrique Alves (MDB)
Pedro Azulão Jr. (MDB)
Igor Franco (MDB)
Anselmo Pereira (MDB)
Lucas Kitão (União)
Isaías Ribeiro (Republicanos)
Kátia (PT)
Fabrício Rosa (PT)
Oséias Varão (PL)
Luan Alves (MDB)
Ronilson Reis (Solidariedade)
Juarez Lopes (PDT)
Bruno Diniz (MDB)
Lucas Vergílio (MDB)
Cabo Senna (PRD)
Bessa (DC)
Léia Klebia (Podemos)
Tião Peixoto (PSDB)
Coronel Urzêda (PL)
Willian Veloso (PL)
Rose Cruvinel (União)
Léo José (Solidariedade)
Denicio Trindade (União)
Welton Lemos (Solidariedade)
Markim Goya (PRD)
Dr. Gustavo (Agir)
Thialu Guiotti (Avante)
William do Armazém Silva (PRTB)
Heyler Leão (PP)
Daniela da Gilka (PRTB)
Sanches da Federal (PP)
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CANAL COM Q | EDITORIAL
Diferenças entre a saúde no Brasil e nos EUA
O que os brasileiros devem saber antes de viajar
Compreender as diferenças entre os sistemas de saúde do Brasil e dos Estados Unidos é fundamental para os brasileiros que planejam visitar o país norte-americano seja por turismo, trabalho ou moradia. Essa preparação pode evitar surpresas desagradáveis e garantir acesso adequado a serviços médicos durante a estada na Terra do Tio Sam.
Alexandre Bacci, especialista em negócios na área de saúde, explica as principais distinções entre os dois sistemas e oferece dicas valiosas para os brasileiros que estão de malas prontas para desembarcar em solo americano.
Sistema de saúde no Brasil vs. Estados Unidos
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento médico gratuito e universal a todos os cidadãos, complementado por planos de saúde privados para aqueles que optam por cobertura adicional. Já nos Estados Unidos, não existe um sistema de saúde público. O atendimento médico é majoritariamente privado e a cobertura depende de seguros saúde. Programas governamentais oferecem assistência a idosos e pessoas de baixa renda, mas são acessíveis a poucos.
Custo e acesso
Os custos médicos nos EUA são notoriamente altos: uma consulta médica simples pode custar centenas de dólares e procedimentos complexos, como cirurgias e tratamentos a longo prazo, podem ultrapassar dezenas de milhares. "Muitos brasileiros desconhecem o quão caro pode ser o atendimento médico nos Estados Unidos até serem surpreendidos por uma fatura que pode facilmente comprometer seu planejamento financeiro. A preparação é fundamental", diz Bacci.
Já no Brasil, serviços de saúde pública são gratuitos, embora existam críticas em relação à qualidade de atendimento em algumas regiões.
Tecnologia e inovação
Os EUA são líderes globais em inovação médica. Grandes avanços na medicina, novas drogas e tratamentos de ponta muitas vezes têm origem em universidades e laboratórios americanos. Além disso, o acesso a tecnologias médicas avançadas é relativamente comum em hospitais de ponta no país. No Brasil, o SUS tem limitações em adotar rapidamente novas tecnologias, o que pode impactar a eficácia do tratamento, especialmente em casos de doenças complexas.
Implicações para turistas
Contratar um seguro de viagem internacional com cobertura médica é indispensável antes de visitar os Estados Unidos, garantindo a proteção contra despesas inesperadas que fogem do orçamento.
Para garantir uma estadia mais tranquila nos Estados Unidos, Bacci oferece algumas dicas essenciais:
Contrate um seguro de viagem internacional: Verifique se o seguro cobre despesas médicas, hospitalização e repatriação em caso de emergência.
Pesquise clínicas e hospitais locais: Familiarize-se com as opções de atendimento médico no destino, incluindo clínicas de atendimento imediato (urgent care clinics) e hospitais. As clínicas de atendimento imediato geralmente oferecem serviços mais acessíveis e rápidos para condições não emergenciais
Leve documentos médicos: Carregue consigo registros médicos importantes, como histórico de doenças, alergias e medicamentos em uso, para facilitar o atendimento em caso de necessidade.
Entenda as coberturas e custos: Esteja ciente de que, mesmo com seguro, podem haver custos adicionais, como coparticipações e franquias. Leia atentamente as condições do seu seguro para evitar surpresas.
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MEDICINA S/A
Governança eficaz e saúde digital: interdependência essencial para superar desafios complexos
Saiba por que a integração da transformação digital à governança pode alcançar resultados mais eficazes em saúde.
Pressões do mercado, transições epidemiológicas, impacto das mudanças climáticas… Os desafios da governança no setor da saúde são muitos e complexos, e o cenário se agrava, no Brasil, pela falta de dados confiáveis e atuais que orientem planejamentos e ações. Como conseguimos chegar até aqui apenas olhando pelo retrovisor, coletando informações do passado para decidir sobre o futuro? Difícil responder. O que sabemos é que a conta não está fechando para ninguém e será impossível ter sustentabilidade na saúde sem informação adequada e atualizada sobre a qualidade dos serviços prestados, sem gerar inteligência para a alta gestão nos âmbitos público e privado.
A saúde digital tem avançado significativamente, mas ainda enfrenta desafios consideráveis. A transformação digital no setor exige um comprometimento e investimento robustos de todos os stakeholders para garantir uma mudança ampla e coordenada. Entre os principais desafios estão a padronização e a estruturação das informações, a análise de dados em tempo real, a interoperabilidade e a proteção dos dados. Embora esses pontos sejam frequentemente discutidos, a implementação prática ainda está aquém das necessidades atuais.
Recentemente, o país demonstrou progressos significativos ao investir em interoperabilidade de dados, o que não só melhora a qualidade da assistência à saúde, mas também aprimora a governança por meio de uma tomada de decisão orientada por dados. Iniciativas como essa estão impulsionando o setor de saúde a adotar práticas mais avançadas, tanto na gestão pública quanto na privada.
De acordo com o relatório Global Patient Safety Report 2024 da Organização Mundial da Saúde, a tecnologia é fundamental para garantir um fluxo constante de informações, mitigando riscos, reduzindo danos evitáveis e melhorando a segurança no atendimento. A digitalização, a automação e a interoperabilidade são essenciais para esses avanços. No entanto, o relatório destaca que apenas 20% dos países da região das Américas possuem uma estratégia de saúde digital focada na segurança do paciente, e apenas 25% têm sistemas de vigilância para avaliar a segurança dos produtos de tecnologia utilizados na clínica e nos diagnósticos. Esses dados ressaltam a necessidade de integração da transformação digital à governança para alcançar resultados mais eficazes em saúde.
A integração da segurança do paciente e dos programas de melhoria da qualidade deve ser central para o fortalecimento dos sistemas de saúde. Esse alinhamento é crucial na formulação de políticas, planejamento estratégico e operações diárias, garantindo que a segurança e a qualidade sejam componentes fundamentais na prestação de cuidados de saúde.
Uma das trilhas temáticas do III Congresso da SOBRASP, em novembro, vai tratar dessa interseção entre governança eficaz e os avanços na saúde digital. A ementa dos encontros percorre estratégias para a implementação de tecnologias inovadoras, aspectos éticos, indicadores, gestão baseada em evidência. Discutir e compartilhar essas experiências é urgente e necessário. Pelo bem de todo o sistema, pela qualidade do cuidado e da segurança do paciente.
*Paola Andreoli é Vice-presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP) e Gerente de Qualidade, Segurança do Paciente e Desfechos Clínicos no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
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SERVIÇO
III Congresso SOBRASP – Construindo o futuro da qualidade e da segurança do paciente no ecossistema da saúde: foco na experiência humana, governança e sustentabilidade
De 7 a 9 de novembro de 2024
Centro de Convenções Frei Caneca – R. Frei Caneca, 569 – Bela Vista, São Paulo
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Mulheres temem o câncer, mas subestimam a importância da mamografia
Passar pelo exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos, é a recomendação-chave das sociedades médicas para aumentar as chances de diagnosticar o câncer de mama precocemente, quando a lesão ainda é pequena, contribuindo para o melhor prognóstico da paciente. Ainda assim, a falsa crença de que o autoexame seria a principal forma de identificar esse tumor em seu estágio inicial permanece forte. Essa é a percepção de 54% das mulheres ouvidas durante a pesquisa A Mulher perante o Câncer, realizada pelo Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da Pfizer.
Foram entrevistadas 1.400 mulheres com 20 anos ou mais de idade, moradoras de São Paulo (capital) e das regiões metropolitanas de Belém, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Distrito Federal – contemplando, portanto, amostras de todas as regiões do País (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Embora a percepção equivocada sobre o autoexame como o principal instrumento de diagnóstico precoce do câncer de mama varie levemente entre as diferentes localidades pesquisadas, essa crença está cristalizada em todas elas. Além disso, no recorte por idade, essa convicção alcança 59% das entrevistadas mais velhas, com 50 anos ou mais, uma faixa em que o risco de câncer é maior.
“Ao fazer a apalpação e não encontrar nada, a mulher pode acreditar que as mamas estão saudáveis e deixar de fazer avaliações de rotina que detectariam um possível tumor precocemente, quando ainda não é possível senti-lo por meio do toque. É importante lembrar que, quando a doença é diagnosticada no estágio inicial, ela é mais fácil de tratar, o que contribui para a redução da mortalidade”, afirma a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.
Mamografia: recomendações desconhecidas
Além da confusão em torno do papel do autoexame, a maioria das mulheres ouvidas pelo IPEC também demonstra desconhecer as recomendações médicas para a realização da mamografia, que pode detectar tumores muito pequenos, menores que 1 cm. Para 56% das respondentes não está clara a necessidade de passar pelo procedimento caso outros exames, como o ultrassom das mamas, não indiquem alterações: 33 % acreditam que a mamografia deve ser feita apenas mediante achados suspeitos em outros testes, enquanto 23% não sabem opinar.
A pesquisa indica, ainda, que a maioria das entrevistadas (52%) subestima a importância da regularidade na realização da mamografia: 25% das respondentes estão convencidas de que, após um primeiro exame com resultado normal, a mulher estaria liberada para realizar apenas o autoexame em casa, enquanto 27% da amostra não sabe opinar sobre esse assunto. Apenas 39% da amostra de Recife (RM) está ciente de que essa conduta é equivocada, número que é de 44% em Belém, 46% para o Distrito Federal e 47% no Rio de Janeiro (RM).
A desinformação sobre as recomendações para a realização da mamografia se reflete, na prática, nos cuidados de saúde das entrevistadas. Quando perguntadas sobre a rotina de exames dos últimos 18 meses, apenas 33% das respondentes de 40 a 49 anos disseram ter completado toda a jornada esperada para essa faixa etária em relação ao exame nas mamas: ir ao médico, receber a solicitação de mamografia, passar pelo exame, buscar os resultados e compartilhá-los com o profissional que fez o pedido. Na análise por extrato social, esse porcentual se mantém baixo tanto entre as mulheres das classes A/B (35%) como no grupo da classe C (24%).
O levantamento também indica que, nos 18 meses anteriores à pesquisa, 32% das entrevistadas não visitaram o médico. Mais uma vez, o recorte por extrato social mostra que esse comportamento é representativo tanto entre as entrevistadas das classes A/B (uma a cada 4 respondentes desse grupo não frequentou os consultórios durante o período questionado), quanto na classe C (na qual esse porcentual é de 35%).
Além disso, uma a cada cinco participantes com idade entre 40 e 49 anos (20%) não recebeu do médico uma solicitação de mamografia nos 18 meses que precederam o levantamento do Ipec, embora pertença à faixa etária para a qual o procedimento é indicado, com frequência anual. Nesse mesmo grupo de 40 a 49 anos, 28% das respondentes afirmaram que não visitaram o médico durante o período indicado.
Câncer: temor impera
Atualmente, os tumores de mama constituem a principal causa de morte por câncer entre as mulheres. Ainda assim, quando questionadas sobre os tumores que consideram mais perigosos, 34% das participantes da pesquisa elegeram o câncer de intestino (colorretal), seguido pelo câncer de pulmão (28%), enquanto 22% não souberam opinar. Apenas 12% destacaram o câncer de mama – número que sobe para 22% no Recife (RM) e fica em 8% para o Rio de Janeiro (RM).
Por outro lado, quando as respondentes foram convidadas a pensar sobre suas maiores preocupações relacionadas a problemas de saúde, a possibilidade de desenvolver algum tipo de câncer e o risco de ter uma doença associada a limitações físicas ou de mobilidade se destacaram como os maiores temores dessas mulheres. Em algumas localidades, como Belém (RM) e Recife (RM), a ideia de descobrir um câncer é o que gera mais apreensão. Por outro lado, 16% da amostra afirma não ter nenhuma preocupação de saúde.
Educação sobre fatores de risco: desafio persistente
A pesquisa evidencia que o desconhecimento sobre o câncer de mama entre as mulheres ouvidas vai além da falta de informação sobre a detecção precoce. A maior parte das participantes tem uma percepção equivocada sobre os fatores de risco associados à doença.
Na opinião de 70% das respondentes, a herança genética (ter casos de câncer de mama na família) interfere mais na probabilidade de desenvolver o tumor do que os hábitos de vida da mulher. Embora o porcentual seja elevado, esse dado já foi ainda maior: dois anos atrás, quando essa mesma pergunta foi feita pelo Ipec na edição 2022 da pesquisa, 82% das mulheres estavam convencidas de que o histórico familiar seria o principal responsável pelos tumores de mama.
A literatura médica, contudo, aponta que apenas 5% a 10% do total de casos de câncer de mama estão associados à herança genética. “É preciso reforçar que o câncer de mama é uma doença multifatorial, em que hábitos de vida modificáveis e até mesmo tendências sociais, como a redução no número de filhos, devem ser considerados”, afirma a diretora médica da Pfizer.
De acordo com o levantamento, a maior parte das entrevistadas ignora a relação entre o estilo de vida e o câncer de mama: 71% das mulheres ouvidas não reconhece o consumo de álcool como um fator de risco para a doença, por exemplo. Dois anos atrás, na pesquisa realizada pelo Ipec em 2022, esse número era ligeiramente maior, chegando a 74%.
“A falsa percepção de que ter câncer de mama dependeria apenas da herança genética não só contradiz a literatura médica, como também pode desestimular a tomada de atitudes importantes, capazes de alterar fatores de risco modificáveis. Isso vale não apenas para a ingestão de bebida alcoólica, mas também para a obesidade e o sedentarismo”, comenta a diretora médica da área de oncologia da Pfizer Brasil, Evelyn Lazaridis.
Apenas 31% das entrevistadas estão convencidas de que o excesso de peso é um fator de risco para a doença, conforme alertam as autoridades de saúde – esse porcentual é ainda menor entre as respondentes mais velhas, com 50 anos ou mais de idade.
Perfil reprodutivo e tendências sociais
Elementos ligados ao perfil reprodutivo das mulheres também compõem o leque de fatores associados ao câncer de mama, como a menopausa tardia (após os 55 anos): apenas 11% das respondentes, contudo, conhecem essa informação. Além disso, somente 9% estão cientes de que ter a primeira menstruação antes dos 12 anos também contribui para elevar esse risco.
A pesquisa também indica que apenas 16% das participantes reconhecem que a nuliparidade (não ter filhos) faz parte dos fatores de risco para o câncer de mama – esse porcentual chega a 12% no Distrito Federal. Por outro lado, 44% da amostra já identifica que a amamentação desempenha um papel protetor contra a doença2. Essa percepção é menos acentuada na faixa etária mais jovem, de 20 a 39 anos, em que 31% das respondentes concordam com essa associação. Esse é, justamente, o grupo que tende a concentrar a maioria das mulheres em idade fértil.
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SAUDE BUSINESS
Projeto de Lei da ANS desafia operadoras de planos de saúde
Audiência pública discute novas regras de reajuste e transparência nos contratos de planos de saúde coletivos.
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizará, no dia 7 de outubro, uma audiência pública para discutir um tema de grande relevância social: a política de preços e os reajustes nas mensalidades dos planos de saúde coletivos.
Atualmente, nos contratos coletivos (empresariais ou por adesão), a ANS apenas monitora o valor cobrado pelas operadoras, sem interferir diretamente, uma vez que esses contratos seguem o princípio da liberdade de negociação entre as partes. Assim, cabe às operadoras e aos beneficiários chegar a um entendimento sobre os reajustes.
O problema é que, frequentemente, as operadoras evitam negociar, forçando o beneficiário a buscar alternativas, como a portabilidade para outro plano ou o ingresso de uma ação judicial para reduzir os valores das mensalidades.
Entre os temas que serão debatidos está a definição de cláusulas de reajuste, um ponto que de fato necessita de revisão. Muitas vezes, os contratos contêm cláusulas com critérios incompreensíveis, faltando transparência e clareza nas informações para os beneficiários.
Outro aspecto relevante é a Revisão Técnica de Preços (RTP), que, curiosamente, as operadoras costumam atrasar ou não apresentar nos processos judiciais, mesmo quando solicitadas por peritos.
É importante garantir que tais revisões não afetem os planos individuais e familiares, uma vez que isso poderia entrar em conflito com os critérios de reajuste limitados estabelecidos anualmente pela ANS, gerando mais controvérsias. Isso seria semelhante ao que ocorre com as reclamações sobre o cancelamento unilateral de contratos coletivos, um tema que ainda demanda solução.
É fundamental preservar os critérios atuais para os planos individuais e familiares, além de incentivar o mercado de saúde suplementar a comercializar mais desses contratos, que oferecem maior segurança e clareza para os beneficiários.
No que diz respeito ao estímulo à venda de planos de segmentação ambulatorial, essa pode ser uma alternativa viável para os beneficiários que não conseguem arcar com os custos de um plano completo. Tal medida também pode contribuir para aliviar a demanda do SUS, desde que seja garantido o atendimento dentro dos parâmetros do plano-referência, conforme previsto no artigo 10 da Lei de Planos de Saúde.
Por fim, esses temas são de interesse tanto dos beneficiários quanto das operadoras. A ANS precisará de muita disposição para lidar com os empresários do setor de saúde suplementar, que atendem mais de 51 milhões de beneficiários. Além disso, é essencial que a agência continue incentivando as operadoras a aprimorarem seus serviços, oferecendo preços justos e melhorando a qualidade dos atendimentos.
*Por Walter Landio dos Santos, do Maricato Advogados Associados, pós-graduado em Direito Médico e da Saúde pelas Faculdades Legale; Especialista em contratos de Planos de Saúde e Direitos do Consumidor de Plano de Saúde.
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Assessoria de Comunicação
Curso do Educa Ahpaceg aborda como evitar glosas
Como evitar as glosas foi um dos temas já abordados pela professora doutora Danielle Perdigão no curso “Transformação dos Modelos de Remuneração em Saúde: DRG, Governança Clínica e o Papel das Informações em Saúde”, que acontece hoje na Ahpaceg.
O primeiro curso do Educa Ahpaceg conta com a participação de auditores do Ipasgo, Unimed Goiânia, Hospital Araújo Jorge, Hospital Santa Rosa e Instituto de Saúde Assistida.
Utilizando a metodologia ativa, que inclui exposição teórica e atividades práticas, Danielle já abordou também temas, como governança clínica, informações em saúde, cuidados em saúde baseados em valor e modelos remuneratórios baseados em valor.
Acompanhado pela coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, o curso começou às 8 horas e segue até as 18 horas, na sede da Associação.
CLIPPING AHPACEG 04/10/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Uso inadequado de antibióticos: um desafio global
J&J e Hapvida colaboram para lançar estudo sobre a jornada do paciente
Vice-presidente da EMS defende inovação como caminho para ampliar o acesso a medicamentos
O GLOBO
Uso inadequado de antibióticos: um desafio global
Abuso de medicamentos em serviços de saúde e na produção de alimentos traz risco de resistência
A resistência antimicrobiana é um grande desafio de saúde pública no século XXI. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ela está diretamente ligada a cerca de 1,27 milhão de mortes anuais, com quase 5 milhões de mortes atribuíveis indiretamente a suas complicações. Se não for adequadamente combatida, poderá causar danos irreversíveis, comprometendo os avanços modernos no tratamento de doenças infecciosas e transformando infecções comuns em ameaças letais.
O uso excessivo e inadequado de antibióticos, tanto na medicina humana quanto na agropecuária, é um dos principais fatores que impulsionam essa resistência. O consumo de antibióticos em animais de produção, por exemplo, já corresponde a 73% de todos os antimicrobianos utilizados globalmente. Esse uso indiscriminado cria um ambiente propício para o surgimento e disseminação de bactérias resistentes, não apenas entre os animais, mas também nos seres humanos.
Os efeitos da resistência vão além da saúde pública. Se continuar crescendo sem controle, países de baixa e média renda sofrerão perdas econômicas significativas. Estima-se que, até 2050, essas nações poderão perder mais de 5% de seu produto interno bruto (PIB), um total de US$ 100 trilhões, devido ao aumento dos custos de internação, tratamentos prolongados e a incapacidade de trabalho.
Tecnologias e práticas inovadoras estão sendo desenvolvidas para mitigar esse problema. Uma delas é o uso da inteligência artificial (IA) para prever a suscetibilidade antimicrobiana de bactérias e otimizar o uso de antibióticos. Sistemas de IA podem analisar grandes volumes de dados, permitindo que médicos escolham tratamentos mais eficazes e personalizados, reduzindo o uso de medicamentos de amplo espectro que contribuem para a resistência. Outra área de grande inovação é o desenvolvimento de terapias alternativas aos antibióticos tradicionais, como as que usam fagos. Esses vírus, que infectam e destroem bactérias, têm se mostrado promissores no combate a infecções resistentes, particularmente aquelas que formam biofilmes e são de difícil tratamento com antibióticos convencionais.
Além disso, o desenvolvimento de novos antibióticos e modificações em classes existentes, como as carbapenêmicos, oferece esperanças. Desde 2010, mais de 29 novos antibióticos receberam aprovação, embora muitos sejam variações de classes já existentes, e a resistência cruzada permaneça uma ameaça constante. A busca por compostos com mecanismos de ação inéditos é urgente.
O papel da educação pública e da prevenção não pode ser subestimado. Programas que promovem o uso racional de antibióticos e que enfatizam a importância de práticas básicas de higiene, como a lavagem das mãos e a vacinação, podem prevenir a propagação de infecções e, consequentemente, reduzir a necessidade do uso de antibióticos. A OMS estima que a melhoria do acesso a água potável e saneamento adequado pode prevenir mais de 337 mil mortes anuais associadas a esse problema.
A falta de regulamentação adequada no uso de antibióticos em comunidades e hospitais, bem como a prática generalizada de prescrição sem receita médica em muitos países, continua sendo um grande obstáculo. Também deve ser ressaltado que todo hospital deve ter uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, ação regulamentada pela Anvisa, que estabelece normas para a prevenção e controle de infecções relacionadas à assistência à saúde.
A resistência antimicrobiana representa um dos maiores desafios à saúde global e à sustentabilidade dos sistemas de saúde. A urgência em desenvolver novos tratamentos, implementar estratégias eficazes de prevenção e promover a conscientização pública sobre o uso racional de antibióticos é evidente. Sem uma ação coordenada e inovadora, enfrentaremos um futuro em que infecções tratáveis poderão novamente se tornar fatais.
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MEDICINA S/A
J&J e Hapvida colaboram para lançar estudo sobre a jornada do paciente
A Johnson & Johnson MedTech Brasil está colaborando com o Instituto de Pesquisa e Educação (IPE) da Hapvida NotreDame Intermédica para lançar um estudo sobre a jornada de diagnóstico e tratamento de pacientes com endometriose e câncer de pulmão no Brasil. A pesquisa será realizada por meio de ciência de dados aplicada à pesquisa do banco de pacientes da maior empresa de saúde da América Latina, com quase nove milhões de beneficiários.
O objetivo é avaliar os processos atuais e a condução do cuidado para as duas condições de saúde, considerando sintomas iniciais, diagnóstico, tratamento e acompanhamento em longo prazo. Os primeiros resultados da análise retrospectiva são esperados para o último trimestre deste ano.
No âmbito da endometriose, a J&J MedTech Brasil objetiva aprimorar a linha de cuidado desenvolvida pela Hapvida NotreDame Intermédica, voltada ao acompanhamento de pacientes durante toda a jornada de tratamento, permitindo a assistência da equipe multidisciplinar no momento certo e a redução de complicações pós-cirúrgicas. Já no contexto do câncer de pulmão, o intuito é construir um modelo preditivo, apoiado em ciência de dados, para identificar fatores de risco e garantir diagnósticos precoces utilizando a expertise do IPE.
Ao analisar grandes volumes de informação, a ciência de dados permite a identificação de padrões que podem não ser aparentes em métodos tradicionais. A tecnologia possibilita a detecção de achados de forma oportuna, permite intervenções mais eficazes nas fases iniciais das doenças e viabiliza o desenvolvimento de ações preventivas, novos medicamentos e abordagens cirúrgicas.
Endometriose
A iniciativa busca traçar um panorama do cenário de cuidado da endometriose, condição que afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva em todo o mundo, causando dor pélvica crônica, infertilidade, entre outros problemas de saúde. O estudo pretende contribuir para a produção de informação sobre a doença – que ainda enfrenta barreiras em relação ao diagnóstico – e demanda um cuidado individualizado e personalizado de acordo com as especificidades de cada paciente.
O avanço na análise dos dados a partir do estudo conjunto objetiva padronizar o atendimento, reduzir o tempo para diagnóstico, ampliar o acesso a tratamentos eficazes e inovadores, com menos efeitos colaterais, além de promover uma melhora na qualidade de vida.
Câncer de Pulmão
Líder em mortalidade por câncer no mundo, o câncer de pulmão é uma condição com alto número de casos diagnosticados em estágios avançados da doença. Diante desse desafio, o estudo terá como foco a identificação de fatores de risco e características associadas ao diagnóstico precoce.
A partir dos dados gerados, o estudo pretende viabilizar um modelo preditivo, com auxílio de tecnologia de ponta, que possa auxiliar na detecção precoce do câncer de pulmão. A iniciativa tem potencial para revolucionar o diagnóstico da doença, o que permitirá intervenções mais oportunas e eficazes.
Linhas de Cuidado
A linha de cuidado consiste em um processo que organiza o fluxo de tratamento dos pacientes, para que eles passem pelas etapas necessárias e recebam o cuidado pertinente para suas necessidades em cada fase da doença, com o objetivo de oferecer mais segurança e melhores resultados clínicos.
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SAÚDE BUSINESS
Vice-presidente da EMS defende inovação como caminho para ampliar o acesso a medicamentos
Durante o fórum do Brazil Journal, Marcus Sanchez destacou a importância da inovação e da modernização regulatória para facilitar o acesso da população a novos medicamentos e promover a sustentabilidade do setor farmacêutico.
Durante o fórum “Saúde não tem preço, mas tem custo”, promovido pelo Brazil Journal em São Paulo, Marcus Sanchez, vice-presidente da farmacêutica EMS, trouxe à tona a importância de discutir como criar um ambiente de segurança jurídica e modernização regulatória para fomentar a inovação no Brasil. Sanchez destacou que o país precisa evoluir em pontos-chave para viabilizar a inovação e defendeu o equilíbrio entre economia e saúde, sugerindo que agilidade e avanço tecnológico são fundamentais para a sustentabilidade do setor.
“Talvez o único legado positivo da pandemia tenha sido nos mostrar que decisões urgentes podem ser discutidas com rapidez. No setor de saúde, vimos como é possível formar forças-tarefa para destravar questões como a inovação, a aprovação de registros ou a entrada de novos produtos, ampliando a concorrência. Estamos em um momento crucial”, afirmou.
O evento, realizado na última quarta-feira (26), reuniu empresários e especialistas jurídicos e regulatórios, abordando quatro grandes temas: “Regulação do Setor e Acessibilidade”, “Consolidação e Modelos de Negócios”, “Incorporação de Novos Medicamentos e Tecnologias” e “Inteligência Artificial e Gestão em Saúde”.
Avanços regulatórios e o papel da Anvisa
No painel sobre "Incorporação de Novos Medicamentos e Tecnologias", Sanchez debateu com Daniel Pereira, diretor da Anvisa; Alexandre Fioranelli, diretor da ANS; Cássio Ides Alvez, diretor médico da Abramge; e Daiane Nogueira de Lira, conselheira do CNJ. O vice-presidente da EMS aproveitou para pedir à Anvisa mais agilidade na análise de registros e regulamentação de produtos inovadores. Ele sugeriu a realocação de recursos humanos dentro da agência para acelerar processos e defendeu uma avaliação mais criteriosa das empresas com base no histórico de mercado e risco envolvido.
Sanchez também alertou para a urgência de atualizar a legislação sobre inovação. “A legislação precisa evoluir rapidamente, especialmente para facilitar a entrada de inovações radicais no país. Ela está desatualizada em relação às necessidades do mercado presente e futuro”, afirmou. Ele ressaltou ainda que os custos com inovação na indústria farmacêutica tendem a aumentar significativamente, tornando a questão uma das principais agendas do Brasil.
Compartilhamento de riscos e sustentabilidade do setor
Outro ponto abordado por Sanchez foi a necessidade de dividir os riscos no setor de inovação, que será cada vez mais vital para a indústria farmacêutica. “A inovação traz terapias de ponta para os pacientes, mas precisa ser comprovada cientificamente. Compartilhar o risco é uma agenda que também precisa avançar”, reforçou.
Daniel Pereira, diretor da Anvisa, defendeu a reputação da agência como uma das autoridades regulatórias mais respeitadas do mundo, ressaltando que isso é um ativo importante para o Brasil. Pereira também comparou a eficiência do sistema de saúde brasileiro com o dos Estados Unidos, destacando que, embora o país norte-americano destine 20% do PIB à saúde, enquanto o Brasil destina 10%, a diferença na expectativa de vida entre os dois países é de apenas um ano. “Com muito menos, fazemos mais”, concluiu.
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Assessoria de Comunicação
05|10 - Curso “Transformação dos Modelos de Remuneração em Saúde. Inscreva-se!
Abrindo a programação da nova fase de sua área de educação continuada, a Ahpaceg vai promover neste sábado, 5, o curso Transformação dos Modelos de Remuneração em Saúde: DRG, Governança Clínica e o Papel das Informações em Saúde.
Aberto a enfermeiros, auditores e demais profissionais da área hospitalar (curso superior) de instituição associadas e não associadas, o curso será ministrado pela enfermeira professora doutora Danielle Perdigão.
Confira a programação e inscreva-se: (62) 3088 5800.
Investimento: R$ 400,00
15% de desconto para associados
Parcelamento em 2 vezes
Pode ser pago no dia do curso
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participam de evento sobre nutrieconomia
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participaram ontem, 2, de um encontro que abordou o tema “Nutrieconomia na prática: estudo de mundo real de custo-efetividade da terapia nutricional”.
Promovido pela Ahpaceg, com o apoio da Danone e da Ello Distribuidora, o evento levou informações e proporcionou ao público uma reflexão sobre a aplicação de três pilares no dia a dia das instituições de saúde: nutrição, rentabilidade e saúde!
“Queremos ser um aliado dos hospitais nesta jornada da área nutricional”, diz Christine Alves, da Danone. Também participaram do evento, a coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, gestores da Danone e o diretor da Ello Distribuidora, Willian Perillo.
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participam de evento sobre nutrieconomia
Nutricionistas e gestores administrativos da Rede Ahpaceg participaram ontem, 2, de um encontro que abordou o tema “Nutrieconomia na prática: estudo de mundo real de custo-efetividade da terapia nutricional”.
Promovido pela Ahpaceg, com o apoio da Danone e da Ello Distribuidora, o evento levou informações e proporcionou ao público uma reflexão sobre a aplicação de três pilares no dia a dia das instituições de saúde: nutrição, rentabilidade e saúde!
“Queremos ser um aliado dos hospitais nesta jornada da área nutricional”, diz Christine Alves, da Danone. Também participaram do evento, a coordenadora de Educação Continuada da Ahpaceg, Madalena Del Duqui, gestores da Danone e o diretor da Ello Distribuidora, Willian Perillo.
Ahpaceg, Ello Distribuidora e Danone debatem a oferta de novos serviços aos associados
Também na quarta-feira, 2, representantes da Ahpaceg, Ello Distribuidora e Head do Canal Hospitalar Nacional da Danone reuniram-se para o alinhamento de novos serviços voltados para os associados da Ahpaceg.
O foco do encontro, realizado na sede da Associação, foi a oferta aos associados de produtos e serviços com mais segurança e qualidade.
A Ello Distribuidora é parceira da Ahpaceg para a distribuição de produtos Danone à rede associada. Essa parceria garante a entrega dos produtos em até 24 horas.
CLIPPING AHPACEG 03/10/24
ATENÇÃO: Todas as notícias inseridas nesse clipping reproduzem na íntegra, sem qualquer alteração, correção ou comentário, os textos publicados nos jornais, rádios, TVs e sites citados antes da sequência das matérias neles veiculadas. O objetivo da reprodução é deixar o leitor ciente das reportagens e notas publicadas no dia.
DESTAQUES
Custo médio de ciberataques na Saúde foi de US$ 5,3 milhões em 2023
Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos
Papel das parcerias em momentos de mudança no mercado global
Pressão elevada: o que significa nova diretriz sobre hipertensão
MEDICINA S/A
Custo médio de ciberataques na Saúde foi de US$ 5,3 milhões em 2023
A 26ª Global Digital Trust Insights, da PwC, lançada neste ano, revelou que, globalmente, o custo médio de ciberataques no setor da Saúde chegou a US$ 5,3 milhões em 2023, o maior entre os segmentos pesquisados. A pesquisa ouviu mais de 3,8 mil lideranças de sete setores em todo o mundo, incluindo a América Latina. Outro levantamento, o 2023 Global Resilience Survey, feito com cerca de 2 mil executivos, mostrou que apenas 24% dos entrevistados do setor de Saúde têm um plano de resiliência integrado, o que inclui ações de cibersegurança.
Estas pesquisas revelam que o setor de saúde está enfrentando o impacto de ataques cibernéticos em um ecossistema de ameaças cada vez mais interconectado. As operações têm sido significativamente afetadas por diversos eventos de terceiros. Estes episódios afetaram vários segmentos da saúde e elevaram a relevância da resiliência operacional e tecnológica. Neste contexto, a PwC listou seis ações essenciais para que as empresas se preparem, respondam com eficiência e possam emergir mais fortes de uma crise cibernética.
“A indústria da saúde não está imune ao multiverso de riscos que enfrentamos na era da disrupção tecnológica. O ritmo da transformação digital torna desafiador o entendimento do que é mais crítico na hora de gerenciar riscos cibernéticos. À medida que o setor se digitaliza, a tendência é de que as ameaças sejam mais agressivas. Essa nova jornada será cheia de desafios, e as lideranças precisarão de resiliência para superar os obstáculos”, afirma Bruno Porto, sócio e líder do setor de Saúde da PwC Brasil.
A primeira das seis ações propostas é criar uma estrutura multifuncional de gestão de crise, englobando diferentes áreas e profissionais. Em seguida, a consultoria orienta avaliar impactos potenciais nas operações de negócio e nos clientes por meio de relatórios que devem ser divididos com todas as instâncias de liderança. O terceiro passo propõe desenvolver soluções táticas e abordagens alternativas, que casa com a recomendação seguinte de considerar cuidadosamente as etapas para normalizar os processos. O próximo passo é desenvolver protocolos de comunicação internos e externos claros. E, por fim, melhorar as medidas internas de segurança cibernética e avaliar riscos a terceiros.
A PwC ainda complementa essas orientações ao detalhar alguns caminhos para buscar a resiliência cibernética. Entre os destaques estão: a gestão de custos, que requer a integração de conhecimentos empresariais e tecnológicos; o planejamento histórico, ao ampliar a abertura para outros eventos de disponibilidade; o uso da nuvem como componente crítico da estratégia de resiliência e o cumprimento das regulações vigentes nos países de atuação.
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Hospital Sírio-Libanês lança estudo inédito sobre riscos de medicamentos
Dados do Censo 2022 apontam um aumento de 39,8% no período de 2012 a 2021 do número de brasileiros acima dos 65 anos. A expectativa é que este número passe de 33 milhões em 2023 para 75,3 milhões em 2070, o que acarreta uma maior carga de doenças na população e, com isso, a necessidade de adequações nos cuidados para essa parcela. “Os idosos têm necessidades específicas que exigem um olhar diferenciado”, afirma o médico Geriatra do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, Pedro Curiati, responsável por um estudo inédito sobre os perigos de medicamentos potencialmente inapropriados (PIMs) na terceira idade e seus impactos na saúde pública. “O uso desses medicamentos, por exemplo, pode agravar o quadro clínico e aumentar os custos para o sistema de saúde”, completa Curiati.
Para o estudo, foram analisadas 15 mil internações de pessoas com 60 anos ou mais, utilizando um sistema de suporte à decisão clínica integrado ao prontuário eletrônico dos pacientes, que utiliza inteligência artificial para gerar alertas sobre a segurança e o uso correto de medicamentos. Durante a pesquisa, foram avaliados os alertas relacionados a (PIMs) para idosos e sua associação com os riscos clínicos dos pacientes internados, destacando os impactos dessas intervenções na saúde pública e nos custos hospitalares. Os resultados apontaram que 71,8% dos pacientes apresentaram pelo menos um alerta de uso de (PIMs).
O Geriatra explica que o foco do estudo foi entender se os alertas gerados identificavam pacientes com maior risco e como isso se associava às suas evoluções clínicas. Os resultados apontaram que 71,8% deles apresentaram pelo menos um alerta de uso de medicamentos potencialmente inadequados (PIMs). “Pacientes cujas prescrições acionaram esses alertas tendem a ter internações mais prolongadas, incluindo complicações, além de mais eventos adversos, como quedas, confusão mental e até morte”, explica Curiati.
O estudo evidencia a necessidade dos sistemas de saúde se adaptarem e modernizarem para melhor atender os idosos. É o que analisa o especialista, argumentando que o cuidado com pessoas acima de 65 anos tem particularidades que não se aplicam a pacientes mais jovens. “Eles têm mais doenças concomitantes, maior uso de medicamentos, e são mais vulneráveis a eventos adversos”, completa.
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Papel das parcerias em momentos de mudança no mercado global
Por Michel Goya
Vivemos em uma era de transformação no setor da saúde, impulsionada por mudanças demográficas, avanços tecnológicos e desafios econômicos. Em tempos de incerteza, a consolidação e as parcerias têm se tornado estratégias centrais para garantir a sustentabilidade e o crescimento das organizações. Nesse cenário, planos de saúde e hospitais têm se unido na busca por aumento de eficiência com redução de custos, sinergias e compartilhamento de recursos para melhorar os resultados.
A pandemia de covid-19 acelerou muitos processos de transformação. No setor da saúde, evidenciou-se a necessidade de um sistema mais integrado e eficiente. Isso abriu caminho para que fusões, aquisições (M&A) e parcerias estratégicas se tornassem cada vez mais frequentes. Com aumento visível de cerca de 61% nas transações, especialmente impulsionado por investimentos em tecnologia da saúde (healthtech).
Ao unirem forças, as companhias conseguem reduzir ineficiências operacionais e com acesso a novos recursos e tecnológicos, sua capacidade de atendimento, competitividade e normalmente um aumento substancial nos resultados. Um exemplo recente são as redes hospitalares que passaram a integrar suas operações com planos de saúde, criando ecossistemas mais robustos, com foco na experiência do paciente.
Esses novos modelos de negócios trouxeram um impacto significativo para o mercado. Por meio da otimização de processos e da adoção de tecnologias disruptivas, como a telemedicina e a inteligência artificial, essas parcerias conseguem atender às demandas crescentes de saúde mantendo a qualidade. Mais do que nunca, a busca pela eficiência operacional se tornou pauta prioritária nas agendas de quem está na gestão da companhia.
Mas, como ficam as startups de saúde nesse cenário de consolidação? Embora o movimento pareça inicialmente preocupante para empresas menores, especialmente startups, o contexto é promissor. As startups são, por natureza, ágeis e inovadoras. Elas conseguem preencher lacunas no mercado e oferecer soluções tecnológicas especializadas que muitas grandes organizações ainda não possuem.
As parcerias entre startups e grandes instituições de saúde, portanto, não só são possíveis como essenciais para a evolução do setor. Em muitos casos faz mais sentido uma empresa incorporar uma startup do que investir em uma estrutura verticalizada de pesquisa e desenvolvimento.
O futuro das startups de saúde está diretamente ligado à sua capacidade de colaborar com esses gigantes do mercado. Ao desenvolver soluções inovadoras, muitas startups encontram nas grandes empresas uma oportunidade de crescimento. Por outro lado, as corporações precisam da inovação ágil e disruptiva que as startups oferecem para se manterem competitivas em um ambiente de constante transformação.
Neste contexto, as parcerias estratégicas não são apenas desejáveis — são fundamentais. Grandes players do setor de saúde, que já possuem a infraestrutura e a escala necessárias, podem encontrar nas startups a inovação que lhes falta. E, ao se associarem com empresas menores e mais ágeis, podem acelerar a implementação de novas soluções tecnológicas, melhorar a experiência do paciente e otimizar os custos operacionais.
Acredito que o futuro do setor será cada vez mais colaborativo. A chave para o sucesso reside na capacidade de unir forças, compartilhar conhecimento e buscar inovação conjunta. As startups de saúde, longe de serem ameaçadas pelo movimento de consolidação, têm um papel crucial a desempenhar como parceiras estratégicas, ajudando a transformar a saúde em um modelo mais eficiente, sustentável e com foco no paciente.
*Michel Goya é CEO da OPME Log e diretor da ABSS.
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METRÓPOLES
Pressão elevada: o que significa nova diretriz sobre hipertensão
Atualização nas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia inclui a categoria "pressão elevada" como alerta importante para pacientes
Novas diretrizes para a medição da pressão arterial foram lançadas pela Sociedade Europeia de Cardiologia. Um dos pontos mais relevantes foi a inclusão do termo "pressão elevada".
Ele passa a ser usado quando o paciente apresenta pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg ou a diastólica fica entre 70 e 89 mmHg. O diagnóstico serve como um alerta para o risco do paciente evoluir para a hipertensão.
As diretrizes foram apresentadas no último congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, que ocorreu em Londres, em setembro. É a primeira atualização desde 2018, seguindo novas evidências científicas, com dados de diferentes estudos. Por ter sido feita por uma comunidade científica que serve de referência para o mundo, a atualização é levada em conta pelos médicos brasileiros.
"A diretriz indica um olhar mais atento para que esse grupo de pacientes seja alertado, orientado e incentivado a adotar ou intensificar medidas de prevenção. Quando efetivas, essas medidas podem evitar quadros de hipertensão e suas complicações", explica o médico Rodrigo Noronha, cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo.
A hipertensão é considerada um "mal silencioso" ou um "inimigo oculto", pois não apresenta sintomas específicos e pode levar a eventos cardiovasculares graves, como infartos ou acidente vascular cerebral (AVC).
"É bastante comum que a pessoa não saiba que tem hipertensão até sofrer um infarto ou um AVC. Ela é silenciosa, os pacientes descobrem durante um exame admissional, um atendimento ocasional ou uma emergência médica", afirmou o cardiologista Rafael Côrtes, responsável pelo atendimento da especialidade no Grupo Santa, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Classificação da pressão arterial:
Pressão arterial normal: menor que 120/70 mmHg;
Pressão arterial elevada: pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg a diastólica entre 70 e 89 mmHg;
Hipertensão arterial sistêmica: sistólica acima de 140 mmHg ou diastólica acima de 90 mmHg.
9 imagens Fechar modal. 1 de 9 A pressão alta, também conhecida como hipertensão, é uma doença que ataca o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, o cérebro e pode afetar drasticamente os rins. É causada quando a pressão fica frequentemente acima de 140 por 90 mmHg Gizmo/ 2 de 9 Fora a questão genética, fatores como consumo de álcool, cigarro, sal em grande quantidade, obesidade, colesterol alto, diabetes, idade avançada, estresse e sedentarismo também podem influenciar nos níveis de pressão arterial Peter Dazeley/ 3 de 9 Tontura, visão embaçada, dor de cabeça ou dor no pescoço são os principais sintomas relacionados à doença. Geralmente, esses incômodos aparecem quando a pressão aumenta rapidamente Colin Hawkins/ 4 de 9 Outros sintomas comuns em quem tem pressão alta são: zumbido no ouvido, visão dupla ou embaçada, dor na nuca e na cabeça, sonolência, palpitações, enjoo e pequenos pontos de sangue nos olhos Grace Cary/ 5 de 9 A pressão alta é responsável por problemas graves de saúde como AVC, insuficiência cardíaca e perda da visão. Ao desconfiar que se tem a doença, o indicado é aferir a pressão sanguínea com um aparelho próprio, em casa ou na farmácia Peter M. Fisher/ 6 de 9 Apesar da gravidade, a pressão alta pode ser controlada. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, alimentação saudável, evitar situações que possam causar estresse, diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, manter o peso e o colesterol sob controle e evitar drogas que aumentem a pressão arterial (como cafeína, antidepressivos e corticoides) podem ajudar no controle da pressão 7 de 9 Ao apresentar quaisquer sintomas, um cardiologista deve ser procurado. Por ser uma doença que não tem cura e que pode causar problemas cardiovasculares, o diagnóstico precoce diminui consideravelmente quadro mais graves e irreversíveis bluecinema/ 8 de 9 Somente um especialista é capaz de diagnosticar casos de hipertensão e indicar o tratamento necessário para diminuir sintomas e consequências da doença. Geralmente, a utilização de remédios e repouso são indicados A. Martin UW Photography/ 9 de 9 Contudo, caso a pressão se mantenha superior ao indicado, ou seja, 140/90 mmHg após uma hora, o paciente deve procurar imediatamente um hospital para tomar anti-hipertensivos intravenosos.
Pressão elevada
Pessoas com pressão elevada podem ser impactadas de diferentes formas. A curto prazo, esses pacientes podem sentir dores de cabeça e tonturas; cansaço e falta de ar; e ansiedade e nervosismo.
Em médio prazo, começam a ocorrer danos aos vasos sanguíneos e problemas renais iniciais. A longo prazo - uma vez estabelecido o quadro de hipertensão arterial e sem o tratamento adequado - , o paciente pode sofrer AVC, infarto, insuficiência cardíaca e arritmias, insuficiência renal severa e até perda de visão significativa, podendo levar à cegueira.
O cardiologista Rodrigo Noronha considera que o diagnóstico de pressão elevada serve como um alerta para que o paciente faça o acompanhamento médico nos intervalos indicados e realize o monitoramento adequado.
"É essencial que o paciente reflita sobre como adotar ou intensificar mudanças efetivas em seu estilo de vida capazes de prevenir o aumento da pressão", afirma Noronha.
Pressão elevada X pressão alta
O diagnóstico de hipertensão requer tratamento específico contínuo, inclusive com uso de medicamentos. Já o de pressão elevada exige monitoramento constante e ajustes no estilo de vida.
Nos casos de pressão elevada, algumas medidas não farmacológicas podem ajustar a pressão do paciente, evitando que ele evolua para um quadro de hipertensão e até mesmo volte a ter a pressão regulada.
Essas medidas incluem reduzir o peso corporal, praticar atividade física - incluir caminhadas ou corridas e musculação na rotina - , parar de fumar, diminuir o consumo de sódio, ingerir a quantidade adequada de potássio, por meio de uma alimentação rica em frutas e vegetais, e manter níveis aceitáveis de colesterol e glicemia.
"Pacientes com pressão elevada ainda não têm indicação de uso de medicamento. Algumas medidas não farmacológicas são comprovadamente eficientes para evitar a hipertensão. Dependendo do caso, o paciente pode até voltar a ter a pressão normal", afirma Noronha.
Diagnóstico
Um dos principais exames para o diagnóstico é a monitorização ambulatorial da pressão arterial (MAPA). Nele, um pequeno aparelho é colocado no paciente para medir a pressão a cada 15 minutos durante 24 horas.
Outra opção de exame é a monitorização residencial de pressão arterial (MRPA). Nesse caso, o paciente realiza as medições da pressão em casa. Três medições devem ser feitas com intervalos de 15 minutos pela manhã e outras três à noite, por alguns dias.
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Assessoria de Comunicação